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AULA 3
Crédito: PopTika/Shutterstock.
CONTEXTUALIZANDO
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Podemos entender a internet como um ambiente não só de negócios, mas
acima de tudo de vontades, ou melhor, de necessidades e desejos. E venhamos,
nem tudo se compra, mas, de certa forma, se adquire. Lembro-me da minha
primeira compra na internet, em 1996, em uma loja virtual de discos nos Estados
Unidos. Comprei exatamente os dois discos que passei a vida procurando no
Brasil, em uma versão vinil ou fita cassete. Um sonho.
Mas, no meio do sonho, um pesadelo. Na época, não se falava em
protocolos de segurança que protegessem os dados, então me arrisquei. Minha
sorte é que nem mesmo os crackers entendiam do assunto e correu tudo bem.
Paguei e quinze dias depois fui à Receita Federal retirar a mercadoria.
No ano seguinte, a internet já havia se estabelecido, tanto que fiz minha
primeira entrega da declaração de Imposto de Renda. O sinal era claro: se a
Receita Federal oficializou, não tem volta, a internet é para sempre. Lembro-me
ainda do primeiro curso de extensão que fiz pela internet, em ambiente virtual
denominado Moodle na época – 2004 para ser mais preciso.
Enfim, antes mesmo de o e-commerce, o e-government e o e-learning se
popularizarem, a internet já disponibilizava esse tipo de recurso. Para
compreender melhor esse contexto, acesse o site oficial do seu estado e
relacione todos os produtos e serviços que ele pode oferecer e que lhe seriam
(ou foram) pertinentes.
Crédito: 0beron/Shutterstock.
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aumento de oferta de serviços oferecidos pelos usuários, com superação dos
lentos passos de uma estrutura paquidérmica, como é o Estado brasileiro, tão
grande em sua ineficiência como é seu gigantismo, a governabilidade eletrônica
ganha assento definitivo na grande rede.
O e-government, também denominado governo eletrônico, visa atender a
uma proposta idealizada por poucos políticos que ainda se preocupavam com o
bem-estar público proporcionada por uma iniciativa pública: a criação de uma
administração que se mostre ao público eficiente, transparente e capacitada a
atender à necessidade de dar maior qualidade ao atendimento dos órgãos
governamentais. É uma proposta que também tinha como objetivo integrar as
pessoas aos serviços do Estado, previamente criados para atender às
necessidades dos cidadãos.
Isso exige algo que não se observa comumente no serviço público, que é
a efetivação de um maior envolvimento de seus órgãos em atividades
colaborativas e cooperativas as quais resultem em um elevado nível de
interoperabilidade entre os diversos sistemas de informação, muitos deles
caracteristicamente ineficientes. Nesse sentido, entende-se que programas
desenvolvidos com tecnologias superadas não conseguem “conversar” com
sistemas desenvolvidos com novas tecnologias.
O trabalho enfrenta, portanto, a natural dificuldade de operação
desenvolvida em ambientes tecnologicamente diferenciados, e a inexistência de
uma cultura comum no serviço público é outra dificuldade a ser superada. Dessa
forma, essa tarefa pode ser considerada de alta complexidade e permite que
seja compreendida a dificuldade de sua efetivação.
Interferências políticas pessoais, superando o interesse da coletividade,
também são obstáculos existentes. É inaceitável e inadmissível que esse fato
continue a acontecer e que, quando identificado, permita manobras que
impedem que seus autores sejam punidos, como é possível observar no contexto
político brasileiro.
O governo ou a governança eletrônica, entretanto, parece ter vencido
todos esses obstáculos, e, nos dias atuais, é possível contar com alguns (não
todos ainda) serviços públicos disponíveis na rede. Pouco a pouco, pequenas
vitórias somam-se a ponto de podermos considerar que, em um tempo que não
está mais distante, diversos serviços públicos permitam diminuir o crescimento
doentio do aparelho do Estado, consumindo recursos que seriam muito
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importantes para atender aos setores de saúde, segurança pública, entre outros
que hoje apresentam atendimento deficiente.
Os agendamentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos órgãos que
reemitem carteiras de identidade são exemplos de uma eficiência desconhecida
até a implantação do e-government. Veja na Figura 1 uma dessas facilidades
citadas como exemplo:
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população sobre as realizações políticas e também seus fracassos certamente
irá contar com o apoio desta e carrear maior confiança às atividades dos
políticos.
