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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Graduação em Engenharia Mecânica

Leandro Inacio de Campos


Lucas Martins Xavier
Matheus Tomaz de
Almeida
Vitor Antunes Resende Figueiredo

RELATÓRIO 04
MEDIDOR DE VAZÃO: VENTURÍMETRO

Belo
Horizonte
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................3

1.1 OBJETIVO.....................................................................................................................................3

2. ANÁLISE DE RESULTADOS...............................................................................3

3. CONCLUSÃO..........................................................................................................8
1. INTRODUÇÃO

Medir o fluxo de fluidos é essencial em uma ampla gama de aplicações industriais e de


engenharia, desde processos de fabricação até sistemas de distribuição de água e gás. Um dos
dispositivos mais comumente utilizados para essa finalidade é o venturímetro, um medidor de
vazão baseado nos princípios da dinâmica dos fluidos. O venturímetro oferece uma abordagem
confiável e precisa para determinar a vazão de fluidos em tubulações, aproveitando a relação entre
a velocidade do fluido e a pressão em uma seção de garganta estreitada. Neste contexto,
exploraremos os princípios de funcionamento do venturímetro como medidor de vazão, suas
aplicações práticas e suas vantagens em relação a outros métodos de medição de vazão.

1.1 Objetivo

O objetivo da prática envolvendo o uso de um venturímetro como medidor de vazão é


proporcionar uma medição precisa e confiável do fluxo de fluidos em sistemas industriais ou de
engenharia. Ao utilizar um venturímetro, busca-se determinar a taxa de fluxo de um fluido através
de uma tubulação, permitindo um controle mais eficaz dos processos e um monitoramento preciso
do consumo de recursos.

Além disso, a prática tem como objetivo validar os princípios teóricos da dinâmica dos fluidos,
como o princípio de Bernoulli, que descreve a relação entre a velocidade do fluido e a pressão em
um sistema. Ao medir a diferença de pressão em uma seção de garganta estreitada do
venturímetro, é possível inferir a velocidade do fluido e, consequentemente, a taxa de fluxo.

2. ANÁLISE DE RESULTADOS

Na tabela 1 abaixo, tem-se os dados medidos e calculados durante a realização do experimento em


laboratório. Nela, pode-se visualizar a relação entre a altura, a vazão e a pressão estática no sistema.
Tabela 1 - Valores medidos e calculados

Fonte: autoria própria

O venturímetro é um instrumento que pode ser usado para medir vazões em tubulações ou para aumentar a
velocidade de um fluido em um determinado local de uma tubulação. No gráfico 1, em que é exibido a
curva de calibração do venturímetro, é possível visualizar o comportamento da diferença da pressão
estática antes do vertedor e na garganta dele em relação à quantidade de vazão.

Como há uma contração na região da garganta do venturímetro (h2), o aumento da velocidade do fluido,
faz com que a energia cinética fique maior e, consequentemente, a pressão estática fique menor. Dessa
forma, percebe-se que quanto maior a vazão, maior a velocidade do fluido e maior é a variação da altura do
líquido presente nos piezômetros.

Este fato pode ser explicado pela Equação de Bernoulli (1), que relaciona pressão, velocidade e altura de
dois pontos em um sistema:

(1)
Gráfico 1 - Curva de calibração do Venturímetro

Δh1/2

Fonte: autoria própria

Pode-se observar no Gráfico 2 que, mesmo com o aumento da vazão, o coeficiente de descarga se mantém
praticamente constante com uma leve inclinação em sua linha de tendência. Isso ocorre devido ao fato de
um ponto estar mais afastamos dos demais. Isso é explicado pela Equação 2, a fórmula de cálculo do
coeficiente de descarga:

𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐶𝑑 = (2)
𝑉𝑎𝑧ão 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎
Pela fórmula, sabe-se que o aumento da vazão real implica no aumento proporcional da vazão teórica,
mantendo o coeficiente de descarga constante. Em teoria a linha do gráfico deveria se manter constante, na
horizontal. Contudo, no gráfico plotado a partir das medições feitas em laboratório a linha de tendência teve
uma pequena variação angular, proveniente de erros durante a coleta dos dados do experimento.

Gráfico 2 - Coeficiente de descarga pela vazão


C

Fonte: autoria própria

Conhecendo a Equação 3, sabemos que o valor de “n” é 0,5, porém considerando o Gráfico 3, o valor de
“n” dado pela inclinação da reta é cerca de 8% menor, sendo 0,4301.

Essa equação da reta foi encontrada através de uma regressão linear feita no Excel e é descrita por:
𝑌 = 0,4301𝑥 - 3,3221, onde o termo que acompanha “x”, a inclinação da reta representa “n” e o valor do
“Log K”, a ordenada do ponto onde a reta intercepta o eixo de log(Q), é representado pelo valor -
3,3221.

Com esses valores é possivel calcular a constante do venturímetro K=0,000476, e o coeficiente de forma
KF =0,000359. Isso mostra que o uso de 0,5 para “n” para executar a equação de cálculo do coeficiente
de descarga é um valor bem próximo do valor real, o erro é menor que 10% e, se tratando de
experimentos práticos, a fórmula genérica possui uma confiabilidade muito grande.

(3)
Gráfico 3 - Vazão logarítmica pela altura

log Ǫ

Fonte: autoria própria

Com os resultados obtidos, a equação do venturímetro do laboratório e dada por:

Q=0,000476*(Δh)0,4301

Erros

Alguns erros iniciais podem ser mencionados, como o fato de descartar os efeitos de perda de carga ao
longo da tubulação. Outro fator é o venturimetro não estar cem porcento n horizontal, mesmo com os
ajustes feitos, pode ter ocorrido alguma variação durante as medições.

Outra fonte de erro a ser considerada, é a presença de bolhas de ar que estavam dentrodo tubo, apesar dos
esforços para reduzir a interferência dessas bolhas, elas continuaram presentes, mesmo que em menor
quantidade, durante o experimento.

Outro erro presente neste experimento, assim como na maioria, é o erro de paralaxe. Dependendo do
ângulo do observador sobre o experimento, os valores medidos podem ser diferentes em casos iguais.
3. CONCLUSÃO

Ao finalizar a prática do teste com o venturímetro como medidor de vazão, é possível constatar que
foi obtido resultados próximos ao esperado, diferenciando devido as fontes de erros existentes no
processo da prática.

Além disso, a prática nos permitiu ver na prática como os princípios teóricos que aprendemos, como
o princípio de Bernoulli, se aplicam de forma tangível no mundo real. Isso reforça a confiabilidade
do venturímetro como um medidor de vazão preciso e útil.

Em resumo, essa experiência mostrou a importância do venturímetro como uma ferramenta valiosa
na medição de vazão de fluidos.

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