SIMULADO FUVEST

1ª Fase – Conhecimentos Gerais

NOME

ESTA PROVA É UM SIMULADO QUE REPRODUZ AS CARACTERÍSTICAS DE CONTEÚDO E OS ASPECTOS VISUAIS DAS PROVAS OFICIAIS DA FUVEST.

      S

S
PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS

INSTRUÇÕES
1. Só abra este caderno quando o fiscal autorizar.
2. Verifique se seu caderno de questões está completo.
3. Este caderno compõe-se de 90 questões objetivas. Em cada questão, há 5 alternativas, sendo correta
apenas uma.
4. Assinale a alternativa que você considera correta, preenchendo o círculo correspondente na folha óptica
de respostas, utilizando necessariamente caneta esferográfica de tinta azul.

A C D E
5. Preencha a folha óptica de respostas com cuidado, pois, em caso de rasura, ela não poderá ser substituída
e o uso de corretivo não será permitido.
6. Duração da prova: cinco horas. Não haverá tempo adicional para transcrição de gabarito para a folha
óptica de respostas.
7. É proibido o uso de relógio. O candidato deve controlar o tempo disponível, com base no marcador de
tempo e nos avisos do fiscal.
8. Durante a prova, são vedadas a comunicação entre candidatos e a utilização de qualquer material de
consulta, eletrônico ou impresso, e de aparelhos de telecomunicação.
9. O candidato poderá retirar-se do prédio depois de decorrida 1h30min do início da prova.
10. Ao final da prova, é obrigatória a devolução da folha óptica de respostas.
11. Durante a prova será passada a lista de presença, que deverá ser assinada.

EEBS11FU223

223
Texto para as questões de 01 a 03.
They tell us not to flaunt it. They tell us to not shove it in
their faces. They tell us not to talk about it. They tell us everything
would be fine if we’d just keep it behind closed doors. They tell
us these things during Thanksgiving dinner, at Christmas after
the kids have opened their gifts, while the game is on and we
wanted to try to talk, to explain, to give them a chance to see
us, to love us. We don’t want to give up just yet.
When I heard the news about the shooting at Club Q,
an LGBTQ nightclub in Colorado Springs, I couldn’t help but
think of the rhetoric spewed by those like James Dobson.
We know what we’re up against. We heard it growing
up, in church and at home. We heard the words they use in
polite company – about loving the sinner and hating the sin.
We heard the words they used when they’d been listening to
Christian radio or their actual minister or Rush Limbaugh or
Fox News, about abominations and predators in bathrooms
and groomers on the internet, and the words they use when
they’ve had one too many, the names they call those who
could be our friends, who could be us.
Some of us grew up and escaped to cities where we
could feel, if not safe exactly, at least a little less alone. We
could find jobs where we didn’t have to hide who we were
and tell lies about our “roommate.” We could find friends
like us, a new family, to replace one we lost. Some of us
stayed home or moved home when things didn’t work out
in the city.
Some of us go home for the holidays, where we are
told to keep it behind closed doors. We step outside to walk
the dog so they don’t see our tears. We call our friends back
in the city.
Later on, when the kids are sleeping, when Mom wants
to watch It’s a Wonderful Life, some of us head to the bar.
We don’t need to know anyone there. We don’t need anyone
to tag along. We don’t need to know if it’s a dance night or a
drag show. We’ll be all right.
Just as soon as we walk through those doors, past the
bouncer checking IDs, up to the bar, where the impossibly
cute bartender nods to let us know he’s seen us. He did see
us. Someone finally did. It’s been a while. This is where we’re
safe. For many of us, it’s the only place. They told us it would
be OK, behind those closed doors. They’d leave us alone.
If you’ve ever been to a gay bar on a holiday or ever
worked at a gay bar during a holiday, and I have, you get
to watch the transformation of every person who walks
through those doors: the unwinding of jaw muscles and
shoulders, hips that start to roll about halfway across the
room, the tone of voice that changes between the front
door and the bar. You watch people become themselves as
they throw back that first shot, the medicinal shot, then find
immediate friends down the bar or out on the patio. It’s as
beautiful as it is tragic.
It’s tragic because they were never going to leave us
alone. No matter how quiet we kept it, no matter how much
we hid it in front of them.
It was club patrons who stopped the gunman, who threw
him to the ground and subdued him until the police arrived,
and when they arrived, they placed handcuffs on one of those
patrons, who said later that the police locked him in a police
car, briefly preventing him from tending to his family members.
The police, as an institution, were not built to protect
queer people, not when politicians fearmonger about drag
queens and bathrooms to rally an evangelical base.
PAG 2/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais
We protect ourselves. We’ll fight for our own. We
always have. We’ll mourn. We’ll raise money. We’ll organize.
And we’ll keep fighting, until all of us are safe, everywhere.
But tonight, I’m going to a gay bar. Maybe there’ll be a
drag show.
Adaptado de <www.nytimes.com>.
01
O texto informa, mediante o relato do autor, que bares e
boates gays:
a) são alvos constantes da violência embasada por preconceito
e não são mais lugares seguros para seus frequentadores.
b) tornam-se locais altamente frequentados durante as festas
de final de ano, já que seus frequentadores não podem ir
para a casa nesse período.
c) são como válvulas de escape durante as festas de fim de
ano e permitem que seus frequentadores sejam verda-
deiros consigo mesmos.
d) trazem visibilidade aos seus frequentadores, que, a con-
traponto, procuram apenas uma oportunidade de ficar
sozinhos.
e) comumente são frequentados por pessoas que buscam
manter suas identidades e escolhas em segredo de suas
famílias.
02
De acordo com o texto, a violência que ocorre contraria o
discurso padrão, pois:
a) ainda que repudiem a violência, muitas entidades e insti-
tuições cometem atos e ataques preconceituosos.
b) evidencia que a falsa narrativa de aceitação está cada vez
mais perto do fim e que atitudes desse tipo não serão
toleradas.
c) não só os atos de violência armada estão cada vez mais
comuns nos Estados Unidos, como também não se limi-
tam a apenas um grupo minoritário.
d) apesar de pregar-se que a homossexualidade escondida
seria segura e até tolerada, não há local seguro para pessoas
queer, mesmo atrás de portas fechadas.
e) embora existam leis que proíbam a discriminação e o pre-
conceito, não há punição suficiente quando crimes desse
tipo são cometidos.
03
Em “We don’t need anyone to tag along.” (6o parágrafo), a
expressão destacada pode ser substituída, sem prejuízo de
sentido, por:
a) “help” c) “disregard” e) “follow”
b) “lag” d) “overlook”
Texto para as questões de 04 a 06.
Just one day after the midterm elections in the United
States, lawmakers in Tennessee filed bills to ban gender-
affirming health care for children in next year’s state
legislative session.
The bill would prohibit medical providers from
prescribing puberty blockers, which delay puberty to
allow children who are transgender or grappling with their
223
gender to determine their gender identity. Interventions
to delay puberty are more common and are critically
important for the mental and physical health of many
transgender people. The American Medical Association
and other leading professional groups have strongly
opposed restrictions on gender-affirming care.
The Tennessee legislature has been particularly hostile
to lesbian, gay, bisexual, and transgender (LGBT) young
people. In 2021, it enacted laws requiring parental notification
and opt-outs when schools use LGBT-inclusive curricula and
preventing transgender children from participating in sports
alongside their peers. It previously banned pre-pubertal
hormonal interventions for children, puzzling critics who
pointed out that this is not a standard element of gender-
affirming care. The state has also failed to take positive steps
to protect LGBT children, and it does not have inclusive
antidiscrimination laws or antibullying laws to defend LGBT
children’s rights.
But in 2022, state lawmakers across the US filed a
record number of anti-LGBT bills, particularly targeting
transgender people and LGBT young people in schools.
Many of these bills passed, with ten states barring
transgender students from playing sports, two states
barring transgender students from accessing bathrooms,
and two states restricting discussions about sexual
orientation or gender identity in schools.
Tennessee’s bill suggests that lawmakers intend to
put the rights of LGBT people at risk once again in 2023.
Lawmakers, including governors, should stand strong
against these efforts and reject bills that interfere with
children’s rights to information and health care.
Adaptado de <www.hrw.org>.
04
De acordo com o texto, o projeto de lei apresentado por
legisladores do estado do Tennessee:
a) foi rapidamente divulgado após as eleições para garantir o
apoio da bancada ultraconservadora recém-eleita.
b) tem a intenção de proibir a venda e o consumo de inibido-
res hormonais que impedem o processo de transição.
c) impede a prescrição de remédios hormonais que facilitam
a transição de crianças e adultos em todo estado.
d) proíbe a prescrição de inibidores hormonais que têm função
de retardar a puberdade, para impedir a transição de jovens.
e) é apenas uma de várias árduas leis que afetam pessoas
queer a ser recentemente aprovada no estado.
05
Segundo o texto, outros projetos de lei aprovados nos Estados
Unidos:
a) focam exclusivamente em proibições contra o processo
de transição de gênero, a ponto de impedir acesso a cuida-
dos médicos.
b) incluem censura a determinados materiais escolares e
proibição de acesso de alunos transexuais a determinadas
dependências escolares.
c) limitam o acesso de crianças transexuais à escolaridade e
barram pessoas queer em geral de acessarem banheiros
públicos.
223
d) impõem restrições diversas ao acesso tanto à educação
quanto a espaços públicos, mas condenam a discriminação.
e) proíbem a participação de pessoas transexuais em espor-
tes coletivos tanto em escolas quanto profissionalmente.
06
Dado o contexto, os projetos e as leis citados no texto têm
em comum o fato de:
a) serem exclusivamente pensados para forçar a discrimina-
ção e a marginalização de pessoas trans em todo território
nacional.
b) terem recebido reações negativas de outros legisladores
e governadores, que se posicionam fortemente a favor
dos direitos LGBT.
c) limitarem a liberdade de escolha de crianças e jovens, como
também suas liberdades de autoafirmação e autoimagem.
d) indicarem uma grande mudança de posicionamento e
pensamento em estados da região sul dos Estados Unidos.
e) colocarem em risco não só os direitos de pessoas LGBT
como também suas vidas, ao atacá-las e não lhes garantir
segurança.
07
Leia o poema a seguir.
They asked me if I had a gay poem
So I said “Straight up, no!
“My poems don’t meander between straight lines
My poems don’t mince their words
Or bend
Or make queer little observations”
They asked me if I had a gay poem
So I answered honestly
That, no, I didn’t have any gay poetry
And even if, unthinkably, I did
What would it say about me?
I mean, even presenting the question
Puts me in a precarious position
And how would I even begin to broach the subject
With my own creation?
Like... “Excuse me, poem, are you gay?
Have you grown up contrarily to what I wanted you to say?
I most certainly didn’t write you that way
Was it something I said, something I did that turned you?
Maybe I should have peppered your verses
With sport, girls and beer
Maybe as your author I deserted you...
Or did another writer turn you queer?”
Ok, let’s say, hypothetically, that this poem is gay
Maybe it’s just a confused poem that needs
[straightening out
Maybe I could insert verses from Leviticus
Speak over it in tongues
Douse it in holy water
Recite it the Qu’ran
Give it a beat, beat, beat
Boom box blasting out in the street
“Batty poem fi dead, batty poem fi dead
Rip up chi chi poem inna shred”
SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 3/24 S
They asked me if I had a gay poem
And I answered “No”
09
But the truth is I didn’t know Dispondo de resistores de 3 Ω e 6 Ω, um estudante de um cur-
Until one of my very own poems stepped up so de Eletrônica necessita montar um circuito com uma fonte
And tapped me on the shoulder de 36 V e um fusível F de 3,6 A de tolerância. Entre as alterna-
It said, “Look here Dad/Author
tivas abaixo, qual a única que mostra a maneira correta que os
I’m now that much bolder
resistores devem ser ligados para que o fusível não desarme?
And I’m not confused
And not alternative a) 3
And even though the words I choose to marry with 6
Make me different
It don’t make me any less eloquent 6

