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5 coisas que você precisa saber sobre a

astrônoma Maria Mitchell


Americana foi uma das primeiras mulheres
profissionais em astronomia e participou de
movimentos sociais feministas
13 Jan 2017 - 18h33 Atualizado em 13 Jan 2017 - 18h33

(Foto: H. Dassell/ Domínio Público)

Conhecida como a primeira astrônoma profissional nos Estados Unidos, Maria Mitchell
nasceu em 1818 e estudou as estrelas por conta própria, ao lado de seu pai. O cometa
que leva seu nome foi uma grande descoberta feita por Mitchell e colaborou para torná-
la mundialmente famosa e reconhecida entre os cientistas da época.

Além de suas contribuições, Mitchell foi professora de astronomia no Colégio Vassar,


em Nova York, onde produzia pesquisas e fotografias com os alunos. Ela também fez
parte de uma organização feminista, foi colega de sufragistas como Elizabeth Cady
Stanton e ajudou a incentivar o reconhecimento das mulheres na ciência. Conheça
outros fatos sobre a vida da astrônoma:

A astrônoma recebeu a mesma educação que seria comum apenas entre os garotos
naquela época

Sua família fazia parte do movimento religioso Quaker, que se opunha à escravidão e
cultivava algumas opiniões incomuns para a época. Como seus pais valorizavam os
estudos, Mitchell recebeu o mesmo nível educacional que um garoto normalmente
receberia naquele tempo. Ela frequentou a escola onde seu pai dava aulas e passou um
ano na escola de Cyrus Peirce, educador americano. Em 1835, aos 17 anos, abriu sua
própria escola para treinar meninas na ciência e na matemática.

Foi a primeira mulher americana a trabalhar como astrônoma profissional

Um ano depois, Maria trabalhou como bibliotecária e desenvolveu a paixão pela leitura.
Enquanto passava seus dias lendo, as noites eram reservadas para observar o céu com o
pai. Mitchell foi a primeira mulher oficialmente empregada com salário anual em um
campo acadêmico e recebia cerca de US$ 300 por ano como “observadora celestial”.

Na história da astronomia, Maria Mitchell é a segunda mulher a descobrir um


cometa

Em outubro de 1847, Mitchell ficou famosa da noite para o dia após descobrir um
cometa. No ano seguinte, foi eleita membro da Academia de Artes e Ciências dos
Estados Unidos, a primeira mulher a receber o convite. Entre mulheres astrônomas, ela
foi a segunda responsável por ter identificado um cometa — a primeira foi Caroline
Herschel —, que recebeu o nome de Miss Mitchell's Comet. Em reconhecimento à
descoberta, ela ganhou uma medalha de ouro oferecida pelo rei Frederico VI da
Dinamarca, que tinha um interesse amador por astronomia.

Fez parte do movimento contra a escravidão e foi colega de sufragistas

Em 1873, a astrônoma foi cofundadora da Associação para o Avanço da Mulher, uma


organização feminista que reunia mulheres profissionais em congressos anuais. Mitchell
ocupou o comitê de ciência, onde organizava palestras sobre a importância do
reconhecimento das mulheres nos campos científicos. Ela também protestou contra a
escravidão e foi colega de sufragistas como Elizabeth Cady Stanton, com quem fundou
a associação.

Seus planetas favoritos eram Júpiter e Saturno

Durante seus anos no Colégio Vassar, Mitchell pesquisou a superfície de dois dos seus
planetas favoritos, Júpiter e Saturno, e também fotografou as estrelas. O equipamento
usado para essa atividade era dela mesma e os “pratos” das fotografias — que
precederam o filme fotográfico — eram conservados em um armário do observatório.
Seus estudos, conduzidos com alguns de seus estudantes, eram publicados no
tradicional periódico Silliman’s Journal e em artigos das cidades de Poughkeepsie ou
Nantucket.
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/01/5-coisas-que-voce-precisa-
saber-sobre-astronoma-maria-mitchell.html

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