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Mulheres na ciência: 10 cientistas que você precisa

conhecer

Laura Aidar

Formada em Comunicação

Atualizado em 17/01/2023

Quando se pensa em grandes nomes da ciência, geralmente as mulheres não


são lembradas. Isso devido à falta de estímulo para que ocupassem essa área
do conhecimento.

Ainda assim, existem mulheres cientistas que se destacaram por contribuir com
estudos e descobertas muito importantes para toda a humanidade.
1. Marie Curie (1867-1934)

A polonesa Marie Curie nasceu em Varsóvia em 7 de novembro de 1867. Seu


pai era professor de física e matemática.

Com dificuldade, Marie conseguiu se formar em física em 1893 e em


matemática no ano seguinte, seguindo os passos do pai.

Seus estudos foram de enorme importância para a ciência, pois constatou


a existência do polônio e do rádio, elementos químicos que contribuíram
para a criação de tratamentos médicos como a radioterapia.

Marie Curie recebeu em 1903 o Prêmio Nobel de Física, se tornando a primeira


mulher a alcançar tal homenagem.
2. Hypatia de Alexandria (cerca de 351 a 370 d.C - cerca de 415)

Considera-se Hypatia a mais antiga matemática do mundo. Nascida em


Alexandria, no Egito, provavelmente entre 351 e 370 d.C, Hypatia foi uma
mulher extremamente inteligente que se dedicou à filosofia, astronomia e
matemática.

Teve incentivo do pai, Teón, também professor e matemático. Assim, a jovem


conclui os estudos e torna-se professora e diretora da Academia de Alexandria.

Infelizmente sua obra foi perdida, assim como de outros estudiosos do período,
mas sua relevância está no mapeamento e movimentação dos astros.

A morte de Hypatia foi dramática. Por volta de 415 d.C, a professora foi alvo de
extremistas religiosos que viam os estudos científicos como maléficos. Assim,
foi linchada e assassinada em espaço público.
3. Anna Atkins (1799-1871)

A botânica e fotógrafa Anna Atkins entrou para a história como a primeira


mulher a publicar um livro com fotografias.

Com o auxílio da cianotipia, uma técnica alternativa de registros de imagens,


Anna catalogou diversas algas e publicou em seu livro Fotografias de British
Algæ: Cyanotype Impressions.

Filha do químico John George Children, também foi estimulada desde a


infância a estudar. Nascida em 1799 na Inglaterra, era raro as mulheres
receberem esse tipo de incentivo na época.

Seu nome ficou por muito tempo esquecido, sendo resgatado a partir da
década de 70.
4. Florence Sabin (1871-1953)

Florence Sabin nasceu nos EUA em 9 de novembro de 1871. Sua atuação foi
na medicina, onde fez investigações e descobertas importantes na área
da anatomia, sistema linfático e sanguíneo.

Formou-se médica em 1900 e no ano seguinte publicou Um Atlas da Medula e


Mesencéfalo, livro que se tornou referência para a medicina.

Depois que se aposentou, Florence dedicou sua vida ao ativismo a favor da


saúde pública em seu estado, o Colorado.
5. Ada Lovelace (1815-1852)

Ada Lovelace nasceu em 1815 na Inglaterra e dedicou sua vida à matemática e


à escrita.

Seu maior feito foi ter desenvolvido o primeiro algorítimo a ser processado por
uma máquina. Por isso, ela é considerada a primeira programadora da
história.

Seu pai era o poeta romântico Lord Byron, mas não teve influência em sua
criação. Assim, Ada foi incentivada a estudar matemática pela sua mãe.

Trabalhou em parceria com o cientista Charles Babbage desenvolvendo a


"máquina analítica", vista como precursora dos computadores.

Ada faleceu aos 36 anos de câncer e sem reconhecimento em vida, só vindo a


ter visibilidade depois que o cientista Alan Turing a citou.
6. Gertrude Bell Elion (1918-1999)

A estadunidense Gertrude Bell Elion nasceu na primeira metade do século XX


e desenvolveu importantes estudos sobre farmacologia, bioquímica,
oncologia (estudo de tumores) e contaminações por vírus.

Concluiu o curso de química aos 19 anos e construiu uma sólida carreira,


sendo homenageada com o Prêmio Nobel de medicina em 1988.
7. Valentina Tereshkova (1937-)

A russa Valentina Tereshkova foi a primeira mulher a realizar sozinha uma


viagem ao espaço. O feito ocorreu em 16 de junho de 1963 e ela permaneceu
por 3 dias em uma cápsula orbitando o planeta Terra.

Na época, aos 26 anos, ela foi escolhida pela União Soviética para a missão,
fazendo um treinamento por 7 meses antes do embarque.

Essa foi a única viagem ao espaço feita por Valentina, mas ela continuou
envolvida com o programa espacial e incentivando presença de mulheres no
meio científico.
8. Mária Telkes (1900-1995)

Mária Telkes foi uma cientista húngara nascida em 1900 que teve grande
relevância para as pesquisas sobre energia solar, o que lhe rendeu o apelido
de Rainha do Sol.

Sua formação foi na Universidade de Budapeste, onde concluiu o curso de


físico-química em 1920. Cinco anos depois Mária passa a viver nos EUA.

A cientista também desenvolveu um mecanismo capaz de dessalinizar a água


do mar, transformando-a em água potável. 
9. Nise da Silveira (1905-1999)

A nordestina Nise da Silveira foi uma estudiosa no campo da psiquiatria


que revolucionou os tratamentos de saúde mental no Brasil.

Nascida em fevereiro de 1905 em Maceió, Nise passa a viver no Rio de Janeiro


a partir de 1927. Trabalhou no Hospital do Engenho de Dentro, no subúrbio
carioca e lá implementa recursos terapêuticos usando a arte e a interação com
animais.

Seu legado é importante, pois, através de muita luta e enfrentamento,


consegue trazer um olhar mais humano e eficaz à psiquiatria e aos pacientes.
10. Sônia Guimarães (1957-)

Uma mulher cientista com reconhecimento na atualidade é Sônia Guimarães. A


brasileira nasceu em 1957 no interior de São Paulo é a primeira mulher negra
doutora em física do país.

Sônia também foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira como professora de
física no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Se formou em física pela Universidade Federal de São Carlos e especializou-


sem em física moderna.

Além das contribuições no ensino de física, ela também atua como ativista pela
educação de pessoas carentes e na luta feminista.


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