“I don’t need to be overly elegant

So maybe that’s why I stepped under your gaydar F
But why are you so afraid to embrace it? 36 V
Face it! It’s just another part of me
b) 6
You can’t erase it
6
“The more you try to label me with your twisted synonyms
The more you say you hate the sinner 6
And despise the sin
The more you try to clip my words F
And stifle my expression
The more I know it’s you, not me, 36 V
Whose morality should be called into question” c) 6
They asked me to read out a poem 3
They said, “Choose one of your strongest
One of your best 6
Choose a poem that don’t stand for any foolishness”
And they asked me if I had a gay poem... F
So I said
36 V
Yes.
Keith Jarrett. “A gay poem”. d) 6
Disponível em: <www.amnesty.org.uk>.
Os versos do poema: 3 6 6

a) utilizam metáforas para mostrar o processo de aceitação

de um pai sobre ter um filho gay. 6

b) aplicam metonímias para expressar a jornada de um filho

gay ao assumir-se para o pai. F

c) fazem comparação direta entre o substantivo “poema” e 36 V

o filho do autor. e) 3 6
d) usam de catacrese ao repetir a palavra “poema” em vez
de utilizar a palavra “filho”.
e) utilizam metáforas para descrever a jornada de um filho
em assumir-se gay para o pai. F

36 V
08
(Fuvest) Considere a situação indi- 10
cada na figura, em que um motor,
com o auxílio de uma polia, ergue (Fuvest) Um bom café deve ser preparado a uma tempera-
verticalmente uma caixa de massa tura pouco acima de 80 oC. Para evitar queimaduras na boca,
12 kg. A caixa contém materiais frá- deve ser consumido a uma temperatura mais baixa. Uma
geis e deve ser erguida com veloci- xícara contém 60 mL de café a uma temperatura de 80 oC.
dade constante. Qual quantidade de leite gelado (a uma temperatura de 5 oC)
Qual é a magnitude da força vertical
deve ser misturada ao café para que a temperatura final do
que o motor deve exercer para rea-
café com leite seja de 65 oC?
lizar a tarefa?

Note e adote: Note e adote:

Despreze efeitos de atrito; Considere que o calor específico e a densidade do café
aceleração da gravidade g = 10 m/s2. e do leite sejam idênticos.

a) 0 N b) 30 N c) 60 N d) 120 N e) 240 N a) 5 mL b) 10 mL c) 15 mL d) 20 mL e) 25 mL

PAG 4/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais

223
11
(Fuvest) Uma pessoa segura uma lente delgada junto a um
livro, mantendo seus olhos aproximadamente a 40 cm da
página, obtendo a imagem indicada na figura.
Soneto da Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se enc com tal zelo, e semp nsamento.
smo em face do maior enc
se encante mais meu pensamen
Quero nto
E em EQuero vivê-lo em cada vão momento
em seu louvor hei de espalhar meu ca
eu canto
E rir E rir meu riso e derramar meu pranto to
Ao s Ao seu pesar ou seu contentamento.
assim, quando mais tarde me procure
E assimuem sabe a morte, angústia de quem rocure
Quem s m sabe a solidão, fim de quem v quem vive
Quem sabe (me) dizer do amor (q quem ama
Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Em seguida, sem mover a cabeça ou o livro, vai aproximando
a lente de seus olhos. A imagem, formada pela lente, passará
a ser:
a) sempre direita, cada vez menor.
b) sempre direita, cada vez maior.
c) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez
menor.
d) direita cada vez maior, passando a invertida e cada vez
menor.
e) direita cada vez menor, passando a invertida e cada vez
maior.
12
Alguns modelos de telefones celulares são vendidos atual-
mente com carregadores chamados de “turbo”, que permitem
carregar os aparelhos mais rapidamente do que os carrega-
dores convencionais. A tabela a seguir apresenta as especi-
ficações desses dois tipos de carregadores, que acompanham
um modelo de telefone celular.
Tempo estimado
Tipo de
Tensão (V) Corrente (A)
carregador
turbo 110 4 37,5 min
convencional 110 2 1h15min
Embora a diminuição do tempo de recarga do celular seja
uma vantagem do ponto de vista prático, ela vem acompa-
nhada de um aumento da temperatura do aparelho durante
o carregamento. Considerando que um aparelho celular
está completamente descarregado, a carga elétrica ne-
cessária para o seu carregamento completo é:
a) 2,50 Ah c) 5,0 Ah e) 3,75 Ah
b) 2,30 Ah d) 1,25 Ah
223
13
(Fuvest) Uma criança deixa cair de uma mesma altura duas
maçãs, uma delas duas vezes mais pesada do que a outra.
Ignorando a resistência do ar e desprezando as dimensões
das maçãs frente à altura inicial, o que é correto afirmar a
respeito das energias cinéticas das duas maçãs na iminência
de atingirem o solo?
a) A maçã mais pesada possui tanta energia cinética quanto
a maçã mais leve.
b) A maçã mais pesada possui o dobro da energia cinética da
maçã mais leve.
c) A maçã mais pesada possui a metade da energia cinética
da maçã mais leve.
d) A maçã mais pesada possui o quádruplo da energia cinética
da maçã mais leve.
e) A maçã mais pesada possui um quarto da energia cinética
da maçã mais leve.
14
Nos últimos anos, grandes clubes de futebol têm investido
no uso de equipamentos tecnológicos para avaliar e melho-
rar a performance de seus jogadores. Um deles, que vem
se destacando, é o aparelho de GPS (sigla em inglês para
Sistema de Posicionamento Global) de precisão elevada.
Colocado na altura do peito do jogador, sob a camisa, esse
equipamento consegue fornecer a distância percorrida
pelo atleta, assim como sua velocidade média durante de-
terminados intervalos de tempo. Suponha que um jogador,
utilizando o aparelho de GPS, tenha feito um treino físico
de arranque sobre uma trajetória retilínea. A partir dos da-
dos oferecidos pelo equipamento, foi possível construir o
gráfico a seguir.
v (m/s)
8
4
para recarga
0 2 4 6 8 t (s)
completa
_4
A partir da análise dos dados apresentados, o valor da ve-
locidade escalar média do jogador durante os 8 segundos
de atividade foi igual a:
a) 5,50 m/s
b) 4,25 m/s
c) 3,75 m/s
d) 2,00 m/s
e) 1,25 m/s
SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 5/24 S
15 18
Júlio Verne, em uma de suas obras mais conhecidas, Cinco (Fuvest) Em um recipiente termicamente isolado e mantido
semanas em um balão, narra uma cena em que os protago- à pressão constante, são colocados 138 g de etanol líquido.
nistas, observando o balão perder altitude, passam a jogar A seguir, o etanol é aquecido e sua temperatura T é medida
fora parte de sua carga, para evitar que o balão atinja o como função da quantidade de calor Q a ele transferida.
chão. Considere que a massa total do balão, incluindo os
140
passageiros, a carga e o gás, é de 750 kg, que a densidade
do ar é de 1,2 kg/m3 e que o volume do balão é de 500 m3. 120
Quanto tempo demorará para que a velocidade de descida do 100
balão deixe de aumentar, sabendo que se retiram 15 kg/min
80
de carga?
a) 1 minuto. d) 10 minutos. 60

T (°C)
b) 5 minutos. e) 12 minutos. 40
c) 7 minutos. 20

0
16
_20
O banco óptico consiste em um equipamento destinado ao 0 50 100 150
estudo experimental de óptica geométrica. Apoiados sobre Q (kJ)
o trilho óptico, a fonte de luz, o objeto, a lente e o anteparo
ficam na mesma direção e perpendiculares ao trilho. Em A partir do gráfico de T#Q, apresentado na figura acima,
uma montagem experimental, considere que o objeto con- pode-se determinar o calor específico molar para o estado lí-
siste em um cartão retangular, do qual é recortada, no cen- quido e o calor latente molar de vaporização do etanol como
tro, uma seta de altura 4,0 cm. Ao iluminar o objeto com a sendo, respectivamente, próximos de:
fonte de luz, forma-se a imagem da seta no anteparo com
altura de 12,0 cm, conforme a figura a seguir. Note e adote:
Fórmula do etanol = C2H5OH;
O I
massas molares C = 12 g/mol, H = 1 g/mol, O = 16 g/mol.
objeto anteparo
objeto
fonte de luz
lente anteparo a) 0,12 kJ/(mol oC) e 36 kJ/mol.
b) 0,12 kJ/(mol oC) e 48 kJ/mol.
trilho óptico c) 0,21 kJ/(mol oC) e 36 kJ/mol.
d) 0,21 kJ/(mol oC) e 48 kJ/mol.
Considerando a distância entre o objeto e o anteparo de e) 0,35 kJ/(mol oC) e 110 kJ/mol.
200,0 cm, o foco da lente vale:
a) 250 mm d) 750 mm 19
b) -375 mm e) -250 mm
c) 375 mm (Fuvest)

17
A presença da bicicleta como meio de transporte urba-
no vem aumentando muito nos últimos anos. Além dos
benefícios ambientais, como a redução da poluição, po-
demos destacar também os benefícios de saúde para os
seus condutores. Considere que uma bicicleta comum
tem uma catraca (localizada na roda traseira) de raio 5 cm
e uma coroa (onde se encontram os pedais) de diâmetro
30 cm. No instante em que a velocidade angular da ca-
traca é de 27 rad/s, o ciclista está pedalando com uma
frequência, em rpm, de valor:

Note e adote:
π = 3. “As crianças não passam de substitutos patéticos para
as pessoas que não podem ter bichos”.
a) 0,025 c) 1,5 e) 90
b) 1,0 d) 60 Robert Mankoff, New Yorker/Veja.

PAG 6/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais

223
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se A primeira parte de Mensagem, organizada como um cor-
vale, entre outros, do seguinte recurso: relativo poético do Brasão das Armas de Portugal, perfila
a) Utilização paródica de um provérbio de uso corrente. uma série de figuras míticas e históricas que teriam sido
b) Emprego de linguagem formal em circunstâncias informais. responsáveis pela formação nacional portuguesa. A seleção
de Nun’Álvares Pereira para ocupar o lugar da Coroa:
c) Representação inverossímil de um convívio pacífico de
cães e gatos. a) sugere, pela imagem do halo de luz, que a verdadeira
d) Uso do grotesco na caracterização de seres humanos e nobreza é de espírito.
de animais. b) destaca, através da referência ao mito arturiano, o seu
e) Inversão do sentido de um pensamento bastante repetido. sangue bretão.
c) distingue, por meio do substantivo “‘Sperança”, um regente
20 digno de seu posto.
d) enaltece, pela repetição da palavra “espada”, a guerra
A praça venceu o engenho, mas aos poucos. Quase sempre como estrada para o futuro.
respeitando nos vencidos umas tantas virtudes e gabolices; e) indica, associada ao adjetivo “consumada”, uma visão
procurando imitá-las; às vezes até romantizando-as e exa- desenganada da história.
gerando-as nessa imitação de “inferiores” por “superiores”.
Outras vezes troçando do matuto rico, do fazendeiro opulento
mas atrasado nos seus modos de falar e nas suas modas 22
de vestir-se, do senhor de engenho fanfarrão e até quixo-
tesco, de toda a “gente do matto”, de todo o roceiro de “serra
acima”. Destacando-lhe os vícios de linguagem, os atrasos
de cinquenta, cem anos em estilos de habitação e de meios
de transporte, os ridículos de moral e de etiqueta também
atrasada um século, dois, às vezes três. Porque esses atra-
sos variavam de região para região, dando ao país variedade
pitoresca, mas às vezes dramática, de estilos e estágios de
cultura. Variavam de região para região como de sexo para
sexo, de raça para raça, de classe para classe. Disponível em: <www.malvados.com.br>.

