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Multiplexação

A técnica de multiplexação é usada para conseguirmos obter a transmissão de vários dados de forma
simultânea. Existem várias técnicas de multiplexação. No curso, apresentamos apenas as mais
usuais.

Mutiplexação por divisão espacial (SDM, Space-Division Multiplexing e


SDMA, Space-Division Multiple Access)
Usa canais separados para cada transmissão. Exemplos de uso em redes:

 O uso de cabo de rede individual para conectar cada máquina em redes em topologia em
estrela com o uso de um switch.
 Agregação de links: máquina usando dois cabos de rede para conexão com o switch, recurso
também conhecido como teaming (Windows) ou bonding (Linux).
 O uso de múltiplas antenas em redes sem fio, com transmissões diferentes ocorrendo em
paralelo. Tal técnica é denominada MIMO (Multiple Input, Multiple Output) e está disponível
a partir do IEEE 802.11n (Wi-Fi 4). A técnica MU-MIMO (Multiple User - Multiple Input,
Multiple Output) permite a conexão de mais de uma máquina ao mesmo tempo, em
paralelo, e está disponível a partir do IEEE 802.11ac (Wi-Fi 5) Wave 2.
 Beamforming, disponível a partir do IEEE 801.11n (Wi-Fi 4).
 Recurso de coloração do BSS (reúso espacial), disponível a partir do IEEE 802.11ax (Wi-Fi 6).

Analogia: pessoas conversando em salas separadas.

Multiplexação por divisão de tempo (TDM, Time-Division Mutiplexing e


TDMA, Time-Division Multiple Access)
Nesta técnica, o canal é liberado para transmitir um pouco de cada transmissão por vez. É a técnica
mais utilizada em redes tanto cabeadas quanto sem fio para se ter acesso ao meio.

Analogia: várias pessoas em uma mesma sala, apenas uma falando por vez.

Multiplexação por divisão de frequência (FDM, Frequency-Division


Multiplexing e FDMA, Frequency-Division Multiple Access)
Utiliza frequências diferentes para obter transmissões simultâneas. O melhor exemplo de uso é o da
transmissão analógica de rádio, TV e TV a cabo.

Redes Wi-Fi, 4G e de transmissão de TV digital utilizam uma versão deste tipo de multiplexação
denominada multiplexação por divisão de frequência ortogonal (OFDM, Orthogonal Frequency-
Division Mutiplexing e OFDMA, Orthogonal Frequency Division Multiple Access), onde o canal é
subdividido em subcanais para a transmissão de dados em paralelo, a fim de aumentar a largura de
banda. No OFDM, a comunicação é feita apenas a um único cliente, enquanto a OFDMA permite a
comunicação simultânea a mais de um cliente.

Analogia: várias pessoas em uma mesma sala, cada uma falando a um tom diferente.

Parte integrante do curso “Arquitetura de Redes”, de Gabriel Torres


Multiplexação por divisão de código (CDM, Code-Division Multiplexing e
CDMA, Code-Division Multiple Access)
Nesta técnica, usada por redes Wi-Fi muito antigas (IEEE 802.11-1997 e IEEE 802.11b, isto é, “Wi-Fi
0” e “Wi-Fi 1”) e redes de telefonia celular 2G e 3G, é utilizada uma faixa de frequência alargada em
vez de um canal com frequência estreita como ocorre na FDM/FDMA. Os dados são embaralhados
com um código (uma forma de onda) que é diferente para cada usuário (transmissor) e todos os
dados são transmitidos juntos. Na ponta receptora, só quem sabe o código tem acesso ao dado
correspondente.

Analogia: várias pessoas em uma mesma sala, cada uma falando um idioma diferente.

Multiplexação por divisão de comprimento de onda (WDM, Wavelength-


Division Multiplexing e WDMA, Wavelength Division Multiple Access)
Técnica utilizada por fibras ópticas monomodo do tipo NZ-DSF (Non-Zero Dispersion-Shifted Fiber),
onde comprimentos de onda (cores) diferentes são usados para permitir fluxos de dados
independentes simultaneamente. É uma técnica análoga à multiplexação por divisão de frequência,
só que para fibras ópticas.

Analogia: várias pessoas em uma mesma sala, apenas as com roupa de mesma cor se falam.

Parte integrante do curso “Arquitetura de Redes”, de Gabriel Torres

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