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Maria Luiza 6º fase de telecomunicações

WDM (Wavelength-division Multiplex)

A multiplexação por divisão de comprimento de onda é muito utilizada hoje em dia,


principalmente nas fibras ópticas. Como qualquer outra forma de multiplexação, ela se baseia
na transmissão de vários sinais em um mesmo canal, no caso do WDM, levando em conta as
diferenças de espectro no comprimento de onda.
Ela é a variação da FDM para fibras ópticas, por isso utiliza-se o termo comprimento de onda
(λ). Cada canal irá trafegar pela fibra óptica em um comprimento de onda diferente.

Rede:

Figura 1: exemplo de multiplexação WDM

Figura 2: exemplo da rede WDM


As redes WDM são um conjunto de equipamentos e meios físicos responsáveis pela
infraestrutura dos meios ópticos, usando para dados ou voz em uma única fibra. Tendo em
referência a figura 1, os transponders transformam as informações de entrada, os links, em
sinais ópticos, que no multiplexador (mux) são combinados em um único feixe, alocando cada
entrada em um comprimento de onda específico. Passando pela fibra, o feixe chega no
demultiplexador (demux), separando-o em ondas de acordo com o comprimento de onda.
Outros equipamentos utilizados são os amplificadores e equipamentos de cross
conexão e também equipamentos que permitem a gerência da rede, fazendo a supervisão e
o controle.

Figura 3: melhor visualização dos diferentes comprimentos de onda na fibra e no Mux e Demux

A rede WDM utiliza a tecnologia de Multiplexação Óptica para compartilhar a mesma


fibra com diversos sinais ópticos de diferentes comprimentos de onda, que são usualmente
denominados de canais com “cores” distintas. A taxa de transmissão de cada canal pode variar
de 2 Mbit/s (E1) até 10 Gbit/s (STM-64), dependendo da aplicação, sendo que a sua maior
utilização ocorre nos sistemas que necessitam taxas de transmissão acima 155 Mbits/s (maior
que STM-1).

História:
Sua elevada flexibilidade para transportar diferentes tipos de hierarquias digitais
permite oferecer interfaces compatíveis com as diversas aplicações existentes, entre elas as
redes de transmissão PDH e SDH, as redes Multisserviços ATM, IP e Frame Relay, e
aplicações específicas para redes de dados e de computadores de grande porte (Fast
Ethernet, Gbit Ethernet, interfaces ESCON, FICON e Fiber-Channel, entre outras).
Os primeiros equipamentos WDM surgiram como soluções totalmente passivas,
possibilitando a comunicação entre dois sistemas por meio de uma única fibra óptica. Um
sistema utilizava a 2ª janela de propagação com um comprimento de onda de 1310 nm,
enquanto o outro utilizava a 3ª janela com 1550 nm. Esses dispositivos funcionavam como
"misturadores ópticos" ou "divisores ópticos", dependendo da localidade de instalação, para
combinar ou separar os sinais dos sistemas.
Ao evoluir, os equipamentos WDM deixaram de ser passivos, adotando misturadores
mais complexos, transponders e filtros. Essas melhorias permitiram aumentar o número de
comprimentos de onda por fibra, utilizando a mesma janela de propagação. O
desenvolvimento de amplificadores ópticos estendeu a cobertura das redes WDM a distâncias
cada vez maiores.
Para garantir a integridade do tráfego, foram incorporados mecanismos de proteção
automática nas redes WDM. Além disso, os avanços nos sistemas ópticos possibilitaram a
inserção ou extração de comprimentos de onda em pontos intermediários de um enlace. O
progresso na gestão de redes permitiu monitoramento remoto de parâmetros cruciais e
configuração remota de rotas e trocas de comprimentos de onda.
O avanço tecnológico contínuo resultou em projetos mais complexos, impulsionados
pelos crescentes requisitos das redes. Isso levou ao desenvolvimento de fibras ópticas com
características aprimoradas. Em conjunto com sistemas de gerenciamento sofisticados, os
projetos de rede WDM tornaram-se altamente complexos, possibilitando monitoramento
remoto e configuração eficiente, enquanto as fibras ópticas continuaram a evoluir para atender
às demandas crescentes.

Vantagens e restrições:

A rede WDM oferece uma série de vantagens em comparação com outras tecnologias.
Ela possibilita a utilização de equipamentos de aplicação para redes de transporte e
multisserviços sobre a mesma infraestrutura de meio físico óptico. Além disso, permite o
tráfego de qualquer tecnologia, independentemente do fabricante, através do uso de
transponders. A economia de equipamentos de aplicação ao longo das rotas é viabilizada pela
instalação destes apenas nos pontos de troca de tráfego. Essa abordagem também favorece
a economia e otimização do uso de fibras ópticas, especialmente em locais com alta
densidade de redes e acessos.

No entanto, a tecnologia WDM apresenta desafios significativos. O projeto, instalação


e operação da rede WDM são complexos e demandam um planejamento criterioso e
detalhado. Além disso, a ausência de padronização de equipamentos e da própria tecnologia
WDM impede a utilização de equipamentos de fabricantes distintos em um mesmo enlace da
rede. Essas desvantagens ressaltam a importância de uma abordagem cuidadosa e
personalizada ao implementar sistemas WDM.

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