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17 cientistas que eram também sacerdotes católicos

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November 17, 2017

Redação da Aleteia | Nov 17, 2017

Albert Einstein e Padre Georges Lemaître, Califórnia, 1933 / Domínio público

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Ciência e fé só andam separadas na cabeça de quem quer


negar alguma parte da essência humana
A ciência e a fé são parceiras que só andam separadas na cabeça de quem quer
negar alguma parte da essência humana, aberta naturalmente ao conhecimento, à
busca de significado e à exploração de hipóteses que possam ser confirmadas ou
refutadas. Não há verdadeira ciência sem abertura ao mistério, nem fé autêntica sem
abertura à investigação científica. Faz todo o sentido, por isso, que alguns dos
grandes cientistas da história da humanidade tenham sido também sacerdotes.

Conheça 17 deles:

1 – São Silvestre II (945-1003)


O primeiro Papa francês da história da Igreja era matemático e foi um dos primeiros
divulgadores dos numerais indo-arábicos na Europa cristã.

2 – Guido d’Arezzo (992 a 1050)


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Este monge medieval é um dos responsáveis pelo sistema de notação musical
moderna: foi ele quem criou o tetragrama e batizou as notas musicais (a partir das
primeiras sílabas de um hino em latim a São João Batista).

3 – Santo Alberto Magno (1193-1280)


Sacerdote dominicano, bispo e Doutor da Igreja, foi também o químico a quem se
credita a descoberta do arsênio.

4 – Roger Bacon (1214-1294)


Frade franciscano conhecido como “Doutor Admirável”, fez estudos e pesquisas em
áreas importantes do conhecimento como a mecânica, a ótica e a geografia, além da
filosofia.

5 – Jean Buridan (1300-1375)


Padre francês, foi um dos pioneiros da Teoria do Ímpeto, que abriu caminho para a
dinâmica de Galileu e para o princípio da inércia de Isaac Newton.

6 – Nicolau Oresme (1323-1382)


Teólogo e bispo de Lisieux, fez estudos e pesquisas não apenas como filósofo,
psicólogo e musicólogo, mas também como economista, matemático, físico e
astrônomo, e, graças a esse conjunto de conhecimentos, descobriu a refração
atmosférica da luz.

7 – Nicolau Copérnico (1475-1543)


Embora seja famosíssimo, ainda há muita gente que não sabe que este matemático
e astrônomo polonês, pai da teoria heliocêntrica e da astronomia moderna, era
sacerdote. E também era jurista, político, líder militar, diplomata e economista.

8 – Francesco Maria Grimaldi (1618-1663)


Padre jesuíta italiano, físico e matemático, ele construiu instrumentos para medir
características geológicas da lua e foi pioneiro nos estudos sobre a difração da luz.

9 – Giovanni Battista Riccioli (1598-1671)


Também sacerdote jesuíta, foi o primeiro a medir a aceleração de um corpo em
queda livre e é reconhecido como pioneiro da astronomia lunar.

10 – Athanasius Kircher (1602-1680)


Outro jesuíta cientista, inventor, poliglota e especialista em cultura oriental, contribuiu
também com a medicina ao usar um microscópio rudimentar para examinar doentes
de peste: um projetor de imagens conhecido como “lanterna mágica”, criado por ele
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próprio, possibilitou importantes avanços na compreensão da peste bubônica. Além
disso, escreveu mais de quarenta livros, entre eles o famoso “Mundus Subterraneus”
(1665), para expor o conhecimento da época sobre o interior da Terra.

11 – Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724)


Este padre é um dos precursores da aviação, área em que a sua importância é
relevante a ponto de que a Força Aérea Brasileira conceda todos os anos, a pessoas
que prestaram serviços importantes para a aeronáutica, um prêmio que traz o nome
dele: a Medalha Bartolomeu de Gusmão.

12 – Ruder Boskovic (1711-1787)


Mais um jesuíta que, além de sacerdote, era poeta, físico, astrônomo, filósofo e
matemático. Influenciou na obra de nomes tão relevantes como Faraday, Kelvin e
Einstein.

13 – Gregor Mendel (1822-1884)


Agostiniano austríaco e pai da genética, legou ao mundo as assim chamadas “leis de
Mendel” sobre a transmissão dos caracteres hereditários.

14 – James B. Macelwane (1833–1956)


Todos os anos, a União Geofísica Americana concede a medalha James B.
Macelwane a um cientista de até 36 anos de idade que tenha prestado contribuições
significativas à Geofísica. O nome da medalha é uma homenagem a este padre
jesuíta que se dedicou com grande empenho à formação de jovens cientistas que
contribuíssem com o progresso da humanidade.

15 – Jean-Baptiste Carnoy (1836-1899)


Fundador da citologia, é dele a criação da importante fórmula da medicina conhecida
como “solução de Carnoy”. Nascido na Bélgica, foi ordenado sacerdote em 1861 e se
doutorou em Ciências Naturais em 1865.

16 – Georges Lemaître (1894-1966)


Padre católico belga, era astrônomo, cosmólogo e físico. Propôs a “hipótese do
átomo primordial” para estudar a origem do universo, o que veio a se popularizar
como a teoria do Big Bang. Na foto que ilustra este artigo, vemos o pe. Lemaître com
Albert Einstein na Califórnia em 1933.

17 – Bonaventura Thürlemann (1909–1997)


A este padre beneditino e professor de matemática e física na escola do mosteiro de
Engelberg, na Suíça, é reconhecida a invenção dos medidores eletromagnéticos de
fluxo. Ele publicou, em 1941, um trabalho intitulado “Methode Zur Elektrischen
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Geschwindigkeitsmessung Von Flüssigkeiten” (Método Elétrico para a Medição da
Velocidade em Líquidos).

E mais:
Para não alongar muito, sugerimos este artigo sobre a contribuição tanto histórica
quanto atual da Igreja ao conhecimento científico do mundo: Harmonia entre a
Ciência e a Igreja, de Alexandre Zabot, que é físico, doutor em Astrofísica, professor
da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e católico.

MAS…
Apesar de toda a contribuição da Igreja nos diversos campos científicos e culturais,
do filosófico ao psicológico, do social ao literário, do artístico ao jurídico, do médico
ao astronômico, do químico ao físico, do musical ao pedagógico (e poderíamos
continuar detalhando longamente…), ainda é grande (e surpreendente) o número
de laicistas intelectualmente desonestos que teimam em pré-julgar uma Igreja
que sequer conhecem – muito em desacordo com seu próprio mantra de se livrar de
boatos infundados em vez de engoli-los cegamente…

Ao se fecharem arrogantemente ao que não conseguem entender, esses pseudo-


cientistas incorrem no mesmo dogmatismo cego que, ironicamente, atribuem à
Igreja; ou, prescindindo de toda ética, se comportam como deuses e
causam catástrofes criminosas em nome de uma ciência que não passa de ideologia
irresponsável; ou se alinham à prepotência eugenista do nazismo; ou deixam de
enxergar a beleza que vai muito além da estreitez dos seus conceitos anticientíficos
disfarçados de progresso humano – e propõem genuínas barbaridades.

Ah, mas e Galileu? Aqui. E a Inquisição? Aqui. E as Cruzadas? Aqui. E… e… e…

“Não existem nem cem pessoas que odeiam a Igreja católica. Mas existem milhões
de pessoas que odeiam o que eles pensam que é a Igreja católica” (Fulton Sheen).

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