Gilberto Freyre. Sobrados e mucambos. Global Editora. p. 121. Considerando-se a imagem acima, seria possível inferir que:
Assinale a alternativa correta sobre o texto de Gilberto Freyre: a) a felicidade é uma questão individual e depende de cada
a) Apresenta-se um momento de opulência dirigido por um.
pessoas “superiores”. b) a tristeza é relativa, depende do observador e da referência.
b) O enaltecimento da cultura de engenho se dá pelas suas c) tece uma crítica da felicidade propiciada pelo consumismo.
“virtudes e gabolices”. d) mesmo as pessoas tristes merecem acesso ao descanso
c) Os atrasos brasileiros condicionavam-se às diferenças e ao lazer.
apenas de sexo para sexo. e) apresenta uma percepção irônica e crítica do uso do celular.
d) A carência nacional passava por problemas arquitetônicos
e urbanísticos. (Fuvest) Texto para as questões 23 e 24.
e) A “variedade pitoresca” do Brasil garantiu a miscigenação
e a amplitude cultural. Seria ingenuidade procurar nos provérbios de qual-
quer povo uma filosofia coerente, uma arte de viver. É coi-
sa sabida que a cada provérbio, por assim dizer, responde
21 outro, de sentido oposto. A quem preconiza o sábio limite
(Fuvest) das despesas, porque “vintém poupado, vintém ganhado”,
Nun’Álvares Pereira replicará o vizinho farrista, com razão igual: “Da vida nada
se leva”. [...]
       Que auréola te cerca?
Mais aconselhável procurarmos nos anexins não a sabe-
       É a espada que, volteando,
doria de um povo, mas sim o espelho de seus costumes
       Faz que o ar alto perca
       Seu azul negro e brando. peculiares, os sinais de seu ambiente físico e de sua história.
As diferenças na expressão de uma sentença observáveis
       Mas que espada é que, erguida, de uma terra para outra podem divertir o curioso e, às vezes,
       Faz esse halo no céu? até instruir o etnógrafo.
       É Excalibur, a ungida, Povo marítimo, o português assinala semelhança
       Que o Rei Artur te deu. grande entre pai e filho, lembrando que “filho de peixe,
       ‘Sperança consumada, peixinho é”. Já os húngaros, ao formularem a mesma
       S. Portugal em ser, verdade, não pensavam nem em peixe, nem em mar; ao
       Ergue a luz da tua espada olhar para o seu quintal, notaram que a “maçã não cai
       Para a estrada se ver! longe da árvore”.
Fernando Pessoa. “A Coroa”. Paulo Rónai, Como aprendi o português
In: Mensagem. Parte I. e outras aventuras.

SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 7/24 S

223
23 Sois de vento, ides no vento,
e quedais, com sorte nova! [...]
No texto, a função argumentativa do provérbio “Da vida nada
se leva” é expressar uma filosofia de vida contrária à que está 10 Ai, palavras, ai, palavras,
presente em “vintém poupado, vintém ganhado”. Também é que estranha potência, a vossa!
contrário a esse último provérbio o ensinamento expresso em: Perdão podíeis ter sido!
– sois madeira que se corta,
a) “Mais vale pão hoje do que galinha amanhã”
– sois vinte degraus de escada,
b) “A boa vida é mãe de todos os vícios”
15 – sois um pedaço de corda...
c) “De grão em grão a galinha enche o papo” – sois povo pelas janelas,
d) “Devagar se vai ao longe” cortejo, bandeiras, tropa...
e) “É melhor prevenir do que remediar”
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
24 20 Éreis um sopro na aragem...
Considere as seguintes afirmações sobre os dois provérbios – sois um homem que se enforca!
citados no terceiro parágrafo do texto. Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência.
I. A origem do primeiro, de acordo com o autor, está ligada
à história do povo que o usa. 26
II. Em seu sentido literal, o segundo expressa costumes
peculiares dos húngaros. A “estranha potência” que a voz lírica ressalta nas palavras
III. A observação das diferenças de expressão entre esses decorre de uma combinação entre:
provérbios pode, segundo o pensamento do autor, ter a) fluidez nos ventos do presente e conteúdo fixo no passado.
interesse etnográfico. b) forma abstrata no espaço e presença concreta na história.
Está correto apenas o que se afirma em: c) leveza impalpável na arte e vigor nos documentos antigos.
a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III. d) sonoridade ruidosa nos ares e significado estável no papel.
e) lirismo irrefletido da poesia e peso justo dos aconteci-
25 mentos.
Pois olha: foi para mostrar que o que os homens fazem é ape-
nas obra de homens... Que o que os homens fazem é feito por 27
mãos iguais, mãos de pessoas que se tiverem juízo sabem que Ao substituir a pessoa verbal utilizada para se referir ao subs-
antes de serem qualquer outra coisa são homens. Deve ter tantivo “palavras” pela 3a pessoa do plural, os verbos dos ver-
sido a pensar assim que Ele fez com que as mãos dos pretos sos “sois de vento, ides no vento,” (verso 4) / “Perdão podíeis
fossem iguais às mãos dos homens que dão graças a Deus por ter sido!” (verso 12) / “Éreis um sopro na aragem... (verso 20)
não serem pretos. seriam conjugados conforme apresentado na alternativa:
Luís Bernardo Honwana. Nós matamos o Cão
a) “são”, “vão”, “podiam”, “eram”.
Tinhoso! Vozes da África. p. 96. Kapulana.
b) “seriam”, “iriam”, “podiam”, “serão”.
O texto acima foi extraído do conto “As mãos dos pretos”, c) “eram”, “foram”, “poderiam”, “seriam”.
de Luís Bernardo Honwana. Sobre esse conto, é possível
d) “são”, “vão”, “poderiam”, “eram”.
afirmar que:
e) “eram”, “iriam”, “podiam”, “seriam”.
a) explora diferenças raciais e o universo das relações de
poder e de opressão.
b) aborda o racismo como uma questão já superada em 28
Moçambique.
c) descarta as diferenças raciais para construir um enredo
sobre meritocracia.
d) tematiza as diferenças raciais por meio do prisma religioso,
da vontade divina. A escolha
e) refere que, apesar das diferenças raciais, todos possuem
os mesmos direitos. prudente.
(Fuvest) Texto para as questões 26 e 27.
Romance LIII ou Das Palavras Aéreas
Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras,
sois de vento, ides no vento,
5 no vento que não retorna,
e, em tão rápida existência,
tudo se forma e transforma! Disponível em: <http://los-pimentas.blogspot.com>.

PAG 8/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais

223
Na propaganda anterior, pode-se depreender a sua ideia
principal devido a um recurso comunicativo caracterizado
pela(o):
a) ideia de cautela para manter a higiene bucal perfeita.
b) cor das letras que se assemelham a dentes escovados.
c) fundo azul, que remete à água e ao seu poder de limpeza.
d) semelhança fonética, que remete a duas ideias distintas.
e) quebra de expectativa em um espaço celeste e onírico.
29
No dia 17 de novembro de 1889, um domingo, às três da
madrugada, a família real partiu acompanhada por alguns
poucos autoexilados. Dizem que os novos dirigentes acha-
ram por bem evitar a luz do dia e impedir qualquer reação
da população. Já o ex-imperador, procurando manter uma
postura altiva, deixava saber que só levaria consigo a pri-
meira edição de Camões: “Essa lhe bastava”. A ideia era
fazer valer o dito popular: “Os reis não são expulsos, mas
partem”. Mas a história não seria bem essa: na chegada a
Portugal formalizou-se o banimento. Além da expulsão, o
decreto de 23 de dezembro de 1889 destinava uma ajuda
de 5 mil contos para o estabelecimento do ex-monarca
no estrangeiro.
Lilia Moritz Schwarcz; Heloisa Murgel Starling.
Brasil: uma biografia. p. 535.
Companhia das Letras.
No que se refere ao segmento “[...] deixava saber que só leva-
ria consigo a primeira edição de Camões: ‘Essa lhe bastava’”,
assinale a alternativa correta.
a) O ex-imperador zelava pelos livros raros e não podia dei-
xar essa edição no Brasil.
b) O livro representa a ascensão do povo brasileiro, que o
ex-monarca consolidou.
c) Camões é central para a glória lusitana, daí a ideia de
mantê-lo em sua posse.
d) Essa postura mostrava a frugalidade do ex-imperador,
desprovido de materialismo.
e) Camões representa para o povo português o sentimento
de soberba e vaidade.
Texto para as questões 30 e 31.
Passou ao banho, vestiu-se, penteou-se, sem esquecer a
bisbilhotice da folha, acanhado com a publicação de um
negócio, que ele reputava mínimo, e ainda mais pelo en-
carecimento que lhe dera o escritor, como se tratasse de
dizer bem ou mal em política. Ao café, pegou novamente
na folha, para ler outras coisas, nomeações do governo, um
assassinato em Garanhuns, meteorologia, até que a vis-
ta desastrada foi cair na notícia, e leu-a então com pausa.
Aqui confessou Rubião que bem podia crer na sinceridade
do escritor. O entusiasmo da linguagem explicava-se pela
impressão que lhe ficou do fato; tal foi ela que lhe não per-
mitiu ser mais sóbrio. Naturalmente é o que foi. Rubião
recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo
por que falou; e daí tornou atrás, ao próprio ato. Estirado
no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos,
o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível.
– Agora mesmo não podia explicar o negócio; foi como se
223
lhe tivesse passado uma sombra pelos olhos... Atirou-se à
criança, e aos cavalos, cego e surdo, sem atender ao pró-
prio risco... E podia ficar ali, embaixo dos animais, esmaga-
do pelas rodas, morto ou ferido; ferido que fosse... Podia ou
não podia? Era impossível negar que a situação foi grave... A
prova é que os pais e a vizinhança...
Machado de Assis. Quincas Borba. p. 128.
Penguin-Companhia.
30
Considerando o contexto, os termos destacados no trecho
“Passou ao banho, vestiu-se, penteou-se, sem esquecer a
bisbilhotice da folha, acanhado com a publicação de um
negócio, que ele reputava mínimo,” podem ser substituídos,
sem prejuízo de sentido, pelos vocábulos:
a) “intriga”, “tímido”, “descontava”.
b) “fofoca”, “retraído”, “estimava”.
c) “coscuvilhice”, “desenvolto”, “considerava”.
d) “futrica”, “receoso”, “advertia”.
e) “maledicência”, “travesso”, “abusava”.
31
No contexto do romance, sugere‐se que a mudança de
percepção de Rubião acerca da publicação no jornal do
Camacho acena para a:
a) cooptação do professor como provedor financeiro principal
do jornal.
b) percepção da importância comunitária e coletiva do salva-
mento.
c) noção de que Rubião era um benfeitor da sociedade carioca.
d) iniciação de Rubião como participante político da sociedade.
e) irmanação de Rubião com o espaço crítico dos jornais e
da cidade.
Texto para as questões 32 e 33.
O espaço não é nem uma coisa nem um sistema de
coisas, senão uma realidade relacional: coisas e relações
juntas. Eis por que sua definição não pode ser encontrada
senão em relação a outras realidades: a natureza e a socie-
dade, mediatizadas pelo trabalho. Não é o espaço, portanto,
como nas definições clássicas da geografia, o resultado
de uma interação entre o homem e a natureza bruta, nem
sequer um amálgama formado pela sociedade de hoje e o
meio ambiente.
O espaço deve ser considerado como um conjunto
indissociável, de que participam, de um lado, certo arranjo
de objetos geográficos, objetos naturais e objetos sociais,
e, de outro, a vida que os preenche e os anima, ou seja, a
sociedade em movimento. O conteúdo (da sociedade) não
é independente da forma (os objetos geográficos), e cada
forma encerra uma fração do conteúdo. O espaço, por con-
seguinte, é isto: um conjunto de formas contendo cada qual
frações da sociedade em movimento. As formas, pois, têm
um papel na realização social.
Milton Santos. Metamorfoses do Espaço
Habitado. p. 30-31. Edusp.
SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 9/24 S
32 36
A definição de espaço do autor pode ser interpretada como: Considere a função quadrática f(x) cuja parte do gráfico está
a) exclusivista c) relacional e) excessiva esboçada a seguir.
b) purista d) refratária y

