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Estruturas de Concreto e Fundações

Módulo 7

Estruturas Especiais I
Muros de Arrimo – Exemplo 01

Prof. M.Sc. Alberto Vilela Chaer


Belém, Janeiro / 2014
cS?- *

vHSTIlUr^
Muros de Arrimo - Exemplo numérico U N IC ID
Universidade
C id ade de S. Paulo

• Projetar um muro de arrimo isolado, com fundação em


sapata, para um talude vertical de altura 4,0 m,
considerando:
o solo = 200 kN /m 2 = 0 ,2 0 MPa
co eficiente de atrito solo/concreto = 0 ,5 5 ;
Ação variável norm al no terrap len o = 5,0 kN /m 2
Ysolo = 18,0 kN/m3, 4,0

^ = 30°
l i i l l V

Aço CA-50
fck = 2 0 ,0 M pa.
vHSTIlUr^ Pré-dimensionamento: Universidade
\ / /' ^ Cidade de S. Paulo

• Largura total da sapata:


— 0 ,4 0 H < L < 0 ,7 0 H, considerando H = 4 ,1 0 m, chega-se a L =
2,8 0 m;

• Parte externa da sapata:


— a = H/6 = 4 ,2 0 /6 = 0 ,7 0 m;
— A espessura h2 da seçao da parede do m uro depende do valor
do m om ento fle to r atu an te;
— As espessuras h0 e as e xtern as da sapata são adotadas com
valores m ínim os de 15,0 cm ;
— A espessura ^ da laje da sapata depende do m om ento fle to r
atuante.

____
/t

vHSTIlUr^ Pré-dimensionamento: Universidade


\ / /' ^ Cidade de S. Paulo

• Nesta fase de pré-dim ensionam ento é preciso ve rifica r o


tom bam ento e d eslizam ento;
• Como não se conhecem as dim ensões d efin itivas do m uro de
arrim o , pode-se verificá-los considerando apenas as ações devidas
ao peso próprio do te rre n o e sobrecarga, adotando para peso
específico do te rre n o um valo r fictício (Yfictício)> que leve em conta o
valo r do peso específico aparente do concreto;
• Este procedim ento tam bém pode ser adotado para v e rifica r as
pressões na fundação (sap ata);

• O valo r de Yfictício deve esta s ituado entre Yconcreto = 25 kN/m3 e Ysolo =


18 kN /m 3;
• Caso se adote Yfictício = Ysolo as verificaçõ es na fase de ante-projeto
U N IC ID
vHSTIlUr^ Pré-dimensionamento: Universidade
X C id ade de S. Paulo

Assim, com o pré-dimensionamento chega-se a


"0 + 4,00
///////? SL

400

000
20 ----------------------------- - 0,20
—7 v y ------ -0,40
"7 ///// ~
? sl
"7
20
~7
a=
11y- 210

t-
UNICID
Universidade
Cidade de S. Paulo
vHSTIlUr^ Verificação da estabilidade: Universidade
^ '/ / T Cidade de S. Paulo

Diagramas de ações:
Ações Verticais

Ymat.
Força Área (m2) Resultante (kN) z (m) Mtomb (kN.m/m)
(kN/m3)
F1 2,10 x 5,0 10,50 1,750 18,38
F2 2,10 x 4,40 9,24 19,5 180,18 1,750 315,32
F3 0,70 x 0,40 0,28 19,5 5,46 0,350 1,91
Somatório 196,14 335,60

Distância da resultante do ponto A


t ^^tomb 335,6 . .
do = -------- = ------— = 1,71 m
Result 196,14
Resultantes horizontais - Empuxos ativos

____
V s V
Verificação da estabilidade:
T ^ Cidade de S. Paulo
Universidade

q i = ka . q = 0,333 x 5,0 = 1,7 k N /m 2

qep = ka.Yoio.Hi = 0,333.18.4,4 = 26,4 k N /m 2

E i = q i.H i = 1,7.4,4 = 7,5 k N /m 2

1 1 2
E 2 = - .qep.H 1 = - .2 6 ,4 .4 ,4 = 58,1 k N /m 2
2 2

Verificação do tombamento:

