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TRANSPARÊNCIA PÚBLICA
AULA 6
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1.1 Portais de transparência
1.2 Siafi
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encarregado do registro, acompanhamento e controle da execução
orçamentária, financeira, patrimonial e contábil no âmbito do governo federal.
Trata-se de uma ferramenta hábil no fornecimento de informações gerenciais. O
Siafi está encarregado de municiar o gestor de informações necessárias à
tomada de decisão, além de permitir o controle (Ferreira, 2018).
O Siafi opera sobre as diretrizes básicas do orçamento: previsão de
receita e estimativa de despesas. Por isso, concentra dados econômicos e
financeiros dos entes e entidades da federação, através da integralização de
balancetes. Pelo Siafi, é possível conhecer e definir gestores, sendo que o
sistema suporta até 5.000 (cinco mil) atendimentos simultâneos. Apesar de ser
uma ferramenta para uso de gestores públicos, a reuniões de informações em
um único sistema foi capaz de permitir e de aprimorar o controle interno, de
aprimorar a contabilidade pública, de padronizar métodos e rotinas de trabalho,
de permitir o acompanhamento e a avaliação de recursos públicos no âmbito do
governo federal e, em suma, de proporcionar a transparência de seus gastos.
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transparência: relatórios de execução orçamentária (resumido) e de gestão
fiscal; planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; prestações de
contas e o respectivo parecer prévio. Como ferramentas de transparência, a LRF
também elenca a participação popular, as audiências públicas e a liberação, em
tempo real, de informações detalhadas acerca da execução orçamentária e
financeira, que deve ocorrer em tempo real, em meios eletrônicos de acesso ao
público.
O art. 48-A da LRF estabeleceu o dever de os entes da federação
(estados, municípios, União e Distrito Federal) disponibilizarem a qualquer
interessado, pessoa física ou jurídica, informações relativas à receita e à
despesa pública. Assim, informações relativas ao lançamento e ao recebimento
de receitas, inclusive decorrentes de recursos extraordinários, uma vez
solicitadas, devem ser objeto de informação aos interessados. Da mesma forma,
atos de execução de despesa devem ser informados aos interessados,
notadamente no que tange ao processo licitatório realizado, à contratação e ao
contratado (beneficiário de pagamentos), com valores de pagamentos, bens
fornecidos e serviços prestados.
O art. 49 da LRF determina que as contas de governadores, prefeitos e
do presidente da República devem ficar disponíveis no Poder Legislativo
respectivo (assembleias, câmaras de vereadores e congresso), e também no
âmbito do governo, no órgão técnico que elaborou as contas para que os
cidadãos e as instituições da sociedade possam consultá-las.
Observa-se na disciplina relativa à fiscalização e controle contábil e
orçamentário uma preocupação com o acesso à população, seja no que tange à
participação para a elaboração dos orçamentos, seja no acompanhamento dos
atos de gestão. Interessante registrar que esse capítulo da LRF sofreu alterações
em 2009, 2010 e 2016. Assim, a LRF, que é de 2000, recebeu aprimoramento
no que tange à disseminação da informação, o que, além de colaborar para a
efetivação da transparência, possibilita a ampliação da participação do cidadão
na gestão pública, colaborando, portanto, com o aperfeiçoamento da nossa
democracia.
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O procedimento para acesso à informação é o seguinte: o interessado
deve fazer o seu requerimento por qualquer meio legítimo (escrito, eletrônico,
outro, se houver). Em seu requerimento, o interessado deve fornecer os dados
(identidade, endereço) e a informação requerida. Não há necessidade de
justificar a solicitação, caso o requerimento se relacione com informações de
interesse público.
A Administração deve apreciar o pedido e imediatamente conceder o
acesso à informação. No entanto, caso não seja possível à Administração
conceder o acesso imediato, deverá responder ao pedido em até 20 dias (o prazo
pode ser prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa expressa). A
administração pode informar ao requerente onde obter a informação, informar
que não a possui (neste caso, indicando quem a possui, se souber), ou ainda
recusar o acesso, informando os fundamentos que a sustentam. Da decisão que
nega o acesso, cabe recurso, no prazo de 10 dias, à autoridade imediatamente
superior àquela que negou o acesso; desta decisão, cabe recurso à CGU –
Controladoria-Geral da União (em âmbito federal). Também no âmbito federal
existe uma Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a quem o
interessado deve recorrer se até mesmo a CGU negar o acesso à informação
solicitada.
