O NASCIMENTO DA

CIÊNCIA MODERNA
Os pais da revolução
científica
BACON E O EMPIRISMO
Francis Bacon,
Visconde de Saint Alban,
(Londres, 22 de janeiro de
1561 - Londres, 9 de abril
de 1626) foi um político,
filósofo empirista,
cientista, ensaísta inglês,
barão de Verulam (ou
Verulamo ou ainda
Verulâmio) e visconde de
Saint Alban.
Idealizou o EMPIRISMO, uma abordagem da
realidade em que as EXPERIÊNCIAS do mundo
conduziriam à verdade.
Publicou o “Novum Organum” (1620) (novo
instrumento) que tem como objetivos:
1 - Criticar o pensamento aristotélico baseado na
DEDUÇÃO;
2 - Propor um novo instrumental empírico para
se chegar à verdade: a INDUÇÃO, principalmente
amparado pelo empirismo.

Destaca que o observador deve ater-se apenas

aos dados empíricos, os quais devem ser
diversificados e amplos.

Critica Aristóteles, os alquimistas e a magia.

Apesar de muito importante, só o empirismo não
basta para e chegar ao conhecimento.
DESCARTES E O RACIONALISMO

René Descartes (França 31 de março

de 1596 – Suécia, 11 de fevereiro de
1650) foi um filósofo, físico e
matemático francês.
“Penso, logo existo…”

A frase que é atribuída a ele e

destaca a importância da razão
como caminho para o conhecimento.
É considerado o primeiro FILÓSOFO
MODERNO, aquele que inaugura o CETICISMO
METODOLÓGICO, que rompe com uma visão
“religiosa” do mundo.
Descartes publica em 1637 o DISCURSO SOBRE
O MÉTODO, que expõe sua filosofia racionalista.

Descartes propõe como método:

1. Duvidar de tudo, comente acreditar naquilo
que pode ser provado. Com a razão, conclui que
o “eu” existe e que Deus existe. Propõe como
passos metodológicos:
a) Verificar se existem evidências reais e
indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa
estudada;
b) Analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas,
em suas unidades mais simples e estudar essas
coisas mais simples;
c) Sintetizar, ou seja, agrupar novamente as
unidades estudadas em um todo verdadeiro;
d) Enumerar todas as conclusões e princípios
utilizados, a fim de manter a ordem do
pensamento.

Descartes dividia a realidade em res cogitans

(consciência, mente) e res extensa (matéria).

Acreditava também que Deus criou o universo

como um perfeito mecanismo que funcionava
deterministicamente sem intervenção desde
então.
Galileu Galilei
Razão, experiência e… Matemática!

Galileo di Vincenzo Bonaulti

de Galilei, (Pisa, 15 de
fevereiro de 1564 —
Florença, 8 de janeiro de
1642), foi astrônomo,
físico e engenheiro.
É conhecido como o "pai
da astronomia
observacional",
"pai da física",
"pai do método científico"
e "pai da ciência moderna".
Galileu se despiu da vergonha de colocar as
“mãos na massa”, um traço da cultura
aristocrática que dividia as práticas entre o
“pensar” (superior) e o “fazer” (inferior).
Assim, associou experimentação com reflexão.
Adicionou ao seu método a reflexão matemática,
pois acreditava que “a linguagem da natureza
está escrita em caracteres matemáticos”

Inaugura uma nova forma de se olhar para a

realidade, baseada no método indutivo de
Bacon, na razão Cartesiana e no uso ostensivo
da matemática, não mais para apenas
“contemplar a obra divina, mas para interferir
nela, obtendo poder sobre ela.
Isaac Newton (1642 - 1727)

A natureza e as suas leis

estavam escondidas nas
trevas; Deus disse "Que se
faça Newton" e tudo se fez
luz. (Alexander Pope)

Newton é considerado por

muitos como o maior
cientista (na época era
chamado de Filósofo
Natural) da história.
Publicou Princípios
matemáticos de filosofia
natural em 1687, obra que é
considerada o documento de
fundação da ciência moderna.

Nele coloca a “cereja do bolo”

no uso de razão,
experimentação e matemática
de forma completamente
racional e elegante, passando
a influenciar todo o
pensamento que se pretendia
ser científico daí em diante.
Depois de Newton, suas ideias se espalharam
pela sociedade, alcançando vários pensadores e
vários movimentos culturais.
Um exemplo é o de Robert Boyle (1627 - 1691)
que em 1661 publica “O químico cético” onde
aplica as concepções newtonianas à alquimia e
rompe com esta, inaugurando a química
moderna.
Entusiasmados por essas ideias, no século
seguinte os ILUMINISTAS as levarão às últimas
consequências, combatendo a Igreja e aquilo
que consideravam superstição, buscando, em
última análise, expulsar Deus e a espiritualidade
do mundo, em nome da razão e do mecanicismo.

Porém…

Deus, as religiões, a espiritualidade… e também

a ignorância sobre o funcionamento do mundo
natural e da sociedade ainda persistem neste
mundo. Todos os dias encontraremos em
nossas salas de aula pessoas que vivem e
sobrevivem longe do pensamento moderno...
Não sei o que posso
parecer para o mundo,
mas para mim mesmo
pareço ter sido apenas
como um garoto
brincando a beira-mar e
me desviando de vez em
quando para encontrar
uma pedra mais lisa ou
uma concha mais bonita
do que o normal,
enquanto o grande
oceano da verdade
estava por descobrir
diante de mim.
(Isaac Newton)