Mtom, A = E1.2,2 + E2. 1,47 = 101,9 kN .m /m

^^rest, A — ^ M f , a = 335,7 kN .m /m

^4rest, A 335,7
F .S . = = 3,3 > 1,5 Como F.S. > 1,5, não haverá tombamento
^^tomb, A 101,9

____
vHSTIlUr^ Verificação da estabilidade: Universidade
^ '/ / T Cidade de S. Paulo
■«HnuHl»4
Verificação do deslizamento:

£ Fh = E i + E 2 = 7,5 + 58,1 = 65,6 kN /m

= tg - .300 = 0,36
3 3

£ Fv = 0,9.[F2 + F 3] + F i = 0 ,9 .[i8 0 ,2 + 5,5] + 10,5 = 177,6 kN /m

Fatrito = 11 . £ Fv = 0,36.177,6 = 63,9 kN /m

f .s . = lA ^ o - = — = 0 ,9 7 < 1,5
£ Fh 65,6

O fator de segurança não deve ser inferior à 1,5


Como o F.S. é inferior à 1,5, haverá possibilidade de deslizamento.
U N IC ID
vHSTIlUr^ Verificação da estabilidade: Universidade
C id ade de S. Paulo

Soluções:
— 1 - Criar um consolo (chave) para aumentar a
superfície de deslizamento que provoca atrito-solo;
—2 - Inclinar a base da sapata;
—3 - Aumentar o comprimento (1 - a) que aumentaria
EFV.
—O coeficiente 0,9 indicado na NBR 8681 afeta as ações
permanentes favoráveis que, neste caso se não
ocorrem, ficam contra a segurança;
— Numa primeira tentativa para aumentar o fator de
segurança será adotada a solução com chave na
sapata.
U N IC ID
vHSTIlUr^ Verificação da estabilidade: Universidade
C id ade de S. Paulo

/ /20
~7
///////////
7 ^20
■7
>,40
\L
-
A
Superfície dedeslizamentoque
provoca atritosolo-solo
Com esta solução, o coeficiente de atrito fica;

fi = tg^ = tg300 = 0,577 Fatrito = f . £ Fv = 0,577.177,6 = 102,5 kN/m


t~, ~ FAtrito 102,5 cr
F.S. =^ — =-- —=1,56
£ Fh 65,6
Estasoluçãofoi suficienteparaquenãoocorradeslizamento;
Casonãoofosse, teríamos queinclinarabasedasapataouaumentar oseucomprimento;
U N IC ID
vHSTIlUr^ Verificação da estabilidade: Universidade
V* ■
* <** C id ade de S. Paulo

A verificação das pressões no solo é feita a partir


do carregamento devido às ações verticais;
I Fv = 196,2 KN 196,2 KN
101.9 KNm 41,08 KN
1 r

L , 1 4 0 1 4 0

> > /

I = 0,21 m

7i —101,6 k N /m 2 < 7dm — 200 k N /m 2

<
72—38,5 k N /m 2 < 7adm —200 k N /m 2
/t

vHSTIlUr^ Previsão da espessura da parede do muro Universidade


‘x ~ ~ ^ Cidade de S. Paulo
’■».tx*'*

• Na determinação da espessura da parede do muro


não deve ser esquecido o cobrimento de 3,0 cm,
pois há contato direto com o solo;

^Mbase — ^Mtomb — 101,9 K n.m /m

^ , Md 1,4.10190
dmin — J --------- — ----------- / —13,0 cm
kmd.b w.fcd li 0,272.220. 2,% 4

O valor adotado para h foi de h = 25,0 cm, com d = 21,0 cm


■ r <**y.
U N IC ID
vHSTIlUr^ Dimensionamento Universidade
C id ade de S. Paulo

A partir das medidas verificadas no pré-dimensionamento é


feita agora o dimensionamento com as medidas definitivas;
Forma da seção do muro:

2
2,80
-X- qep= 0,333.18.4,2 = 25,17 kN/m2
E 1 = 1,7.4,2 =7,14 kN/m2
1 2
E 2 =-.25,17.4,2 = 52,86 kN/m2
2
vHSTIlUr^ Dimensionamento:
\ '/ / ^ Cidade de S. Paulo

Determinação dos momentos fletores em relação ao ponto A:


