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RELATÓRIO 04
MEDIDOR DE VAZÃO: VENTURÍMETRO
Belo
Horizonte
2024
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
1.1 OBJETIVO.....................................................................................................................................3
2. ANÁLISE DE RESULTADOS...............................................................................3
3. CONCLUSÃO..........................................................................................................8
1. INTRODUÇÃO
1.1 Objetivo
Além disso, a prática tem como objetivo validar os princípios teóricos da dinâmica dos fluidos,
como o princípio de Bernoulli, que descreve a relação entre a velocidade do fluido e a pressão em
um sistema. Ao medir a diferença de pressão em uma seção de garganta estreitada do
venturímetro, é possível inferir a velocidade do fluido e, consequentemente, a taxa de fluxo.
2. ANÁLISE DE RESULTADOS
O venturímetro é um instrumento que pode ser usado para medir vazões em tubulações ou para aumentar a
velocidade de um fluido em um determinado local de uma tubulação. No gráfico 1, em que é exibido a
curva de calibração do venturímetro, é possível visualizar o comportamento da diferença da pressão
estática antes do vertedor e na garganta dele em relação à quantidade de vazão.
Como há uma contração na região da garganta do venturímetro (h2), o aumento da velocidade do fluido,
faz com que a energia cinética fique maior e, consequentemente, a pressão estática fique menor. Dessa
forma, percebe-se que quanto maior a vazão, maior a velocidade do fluido e maior é a variação da altura do
líquido presente nos piezômetros.
Este fato pode ser explicado pela Equação de Bernoulli (1), que relaciona pressão, velocidade e altura de
dois pontos em um sistema:
(1)
Gráfico 1 - Curva de calibração do Venturímetro
Δh1/2
Pode-se observar no Gráfico 2 que, mesmo com o aumento da vazão, o coeficiente de descarga se mantém
praticamente constante com uma leve inclinação em sua linha de tendência. Isso ocorre devido ao fato de
um ponto estar mais afastamos dos demais. Isso é explicado pela Equação 2, a fórmula de cálculo do
coeficiente de descarga:
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐶𝑑 = (2)
𝑉𝑎𝑧ão 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎
Pela fórmula, sabe-se que o aumento da vazão real implica no aumento proporcional da vazão teórica,
mantendo o coeficiente de descarga constante. Em teoria a linha do gráfico deveria se manter constante, na
horizontal. Contudo, no gráfico plotado a partir das medições feitas em laboratório a linha de tendência teve
uma pequena variação angular, proveniente de erros durante a coleta dos dados do experimento.
Conhecendo a Equação 3, sabemos que o valor de “n” é 0,5, porém considerando o Gráfico 3, o valor de
“n” dado pela inclinação da reta é cerca de 8% menor, sendo 0,4301.
Essa equação da reta foi encontrada através de uma regressão linear feita no Excel e é descrita por:
𝑌 = 0,4301𝑥 - 3,3221, onde o termo que acompanha “x”, a inclinação da reta representa “n” e o valor do
“Log K”, a ordenada do ponto onde a reta intercepta o eixo de log(Q), é representado pelo valor -
3,3221.
Com esses valores é possivel calcular a constante do venturímetro K=0,000476, e o coeficiente de forma
KF =0,000359. Isso mostra que o uso de 0,5 para “n” para executar a equação de cálculo do coeficiente
de descarga é um valor bem próximo do valor real, o erro é menor que 10% e, se tratando de
experimentos práticos, a fórmula genérica possui uma confiabilidade muito grande.
(3)
Gráfico 3 - Vazão logarítmica pela altura
log Ǫ
Q=0,000476*(Δh)0,4301
Erros
Alguns erros iniciais podem ser mencionados, como o fato de descartar os efeitos de perda de carga ao
longo da tubulação. Outro fator é o venturimetro não estar cem porcento n horizontal, mesmo com os
ajustes feitos, pode ter ocorrido alguma variação durante as medições.
Outra fonte de erro a ser considerada, é a presença de bolhas de ar que estavam dentrodo tubo, apesar dos
esforços para reduzir a interferência dessas bolhas, elas continuaram presentes, mesmo que em menor
quantidade, durante o experimento.
Outro erro presente neste experimento, assim como na maioria, é o erro de paralaxe. Dependendo do
ângulo do observador sobre o experimento, os valores medidos podem ser diferentes em casos iguais.
3. CONCLUSÃO
Ao finalizar a prática do teste com o venturímetro como medidor de vazão, é possível constatar que
foi obtido resultados próximos ao esperado, diferenciando devido as fontes de erros existentes no
processo da prática.
Além disso, a prática nos permitiu ver na prática como os princípios teóricos que aprendemos, como
o princípio de Bernoulli, se aplicam de forma tangível no mundo real. Isso reforça a confiabilidade
do venturímetro como um medidor de vazão preciso e útil.
Em resumo, essa experiência mostrou a importância do venturímetro como uma ferramenta valiosa
na medição de vazão de fluidos.