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TI011 – SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DA MUDANÇA

MM219 –SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E TIC

ATIVIDADE PRÁTICA

PROGRAMA DE ESTUDOS: Mestrado em Direção Estratégica em


Engenharia de Software
Nome Completo: Modesto Laurentino de Brito Domingos Bemba
Data: 22 de novembro de 2023

O processo de desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação vem se


desenvolvendo ao longo dos séculos, mas a história nos mostra que no último o seu avanço
foi fundamental para a sua consolidação e participação em diferentes esferas da vida e em
proporção até então ainda não vista.

O contexto pandêmico tornou evidente o uso destas ferramentas. Segue abaixo o relatório
de uma pesquisa do uso das tecnologias de informação e comunicação na Pandemia e
como ela interferiu nos hábitos, modo de se relacionar e agir em sociedade.

Internetlab (2021). O que mudou com o nosso em nosso consumo de informação


durante a pandemia?

Recuperado:
https://www.internetlab.org.br/pt/informacao-e-politica/o-que-mudou-em-nosso-consumo-
de-informacoes-durante-a-pandemia/

RESUMO:

O início do século XXI é marcadamente relacionado a evolução das atividades


intermediadas pela internet. A pandemia do covid 19 intensificou ainda mais o seu uso. A
pesquisa em questão tenta mapear as principais mudanças nos costumes em relação ao
consumo, ao aceso a serviços e aplicativos via internet. A amplitude do uso deste meio
está desde serviços oferecidos pelo governo, as relações interpessoais via rede sociais,
estudos e o próprio trabalho. O que ficou marcadamente notável nesta pesquisa foi o
aumento do uso e do consumo via internet na população brasileira em decorrência da
pandemia e das medidas sanitárias tomadas.

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Instruções para o desenvolvimento da atividade
Obs: o importante desta atividade é a reflexão sobre o processo de desenvolvimento
das tecnologias de comunicação e informação e sua influência no mundo da vida, no
cotidiano das pessoas.

1. Considerando as etapas do desenvolvimento da internet (Web 2.0, 3.0 e Web


semântica) em quais circunstâncias você evidência alguma destas fases no cenário
apresentado pelo relatório?

R: Depois de uma leitura e analise profunda aos cenários no relatório vê-se que a
internet 2.0 começa a receber as suas primeiras pinceladas quando é referido que
“Outra preocupação da população foi a própria saúde. 75% dos entrevistados
disseram ter procurado por informações ou serviços relacionados à saúde pela
internet e 20% realizou consulta médica ou com outro profissional da saúde desde
o início da pandemia. As formas de realização de consultas foram variadas, sendo
maior por aplicativos de mensagem, como Whatsapp e Telegram (50%), e
aplicativos de chamada de vídeos, como Skype ou Zoom (31%).” Demostrando
claramente o uso das redes sociais tanto para mensagens como para chamadas
de vídeo que é exatamente um dos aspectos desta geração de internet. A medida
que o relatório se desenrola a respeito dos motivos para usuários de internet não
baixarem aplicativos que informem sintomas, formas de obter tratamento ou aviso
de contato com pessoas com Covid-19 foi ficando cada vez mais evidente o
conceito de web 2.0 sendo exposto na medida que se fala dos usuários receando
que seus dados pessoas fossem usados para propósitos indevidos ao qual não
concordaram, mas é a partir do ponto “Com a suspensão das aulas presenciais
pelo Ministério da Educação em março de 2020, 87% dos estudantes brasileiros
tiveram aulas remotas ofertadas por suas escolas ou universidades, segundo o
Painel TIC Covid-19. Com a alteração do ensino para o ambiente online, escolas,
responsáveis e os próprios alunos tiveram que se adaptar às condições do período
a partir do uso de diversos dispositivos para o ensino. Dos recursos utilizados, os
que ganham destaque são sites, redes sociais ou plataformas de
videoconferência, utilizado por 71% dos alunos, e aplicativos da escola,
universidade ou secretaria de educação, por 55%. Ainda foram utilizados materiais
impressos distribuídos pelas escolas ou universidades por 29%, canal de televisão
por 14% e rádio por 5%, além dos 8% dos alunos que responderam acompanhar
as aulas de forma presencial.” que sem dúvidas encontramos a geração 2.0 da
internet fica mais manifesto. Quando o relatório trata sobre novas tendências no
comportamento dos usuários face as formas de entretenimento e busca por
informações pela internet, vemos o início das evidências da web 3.0, mas fica
ainda mais denunciada assim que trata sobre o consumo eletrónico e uso de
serviços referindo-se ao tipo de produto comprado por usuários de internet e
também quando fala serviços de entrega de produtos, mudança de hábitos de
consumo em relação aos aplicativos. Quanto a web semântica é exibida quando
mencionado o a pesquisa da MobileTime que dá conta da inserção de novos
aplicativos nos celulares dos brasileiros, softwares que implicam na sua utilização
a inserção e partilha de dados com a empresa do aplicativo ou até mesmo com
terceiros, sendo que os dados podem ser reutilizados para pesquisas posteriores.