Com a participação popular, iniciativas políticas podem ganhar um
insuspeitado apoio, obrigando as forças contrárias a uma situação de aceitação
daquilo que é do interesse maior da população. Adotando essa linha de
raciocínio, cria-se um canal de comunicação direta que pode trazer sensível
economia aos gastos excessivos com propagandas que o governo promove para
apresentar suas realizações, as quais geralmente não têm a mesma amplitude
prática do que é revelado nos portfólios eletrônicos.
Há pesquisadores que, em vez de considerar o caráter anárquico da
internet como um obstáculo, o entendem como pontua Bentivegna (2006): um
fator catalizador para a participação comum dos indivíduos nas realizações
governamentais, que foram desenhadas para eles. Chaves e Takada (2015), por
sua vez, quando analisam o gerenciamento de processos na administração
pública, consideram que tais iniciativas apresentam um potencial democrático
específico que deriva do próprio estado de democracia sugerido pela grande
rede, apoiado em estruturas não hierárquicas que favorecem a interatividade.
Quando ela surge, há um inegável benefício, especialmente se se observa
o silêncio que hoje caracteriza a atuação do eleitor. Onde não há cobrança, não
há confirmação de honestidade de propósitos e boa utilização dos recursos
públicos, que primam pela escassez, devido às atividades de corrupção política
dos resultados de captação de recursos a partir de um caminho injusto de
imposição de impostos escorchantes. A situação é totalmente política e exige
esse enfoque, por mais que o reconhecimento da ineficácia da ação dos órgãos
públicos seja doloroso.
O investimento na governança eletrônica poderia abrir novos caminhos
que, na visão de Coleman et al. (2008), poderiam incentivar uma participação
política maior na sociedade civil, facilitada pelo caminho de duas vias aberto na
grande rede. Não há necessidade de o eleitor estar na capital federal, onde se
localizam os poderes políticos, para que ele possa influenciar em decisões
tomadas, nem é preciso que os políticos se ausentem da sede dos poderes para
saber o que os eleitores pensam sobre assuntos nos quais estão sendo
efetivadas propostas políticas colocadas em pauta em tempo de campanha.
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A conversa do público com seus representantes foi até agora um elemento
ausente no panorama político, e as propostas para que isso seja encarado de
forma diferente, a partir da utilização das Tecnologias Digitais de Informação e
Comunicação (TDIC), representam alvissaras que devem ser entoadas por todos
os envolvidos. Entretanto, há um obstáculo: o medo dos políticos de que o que
eles não estão fazendo seja revelado, além da possibilidade de falcatruas serem
observadas.
Um dos aspectos mais favoráveis ao e-government é o baixo custo da
internet para a implantação de soluções interativas, enquanto o benefício de
troca de informações de forma mais rápida é o argumento mais comum. A
transformação do eleitor de consumidor de fatos políticos para prossumidor, que
recebe e ao mesmo tempo envia informações, é um benefício considerado sob
todos os aspectos pelos quais tal resultado possa ser analisado.
Parece ser evidente que a criação e a manutenção de um diálogo
intensivo entre eleitos e eleitores são benéficas em todos os aspectos, com a
proposição de serviços públicos totalmente direcionados para o benefício dos
cidadãos. É preciso desenvolver a consciência social para essa necessidade e
buscar meios para que os órgãos públicos adotem essa posição.
Até aqui, falamos sobre a comunicação com o uso da internet, mas não
discutimos seu suporte. Inicialmente, isso ocorre por meio de notebooks ou
desktops, mas existe a possibilidade de utilização dos dispositivos móveis,
identificada como m-government, ou governança eletrônica móvel, que em nada
se diferencia daquela mais comumente utilizada nos dias atuais. A partir dela, é
possível obter agilidade maior no processo de comunicação entre os envolvidos,
com barateamento na utilização das formas e meios de comunicação.
Ao tratar de m-government, Coleman et al. (2008) voltam a se referir ao
e-government, associando a mesma visão positiva que gera atratividade,
utilidade e utilização das TDIC a uma maneira eficiente de criar caminhos para
a comunicação entre a sociedade civil e as entidades governamentais. Com ela,
a construção coletiva de iniciativas desenvolvidas tendo o bem-estar comum
como objetivo pode atingir maior sucesso em seu propósito.