As informações a serem prestadas serão sempre gratuitas, sendo vedado
à Administração cobrança para prestá-las. A única cobrança autorizada se refere
a custos de materiais usados para prestar as informações solicitadas. Assim,
cobrar pelas cópias, ou pelo fornecimento de CD, pen drive ou outro instrumento,
é lícito. É possível obter informações gerais acerca de programas, metas,
registros, documentos produzidos, auditorias sofridas, uso de recursos públicos,
licitações, contratos administrativos, entre outras.
A informação dada pela Administração Pública deve ser primária,
autêntica, íntegra e atualizada. A informação tem que ser exata; ela não pode
passar pelo crivo da interpretação de ninguém. Ela não deve ser um relatório,
mas a fonte que permite gerar relatórios e outros informações. A informação
somente pode ser um relatório se este é o documento original de acesso.
Observe a diferença entre uma fonte primária e uma fonte secundária: por
exemplo, uma reunião, que é gravada e relatada em ata. A gravação é uma fonte
primária, enquanto a ata da reunião é uma fonte secundária, porque já passou
pela interpretação de alguém (no caso, do secretário que redigiu a ata). Assim,
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sempre que possível, deve-se primar pela entrega do dado primário, que
permitirá interpretações livres de interpretações anteriores.
A informação também deve ser íntegra, ou seja, inteira. A informação
somente será parcial se houver sigilo em relação a uma parte. Nesse caso,
apenas a parte sigilosa não será objeto de fornecimento do dado. A atualidade
da informação é igualmente um dever. Assim, sempre que solicitada, a
Administração deve entregar os dados mais atuais de que dispuser.
A LAI também determina que a Administração Pública deve criar serviços
de informações ao cidadão, além de realizar audiências ou consultas públicas,
incentivando a participação popular. Os serviços de informação ao cidadão
devem orientar o público acerca da tramitação de documentos e, em linhas
gerais, do acesso à informação.
Por fim, em alinhamento com os direitos à intimidade, à vida privada, à
honra e à imagem, as informações pessoais receberam tratamento diferente pela
LAI. Assim, seu acesso é restrito, independentemente da classificação de sigilo,
sendo acessíveis aos agentes públicos e às pessoas a quem se referem. O
acesso a informações pessoais é possível se houver autorização legal ou da
própria pessoa a quem a informação se refere.
Por fim, a lei de processos administrativos federais – Lei n. 9.784, de 1999,
deverá ser consultada, pois é fonte subsidiária da LAI. Assim, quando a LAI for
omissa em relação a algo, deve-se buscar a resposta na Lei n. 9.784.
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TEMA 4 – CONSULTAS PÚBLICAS
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sociedade tenha conhecimento do assunto, de modo que possa mostrar o seu
ponto de vista, sugerir e, em suma, opinar. Tal como é feito na audiência pública,
a Administração não é obrigada a seguir as sugestões feitas; porém, em sendo
viáveis, úteis e relevantes, a Administração realiza as mudanças sugeridas. Com
isso, aproxima-se daquilo que a sociedade deseja: uma gestão mais cooperativa,
algo ansiado em tempos de boa governança.
4.1 Roadshows
Por fim, os roadshows são uma espécie de ferramenta que vem sendo
usada pela Administração Pública, a serviço da transparência. Assemelham-se
a workshops, sendo eventos itinerantes. Dessa forma, a Administração vai a
algumas cidades, levando exposições acerca dos projetos que deseja realizar.
Nesses locais, ouve a sociedade, os interessados em contratar com a
Administração. Com isso, tem a oportunidade de realizar as mudanças e
transformações que entender necessárias nesses projetos.
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benesses são muitas, no que tange ao intercâmbio que as mídias sociais
promovem, por outro, com a velocidade que as informações são transmitidas,
muito pode ser feito, seja para o bem, seja para o mal. Assim, é importante estar
atento à informação recebida, verificar (mesmo que na internet, em sítios
eletrônicos) se o dado é verdadeiro e, em seguida, tomar providências quanto
àquele dado (passando-o adiante, mobilizando pessoas em prol de ações
efetivas atinentes à informação recebida etc.).
O certo é que, fazendo uso responsável das mídias sociais, utilizando
suas informações para organização e ações concretas em prol da transparência
e da accountability, muitos avanços podem ser conseguidos, com vistas à
consolidação de uma gestão pública verdadeiramente dedicada à igualdade e à
democracia.
NA PRÁTICA
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FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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