Resultante M tomb
Força Descrição a (m) b (m) Ymat. (kN/m3) z (m)
(kN) (kN.m/m)

F1 q (5,0kN/m2) 1,85 - 9,25 1,875 17,34

F2 gpp,par 0,25 4,20 25 26,25 0,825 21,66

F3 gpp,sol 1,85 4,20 18 139,86 1,875 262,24

F4 gpp,sap 0,25 2,80 25 17,50 1,400 24,50

F5 gpp,sol 0,70 0,20 18 2,52 0,350 0,88

F6 gpp,cons 0,40 0,25 25 2,50 2,675 6,69

Somatório 197,88 333,31

MTomb 333,41
x0 = --------- = ---------- = 1,68 m Distância da resultante ao ponto A.
Result 197,88
/t

vHSTIlUr^ Dimensionamento:
% V J ^ Cidade de S. Paulo

• Verificação do tombamento:
— A verificação ao tom bam ento deve ap resen tar fato r de segurança
su p erio r a 1,5;

^Mrest, A 333,41 A~
F .S . = ------- = ------- = 3,2 > 1,5 Como F.S. > 1,5, não haverá tombamento
Mlomb, A 197,88

* Verificação do deslizamento:
f =tg ^ = tg 3 0 0 = 0,577

Fatrito = fl . Fv = 0,9.0,577.197,88 = 102,76 kN /m

S E = E1 + E2 = 60,0 k N
U N IC ID
vHSTIlUr^ Dimensionamento: Universidade
C id ade de S. Paulo

Verificação das pressões no solo de apoio


197,88 197,88
104 48,59
r 1r

/ / 8
/ /
/ 140 i 140 / / 140 , 140 /
f
/ s "7 /

i =o,;Í5 m
N
O
+1

71,2 = —
A _ 1 j 71 = 108,56 k N /m 2 < 7adm = 200 k N /m 2

197,88 6.0,25 72 = 32,8 k N /m 2 < 7adm = 200 k N /m 2


71,2 = 1±
2,8.1,0 2,8
Verifica-se, pois que nenhuma tensão no solo foi superior à tensão admissível.
■ r <**y.
U N IC ID
vHSTIlUr^ Dimensionamento Universidade
C id ade de S. Paulo

Determinação dos esforços solicitantes na parede do muro


de arrimo - (ponto B);
• Os esforços atuando sobre a parede são as ações devido
à sobrecarga e ao peso de terra atuando sobre ela;

q 1 .y 2 1 y3
M\ — -------- 1--- .Q eq.---
2 6 1

q1 = 1,70 kN/m2
qep = 25,17 kN/m2
vHSTIlUr^ Dimensionamento:
% V J ^ Cidade de S. Paulo

Determinação dos momentos fletores atuantes na parede:

y (m ) M k (kN.cm /m ) M d (kN.cm /m )
0 0 0
1 185 26
2 1139 1600
3 3462 4850
4,2 8899 12460

Cálculo do esforço cortante na parede para y = 4,1 m:

1
VB,k = 1,7.4,20 + - .25,17.4,20 = 60,0 kN
2
■ r <**y.
U N IC ID
vHSTIlUr^ Dimensionamento Universidade
C id ade de S. Paulo

Determinação dos esforços solicitantes na sapata do muro


de arrimo;
• As ações a considerar são o peso próprio da sapata, o
peso do aterro sobre a extremidade da sapata e a
reação de apoio do solo de fundação;

S
U i U 4
108,5 - 32,8 _ y2 _ o o o o kN
---------------—---------—y2 —50,02 ——Osoio, b —82,82 —2”
C 2,80 1,85 m
q- (KN/m)
qi —0,20.18 + 0,25.25 —9,85 kN/m2
A. ik
32.S q4 —q + 4,20.18 + 0,25.25 —86,86 kN/m:
108,5
5,0
I
89,58 02,82

____
U N IC ID
vHSTIlUr^ Dimensionamento: Universidade
C id ade de S. Paulo

Momento Fletor na seção C:

07 1 2 07
, k = 89,58.0,7. — + -.(108,5 - 89,58).0,7.-.0,7 - 9,85.0,7. — = 22,62 kN.m/m
2 2 3 2
Tração nas fibras inferiores
1
Vc,k = 89,58.0,7.(108,5 - 89,58 )---0,7 - 9,85.0,7 = 62,43 kN/m

Momento Fletor na seção B:


1 85 1 1 1 85
Me, k = 32,8.1,85.—— + -.(82,82 - 32,8).1,85.-.1,85 -86,85.1,85.-^— -0,25.0,4.25.1,725 = 68,27 kN.m/m
2 2 3 2
Tração nas fibras inferiores

M c, esq = 22,62 kN.m/m


0 25 2,1 1 1
M c, dir = 26,25. + (86,85.1,85). í 185 + 0,25] - 32,8.2,1. , + 0,25.0,4.25. - , l - 0 ’-5 ] --.(8 9 ,5 8 - 32,8).2,1.-.2,1 = 82,96 kN.m/m
V2 V 2 v 2 y 2 3

Verificação do equilíbrio dos momentos em relação ao ponto C:

^ 4 c , acima = Mtomb, a = 1 0 4 k N .m /m
Verificação do equilíbrio dos
momentos em relação ao ponto C:

104
/ a

82,96
22,62
U N IC ID
Universidade
C idade de S. Paulo

Diagramas de Md- Detalhamento


/t

vHSTIlUr^ Dimensionamento:
% V J ^ Cidade de S. Paulo

Determinação das Armaduras;


Considerando:
Concreto C-20 - Aço CA-50
h = 25 cm; d = 21 cm
As,min = 0,15.25 = 3,75 cm2/cm

Md As A s,ef
Kmd kx kz ^ (m m ) s (cm )
(kN .cm /m ) (cm 2) (cm 2)
12460 0 ,198 0 ,336 0 ,8 6 6 15,77 18,00 16,0 12,5
4850 0,077 0 ,119 0,952 5 ,58 9 ,0 0 16,0 2 5,0
1600 0,025 0 ,038 0,985 1,78 3 ,79 12,5 3 3,0
260 0 ,0 0 4 0 ,006 0 ,998 0,29 3 ,79 12,5 3 3,0
9560 0,152 0 ,248 0,901 11,62 12,50 12,5 10,0
3170 0 ,0 5 0 0 ,076 0,969 3 ,58 16,0 15,0
Detalhes das armaduras
vm

\
s

$
vHSTIlUr^ Detalhes das armaduras: Universidade
% V J ^ Cidade de S. Paulo

A1 ó 16 = 26 cm2 ^ 9 ó 16,0 mm/m ^ As = 18,0 cm2/m (-4%)


ó 16,0 c/ 12,5 cm
Adotaram-se os seguintes valores para o detalhamento das armaduras:
ai = l,5.d = 1,5.21 = 31,50 cm (laje)
ib = 44.ó = 44.16 = 70,0 cm (boa aderência)
10.0 = 16,0 cm
cobrimento = 3,0 cm
Armaduras de distribuição horizontal:
16 7
Até 1,20 m : As, distr. = —— = 3,34 cm2/m ^ ó 8,0 mm c/ 15,0 cm
5
5 80
1.20 à 2,20 m : As, distr. = —— = 1,16 cm2/m ^ ó 8,0 mm c/ 30,0 cm
5
2.20 à 4,20 m : ó 8,0 mm c/ 30,0 cm
U N IC ID
Universidade
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4 1 6 0 3 0 ( 417 )
342
U N IC ID
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Armaduras construtivas do lado externo da parede:

01
— .bw.h = 2,5 cm2/m ^ è 8,0 mm c/ 20,0 cm Armadura vertical e horizontal
100

Verificação do esforço Cortante:

Vk = 60 kN ^ Parede, Ponto B
Vd = 84 kN

T wd < T wu

____
Ä *, yf

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% V J ^ Cidade de S. Paulo

Dispensa da armadura transversal:


865
d = 21,0 cm < --- = 43,25 cm
20
pois, L = 21 = 2.432,5 = 865 cm
^ 4 = 0,14.a .k -para C.U.D .
k = 1,6 -d = 1,6 - 0,21 = 1,36 > 1,5
18
1= ------= 0,0072 (0,72%)
P
100.25
. ^4 = 0,14.1,36.1,39 = 0,26

