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22/09/2020
Esse é o desafio que emerge aos governantes brasileiros, tanto na esfera municipal e
estadual quanto federal: é preciso, cada vez mais, garantir que o governo esteja presente
e acessível onde o cidadão mais precisa – e a digitalização de serviços tem sido a
principal estratégia para garantir isso. A pandemia apenas acelerou algo que, cedo ou
tarde, aconteceria. O mundo pós-pandemia, portanto, é um mundo digital, conectado e
ágil, sem espaço para burocracia, para o desperdício de recursos e, principalmente, para
uma baixa qualidade das políticas públicas.
No Brasil, o principal teste de governo digital até agora foi o cadastro e pagamento do
Auxílio Emergencial oferecido à população durante a pandemia de Covid-19. O
processo mostrou a força deste conceito, e ao mesmo tempo, seus principais desafios.
Ainda que grandes filas tenham se formado nas agências da Caixa nas primeiras
semanas, a incorporação de tecnologias permitiu que o aplicativo realizasse o
pagamento on-line do benefício a mais de 65 milhões de brasileiros.
As filas nas agências da Caixa servem como alerta, sem dúvida, mas não são um sinal
de que é impossível garantir a digitalização dos serviços públicos no país. Dados da
Secretaria de Governo Digital, vinculada ao Ministério da Economia, mostram que de
todas as funcionalidades disponíveis no portal gov.br, 58% delas já são realizadas de
forma completamente digital.
Dessa forma, projeções indicam que, até 2025, o governo pode economizar R$ 38
bilhões apenas com a redução da burocracia e dos gastos com atendimento presencial.
Com mais agilidade no dia-a-dia, a sociedade pode economizar mais de 149 milhões de
horas por ano, convertidos em R$ 1,5 bilhão que seria gasto à espera do andamento dos
processos.