33 4

No segmento “O espaço, por conseguinte, é isto: um con- 3

junto de formas contendo cada qual frações da sociedade
em movimento”, a expressão destacada pode ser substituída, 2
sem prejuízo de sentido, por:
a) “doravante” d) “no entanto” 1
b) “ao contrário” e) “desse modo”
c) “portanto” 0 1 2 3 4 5 x

(Fuvest) Texto para as questões 34 e 35. _1

Como sabemos, o efeito de um livro sobre nós, mesmo no
que se refere à simples informação, depende de muita coisa f (-x)
além do valor que ele possa ter. Depende do momento da Qual o conjunto verdade da inequação $ 0?
x
vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da
a) ]-3; -1[,]1; 3[ d) ]-3; -1],[1; 5[
finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e
pouco sabe, um compêndio de ginásio pode ser a fonte b) ]-3; 5[,]8; 3[ e) ]-5; -1],]0; 3[
reveladora. Para quem sabe muito, um livro importante não c) ]-3; -5],[-1; 0[
passa de chuva no molhado. Além disso, há as afinidades
profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto 37
aproveitá-lo ao máximo) e não com outro, independente da
valia de ambos. Um triângulo tem seus lados medindo 7 cm, 9 cm e x cm,
onde x é um número primo. A quantidade total de valores
Antonio Candido. “Dez livros para entender o Brasil”. que x pode assumir é:
Teoria e debate. Ed. 45, 01 jul. 2000.
a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

34 38
Traduz uma ideia presente no texto a seguinte afirmação: Um casal encontrou uma carteira com um valor inteiro entre
a) O efeito de um livro sobre o leitor é condicionado pela 150 e 200 reais. Como ambos gostavam muito de Matemática,
quantidade de informações que o texto veicula. faziam afirmações um ao outro com relação ao valor que
b) A recepção de um livro pode ser influenciada pela situação haviam encontrado. A esposa disse ao marido:
vivida pelo leitor. – Se eu ficasse com a metade do dinheiro que encontramos,
c) A verdadeira erudição não dispensa a leitura dos bons sem contar o que carrego comigo, eu ficaria com o dobro do
manuais escolares. dinheiro que você tem.
d) A leitura de um livro a qual tem finalidades meramente No mesmo instante, o marido retrucou:
práticas prejudica a assimilação do conhecimento. – Se eu somasse o que tenho comigo com dois terços da
quantia que encontramos na carteira, teria o triplo do dinheiro
e) O reconhecimento do valor de um livro depende, primordial-
que você tem.
mente, dos sentimentos pessoais do leitor.
Sabendo-se que ambos levavam valores inteiros consigo e
que falaram a verdade, qual o valor encontrado na carteira,
35 em reais?
Constitui recurso estilístico do texto: a) 156 b) 162 c) 168 d) 174 e) 180
I. a combinação da variedade culta da língua escrita, que
nele é predominante, com expressões mais comuns na 39
língua oral;
II. a repetição de estruturas sintáticas, associada ao emprego (Fuvest) Considere as funções f(x) = x2 + 4 e g(x) = 1 + log 1 x,
2
de vocabulário corrente, com feição didática;
em que o domínio de f é o conjunto dos números reais e o
III. o emprego dominante do jargão científico, associado à
domínio de g é o conjunto dos números reais maiores do
exploração intensiva da intertextualidade.
que 0. Seja h(x) = 3f(g(x)) + 2g(f(x)), em que x > 0. Então,
Está correto apenas o que se indica em: h(2) é igual a:
a) I. c) I e II. e) I e III. a) 4 c) 12 e) 20
b) II. d) III. b) 8 d) 16

PAG 10/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais

223
 log10 x
40
+ 0,5
No triângulo ABC, seja P um ponto no interior do triângulo,
de tal forma que as semirretas AP , BP e CP intersectam os 0,0
lados do triângulo nos pontos M, N e Q, respectivamente.
_0,5
A

_1,0
7 N
Q
P _1,5
5
6 14 _2,0
B M C 0 60 120 180 240 300 t (min)
t0 t1
Sabendo que as áreas dos triângulos PAQ, PBQ, PBM e Disponível em: <https://fankhauserblog.wordpress.com>.
PMC são 7, 5, 6 e 14, respectivamente, então as áreas dos
triângulos PAN e PNC são, respectivamente: Com base no gráfico, em quantas vezes a população de
bactérias aumentou do instante t0 para o instante t1?
21 35 23 33
a) e . d) e . a) 2 b) 4 c) 5 d) 10 e) 100
2 2 2 2
15 41
b) 14 e 14. e) e . 45
2 2
c) 10 e 18.
(Fuvest) Na figura, o retângulo ABCD tem lados de compri-
mento AB = 4 e BC = 2. Sejam M o ponto médio do lado BC e
41
N o ponto médio do lado CD . Os segmentos AM e AC inter-
(Fuvest) Uma empresa construiu um poço para armazenar ceptam o segmento BN nos pontos E e F, respectivamente.
água de reúso. O custo para construir o primeiro metro foi D N C
de R$ 1.000,00, e cada novo metro custou R$ 200,00 a mais
do que o imediatamente anterior. Se o custo total da cons- F
trução foi de R$ 48.600,00, a profundidade do poço é: M
a) 15 m c) 21 m e) 27 m E
b) 18 m d) 24 m A B

42 A área do triângulo AEF é igual a:

24 29 61 16 23
a) b) c) d) e)
Ao dividir o número 22 023 + 62 023 por 10, obtém-se como 25 30 60 15 20
resto:
a) 3 c) 5 e) 7
46
b) 4 d) 6
(Fuvest) Uma quantidade fixa de um gás ideal é mantida a
43 temperatura constante, e seu volume varia com o tempo de
acordo com a seguinte fórmula:
Sendo 0 < x < 1 uma das raízes da equação V(t) = log2 (5 + 2 sen(πt)), 0 # t # 2,
1+ x
= x + x 2 + x 3 + ..., o valor de x é: em que t é medido em horas e V(t) é medido em m3. A pressão
x
máxima do gás no intervalo de tempo [0; 2] ocorre no instante:
3 1 1 a) t = 0,4   b)  t = 0,5   c)  t = 1   d)  t = 1,5   e)  t = 2
a) c) e)
2 2 4

b)
2
d)
1 47
2 3
Quando Hammurabi, imperador babilônico entre 1792 a.C.
até 1750 a.C., compôs o primeiro código legal conhecido no
44 mundo, ele realizou o trabalho de Marduk, seu mestre, o
deus do povo babilônico. Cada lei formou a parte de um con-
(Fuvest) A quantidade de bactérias em um líquido é direta-
junto designado a agradar o Deus, fazer seu agradecimento
mente proporcional à medida da turbidez desse líquido. O
e consequentemente, quando o tempo vier, procurar sua
gráfico a seguir mostra, em escala logarítmica, o cresci- ajuda em resistir ao inevitável declínio do Estado Babilônico.
mento da turbidez x de um líquido ao longo do tempo t (me-
Nicholas Campion. Apud Rodrigo Carvalho Silva. O nome do
dido em minutos), isto é, mostra log10 x em função de t. Os fogo: relações entre a Ekpyrosis, astrologia e milenarismo no
dados foram coletados de 30 em 30 minutos, e uma curva mundo helenístico romano, 2009.103 f. Dissertação (Mestrado
de interpolação foi obtida para inferir valores intermediários. em História). Universidade de Brasília, Brasília, 2009.

SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 11/24 S

223
Considerando as características da Mesopotâmia Antiga, o
texto explicita:
a) a lógica democrática existente nas decisões políticas
mesopotâmicas.
b) o Estado unificado mesopotâmico, que pacificou as rela-
ções entre os povos da região.
c) o caráter teocrático presente nas questões político-jurídi-
cas mesopotâmicas.
d) a igualdade jurídica manifestada na alta mobilidade social
mesopotâmica.
e) o monoteísmo religioso presente na crença mesopotâmica.
48
[...] a Judeia estava sob o domínio do governante selêucida
Antíoco IV Epífanes, que a governou de 175-163 a.C. Seu gover-
no foi marcado por uma das maiores rebeliões da história judai-
ca, conhecida como Revolta dos Macabeus. A principal causa
dessa revolta foi a proibição de culto ao Deus dos judeus e sua
eventual substituição por divindades gregas, com a profanação
do Templo de Jerusalém. Logo se observa na leitura [do livro]
de Daniel que existem determinados valores que o visionário
nos quer transmitir, entre os quais: a necessidade da nação de
Israel se arrepender de seus pecados e se aproximar de Deus,
de não se “contaminar” com valores helenísticos, em suma é
tentar manter um tipo de “isolamento” cultural, entre a ideia
de um deus governante dos judeus na cultura pagã helenística.
Diego Lopes da Silva. O bestiário apocalíptico como metáfora
para helenização do Oriente Próximo: formas possíveis da
“quarta besta” de Daniel serem identificadas como Alexandre,
o Grande, 2010. 117 f. Dissertação (Mestrado em História).
Universidade de Brasília, Brasília, 2010.
Considerando o contexto da Época Antiga que o excerto acima
trata, é correto afirmar que:
a) o politeísmo hebreu ameaçava a estrutura religiosa mono-
teísta greco-romana, baseada na soberania da figura do
César.
b) a civilização helenística configurou-se em uma síntese de
elementos culturais gregos e orientais.
c) Alexandre Magno foi responsável pelo desmantelamento
da civilização helenística, ao decretar a soberania mace-
dônica sobre o mediterrâneo.
d) os hebreus consideravam bárbaros todos os povos não
hebreus, mantendo-se militarmente isolados.
e) a religião judaica era perseguida pelos romanos até se tornar
religião oficial do Império Romano em 27 a.C.
49
Os mapas medievais, por sua vez, mantinham um olhar par-
ticularmente voltado a uma outra realidade, pois tendiam a
valorizar o invisível, isto é, o elemento simbólico que atribui
valor e significado a determinados espaços, sobretudo aque-
les dotados de sacralidade. No âmbito das representações
cartográficas, um mesmo espaço pode, assim, assumir as
mais variadas formas, feições e sentidos.
Thiago José Borges. A tradição dos loca sancta: sacralização
e representação dos espaços sagrados no Ocidente
Medieval Cristão (Séculos VIII-XV), 2017. XVII, 274 f., II.
Tese (Doutorado em História). Universidade
de Brasília, Brasília, 2017.
PAG 12/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais
Considerando o texto e as características gerais do medievo
europeu, podemos corretamente afirmar que a confecção
dos mapas medievais:
a) priorizava a reprodução rigorosa das escalas de distân-
cias, pois eles serviam como guias aos viajantes.
b) valorizava os interesses mercantilistas das monarquias
nacionais absolutistas, que predominavam no continente.
c) era realizada a pedido das ordens de cavalaria, sendo os
mapas usados unicamente nas Cruzadas.
d) representava simbolicamente os cinco continentes conhe-
cidos, tendo a Europa como elemento central.
e) considerava o caráter religioso de determinados espaços,
ao reproduzi-los cartograficamente.
50
(Fuvest) Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me pare-
cia acerca dos negócios da França, e isto por ver por con-
jecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos
pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo
ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se en-
cerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos
de fazer que esta gente não houvesse de entrar nem pos-
suir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano
que daí se podia seguir.
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.
O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre
jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita
em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra:
a) a persistência dos ataques franceses contra a América,
que Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo
desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias.
b) os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre
as Coroas de Portugal e da França e que visava a combater
as pretensões expansionistas da Espanha na América.
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão
de jesuítas franceses, que, no Brasil, vinham exercendo
grande influência sobre as populações nativas.
d) o projeto de expansão territorial português na Europa, o
qual, na época da carta, visava à dominação de territórios
franceses tanto na Europa quanto na América.
e) a manifestação de um conflito entre a recém-criada or-
dem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à
pirataria francesa.
51
(Fuvest) A base física do Brasil, ao principiar o século XVIII, era
profundamente diversa daquela que, mesmo numa inter-
pretação liberal do Tratado de Tordesilhas, fora assentada
no diploma de 1494. A expansão ao longo do litoral levara
ao Oiapoc, no norte, e ao Prata, no sul. O rush do ouro
estava determinando a ampliação da área oeste do mes-
mo modo por que a “droga do sertão” explicava a façanha
da incorporação do mundo amazônico. Toda uma geografia
nova, política, social e econômica se estava escrevendo na
América portuguesa [...].
Arthur F. Reis. “Os tratados de limites”. História geral
da civilização brasileira, t. l, v. 1, p. 396.
223
A partir da leitura do trecho e de seus conhecimentos, é
correto afirmar:
a) O Tratado de Tordesilhas representou uma permanente
barreira à exploração econômica dos sertões portugue-
ses da América, e só foi ultrapassada no século XVIII por
sertanistas que passaram a agir junto à coroa portuguesa.
b) A ocupação da Amazônia foi determinante na formação do
território português da América porque as drogas do sertão
puderam ser exploradas por longos períodos, ao contrário
do efêmero ouro de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
c) Embora a mineração tenha interiorizado a presença portu-
guesa no continente, a definição das fronteiras territoriais
do Brasil só se completaria definitivamente muito depois,
no começo do século XX.
d) Mesmo com o rush minerador, a economia colonial portu-
guesa continuou isolada em relação aos principais circui-
tos econômicos europeus de sua época, situação que só
se alteraria na primeira década do século XIX.
e) A realidade econômica de Portugal e Espanha nos sécu-
los XVII e XVIII tornou o Tratado de Tordesilhas obsoleto,
uma vez que, nesse período, importava menos o comércio
extrativista e mais a produção industrial.
52
(Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer a todos
os reinos e províncias da Europa, o tabaco o tem feito muito
afamado em todas as quatro partes do mundo, em as quais
hoje tanto se deseja e com tantas diligências e por qualquer
via se procura. Há pouco mais de cem anos que esta folha
se começou a plantar e beneficiar na Bahia [...] e, desta sor-
te, uma folha antes desprezada e quase desconhecida tem
dado e dá atualmente grandes cabedais aos moradores do
Brasil e incríveis emolumentos aos Erários dos príncipes.
Adaptado de André João Antonil. Cultura e opulência do
Brasil por suas drogas e minas. São Paulo: Edusp, 2007.
O texto acima, escrito por um padre italiano em 1711, revela
que:
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior ao do ouro,
sucedeu o da cana-de-açúcar.
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do que ocorria
com outros produtos, era direcionado à metrópole.
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade propiciada
pela cana-de-açúcar, já que a do tabaco, desde seu início,
era maior.
d) os europeus, naquele ano, já conheciam plenamente o
potencial econômico de suas colônias americanas.
e) a economia colonial foi marcada pela simultaneidade de
produtos, cuja lucratividade se relacionava com sua inser-
ção em mercados internacionais.
53
Ao contrário da manufatura, o instrumento de trabalho não
é mais uma extensão do trabalhador, pois agora o princípio
da organização da produção funda-se na máquina, na qual a
ferramenta é parte de um mecanismo, a máquina-ferramen-
ta. A cooperação poderá se desenvolver, sem cessar, com
base na cooperação entre máquinas, que são produzidas
com o auxílio de máquinas, tornando-se pois independentes
dos dotes do trabalhador. [...] O capital “libera-se” assim do
223
trabalhador, subordinando-o. Essa subordinação se dá em
dois níveis; na fábrica propriamente dita, na qual o ritmo de
produção depende sobretudo do conjunto de máquinas e o
processo de produção se torna basicamente independente
da destreza do trabalhador, impondo assim uma disciplina
que é interna ao processo produtivo; e socialmente, em que
a subordinação se dá seja pelo fato do trabalhador não ter
alternativa a não ser vender sua força de trabalho.
Tiago Maximiliano Bevilaqua. Desenvolvimento capitalista
e progresso técnico na Revolução Industrial, 1998.
176 f. Tese (doutorado). Universidade Estadual de
Campinas – Instituto de Economia, Campinas, SP.
Disponível em: <https://hdl.handle.net>.
Acesso em: 17 nov. 2022.
Sobre a Revolução Industrial, é correto afirmar que:
a) o funcionamento das máquinas dependia da habilidade
do trabalhador.
b) o operariado era proprietário de seus instrumentos e fer-
ramentas de trabalho.
c) a baixa produtividade das máquinas resultava em merca-
dorias despadronizadas.
d) os luddistas defendiam a completa substituição do opera-
riado por máquinas.
e) o trabalhador passou a ser submetido ao ritmo de funcio-
namento da máquina.
54
(Fuvest) Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas ca-
sas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do
que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos
e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas
mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. [...]
As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A
cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos:
algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima
de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco
mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.
Adaptado de Maria Graham. Diário de uma viagem
ao Brasil. São Paulo: Edusp, 1990. p. 230
(publicado originalmente em 1824).
Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere-se à sua
estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro
deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos:
a) do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o
controle militar e comercial dos mares do norte, mas per-
mitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.
b) do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca
regular de produtos portugueses por mercadorias de ou-
tros países europeus, que seriam também distribuídas
nas colônias.
c) da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decre-
tada por D. João em 1808, após a chegada da família real
portuguesa à América.
d) do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu
início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra
e eliminou a concorrência hispano-americana.
e) da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul,
gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua
vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.
SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 13/24 S

55
(Fuvest) A Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador em 1835:
a) foi uma revolta organizada por escravizados e libertos,
contra a escravidão e a imposição da religião católica.
b) expressava as aspirações de liberdade dos escravos urba-
nos impedidos de comprar as suas cartas de alforria.
c) externava a indignação da população urbana branca com
as práticas da violência e dos castigos públicos.
d) reivindicava mais autonomia para as províncias, contra-
pondo-se à política centralizadora empregada pelos ges-
tores imperiais.
e) fracassou em decorrência das dificuldades encontradas na
arregimentação de escravos dos engenhos do Recôncavo.
56
Tendo uma herança significativa atrás de si e mesmo um exem-
plo proeminente do outro lado do canal da Mancha, o que
distinguiria a proposta verde de Napoleão III e Haussmann?
Pela primeira vez na história da capital francesa, havia
uma ação coordenada de implementação de jardins públi-
cos e arborização de vias capaz de contemplar a maioria
dos bairros, inclusive os novos. “Paris é verdadeiramente
a primeira grande cidade europeia a estender o verde pú-
blico à escala territorial.” [...] Londres não experimentou
iniciativa similar.
Guilherme Onofre Mazza Dourado. Belle époque dos jardins:
da França ao Brasil do século XIX e início do XX, 2009. Tese
(Doutorado em Teoria e História da Arquitetura e do
Urbanismo). Escola de Engenharia de São Carlos –
Universidade de São Paulo, São Carlos, 2009.
Disponível em: <doi:10.11606/T.18.2009.tde-
07042009-154158>. Acesso em: 17 nov. 2022.
Considerando o contexto histórico apresentado no texto, é
correto afirmar que:
a) a implementação de jardins foi uma solução encontra-
da por Napoleão III diante do intenso êxodo urbano que
acontecia em Paris.
b) ao contrário de Londres, Paris não se industrializou no
século XIX, tornando-se uma cidade voltada ao lazer, com
jardins e boulevards.
c) a implementação de jardins públicos fez parte de um
projeto de renovação urbana da cidade de Paris no sé-
culo XIX.
d) o estabelecimento de jardins públicos ocorreu após o epi-
sódio da Comuna de Paris, visando dificultar o levante de
barricadas nas ruas da cidade.
e) as áreas verdes parisienses ajudaram a proteger militar-
mente a cidade durante a vitória francesa na Guerra Franco-
-Prussiana.
57
(Fuvest) Um elemento essencial para a evolução da dieta
humana foi a transição para a agricultura como o modo pri-
mordial de subsistência. A Revolução Neolítica estreitou
dramaticamente o nicho alimentar ao diminuir a variedade
de mantimentos disponíveis; com a virada para a agricultu-
ra intensiva, houve um claro declínio na nutrição humana.
PAG 14/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais
Por sua vez, a industrialização recente do sistema alimentar
mundial resultou em uma outra transição nutricional, na qual
as nações em desenvolvimento estão experimentando, si-
multaneamente, subnutrição e obesidade.
Adaptado de George J. Armelagos. “Brain Evolution, the
Determinates of Food Choice, and the Omnivore’s
Dilemma”. Critical Reviews in Food Science
and Nutrition, 2014.
A respeito dos resultados das transformações nos sistemas
alimentares descritas pelo autor, é correto afirmar:
a) A quantidade absoluta de mantimentos disponíveis para as
sociedades humanas diminuiu após a Revolução Neolítica.
b) A invenção da agricultura, ao diversificar a cesta de man-
timentos, melhorou o balanço nutricional das sociedades
sedentárias.
c) Os ganhos de produtividade agrícola obtidos com as revo-
luções Neolítica e Industrial trouxeram simplificação das
dietas alimentares.
d) As populações das nações em desenvolvimento estão
sofrendo com a obesidade, por consumirem alimentos
de melhor qualidade nutricional.
e) A dieta humana pouco variou ao longo do tempo, mantendo-
-se inalterada da Revolução Neolítica à Revolução Industrial.
58
A morfina é uma substância de alto poder analgésico usada
principalmente para alívio da dor. Essa substância atua em
receptores que regulam essa sensação no organismo, nor-
malmente ativada por neurotransmissores como as endor-
finas. Uma substância derivada da morfina é um narcótico
chamado popularmente de heroína, extremamente potente
e que causa dependência química. As fórmulas das duas
substâncias estão representadas a seguir.
HO
H
O
H
N
CH3
HO
morfina
H3C O
O
O H
O H
N
CH3
H3C O
heroína
Analisando as estruturas das duas substâncias, pode-se
afirmar que:
a) ambas possuem o grupo funcional amida.
b) ambas possuem o grupo funcional éster.
c) a morfina possui duas hidroxilas fenólicas.
d) ambas apresentam o grupo funcional éter.
e) somente a heroína apresenta o grupo funcional amina.
223

