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Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)
Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET)
Belo Horizonte
2022
Débora Dayane Ramos Bueno
Leandro Inácio de Campos
Matheus dos Santos Cruz
Belo Horizonte
2022
RESUMO
It is indisputable that nature is full of beings and structures with dimensions so small
that the human eye is not able to identify them. To see such structures we need something that
makes them big enough for our eyes to see them, the magnifying glasses. Microscopy made it
possible to observe and explore several areas hitherto unknown, revolutionizing scientific
knowledge. What until then was invisible to the naked eye began to be analyzed through the
lens of the microscope. The present work consists of the research and study of Transmission
Electron Microscopy (TEM) since this technique is used in microstructural analyzes for
providing from surface information to atomic levels, such as: chemical composition,
crystallographic information, evaluation of metallic oxides in the composition, dispersion of
fillers and additives, evaluation of phases dispersed in blends, evaluation of copolymer phases,
among others. In order to acquire theoretical and practical knowledge on the grounded subject.
Figura 3 - Uma imagem obtida a partir do MET. O vírus da poliomelite mede 30 nm.................6
Figura 6 - Micrografia obtida por MET mostrando carbonetos secundários TiC em um aço
inoxidável austenítico DIN 1.4970. Aumento 35000X..............................................................12
1. INTRODUÇÃO
Alguma vez você já se questionou sobre quais são os limites da visão humana? Os olhos
são os órgãos responsáveis por esse importante sentido e, mesmo sendo muito precisos,
apresentam algumas limitações. O olho humano tem um limite de resolução de 0,2 mm, abaixo
desse valor não é possível enxergar os objetos sem o auxílio de instrumentos. Portanto, para
enxergar tais estruturas precisamos de algo que as tornem grandes o suficiente para que nossos
olhos possam percebê-las, como lupas e, principalmente o microscópio.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. O microscópio eletrônico de transmissão (MET)
Na década de 1930, em Berlin, Max Knoll e Ernst Ruska, apresentaram o primeiro
microscópio eletrônico, demonstrando a ideia de lentes eletrônicas em uma realidade prática e
exibiram imagens eletrônicas tiradas no instrumento que elaboraram. Dentro de um ano após a
publicação de Knoll e Ruska, a resolução limite do microscópio óptico foi ultrapassada. Ruska
pensava que o comprimento de onda limite a fótons não se aplicava a elétrons. Apesar de um
pesquisador, Louis de Broglie, em 1925, ser o primeiro a teorizar que o elétron tem aspectos
ondulatórios característicos, com um comprimento de onda substancialmente menor que a luz
visível, Ruska afirmou desconhecer essa teoria de Broglie.
No estudo dos materiais três tipos de microscopia são utilizados em grande extensão:
microscopia óptica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia eletrônica
de transmissão (MET). Em menor extensão, mas em uma faixa exclusiva de alto aumento e
excelente resolução, encontra aplicação a microscopia de campo iônico (MCI). Deve-se
destacar que essas técnicas são complementares e cada uma delas tem seu campo específico de
aplicação.
Deve-se finalmente destacar que embora existam em operação alguns aparelhos cuja
tensão de aceleração é de 1000 kV, a maioria dos equipamentos utilizados no estudo de
materiais (metálicos, cerâmicos e poliméricos) dispõe de tensão de aceleração de até 200 kV.
Já os MET utilizados em biologia (materiais orgânicos naturais) em geral operam na faixa de
60 a 80 kV.
A manipulação dos elétrons no tubo é causada por dois efeitos. A interação dos elétrons
com o campo magnético causa o movimento dos elétrons na direção desejada, dessa forma
permitindo o eletroímã manipular o feixe de elétrons. O uso de campos magnéticos permite a
formação de lentes magnéticas de diferentes poderes de foco, a forma das lentes originais
permite a distribuição do fluxo magnético, além disso, o campo eletroestático pode usar os
elétrons para desviar os elétrons do fluxo magnético
a tela de fósforo ou outro dispositivo de imagem, tal como um filme. A magnificação do MET
é devida à razão das distâncias entre o espécime e o plano da imagem das lentes da objetiva.
Lentes adicionais quadri ou hexapolares permitem a correção de distorções assimétricas do
feixe, conhecidas como astigmatismo.
Figura 3: Uma imagem obtida a partir do MET. O vírus da poliomelite mede 30 nm.
Sistema de vácuo: Para aumentar o percurso livre médio da interação do gás de elétrons,
um MET padrão é evacuado para baixas pressões, tipicamente na ordem de 10−4 Pa. A
necessidade para isso é dupla: primeiro prover subsídios para a diferença de tensão entre o
catodo e a terra sem gerar um arco, por outro, reduzir a frequência de colisão dos elétrons com
os átomos de gás para níveis insignificantes, este efeito é caracterizado pelo percurso livre
médio. Componentes de um MET, tais como suportes de amostras e os cartuchos de filme
devem ser rotineiramente inseridos ou substituídos exigindo um sistema com capacidade para
evacuar novamente em uma base regular. Como tal, um MET é equipado com vários sistemas
de bombeamento e câmaras pressurizadas e não são permanentemente selados a vácuo.
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Vácuo pouco intenso em um MET pode causar diversos problemas, da deposição de gás
dentro do MET sobre o espécime que está sendo visto através de um processo conhecido como
deposição induzida por feixe de elétrons, ou em casos mais graves danos para o cátodo por uma
descarga elétrica. Problemas de vácuo devidos à sublimação do espécime são limitados pelo
uso de uma armadilha fria a adsorção de gases sublimados na vizinhança do espécime.
Lentes eletrônicas: As lentes eletrônicas são projetadas para atuar de uma maneira que
emula as lentes óticas, por focar raios paralelos em uma distância focal constante. Lentes podem
operar eletrostaticamente ou magneticamente. A maioria das lentes eletrônicas para MET
utilizam bobinas eletromagnéticas para gerar uma lente convexa. Para estas lentes o campo
produzido pelas lentes deve ser radialmente simétrico, como o desvio da simetria radial das
lentes magnéticas causa aberrações tais como astigmatismo, e aberração esférica e cromática.
Passados mais de 70 anos desde a primeira observação de discordâncias por MET, este
tipo de estudo continua atual e muito utilizado. A Figura 5 apresenta as distribuições de
discordâncias em cobre puro policristalino deformado até 10% de alongamento em ensaio de
tração realizado em duas temperaturas: a) a temperatura ambiente (25ºC) e b) 500ºC. No cobre
deformado na temperatura ambiente as discordâncias formam emaranhados arranjados em uma
substrutura celular, com muitas discordâncias nas paredes de célula e com densidade de
discordâncias mais baixa no interior das células. No cobre deformado a quente ,500ºC, o arranjo
de discordâncias levou à formação de subcontornos que subdividiram os grãos (cristais) em
subgrãos. Enquanto a diferença de orientação entre grãos vizinhos é da ordem de dezenas de
graus, a diferença de orientação entre subgrãos é em geral menor que 5º. A comparação entre
as duas micrografias da Figura 5, permite afirmar que a densidade de discordâncias da amostra
deformada a quente é mais baixa. Determinando-se a espessura local da amostra e utilizando
relações de estereologia quantitativa é possível determinar a densidade de discordâncias (em
cm/cm3 ou m/ m3).
A Figura 7 mostra franjas de Moiré causadas por precipitados de carbonetos TiC ainda
menores que os precipitados da Figura --, com as respectivas imagens produzidas por raios X
de titânio e de carbono.
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4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS