Você está na página 1de 5

1.

Introdução

 O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) foi instituído em 1995 pela Portaria
interministerial e normatizado em 2003 pelo Decreto Nº 4.829 com o objetivo de de
coordenar e integrar todas as iniciativas de serviços de internet no país, promovendo a
qualidade técnica, a inovação e a disseminação dos serviços disponibilizados;
 O Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação
(Cetic.br) tem a missão de monitorar a adoção das tecnologias de informação e
comunicação (TIC) no Brasil. Criado em 2005, o Cetic.br é um departamento do
Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor
da Internet do Brasil (CGI.br);

 O Cetic.br é responsável por produzir indicadores e estatísticas sobre o uso da Internet


no Brasil, e suas pesquisas são frequentemente usadas como referência em estudos
acadêmicos, elaboração de políticas públicas, e tomada de decisão por empresas;

2. Metodologia da Pesquisa do Cetic.br

 Desde 2013, a pesquisa TIC Governo Eletrônico é realizada a cada dois anos com o
objetivo de investigar a incorporação das TIC nos órgãos públicos no Brasil. O uso de
TIC no setor público pode ser uma forma de ampliar o acesso aos serviços públicos,
tornar os governos mais transparente, além de possibilitar a participação do cidadão.
Com o objetivo de analisar esse cenário, são entrevistados os gestores de TIC e
responsáveis pelos conteúdos digitais de órgãos públicos dos três entes federativos
(União, Estados e Municípios) e dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além
do Ministério Público.

3. Resultados Principais da Pesquisa

 NOVAS TECNOLOGIAS

- Quase metade (45%) dos órgãos federais e 22% dos órgãos estaduais utilizaram
tecnologias de Inteligência Artificial (IA) nos 12 meses anteriores à pesquisa. A
adoção de IA ocorreu em maiores proporções em órgãos do Judiciário (55%), do
Ministério Público (50%) e do Legislativo (48%).
 SERVIÇOS E COMUNICAÇÃO PELA INTERNET

- Tente estruturar essas informações de maneira clara e acessível. Por exemplo, você
pode dividir os resultados em diferentes categorias, como uso dos serviços de governo
eletrônico, satisfação do usuário, barreiras ao uso, etc.

- Em 2021, três a cada quatro órgãos federais declararam disponibilizar de forma


remota o serviço público mais procurado pelos cidadãos, situação que era mencionada
por pouco mais da metade desses órgãos em 2019. Nas entidades estaduais, a oferta
pela Internet do serviço mais procurado passou de 31%, em 2019, para 45%, em 2021.

- Observou-se também a diminuição de órgãos públicos que reportaram não oferecer


pela Internet o serviço mais buscado tanto em órgãos federais (de 8% para 2%) como
em órgãos estaduais (de 20% para 13%).

- Houve aumento na adoção de chats em websites, seja com atendentes humanos ou


de forma automatizada. No nível federal, o uso de chats com atendentes em tempo
real passou de 8%, em 2019, para 30%, em 2021. Nos órgãos estaduais, o uso que era
de 5% em 2019 alcançou 18% em 2021. Em relação a 2019, a adoção de chatbots em
websites aumentou de 9% para 24% entre os órgãos federais e de 6% para 18% nas
entidades estaduais

 PARTICIPAÇÃO PELA INTERNET

- Em 2021, todas as iniciativas de participação pela Internet investigadas pela


pesquisa tiveram um crescimento significativo. A mais mencionada – consulta pública
online – teve um aumento de 20 pontos percentuais, passando de 19%, em 2019, para
39%, em 2021. Mesmo com essas mudanças, nem metade das prefeituras realizaram
iniciativas de participação online nos 12 meses anteriores à pesquisa, como enquete
(35%) e votação (28%).

4. Análise dos Resultado

 De forma geral houve aumento na atuação dos órgãos públicos na internet em


decorrência da EGD;
 A pandemia da COVID-19 acelerou a digitalização dos serviços públicos, pois muitos
órgãos tiveram que se adaptar rapidamente para continuar a oferecer serviços em meio
às restrições de distanciamento social;
 Em relação à implementação da LGPD, os dados da TIC Governo Eletrônico 2021
indicaram que ainda há uma baixa institucionalização desse tema, principalmente
entre órgãos estaduais e prefeituras. Os resultados da pesquisa sugerem, ainda, que o
princípio da transparência no tratamento dos dados pessoais de cidadãos pode ser
afetado ao apontar a baixa presença de canais de atendimento sobre o tratamento de
dados, de nomeação de encarregado de dados e de publicação de políticas de
privacidade na Internet
 Necessidade do estabelecimento de diretrizes para minimizar os potenciais impactos
adversos de tecnologias emergentes no âmbito social, como a ampliação das
desigualdades e as violações a direitos como privacidade

5. Panorama no STJ – Plano de transformação digital

 O Plano de Transformação Digital – PTD do STJ foi elaborado conforme exigência


da Resolução CNJ n. 370/2021;
 “O STJ, como Corte de jurisdição nacional, sempre teve a preocupação de utilizar os
canais digitais de comunicação para atender os usuários de seus serviços a um custo
mais baixo, uma vez que tem usuários em todo o Brasil. Com a pandemia que se
instalou a partir de 2020, o uso desses canais foi intensificado.”
 O Tribunal relacionou ações que já se encontram no escopo do Governo Digital:
 Tendo em vista isso, foram propostas outras iniciativas no PTD/STJ:

6. Conclusão/Desafios e Oportunidades Identificados

Desafios

 Acesso à internet: Apesar dos avanços, ainda existem áreas no Brasil com acesso
limitado à internet, especialmente em comunidades rurais e de baixa renda. Isso cria
uma barreira para a implementação completa do governo digital.
 Analfabetismo digital: Mesmo entre aqueles que têm acesso à internet, muitos ainda
carecem das habilidades necessárias para usar efetivamente os serviços digitais. A
educação digital é um grande desafio.
 Segurança de dados: Com a digitalização dos serviços governamentais, a proteção de
dados pessoais e sensíveis torna-se um desafio crítico.
 Infraestrutura de TI: A adequação e a atualização da infraestrutura de TI dos órgãos
governamentais podem ser desafiadoras, tanto em termos de custo quanto de
capacidade técnica.
 Resistência à mudança: Tanto o público quanto os servidores públicos podem ser
resistentes à mudança para o digital, preferindo continuar com os métodos
tradicionais.
Oportunidades

1. Eficiência e conveniência: A digitalização de serviços governamentais pode tornar os


processos mais eficientes e convenientes para os cidadãos, reduzindo a burocracia e o
tempo de espera.
2. Transparência e prestação de contas: Os serviços de governo digital podem
melhorar a transparência e a prestação de contas do governo.
3. Participação cidadã: O governo digital pode facilitar a participação cidadã no
governo, por exemplo, através de consultas públicas online.
4. Inovação: A transição para o governo digital pode estimular a inovação, tanto dentro
do governo quanto na economia em geral.
5. Inclusão digital: A implementação do governo digital pode ser uma oportunidade
para promover a inclusão digital, fornecendo treinamento e recursos para aqueles que
atualmente estão excluídos da economia digital.

Você também pode gostar