59
A classificação periódica foi elaborada levando-se em con-
sideração as características e propriedades dos elemen-
tos químicos. Em uma escola de Ensino Médio, um pro-
fessor de química apresentou algumas propriedades pe-
riódicas que variavam segundo um “esquema de setas”,
por exemplo, o aumento do raio atômico ilustrado na figura
a seguir.
1 18
1 H 2 13 14 15 16 17 He
2 Li Be B C N O F Ne
3 Na Mg 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 A, Si P S C, Ar
4 K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
5 Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
6 Cs Ba * Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T, Pb Bi Po At Rn
7 Fr Ra ** Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh F, Mc Lv Ts Og
(*) La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
(**) Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
O professor pediu para que três alunos determinassem
como ficariam a direção e o sentido dessas “setas”, sempre
em relação ao aumento da propriedade analisada, nas se-
guintes situações:
1. No segundo período da classificação periódica, o raio
atômico aumenta com a diminuição do número atômico.
2. Na família dos gases nobres, o potencial de ionização
aumenta à medida que o raio atômico diminui.
3. Os valores de eletronegatividade dos halogênios aumentam
com a diminuição do número atômico.
Considerando as propriedades periódicas raio atômico,
potencial de ionização e eletronegatividade, que foram cita-
das nas três afirmações, os corretos “esquemas de setas”
apresentados pelos alunos foram, respectivamente:
1 2 3 Ba2+ no organismo. Em um laboratório foram feitos dois testes
a)
b)
Sabendo que essa amostra de solo contém 20% de água,
qual é o resultado dessa análise por kg de solo seco?
a) 0,4 mg/kg
b) 1,6 mg/kg
c) 2,0 mg/kg
d) 2,2 mg/kg
e) 2,5 mg/kg
61
O carbonato de sódio é um sal branco, de fórmula química
Na2CO3, utilizado em várias reações, como na produção de
vidros, sabões e detergentes. Uma reação clássica de identifi-
cação de carbonatos é a sua reação com ácidos. Em um ex-
perimento, uma amostra de carbonato de sódio (Na2CO3(s))
foi colocada em contato com excesso de ácido clorídrico
(HC,(aq)). A reação, quando se completou, formou 9,9 g de
gás carbônico (CO2(g)). Qual foi a massa, em gramas, de clo-
reto de sódio formada ao final da reação?
Note e adote:
Massas molares (g $ mol-1) H = 1, C = 12, O = 16, Na = 23,
C, = 35,5.
a) 8,21
b) 13,16
c) 22,50
d) 26,32
e) 41,85
62
(Fuvest) O cátion Ba2+ pode apresentar toxicidade aos hu-
manos, dependendo de sua concentração e forma química.
Por exemplo, BaSO4 é pouco tóxico, sendo usado como
contraste radiológico, por ser insolúvel em solução aquosa,
enquanto BaCO3 e Ba(NO3)2 são muito tóxicos, pois liberam
de solubilidade para identificar o conteúdo de três frascos
não rotulados que poderiam ser de Ba(NO3)2, BaCO3 ou
BaSO4. Os resultados dos dois testes de solubilidade são
apresentados a seguir.

c) Teste I: Teste II:

adição de H2O adição de HC, diluído
Frasco
destilada a a temperatura
d) temperatura ambiente ambiente

e) Insolúvel, não houve Insolúvel, não houve

1
liberação de gás liberação de gás

60 Insolúvel, não houve Solúvel, houve liberação

2
(Fuvest) Para o monitoramento ambiental no entorno de liberação de gás de gás incolor
um posto de gasolina, coletou-se uma amostra de solo
que foi submetida de forma integral à análise de naftaleno, Solúvel, não houve Solúvel, não houve
um composto presente na gasolina. A concentração en- 3
liberação de gás liberação de gás
contrada foi de 2,0 mg de naftaleno por kg de solo úmido.

SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 15/24 S

223
Considerando os ensaios realizados, indique quais são os
compostos contidos nos frascos 1, 2 e 3, respectivamente.
65
(Fuvest)
Frascos

1 2 3

a) BaSO4 BaCO3 Ba(NO3)2

b) BaCO3 BaSO4 Ba(NO3)2

c) Ba(NO3)2 BaCO3 BaSO4

d) BaSO4 Ba(NO3)2 BaCO3

e) BaCO3 Ba(NO3)2 BaSO4

63
Sobre um hidrocarboneto insaturado formado por apenas
um carbono secundário, um carbono quaternário e os demais
carbonos primários, são feitas as seguintes afirmações:
I. Pode ser um alcino ou um alceno.
II. Pode ser um alcino ou um alcadieno.
III. Pode ter a mesma fórmula molecular do 2,3-dimetil-
but-1-eno.
IV. Pode ter como nome IUPAC 2,2-dimetilbut-3-ino, se for
alcino.
Das afirmativas anteriores, podemos assinalar como corretas:
a) I e II, apenas. c) I e IV, apenas. e) II e IV, apenas.
b) l e IlI, apenas. d) II e III, apenas.
64
O gráfico a seguir fornece as entalpias de formação do
NO2(g) e do N2O4(g).
H
2 NO2(g)
66,4 kJ
N2O4(g)
9,2 kJ
N2(g) + 2 O2(g)
A análise do gráfico permite concluir que:
a) os processos de formação do NO2(g) e do N2O4(g) são
exotérmicos, sendo que a quantidade de energia envolvida
na formação do NO2(g) é bem maior do que a energia en-
volvida na formação do N2O4(g).
b) a entalpia de formação do N2O4(g) é 9,2 kJ e esse processo
é exotérmico.
c) a entalpia de formação do NO2(g) é 57,2 kJ e esse processo
é endotérmico.
d) a reação de dimerização 2 NO2(g) N2O4(g) é exotérmica
e envolve a liberação de 57,2 kJ de calor.
e) a reação de dimerização 2 NO2(g) N2O4(g) é endotér-
mica e envolve a absorção de 66,4 kJ de calor.
Disponível em: <https://twitter.com/DoutorQuimica>.
O meme acima brinca com conceitos de química em um
jogo popular, cujo objetivo é que os jogadores descubram o
impostor entre os tripulantes de naves e estações espaciais.
Nele, um dos elementos é considerado o impostor por sua
característica química diferente.
Nesse contexto, é correto afirmar que o impostor seria o
elemento:
a) H, por ser um elemento com grande tendência a fazer
ligação covalente em uma família com tendência a fazer
ligação iônica.
b) Na, por ser o único que pode ser obtido em sua forma
metálica, ao contrário dos demais membros da família,
que formam apenas óxidos.
c) K, por ter raio atômico atipicamente grande, sendo maior
do que os elementos abaixo dele na tabela periódica.
d) Cs, por pertencer à família 2 da tabela periódica, formando
cátions +2, enquanto os demais pertencem à família 1.
e) Fr, por reagir violentamente com a água, devido ao seu
pequeno raio atômico, liberando muito calor, diferente-
mente dos demais elementos da família.
66
(Fuvest) A destilação é um processo utilizado para separar
compostos presentes em uma mistura com base nas suas
propriedades físicas como, por exemplo, a diferença de tem-
peratura de ebulição, a uma dada pressão, entre os compo-
nentes da mistura.
Recentemente, esse termo passou a figurar em estudos
de poluição ambiental, nos quais o termo “destilação glo-
bal” é utilizado para explicar a presença de compostos
voláteis, como os pesticidas organoclorados, em águas e
gelos de regiões polares, ainda que estes compostos nun-
ca tenham sido produzidos ou utilizados nessas regiões.

PAG 16/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais

223
Com base no princípio da técnica da destilação, como pode
ser explicada a presença desses pesticidas na Antártica e
no Ártico?
a) Eles são destilados nas águas aquecidas dos oceanos e
levados pelas correntes marinhas para as regiões polares,
onde se precipitam devido às águas frias dessas regiões.
b) Eles evaporam nas regiões mais quentes e são levados pe-
las correntes atmosféricas para regiões mais frias como os
polos, onde se condensam e voltam para a superfície.
c) Após destilados, eles se tornam resistentes à degradação,
de forma que alcançam todo o planeta, pela ação de corren-
tes marinhas, inclusive as regiões polares.
d) Os pesticidas organoclorados destilados, por conta da
eletronegatividade dos átomos de cloro, têm afinidade
com o gelo, o que faz com que eles se acumulem na
Antártica ou no Ártico.
e) Por serem hidrofílicos, eles são condensados juntamente
com a água nas regiões quentes do planeta e se precipitam
nos polos juntamente com o gelo.
67
(Fuvest)
Psicanálise do açúcar
      O açúcar cristal, ou açúcar de usina,
      mostra a mais instável das brancuras:
      quem do Recife sabe direito o quanto,
      e o pouco desse quanto, que ela dura.
      Sabe o mínimo do pouco que o cristal
      se estabiliza cristal sobre o açúcar,
      por cima do fundo antigo, de mascavo,
      do mascavo barrento que se incuba;
      e sabe que tudo pode romper o mínimo
      em que o cristal é capaz de censura:
      pois o tal fundo mascavo logo aflora
      quer inverno ou verão mele o açúcar.
     Só os banguês) que-ainda purgam ainda
      o açúcar bruto com barro, de mistura;
      a usina já não o purga: da infância,
      não de depois de adulto, ela o educa;
      em enfermarias, com vácuos e turbinas,
      em mãos de metal de gente indústria,
     a usina o leva a sublimar em cristal
     o pardo do xarope: não o purga, cura.
      Mas como a cana se cria ainda hoje,
      em mãos de barro de gente agricultura,
      o barrento da pré-infância logo aflora
      quer inverno ou verão mele o açúcar.
João Cabral de Melo Neto,
A educação pela pedra.
()) banguê: engenho de açúcar primitivo movido a força animal.
Observe o diagrama que mostra, de forma simplificada, o
processo de fabricação do açúcar.
cana-de- cristais + centrifugação açúcar +
-açúcar xarope melaço
moagem cozimento
cristalização
purificação
caldo xarope
bruto
Adaptado de <https://sistemas.eel.usp.br>.
223
Considerando essas informações e seu conhecimento sobre
separação de misturas e transformações químicas e físicas,
no trecho destacado no poema, o termo “sublimar” é usado:
a) corretamente para mostrar como do líquido (xarope) é
extraído o cristal de açúcar através do processo de eva-
poração do sólido e secagem.
b) em um sentido amplo do processo, já que não corresponde
ao que ocorre com o cristal de açúcar, e sim com o melaço,
que se separa do xarope.
c) metaforicamente, já que ocorre a precipitação do açúcar
com o cozimento do xarope, que é separado por centrifu-
gação.
d) incorretamente, já que a obtenção do açúcar a partir do
xarope é uma reação química direta que não necessita de
processo de separação.
e) em seu sentido literal, já que o açúcar está na fase sólida,
no xarope, e passa à fase vapor com o cozimento, formando
então cristais de açúcar puro.
68
De acordo com uma reportagem do jornal The Guardian,
de fevereiro de 2022, estima-se que as florestas do mundo
acumulam 861 gigatoneladas de carbono. Porém, desde o
início do milênio, foi perdido cerca de 10% dessa cobertura
vegetal, o que contribuiu para o aquecimento global, visto
que esse carbono armazenado foi liberado para a atmosfera.
Fonte: <www.theguardian.com>.
Considerando que o carbono armazenado é liberado para a
atmosfera na forma de CO2, seja pela queima da madeira
ou pela sua decomposição aeróbica, e que a temperatura
média da Terra é de 15 oC, calcule o volume aproximado de
gás carbônico emitido pelas florestas ao longo dos últimos
22 anos, considerando a pressão de 1 atm.
Note e adote:
Massas molares (g/mol) C = 12, O = 16;
R = 0,082 atm $ L/(mol $ K).
a) 1,7 $ 1017 L c) 7,4 $ 1018 L e) 1,7 $ 1018 L
b) 2,0 $ 1018 L d) 7,4 $ 1017 L
69
N
A
B
C
Fonte: Google Earth.
SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 17/24 S
A área apresentada na imagem de satélite anterior é do Ao serem analisados a partir do parâmetro dos climas
município de Iporá (GO). temperados, assinale a alternativa correta sobre os solos
A área identificada com a letra A é uma monocultura de soja, tropicais:
a identificada com a letra B é uma produção de hortaliças, e a) Busca-se fazer com que os solos tropicais, pobres e ácidos,
a área C, uma área urbana. atinjam os melhores índices de fertilidade, comparáveis
A área A será pulverizada com agrotóxicos na parte da ma- aos solos ucranianos de loess, a maior referência de pro-
nhã, quando o vento nessa região é de origem sudoeste (SO). dutividade no mundo.
Parte do volume será carregado para outras áreas, em um
b) Mostram-se muito degradados pela ação do intemperismo,
movimento chamado de deriva. Uma consequência desse
que os tornou deficientes em propriedades minerais, ape-
despejo será:
sar de serem altamente férteis.
a) a contaminação das áreas de produção de hortaliças e
c) Precisam ser corrigidos para obter os níveis de NPK dos
urbana.
solos estadunidenses de tchernozion, onde encontramos
b) a contaminação das áreas florestadas, a leste da mono-
elevadas safras agrícolas nos belts.
cultura.
d) Emprega-se um olhar colonial sobre os solos e ignora-se a
c) a contaminação da área urbana, somente.
necessidade de trabalhá-los de acordo com os processos
d) a contaminação das áreas a sudoeste da monocultura. naturais do clima tropical.
e) a contaminação das áreas a noroeste da monocultura. e) Os solos tropicais, apesar das suas deficiências, pos-
suem elevada produtividade, obtida quando são utilizados
70 exclusivamente para o plantio de trigo.
As periferias, locais tradicionais de entrada e de moradia dos
pobres sem lugar nas áreas da cidade bem-dotadas de infraes- 72
trutura, já passaram por várias fases, da extrema precarieda-
AMÉRICA DO SUL
de ao que se convencionou chamar de periferia consolida- Fatores de instabilidade política (2019)
da, aquela dotada dos serviços básicos. Nos últimos anos,
essas periferias vêm sofrendo ainda com a ação de grupos
criminosos, com a ação violenta e discriminatória da polícia
e com a presença das milícias. Se nos condomínios os mo-
radores optam por pagar por serviços exclusivos, nas perife-
rias dominadas pelas milícias os pobres são obrigados a usar
os serviços ofertados e explorados por essas organizações.
Se nos condomínios busca-se um serviço privado, voltado
para os interesses exclusivos e excludentes de um grupo
social privilegiado, em algumas periferias a presença precá-
ria do Estado é substituída à força pela gestão das milícias.
Fonte: Le Monde Diplomatique.
Disponível em: <https://diplomatique.org.br>.