Twu1 = ^4.Vfõk = 0 ,2 6 . ^ 2 0 ,0 = 1,16 M P a < 1,0 M P a


Twu1 = 0 ,4 0 < TWu1—1,0 M Pa

Conclusão: não há necessidade de armadura transversal:


U N IC ID
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Verificação do esforço cortante atuante na sapata:

VBK = 77,94 KN
\
Vck = 62.43 kN
© t i ©
VÇK = 62,43 KN

V b , k = -77,94 kN
Laje 01 (sapata): xWd <Twn (< 4,5 MPa) Verificação:

^ Vd 1,4.77,94 nnnen kN
Twd ^ Twn : Twd —----—-------- —0,0052 —— —0,52 M Pa
bw.d 100.21 cm
(1 25 a 2,0 kN
Twn = ^.0,30.fcd = --1
--- .0,30. — = 0,262 = 2,62 M Pa
13 90 y 1,4 cm
/t

vHSTIlUr^ Detalhes das armaduras: Universidade


% V J ^ Cidade de S. Paulo

Verificação para dispensar armadura transversal: Twd < Twu

Twus = ^4^Vfõk < 1 ,0 M P a

Para ações uniformemente distribuídas:

/ (d, L) a.k
/ 4= 0,12. onde : d = 21 cm
3.d
L = 2.i (lajes em balanço) 1-
í
i
25^1
L = 2. 185 + = 395 cm
V 2J i = 195 + — = 197,5 cm
2
L
d = 21 cm > — = - 19,75 cm k = 1,6 - d = 1,6 - 0,21 = 1,39 (> 1,0)
20
a = 1+ 50.^1 < 1,5

____
U N IC ID
Detalhes das armaduras Universidade
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As, ef 12,5
Pi = 0,005
Ac 25.100
a- 1,25 < 1,5

a .k = 1,74 < 1,75

1,74
/ 4 = 0,12. = 0,307
3.21
1 -

197,5

TWu1 — 0,307. V 2 Õ = 1,373 M P a > 1 M P a ^ TWu1 = 1,0 M P a

Portanto:
Twd = 0,25 MPa < Twu1 = 1,0 MPa Armadura transversal dispensada!
Laje 02 (sapata)
Não foi feita a verificação, pois a força cortante é menor.
vHSTIlUr^
Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2 U N IC ID
Universidade
C id ade de S. Paulo

Projetar um muro de arrimo isolado, com contrafortes,


fundação em sapata, para um talude vertical de altura 4,0
m;
Este exemplo segue com os mesmos dados do exercício
anterior, inclusive as dimensões, de acordo com a figura a
seguir:
co n tra forte

3,50 4 h----- V
7C
□,20

3,60

3,50 V ----- V
>1
2.70 0,70 0,15 1,60 0 25
vHSTIlUr^
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Universidade
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0,15 1,60 0,25


vHSTIlUr^
Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2
Cidade de S. Paulc
'OU11^.^v

Determinação dos movimentos em relação ao ponto A;

Resultante M tomb
Força Descrição a (m) b (m) Ymat. (kN/m3) z (m)
(kN) (kN.m/m)

Fi gpp,par 0125 4,20 25 15,75 0,775 12,20

F2 gpp,sap 0,25 2,70 25 16,87 1,350 22,77

F3 gpp,cons 0,40 0,25 25 2,50 2,575 6,44

F4 q (5,0kN/m2) 1,85 - - 9,25 1,725 15,96

Fs gpp,sol 1,85 4,20 18 139,86 1,725 241,25

Fb gpp,contrafore 1,85.4,2/2 0,20 25 19,42 1,467 28,49

F7 gpp,sol 0,70 0,20 18 2,52 0,350 0,88

Somatório 206,17 327,99

----- =------=1,59 m Distância da resultante ao ponto A.


-S«™»%

Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2


S\*y Cidade de S. Paulo

q 1 = ka . q = 0,333 x 5,0 = 1,7 k N /m 2

qep = ka.jfoio.H 1 = 0,333.18.4,2 = 25,17 k N /m 2

E 1 = q 1 .H 1 = 1,7.4,2 = 7,14 k N /m 2

1 1 2
E 2 = -.qep.H ! = - .2 5 ,1 7 .4 ,2 = 52,86 k N /m 2
2 2

(1 1 1( 1
^^tomb —7,14. -.4 ,2 + 0,25 + 52,86. -.4,2 + 0,25 = 104 kN.m/m
V2 J 3V J
Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2 U N IC ID
vHSTIlUr^ Universidade
C id ade de S. Paulo

Verificação do tombamento:
— A verificação ao tom bam ento deve ap resen tar fato r de segurança
su p erio r a 1,5;

Mrest, A 327,99
F .S . = = 3,15 > 1,5 Como F.S. > 1,5, não haverá tombamento

• Verificação do deslizamento:
j = tg ^ = tg 3 0 0 = 0,577

Fatrito = J . Fv = 0,9.0,577.206,17 = 107,06 kN /m

£ E = E i + E2 = 60,0 k N F S _ FAtrito _ 107,06 _ 1 7 g

Como F.S. > 1,5, não haverá deslizamento

____
Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2 U N IC ID
vHSTIlUr^ Universidade
C id ade de S. Paulo

Verificação das pressões no solo de apoio:


206,17 206,17
104 64,83

0,18^
z. -X-
-X- ~
T
1,40 140
l =0,31 m

71 = 128,96 k N /m 2 < 7adm = 200 k N /m 2

7 2 = 23,75 k N /m 2 < 7adm = 200 k N /m 2

Verifica-se, pois que nenhuma tensão no solo foi superior à tensão admissível.
-S«™»%

Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2 U N IC ID


Universidade
C id ade de S. Paulo

Cortina entre os gigantes (lajes ve rticais) laje engastada nos


co ntrafo rtes e na laje de fundo e apoio livre na borda su p e rio r;
*

4,20 m

V /7 /S /////7 ///////

7.14
*- ■
tK
3,50 m
I ▼
tipo 10 tipo 22

Laje tipo 22 tabelas e ábacos de Libânio Miranda Pinheiro


vHSTIlUr^
Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2
\ * * Cidade de S. Paulo

Laje La (cm) Lb (cm) Y = La/Lb Coeficientes Momentos (kN.cm/m)


Jx 0,86 mx 556
Jx' 3,74 mx' 2422
Laje Jy 1,48 my 958
420 350 1,2
Tipo 22 Jyb 0,82 myb 531
Jy ' 3,47 my' 2247
Jy'b 1,00 my'b 647
Jx 1,24 mx 108
Jx' 5,57 mx' 487
Laje Jy 3,27 my 286
420 350 1,2
Tipo 10 Jyb 4,43 myb 387

Jy ' 7,34 my' 642


Jy'b 8,48 my'b 742

____
vHSTIlUr^
Muros de Arrimo - Exemplo numérico 2
S\*y Cidade de S. Paulo

Determinação das Armaduras;


Considerando:
Concreto C-20 - Aço CA-50
h = 15 cm; d = 12 cm
Asmin = 0,25%.b.d = 3,0 cm2/cm

Local.
Md (kN.cm/m) Kmd kx kz As (cm2) As,ef (cm2) ^ (mm) s (cm)
Momentos

mx 929 0,045 0,068 0,973 1,83

mx' 4072 0,198 0,336 0,865 9,02

my 1741 0,085 0,131 0,947 3,52

myb 1285 0,062 0,096 0,962 2,56

my' 4044 0,197 0,334 0,867 8,94

my'b 1945 0,095 0,148 0,941 3,96

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Determinação dos esforços solicitantes na sapata do muro


de arrimo;
28,96-23,75 _ yi , 0 kN
----------------- —------- ^ yi —77,93 —^ (Jsoio, c —101,68 — —
■Á 2,70 2,0 m

C B 28,96 - 23,75 y2 ^ ^ ^ 0, kN
----------------- —---------^ V2 —72,09 —^ (Jsoio, b —95,84 ——
q5 2,80 1,85 m2
U I

qi = 0,20.18 + 0,25.25 = 9,85 kN/m2


23,75 q4=q +4,20.18 + 0,25.25=86,85kN/m:
vHSTIlUr^
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Momento Fletor na seção C:

07 1 2 07
M c, k = 101,68.0,7.—1—+ -.(128,96 -101,68).0,7.-.0,7 - 9,85.0,7. — = 26,95 kN.m/m
2 2 3 2
Tração nas fibras inferiores
1
V c, k = 101,68.0,7 .(128,96 - 101,68).-.0,7 - 9,85.0,7 = 73,83 kN/m

Momento Fletor na seção B:


1 05 1 1 85 1
Me,k = 23,75.1,85.—— + -.(95,84 - 23,75).1,85.-.1,85 -86,85.1,85.-^— = 66,85 kN.m/m
2 2 3 2
Tração nas fibras inferiores
Verificação do equilíbrio dos momentos em relação ao ponto C:
M c, esq = 26,95 kN.m/m
0 15 1 1
Mc,dir = 15,75. + (86,85.1,85). í 185 + 0.15 ] - 23,75.2.2 + 0,25.0,4.25. í 2 - 0,25 ] --.(1 0 1 ,6 8 - 23,75).2.—.2 = 79,13 kN.m/m
V2 V 2 V 2 V 2 3

M c , acima = Mtomb, a = 1 0 4 k N . m / m

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U N IC ID
vHSTIlUr^ ■/ <
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Verificação do equilíbrio dos Diagramas de Md- Detalhamento


momentos em relação ao ponto C:

104

26,95 ±

-é 79,13
ZMc = 2,08 ~ zero

Local. Md As,ef ^ (mm) s (cm)


Kmd kx kz As (cm2)
Momentos (kN.cm/m) (cm2)

MC,dir 11078 0,160 0,263 0,895 12,95 12,5 12,5 10,0


MC,esq 3773 0,055 0,083 0,967 4,08 3,79 12,5 33,0
íjy- ^yl^- ‘

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Dimensionamento da viga de ancoragem


Devido ao tipo de esforço atuante na viga de ancoragem, ela funciona mais como uma
laje com Asmin, com distribuição de ferragem em forma de estribo;

As, min —0,15% .bw.h 7 r1 1


0,15 2 6,3 d 13
As, min ——— .65.25 —2,43 cm
100 65 >

ft 1- 4) 6,3

* *
25
1 ^ 6,3 mm c/ 13,0 cm
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Dimensionamento do contraforte
7£ 7~ 7^
1,00
7*1,00 7"1,00
4,00
1,00 1,00
7^ 1,00
1,00
7£ 7*,0,7 7*
0,20 07
7^ 7^ 7C

2
P = k.jí.h = 0,33.18.4 = 23,7 kN/m
Ph = 23,7x3,5 = 82,95 kN/m
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Tabela de determinação dos esforços: Esforços


Altura (y) Pressão (Py)
Seção
(m) kN/m2 V (kN) M(kN.m)
0 0,00 0,0 0,0 0,0
1 1,00 20,8 10,4 3,5
2 2,00 41,6 41,6 27,7
3 3,00 62,4 93,6 93,6
4 4,00 83,2 166,4 221,8
Diagramas de Esforços Solicitantes 5 4,10 xx 166,4 338,3
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% S a Cidade de S. Paulo

Tabela da armadura longitudinal


Momento Fletor Armação
Seção M Md bw(cm) h (cm) Kmd kx kz
As (cm2) As,min ^(mm)
(kN.cm) (kN.cm) (cm2)
1 350 490 20 44 0,011 0,016 0,994 0,28 1,32 2 ^ 16,0
2 2770 3880 20 90 0,018 0,027 0,989 1,05 2,7 2 ^ 16,0
3 9360 13100 20 132 0,028 0,042 0,983 2,39 3,96 2 ^ 16,0
4 22180 31050 20 176 0,037 0,055 0,978 4,25 5,28 3 ^ 16,0
5 33830 47360 20 185 0,051 0,077 0,969 6,21 5,55 4 <|) 16,0

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Detalhe da armadura longitudinal

Detalhe da armadura transversal

2,00 6,3 c 20

2,20 c(>8 c20


Créditos

Seleção de Material: Prof. D.Sc. Roberto Chust Carvalho

Organização de Material: Prof. M.Sc. Antonio de Faria

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