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2. Escolha uma das mudanças apontadas pelo relatório no consumo dos serviços pela
internet durante a pandemia e desenvolva uma análise crítica considerando o
mundo pós-pandêmico, ou seja, como você visualiza esta mudança no futuro se
relacionando com outros aspectos da vida cotidiana.
R: No seu primeiro ponto o relatório faz uma incursão na forma como a pandemia
mudou o consumo de serviços na internet, o vírus pandémico da covid-19 trouxe
inúmeros efeitos e um deles foi exatamente o encerramento das actividades de
muitas empresas e demissão de funcionários, com a taxa de desemprego
atingindo cifras de 13,5% em 2020, o que atingiu cerca de 13,4 milhões de
brasileiros. Este ponto no período pós-pandémico tem sido um verdadeiro
calcanhar de Aquiles não só para as instituições do governo mas principalmente
para maioria das pessoas que na altura já tinham preocupações em relação aos
seus empregos e viram-nos desaparecer e não mais retornar, pois muitas
empresas não reabriram e aquelas que tornaram a abrir entenderam que no novo
contexto não era mais necessária a presença de muitas pessoas quando a
tecnologia foi capaz de suprir a demanda da procura dos serviços. De acordo com
a (CNN, 2021), procura por profissionais de tecnologia cresce 671% durante a
pandemia. Essa informação demostra claramente que a maior parte das
profissões vieram-se em risco e a hipervalorização de um mercado que não tinha
pessoal capacitado o suficiente para suportar a demanda do mercado. Segundo
(Pacini, Tobler, & Bittencourt, 2023), em 2021, 57,5% das empresas afirmam ter
adotado o modelo home office no Brasil, de forma parcial ou total, incluindo os que
já adotavam essa modalidade antes da pandemia. Esse percentual diminuiu para
32,7% em outubro de 2022. A Indústria e o Setor de Serviços, que se haviam se
destacado durante a pandemia, quando atingiram proporções de adoção de home
office por 72,4% e 65,5% das empresas, respectivamente, reduziram o uso do
trabalho remoto para 49% e 40,3%. Analisando os números anterior se verificou
uma tendência decrescente nos serviços por casa mas ainda pesa negativamente
nas contas do desemprego naquele país até aos dias de hoje embora se verifica
alguma melhoria como confirma o Instituto Brasileiro IBGE (Cebrasse, 2022), a
taxa de desemprego caiu em 22 das 27 unidades da federação no 2º trimestre, na
comparação com os 3 primeiros meses do ano, segundo pesquisa divulgada nesta
sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outros
cinco estados registaram estabilidade.
3. A pesquisa aponta uma realidade que por diversos motivos de exclusão não é
compartilhada por muitos cidadãos brasileiros, ou seja, o acesso a uma internet de
qualidade e suas possibilidades. A partir da análise que você fez na questão
anterior, como você visualiza a condição pós-pandêmica para esta parte da
população que não teve acesso a este tipo de serviço via tecnologia de informação
e comunicação?
R: Para esta parte da população que não teve acesso a este tipo de serviço via
tecnologia de informação e comunicação a condição pós-pandêmica claramente é
muito difícil como já era se esperar visto que durante o período pandêmico
acabaram sendo os mais afectados principalmente resultado da impossibilidade de
se manter informado quando a covid-19 relativamente as causas, sintomas,
formas de prevenção e outros serviços de saúde conexos a doença, quanto a
questão da empregabilidade que naquela altura implicava quase sempre a ligação
via tecnologia de informação e comunicação. Tudo isto piorou na medida em que

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esta parcela de pessoas da população brasileira e em todos os outros países com
grandes deficits na estrutura dos SIC se viram em um aparente novo mundo onde
os serviços migraram definitivamente para digital, forma esta que continuam sem
acesso visto que esta mudança não foi feita de forma paralela a própria estrutura
de internet o que torna ainda mais complicada. De acordo com (Peres, 2023), nos
últimos 3 meses, 29 milhões de brasileiros não teve acesso à internet. O número
representa uma redução de 19,4% ante o mesmo período de 2022, quando 36
milhões não tiveram acesso. É ainda mais evidente que se os órgãos privados e
dos estados ligados a estruturas de internet não traçarem políticas mais inclusivas
do ponto de vista financeiro, vai continuar a existir uma grande franja da população
que pagará um preço muito alto pelos avanços da humanidade.

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Bibliografia
Cebrasse. (16 de Agosto de 2022). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Obtido de
CEBRASSE - Central Brasileira do Sector de Serviço:
https://blog.cebrasse.org.br/2022/08/16/desemprego-cai-em-22-estados-no-2o-
trimestre-bahia-e-pernambuco-tem-as-piores-
taxas/?utm_source=leadlovers&utm_medium=email&utm_campaign=&utm_content=
NOTCIAS%20DA%20CENTRAL%20EMPRESARIAL%20E%20SEUS%20ASSOCIA
DOS%20CE
CNN. (27 de Outubro de 2021). WarnerMidia. Obtido de CNN Brasil:
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/procura-por-profissionais-de-tecnologia-
cresce-671-durante-a-pandemia/
Pacini, S., Tobler, R., & Bittencourt, V. S. (13 de Março de 2023). Fundação Getulio Vargas.
Obtido de Blog do IBRE: https://blogdoibre.fgv.br/posts/tendencias-do-home-office-
no-brasil
Peres, S. (16 de Novembro de 2023). Poder 360 Jornalismo. Obtido de Poder 360º:
https://www.poder360.com.br/tecnologia/29-milhoes-de-brasileiros-nao-tiveram-
acesso-a-internet-em-2023/

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