O trecho mostra uma consequência do processo de urbani-

zação, que, no Brasil contemporâneo, aprofunda a:
a) gentrificação d) financeirização
b) desindustrialização e) segregação socioespacial
c) migração pendular
N
71
É um pequeno absurdo supor que o solo tropical seja um Legenda:
solo de clima temperado, muito mais intemperizado, ou 1 2 3
seja, decomposto pela ação do clima, muito mais pobre e,
portanto, muito mais desfavorável para a agricultura do que Fonte: M. Simielli. Geoatlas, 2019.
o solo do clima temperado. Logo o solo tropical necessitaria Assinale a alternativa que associa corretamente a legenda
ser adaptado ao solo rico, de pH neutro, do clima tempera- apresentada:
do, o que quer dizer que o alumínio alto e o pH baixo têm
a) 1-conflitos fronteiriços; 2-democracia frágil; 3-democracia
de ser corrigidos [...], bem como a pobreza mineral precisa
plena.
ser eliminada, adubando-se com elevadas doses de NPK; os
solos têm de ser mantidos limpos por herbicidas, uma vez b) 1-conflitos fronteiriços; 2-democracia plena; 3-democracia
que o mato cresce com muita rapidez e insistência, e as frágil.
enormes quantidades de parasitas devem ser controladas c) 1-bases militares dos EUA; 2-país subdesenvolvido; 3-país
por defensivos de alta toxidez. desenvolvido.
A. Primavesi. Pergunte o porquê ao solo e às raízes. d) 1-migração ilegal; 2-democracia frágil; 3-democracia plena.
São Paulo: Expressão Popular, 2021. e) 1-migração ilegal; 2-democracia plena; 3-democracia frágil.

PAG 18/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais

223
73 0,6 14,6
Imagem 1
0,4 14,4

temperatura média global (°C)

0,2 14,2

diferença (°C)
0,0 14,0

_ 0,2 13,8

_ 0,4 13,6
_ 0,6 13,4

_ 0,8 13,2
1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000
ano
Fonte: <https://gauchazh.clicrbs.com.br>.
média móvel
Imagem 2 margem de erro (5%-95%)

Teixeira et al. Decifrando a Terra. 2. ed.

São Paulo, 2009. p. 125-126.

O primeiro gráfico mostra a quantidade de dióxido de carbo-

no presente na atmosfera da Terra nos últimos dez mil anos,
enquanto o segundo gráfico mostra a variação da temperatura
média global de 1860 a 2000. Com base nas informações
dos gráficos, assinale a alternativa correta.
a) Conforme os gráficos, não existe a possibilidade de rela-
cionar o aumento da temperatura global com o aumento
da presença de CO2 na atmosfera.
b) O aquecimento global se relaciona indiretamente com a
produção de dióxido de carbono, já que só passou a existir
CO2 na atmosfera com a globalização.
Fonte: <https://g1.globo.com>. c) Apesar de o planeta estar em um período de aquecimento,
existe uma relação direta entre o aumento da temperatura
Em 2022, a praia do município de Balneário Camboriú (SC) e a quantidade de CO2 na atmosfera.
passou por uma obra de alargamento da faixa de areia, pas-
d) Pelo fato de o CO2 já existir antes dos seres humanos, é
sando de 25 para 70 metros. Em outubro do mesmo ano,
incorreto relacionar o aumento de sua quantidade com o
após uma ressaca, surgiu um degrau na praia (imagem 1), e,
aumento da temperatura da Terra.
em novembro, formou-se uma pequena laguna (imagem 2),
depois de uma segunda ressaca. e) Apesar de a presença do CO2 ter aumentado muito, não
As imagens mostram dinâmicas dos processos de erosão: existe relação direta com o aumento de temperatura, por-
tanto a Terra continuará aquecendo.
a) pluvial  b) eólica  c) marinha  d) biológica  e) híbrida

75
74
Padrões sustentáveis de consumo
Observe os gráficos a seguir.
[...] A especialista do Fórum sobre Florestas do Depar-
tempo (antes de 2005) tamento Econômico e Social da ONU falou à ONU News du-
10 000 5 000 0 rante a participação na 26 a Sessão do Comitê de Florestas
400
da FAO, em Roma. Bárbara Távora citou os padrões susten-
táveis de consumo, a importância de madeira sustentável e
a bioeconomia como fatores de proteção.
efeito como forçante climático

350
dióxido de carbono (ppm)

350
“As florestas, elas são fundamentais no que tange ao
300 combate à mudança do clima, no que tange à proteção e
1
conservação da biodiversidade, no que tange a evitar secas
W.m 2
_

1800 1900 2000

(ano) e desertificação por todo o mundo.”
300 O desmatamento é o maior motivo de perda da biodi-
versidade de valor com cerca de 10 milhões de hectares que
0 desaparecem todos os anos.
ONU News. “Apesar de vitais ao planeta, as florestas
250 continuam se perdendo”. 1o nov. 2022. Disponível em:
<https://news.un.org>. Acesso em: 02 nov. 2022.

SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 19/24 S

223
A ideia presente no texto é a de que:
77
a) as florestas são necessárias para a contenção dos efeitos
das mudanças climáticas, pois aumentam a emissão de MAPA A
metano.
b) as florestas são importantes para a conservação da bio-
Alemanha Rússia
diversidade e evitam problemas como secas e deserti-
Turquia Paquistão
ficação. Estados Japão
Unidos Irã China
c) a vegetação é capaz de tornar a atmosfera mais úmida, evi- México Egito Bangladesh
Índia
Vietnã Filipinas
tando a expansão do buraco na camada de ozônio. Nigéria
Indonésia
Brasil Rep. Dem. Etiópia
d) as florestas podem servir para a contenção da expansão
do Congo
de áreas degradadas e também para o fornecimento de
minérios para diversos setores.
N
e) o aumento das áreas desertificadas, por conta da proteção
das florestas, realiza a proteção do solo contra o desgaste
gerado pela sociedade. População total _ 2017
(mil habitantes)
menos de 25 000,0 150 000,1-325 000,0
76 25 000,1-75 000,0 mais de 1 339 180,1
75 000,1-150 000,0
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei no 12.305/2010,
cria diretrizes para a destinação e o tratamento de resíduos MAPA B
no país, incentivando a reciclagem e determinando normas
para a destinação correta deles. Alemanha
Rússia

China
Quantidade de municípios, por tipo de disposição Estados Turquia Irã
final adotada Unidos Japão
Paquistão
México Egito Bangladesh Vietnã
70,0%
Nigéria Filipinas
61,1% Índia
53,9% Brasil
Etiópia
52,5% República Indonésia
46,1% Democrática
38,9% do Congo N
35,0%

População total _ 2017

17,5% (mil habitantes)
menos de 25 000,0 150 000,1-325 000,0
25 000,1-75 000,0 mais de 1 339 180,1
0,0% 75 000,1-150 000,0
2010 2019

aterro controlado/lixão aterro sanitário

Fonte: Abrelpe, 2011 e 2019
(ano-base 2010 e 2018).
Com base no gráfico, podemos afirmar que:
a) no período apresentado, os aterros sanitários sempre
foram o principal destino dos resíduos produzidos nos
municípios brasileiros.
b) apesar do crescimento da disposição final dos resíduos
em aterros sanitários, os aterros ainda não correspondem
à metade dos municípios brasileiros.
c) os aterros controlados e os lixões aumentaram sua quan-
tidade em 2019, porém ainda são maiores que os aterros
sanitários.
d) aterros controlados e lixões cresceram em participação
total, sobretudo por conta do aumento das regiões com
déficit de infraestrutura.
e) lixões e aterros controlados são uma opção muito utiliza-
da por pequenos e médios municípios, que não são obri-
gados a fornecer a infraestrutura dos aterros sanitários.
Nos mapas A e B, podemos notar o emprego de duas técni-
cas de representação. Quais foram as técnicas empregadas
na confecção desses mapas, respectivamente?
a) Mapa equivalente e mapa hipsométrico.
b) Mapa coroplético e mapa anamórfico.
c) Mapa coroplético e mapa distorcido.
d) Mapa polivalente e mapa anamórfico.
e) Mapa distorcido e mapa coroplético.
78
A chamada Revolução Verde, implementada em regiões do glo-
bo como África e América do Sul, não considerou os produto-
res locais, e a tecnologia utilizada não correspondeu com preci-
são às necessidades dos solos e dos agricultores ou mesmo às
bases alimentares das populações dos continentes em ques-
tão. Não obstante, a já controversa transferência de tecnologia
culminou também em maiores pressão e contaminação dos
recursos hídricos, endividamento dos agricultores e expansão
das monoculturas em detrimento das culturas locais típicas.