É possível detectar ainda a existência de barreiras digitais, todas elas
diretamente relacionadas à segurança das informações, que podem ser
consideradas de interesse público, e, em determinadas ocasiões, exigir algum
nível de impedimento ao acesso não autorizado. A determinação de pontos de
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acesso público para as populações de baixa renda é outro aspecto que pode ser
citado como barreira digital, considerando fatores como o baixo acesso e o
analfabetismo digital.
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visibilidade para o mundo exterior, permitindo a penetração das redes sociais
com inegáveis benefícios. Aqui se aplica totalmente o conceito das tecnologias
exponenciais, pois as evoluções de todos os modelos acontecem sempre que
as novas TDIC são inseridas no ambiente.
Além de sua inserção, elas trazem mudanças profundas tanto nas formas
de ensinar como nas formas de aprender. O fator resistência posto contra muitas
dessas inovações apenas confirma a dificuldade de adaptação da universidade
aos novos tempos, já que muitas das inovações criadas em seus departamentos
de pesquisa encontram na superação desse fator um dos seus principais
obstáculos.
Se, por um lado, o ensino a distância não precisou da internet para surgir
e ter uma evolução a partir da renovação das tecnologias, por outro, não se
consegue, nos dias atuais, enxergar tais iniciativas sem o concurso da internet.
Os grandes portais das Instituições de Ensino Superior (IES) atuam como um
catálogo eletrônico de cursos, como podemos observar no portal de entrada do
Centro Universitário Internacional Uninter, apresentado na Figura 2:
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comunicação multidirecional extensivo. Vejamos nas Figuras 3 e 4 o ambiente
virtual do Uninter:
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Fonte: EDX, [S.d.].
Crédito: PopTika/Shutterstock.
1 Disponível em <https://www.spotify.com/br/>.
2 Disponível em <https://www.youtube.com/>.
3 Disponível em <https://www.netflix.com/>.
4 Disponível em <http://www.clickjogos.com.br/>.
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imaginação, é possível pensar que essa pessoa está em dois lugares diferentes
ao mesmo tempo.
O risco de tal proposta é colocar as pessoas em um estado de alerta total,
no qual o seu nível de produtividade pode ser aumentado a ponto de provocar
diferentes tipos de estresse (laboral, cognitivo ou psicológico). Esse é um dos
grandes problemas da vida corrida que comumente está sendo praticada pelas
pessoas.
Vejamos nas Figuras 6, 7, 8 e 9 a interface de cada uma das facilidades
exemplificadas nos parágrafos anteriores:
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Fonte: YouTube, [S.d.].
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Figura 10 – Entrada para matéria sobre softwares de controle financeiro
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úteis, o que pode ser considerado algo similar a um serviço de utilidade pública,
caracterizando o comércio eletrônico colaborativo.
Há uma área que não nomeamos anteriormente, por saber que seria
tratada aqui, denominada c-commerce (collaborative commerce ou comércio
colaborativo). Trata-se de uma modalidade característica do comércio e do
desenvolvimento de negócios na grande rede, a qual enxerga uma das
atividades mais comuns que ocorrem na internet: a parceria ou colaboração
desinteressada.
Ela não se limita a pessoas físicas, uma vez que também existem
empresas que criam localidades específicas para desenvolvimento dessas
atividades. Entre as empresas que a praticam, a grande maioria está localizada
na área da tecnologia da informação, com trabalho efetivado com hardware e
software.
A ausência de custos envolvidos leva, em muitos casos, à não utilização
de algum serviço, por desconfiança natural do ser humano. Apesar de essa
modalidade existir em todos os modelos de comércio ou negócios desenvolvidos
na internet, o termo é mais utilizado para caracterizar atividades Consumer to
Consumer (C2C), isto é, aquelas relacionados ao envolvimento com pessoas
físicas em ambas as pontas do processo (aqueles que oferecem o serviço e
aqueles que o utilizam, geralmente sem custos envolvidos).