PAG 20/24 S SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais

223
A partir do exposto, assinale a alternativa que indica uma
medida de mitigação de um problema ambiental tratado
80
no texto: (Fuvest) Considere a seguinte teia alimentar.
a) Elevação da disponibilidade de crédito para o agronegócio. milho
b) Adubação verde.
c) Expansão da participação da agricultura no PIB. porco galinha

d) Intensificação da erosão pela perda nutricional.

e) Reprimarização da balança de pagamentos de países afri-
canos.
79
(Fuvest) A representação cartográfica a seguir refere‐se
à viagem de circum-navegação, iniciada em Sanlúcar de
Barrameda, na Andaluzia, em 20 de setembro de 1519, e
comandada pelo português Fernão de Magalhães, a servi-
ço da monarquia da Espanha. A despeito da repercussão
da viagem para o desenvolvimento dos conhecimentos
náuticos e para a exploração do Oceano Pacífico, Battista
Agnese foi um dos poucos cartógrafos a registrar a em-
preitada de Magalhães.
solitária piolho
ser humano
Na teia considerada, o ser humano é:
a) produtor.
b) apenas consumidor de primeira ordem.
c) apenas consumidor de segunda ordem.
d) apenas consumidor de terceira ordem.
e) consumidor de primeira e segunda ordens.
81
A clorofila aparece verde para nossos olhos porque ela absorve
luz nos comprimentos de onda referentes ao vermelho e ao
azul, na região visível do espectro, e a luz nos comprimentos
de onda correspondentes ao verde é refletida. Essa relação
entre a absorção da luz e o comprimento de onda é mostrada
em gráficos conhecidos como espectro de absorção. O espec-
tro de absorção de luz de alguns pigmentos é mostrado na
figura a seguir.

0,4
absorvância

0,3

0,2

0,1

0,0
400 450 500 550 600 650 700 750
Battista Agnese. Atlas Portulano, 1545. Biblioteca Digital comprimento de onda (nm)
Mundial. Disponível em: <www.wdl.org>.
clorofila a + b
A representação cartográfica de Battista Agnese: carotenoides
a) revelava a permanência das técnicas e sentidos simbóli-
cos da cosmografia medieval, que orientaram os navega- Assinale a alternativa que apresenta o intervalo de compri-
dores ibéricos na época da expansão ultramarina. mento de onda, em nanômetros, equivalente à luz verde.
b) estava vinculada aos dogmas cristãos e procurava conci- a) 400 a 450.
liar o registro da viagem de Fernão de Magalhães com a b) 500 a 550.
perspectiva de Terra plana ainda presente entre letrados c) 550 a 600.
cristãos. d) 600 a 650.
c) estava baseada nos relatos dos navegadores, no acúmulo e) 600 a 700.
de conhecimentos acerca das rotas marítimas e em esti-
mativas de distâncias a partir de cálculos matemáticos e
da planificação do globo terrestre.
82
d) apresentava o Oceano Pacífico em suas reais dimensões (Fuvest) A hipótese de que os cloroplastos e as mitocôndrias
de acordo com o entendimento de Fernão de Magalhães tenham surgido através de uma associação simbiótica de um
e de Cristóvão Colombo e em desacordo com as perspec- eucarioto primitivo com, respectivamente, bactérias fotossin-
tivas cristãs. tetizantes e bactérias aeróbias, é reforçada pelo fato daquelas
e) estava assentada nos conhecimentos e detalhamentos organelas celulares:
geográficos bíblicos e nas formulações cosmológicas de a) serem estruturas equivalentes, com grande superfície
Ptolomeu, fundamentais para o sucesso da viagem de interna.
Fernão de Magalhães. b) apresentarem DNA próprio.

SIMULADO FUVEST – 1a Fase – Conhecimentos Gerais PAG 21/24 S

223
c) estarem envolvidas, respectivamente, na produção e con- d) No transporte ativo, indicado por 4, a célula gasta energia.
sumo de oxigênio. Esse tipo de processo é observado na hematose pulmonar
d) apresentarem tilacoides e cristas como as bactérias. dos mamíferos.
e) serem encontradas tanto em organismos superiores como e) Os processos 1 e 2 são passivos, já que o deslocamento das
inferiores. substâncias se dá a favor do gradiente de concentração.
Em 3 e 4, estão representados processos ativos, porque
83 dependem de proteínas carregadoras.

(Fuvest) Uma alteração genética é determinada por um gene 85

com herança autossômica recessiva. O heredograma mostra
famílias em que essa condição está presente. Leia o trecho a seguir e analise as afirmativas propostas.

I Teste com plasma em pacientes de Covid-19

enfrenta falta de sangue tipo AB
1 2 3 4
O Hospital Sírio-Libanês de São Paulo está em busca
II de doadores de plasma de sangue do tipo AB que tenham
testado positivo para o novo coronavírus e já estejam recupe-
1 2 3 4
rados da doença. Esse é o único grupo sanguíneo que está em
falta para os testes no hospital [...].
III “Temos 150 bolsas de plasma. A gente tem muito doa-
1 2 3 dor do grupo A, do B, do O, mas quase nada do grupo AB.
O grupo AB representa só 4% da população, então estamos
?
tendo muita dificuldade para achar doadores convalescentes
do grupo AB”.
O casal III-2 e III-3 está esperando um menino. Considerando
Disponível em: <https://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br>.
que, nessa população, uma em cada 50 pessoas é heterozi- Acesso em: 28 maio 2020.
gótica para essa alteração, a probabilidade de que esse menino
seja afetado é: Um paciente curado deseja fazer uma doação de sangue para a
a) 1/100 d) 1/25 000 pesquisa citada. Sabe-se que o seu pai possui sangue do
tipo A, sua mãe do tipo B e seu avô paterno e sua avó materna
b) 1/200 e) 1/40 000
do tipo O.
c) 1/1 000
I. A chance de que o paciente possua o tipo sanguíneo em
falta é de 25%.
84 II. O tipo sanguíneo AB é o doador universal.
O transporte de materiais através da membrana plasmática é III. O alelo IA em relação ao IB é codominante.
essencial para o metabolismo celular. Determinadas substân- IV. Se o paciente possuir sangue AB, é esperado que ele
cias devem se mover para dentro da célula, enquanto outras, possua aglutinogênios A e B no plasma.
produzidas pela célula para exportação ou como subprodutos
metabólicos, devem se mover para fora dela. De acordo com os dados fornecidos e seus conhecimentos,
Nesse contexto, analise o esquema a seguir e assinale a quais das afirmativas são verdadeiras?
alternativa correta. a) I e II.
b) I e III.
proteína proteínas
canal carregadoras c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.
gradiente de
concentração
86
1 2 3 4 Leia o texto a seguir.
No Brasil, o Ministério da Saúde estima a existência de pelo
a) Nos processos passivos, como indicado em 1 e 2, uma menos 1 milhão de infectados pelo protozoário Trypanosoma
substância atravessa a membrana plasmática contra seu cruzi – causador da doença de Chagas. [...] Com o objeti-
gradiente de concentração, gastando energia. vo de compreender os elementos envolvidos na cadeia de
b) Os processos 2, 3 e 4 são considerados transportes ativos, transmissão da doença de Chagas no semiárido brasilei-
já que o deslocamento de substâncias envolve a participa- ro, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas
ção de proteínas transportadoras. (Unicamp) conduziram um estudo de campo no município
c) Os transportes indicados em 1, 2 e 3 não envolvem gasto potiguar de Marcelino Vieira, onde, em 2015, ocorreu um
energético, já que as substâncias se deslocam a favor do surto possivelmente causado por transmissão oral. Foram
gradiente químico. A difusão simples é representada em 1, três mortes e 18 casos registrados, todos relacionados ao
e a facilitada, em 2 e 3. consumo de caldo de cana processado junto com o vetor

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223
do protozoário, no caso, o barbeiro ( Triatoma brasiliensis),
segundo o relato de pacientes.[...] Dados da pesquisa
89
revelam que 52% dos barbeiros silvestres capturados e (Fuvest) A figura mostra uma árvore filogenética dos grandes
71% dos insetos domésticos estavam infectados pelo grupos de animais invertebrados.
protozoário. [...]
Adaptado de “Análise genética de vetor da doença de PORÍFEROS PLATELMINTOS MOLUSCOS ANELÍDEOS ARTRÓPODES
Chagas pode levar a novas estratégias de prevenção”,
Revista Fapesp. 02 dez. 2019.
NEMATELMINTOS
A partir das informações contidas no texto e em seus co- CNIDÁRIOS
nhecimentos a respeito da doença de Chagas, é correto pseudoceloma corpo
segmentado
afirmar que:
a) a infecção pelo Trypanosoma cruzi se dá pela ingestão de sem cavidade
corporal
caldo de cana e também pelo contato com as fezes do celoma
Triatoma brasiliensis.
b) a infecção pelo Trypanosoma cruzi se dá através da picada
simetria bilateral
do barbeiro.
c) a única forma de interromper a propagação da doença tecidos verdadeiros
é através do combate ao vetor.
d) há maior chance de infecção se uma pessoa for picada por
um barbeiro silvestre do que por um barbeiro doméstico.
Existe um filo animal, pouco mencionado nos livros de textos,
e) para o Trypanosoma cruzi infectar uma pessoa, irá depender,
chamado Gnathostomulida, cujos representantes atuais vivem
principalmente, da contaminação do percevejo vetor da
entre os grãos de areia de certas praias oceânicas. Os animais
doença.
desse grupo não apresentam corpo segmentado nem cavi-
dade corporal, mas certas espécies têm tubo digestório com-
87 pleto, com boca e ânus. Tais características sugerem que os
gnatostomulídeos se separaram do tronco principal da árvore
(Fuvest) Uma certa raça de gado, quando criada em pas- filogenética entre os grupos de:
tagens argentinas, apresenta ganho de peso corpóreo re- a) poríferos e cnidários.
lativamente maior, em mesmo período de tempo, do que
b) cnidários e platelmintos.
quando criada no Brasil. A explicação para essa diferença é
que o solo argentino é mais rico em: c) platelmintos e nematoides.
a) ácidos, o que melhora a digestão dos ruminantes e o d) nematoides e moluscos.
aproveitamento calórico da pastagem. e) moluscos e anelídeos.
b) dióxido de carbono, o que aumenta a quantidade de carboi-
dratos da pastagem. 90
c) nitrogênio, o que aumenta o valor proteico da pastagem. H
Observe a figura ao lado, que repre-
d) sais minerais, o que aumenta a quantidade de carboidratos senta a estrutura simplificada de um
da pastagem. H2N C COOH
aminoácido.
e) sódio, o que aumenta o valor calórico da pastagem. Indique a alternativa que relaciona
R
corretamente as propriedades quími-
cas dessa molécula e sua função nos organismos vivos.
88
a) Os aminoácidos são moléculas de caráter ácido e podem
Órgãos vegetais de plantas terrestres que apresentam também ser chamados de nucleotídeos, sendo consti-
apenas o crescimento primário possuem o revestimento tuintes dos ácidos nucleicos como o DNA e o RNA.
feito pelo tecido x. Nesse tecido, diversas estruturas apre- b) Os aminoácidos são moléculas de caráter básico e podem
sentam especializações, entre elas, para as trocas gaso- também ser chamados de bases nitrogenadas, contendo
sas com o ambiente, y; para a impermeabilização contra nitrogênio; essas moléculas formam os nucleosídeos.
a perda excessiva de água, z; e, para a proteção contra c) Os aminoácidos apresentam simultaneamente caracterís-
herbívoros, w. ticas ácidas e básicas, e, nos seres vivos, são monômeros
Assinale a alternativa com as estruturas referentes a x, y, z das proteínas.
e w, respectivamente. d) Um aminoácido é uma molécula de caráter ácido exclu-
a) Súber, lenticela, cutícula e ritidoma. sivo, sendo ele a unidade constituinte das proteínas nos
seres vivos.
b) Epiderme, estômato, cutícula e tricoma.
e) Um aminoácido é uma molécula de caráter básico, perten-
c) Cortiça, estômato, tricoma e acúleo.
cendo à função orgânica amina; geralmente um aminoácido,
d) Epiderme, hidatódio, acúleo e glândula de sal. é malcheiroso e volátil, sendo o produto da decomposição
e) Periderme, hidatódio, espinho e ritidoma. de matéria orgânica.

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