As palavras de ordem são cooperação (quando livre e desinteressada) e
colaboração (quando grupos de pessoas se reúnem para tratar de algum ponto
de interesse comum). O conhecimento e a informação são os insumos básicos
para que a funcionalidade da proposta da localidade seja atingida.
Um dos exemplos mais citados são os sites para troca de músicas que
utilizam uma proposta Peer to Peer (P2P) na troca de informações. Nesse caso,
é comum o envolvimento de usuários com maior conhecimento e que trabalham
da mesma forma – como ocorre com as transmissões torrent (arquivos trocados
na grande rede).
Assim, o comércio acontece geralmente como um contato muitos-para-
muitos ou muitos-para-um, formas mais comuns de sua efetivação. Quando se
está trabalhando com links patrocinados, eles geralmente pagam os custos de
hospedagem e de tráfego gerado na grande rede.
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Crédito: Rvector/Shutterstock.
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sempre disponíveis, podendo ser acessados por qualquer dispositivo que tenha
alguma forma de acesso aos ambientes virtuais.
Todo o poder computacional de alguma estrutura tecnológica montada
nessa perspectiva está sempre disponível e se encontra em qualquer lugar, e a
computação se desloca de objetivos gerais para uma centralização no usuário e
em suas atividades. Esse novo tipo de usuário deve ser reconhecido pelo
sistema, e não pelos equipamentos que está manipulando, proposta que
Garrocho (2016) considera um dos desafios atuais para o campo da computação
em grade (grids).
Resulta daí a ideia básica da computação pervasiva, que visa
disponibilizar acesso computacional de modo invisível em todo o lugar e o tempo
todo, sem que seja necessário que os usuários saibam qualquer coisa sobre a
tecnologia envolvida para poderem usufruir de todos os benefícios que ela possa
trazer. Levar o usuário a compreender o que está por trás dessa tecnologia é
uma tarefa tão complexa que é preferível deixar a própria tecnologia que ele
utiliza resolver os problemas que proporciona.
Entretanto, a computação pervasiva parece encantar, sem exceção, os
escritores de ficção científica e os tecnófilos, devido aos voos imaginários que
permite. Talvez apresentar de forma lúdica tais divagações facilite o objetivo de
levar o usuário a compreender seu significado.
Se já é difícil a compreensão do que é estar em diversos locais ao mesmo
tempo, ainda mais difícil é aceitar a ideia de que as tecnologias passem a fazer
parte das nossas vidas sem que sequer tenhamos consciência clara disso ou
notemos qualquer mudança. Para ilustrar essa discussão, vamos imaginar um
aficionado pelo motociclismo.
Ele sai de sua casa, pega sua moto de última geração, liga, ouve o potente
ronco e sequer sabe nada de toda a tecnologia que está por trás dessa atividade,
para ele corriqueira. Enquanto se dirige ao seu trabalho e encontra as ruas
limpas, com trânsito fluente (algo difícil de imaginar em algumas cidades),
sinaleiras funcionando de forma sincronizada, ele nada sabe sobre toda a
logística envolvida para que essa infraestrutura atenda às necessidades de
todos os moradores da cidade.
Essa e outras atividades dão o significado à computação pervasiva como
o resultado da união de técnicas de engenharia, de hardware e de software, tudo
isso agora colocado ao acesso de qualquer pessoa, esteja ela em qualquer lugar.
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As tecnologias vestíveis e a internet das coisas são exemplos de computação
pervasiva, mesmo que não sejam assim classificadas, apesar de consideradas
tecnologias exponenciais por excelência. A utilização da tecnologia nos
ambientes virtuais se torna algo tão comum quanto se queira, e as pessoas não
tomam conhecimento do que está por trás do pano.
Indo um pouco mais longe, imagine você entrando na sala de sua casa e
ouvindo seu filho conversando animadamente, mas sem que haja ninguém no
local. Ele está falando com a Siri, assistente do Google, que responde a todos
os seus questionamentos. Sua primeira reação é se questionar se ele está
maluco, mas em tempo, antes de tomar qualquer medida, você se lembra de um
seriado dos seus tempos de criança, os Jetsons, e pensa no garotinho que falava
com um amontoado de peças mecânicas como se fossem outro humano.
Aparelhos eletrônicos reconhecendo vozes das pessoas e atendendo ao
que elas solicitam é uma visão nada agradável para aqueles que têm medo da
tecnocracia e, mais ainda, da sociedade do grande irmão, na qual todos veem
tudo o que as pessoas falam, fazem ou pensam. Tudo em casa poderá ser
adaptado ao gosto do dono, tal como é a casa de Bill Gates, o multimilionário
que criou o Windows – cuja foto, por muitos anos, estava presente na mesinha
de cabeceira de inúmeros admiradores.
A casa inteligente, a escola inteligente, a empresa inteligente, e no meio
de tanta inteligência você caminha, talvez como o único elemento não inteligente,
usuário de tanta tecnologia sem que nada saiba dela. Pode não ser uma visão
confortável, mas é como a computação pervasiva está se moldando aos
usuários.
Vamos fazer um último exercício de imaginação para compreender a
computação pervasiva. Há dias em que, quando você entra em casa, ela toca
um rock do Queen e acende as luzes vermelhas. Outros dias você entra em casa
e ela toca um clássico de Schubert e acende luzes azuis. Isso ocorre porque, só
de olhar para você, ela sabe como foi o seu dia e propõe músicas e cores de
acordo com o seu estado de ânimo.
Lembra-se da preocupação que você tinha em alimentar seu cãozinho de
estimação? Dos cuidados que tinha que ter para que sua casa não pegasse
fogo? Esqueça tudo isso, a casa faz para você. Imagine agora que um cliente
entra em seu site e fala com alguém similar à Siri do Google, ou que você é
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imerso em uma loja imaculadamente branca, com tudo exposto apenas com
fotografias lindas e iluminadas.
O assistente indica o corredor e a imagem. Quando chega até ela, você
tira seu celular do bolso e lê um QR Code, e, como em um passe de mágica,
uma animação em realidade virtual lhe mostra tudo o que o aparelho que você
deseja comprar pode fazer, coisas que você sequer imaginou.
Pronto, com as explicações apresentadas até aqui, você finalmente
compreende o que é a computação pervasiva e o que poderá ser feito, em
termos de comércio e negócios eletrônicos, pelas empresas, todas elas
utilizando a mesma tecnologia. Quem irá decidir a venda para você? O agente
inteligente de uma loja A, que, por sua vez, é mais inteligente que o agente
inteligente de uma loja B, será o ganhador dessa batalha que você sequer
imagina que está acontecendo debaixo de seu nariz.
As empresas consideradas gigantes do software, tais como Microsoft,
IBM, Google, Apple, fazem previsões das mais rocambolescas possíveis e
vislumbram de forma natural cenários como esses. O Vale do Silício se agita
sempre que uma nova tecnologia exponencial surge, e parte-se para as
adaptações necessárias, não mais em seus produtos, mas quem sabe no
comportamento dos seus usuários.
Praticamente não existem mais desafios tecnológicos. Quando
chegarmos perto do fim da Lei de Moore, que está praticamente se esgotando,
quem sabe a tecnologia pervasiva traga algum outro indicador para a
mensuração do absurdo desenvolvimento tecnológico que a humanidade está
experimentando.
Nota-se, assim, que o progresso e a acelerada evolução da tecnologia
são irrefreáveis, tanto quanto foi a evolução humana, que em algum momento
deverá ceder para a primazia das decisões do que irá acontecer no minuto
seguinte para alguma máquina que esteja ligada no ambiente.
TROCANDO IDEIAS
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Isso mesmo. Olhe à sua volta, em seu computador, tablet ou telefone, e
veja todos os tipos de interação que você tem feito só nesta aula. Avalie isso e
comente.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
COLEMAN, R. et al. Public life and the internet: if you build a better website, will
citizens become engaged? New Media & Society, n. 10, p. 179-201, 2008.
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DI MASI, D. A economia do ócio. Rio de Janeiro: Sextante, 2001.
24
<https://www.escoladeecommerce.com/artigos/como-trabalhar-com-vendas-na-
internet-e-se-destacar-da-concorrencia/>. Acesso em: 21 mar. 2019.
25
<http://www.salesianolins.br/universitaria/artigos/no3/artigo5.pdf>. Acesso em:
21 mar. 2019.
26
<https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/nova-era-do-e-commerce-e-as-
20-maiores-tendencias/>. Acesso em: 21 mar. 2019.
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