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Nos seculos XVII e XVIII, surgiu a base da ciência moderna. Defendia-se o conhecimento
assente num método científico rigoroso, associado á observação, á experimentação e á
razão (racionalismo).
O método científico foi amplamente seguido por pensadores dos mais variados domínios
do conhecimento, transformando a forma de pensar e de explicar o mundo através da
ciência, num processo designado “revolução científica” recusaram-se os preconceitos e
criaram-se teorias e métodos que favorecem o avanço da ciência.
Principais impulsionadores:
➢ Galileu
As suas observações, baseadas no conhecimento matemático, abriram caminho ao
conhecimento científico.
Na obra Mensageiro das Estrelas questionou o saber académico e livresco e as convicções
defendidas pela igreja.
Defendeu o saber resultante do confronto com a realidade.
Utilizou a luneta astronómica e comprovou a teoria heliocêntrica de Copérnico,
refutando o geocentrismo ptolemaico.
➢ Francis Bacon
Defendeu um novo método para chegar ao conhecimento, baseado na observação, na
experiência e na indução.
Na obra Novum Organon defendeu o conhecimento a partir de uma observação empírica
particular (facto) para chegar a uma conclusão universal.
➢ René Descartes
Formulou a proposição “Penso, logo existo”, defendendo o pensamento racionalista.
Na obra O Discurso do Método defendeu os princípios para o conhecimento do
individuo e do mundo.
Desenvolveu o método cartesiano para chegar ao conhecimento. Este era composto por
quatro etapas: a evidencia (não aceita como verdadeiro o que a razão não reconhece), a
analise (decomposição do problema em várias partes), a síntese (ordena as observações do
mais simples para o mais complexo), a enumeração (garante que o processo está
completo).
➢ Isaac Newton
Na sua obra Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, conjugou a razão, a observação,
a demonstração e a analise matemática.
Formulou a lei da gravitação universal.
Demonstrou que o universo era infinito e se regia por regras matemáticas, pondo fim á
cosmologia antiga.
Reordenamento urbano
Em 1755, Lisboa foi quase completamente destruída por um terramoto, nessa altura
destacou-se a personalidade do Marquês de Pombal que tomou medidas para socorrer as
vítimas e iniciar a reconstrução da cidade;
A cidade de Lisboa foi reedificada segundo um projeto arquitetónico moderno, criando
aquilo que hoje se chama a baixa pombalina;
Foram criadas ruas largas e retilíneas, uma praça monumental, Praça do Comércio;
Os blocos de prédios eram idênticos, de linhas simples e de construção robusta;
Esta construção urbanística é uma afirmação do despotismo iluminado.
O Marquês de Pombal iniciou um vasto programa de reestruturação do ensino;
A expulsão da Ordem de Jesus, que se dedicava ao ensino, tinha criado um vazio em
muitas escolas do país;
Foram criados quase 500 postos para "mestres de escrever e ler", para promover o ensino
das primeiras letras, aquilo que hoje chamamos o ensino básico;
Foram fomentados os estudos para alunos que queriam ingressar na Universidade para
as disciplinas de Latim, Grego, Retórica, Filosofia, etc., cerca de 360, o equivalente ao
atual ensino secundário;
A Universidade de Évora, dirigida pelos jesuítas foi encerrada;
A Universidade de Coimbra estava dominada por um ensino muito antiquado e
tradicional;
Em 1768 é criada a Junta da Previdência Literária para estudar a reforma da
Universidade;
Em 1772, a Universidade de Coimbra passa a ter novos estatutos;
Estes vão no sentido de criar uma universidade moderna e com métodos de ensino
baseados no experiencialismo e racionalismo;
São criadas novas faculdades e os cursos tradicionais são reformados;
Pombal criou um imposto, Subsídio Literário, para subsidiar as reformas no ensino
(1772);
Pombal fundou a Aula do Comércio (1759) para preparar os comerciantes para a sua
atividade;
A reforma pombalina do ensino insere-se na ideia, do estado absoluto, de submeter,
através da educação, os grupos privilegiados e instruir a nova burguesia, sem qualquer
atenção à educação do povo;
Abolida a Inquisição foram criados outros órgãos incumbidos da repressão e da censura
de todos aqueles que se opunham ao estado absoluto;
A Revolução Americana
Países que possuíam territórios na América do Norte, em 1774:
França; Inglaterra; Espanha; Holanda…
Motivos que conduziram os povos dos primeiros Estados independentes na América à
revolta contra a Inglaterra:
Os conflitos entre as colónias americanas e a Inglaterra intensificaram-se após a guerra
dos 7 anos, uma vez que o governo inglês na tentativa de recuperar as suas finanças
tomou um conjunto de medidas que provocaram um sentimento de revolta entre as
colónias.
Entre essas medidas está o aumento dos impostos sobre o selo (que levou a que em alguns
jornais estivesse presente uma caveira, que substituía a símbolo de imposto de selo. Como
geralmente a caveira está associada à morte os editores dos jornais pretendiam criticar o
lançamento de mais um imposto por parte da Inglaterra sobre as colónias americanas), o
chá, o açúcar, vidro, chumbo, papel e outros produtos coloniais. As colónias inglesas
foram ainda obrigadas a suportar despesas militares da Inglaterra na América e viram
recusado o pedido de representantes no parlamento britânico.
Estes motivos de descontentamento aliados à difusão das ideias iluministas e liberalistas,
iram contribuir para o crescimento do sentimento de revolta entre os colonos
americanos.
Acontecimentos referentes ao processo revolucionário americano:
O conflito crescente entre as colónias americanas e as autoridades inglesas. Os colonos
americanos recusavam-se a aceitar o pagamento de mais impostos e em 1770 na cidade de
Boston deu-se um dos primeiros incidentes antes da revolução. Um grupo de colonos que
se manifestava contra o pagamento de impostos foi recebido a tiro pelas tropas militares
inglesas (Massacre de Boston). O “Boston Tea Party” foi uma revolta contra o imposto
britânico sobre o chá em que os colonos americanos disfarçados de índios lançaram ao
mar a carga de chá de vários navios ingleses. Estes dois acontecimentos levaram a que,
como forma de represália, os ingleses lançassem as chamadas leis intoleráveis, que
provocaram o corte definitivo das relações com a Inglaterra e deram início ao movimento
revolucionário americano.
Princípios ideológicos que nortearam os políticos da revolução americana de 1776:
Na declaração de independência americana de 1776 reafirmaram-se dois princípios
fundamentais do movimento iluminista: o princípio da igualdade, todos os homens
nascem iguais e com um conjunto de direitos inalienáveis, o direito à vida, à liberdade e à
felicidade; o princípio da soberania popular, ou seja, o poder reside no povo e como tal os
governos só são legítimos, quando mandatados pelo povo.
De que forma o regime político adotado pelo Estado Americano, após a revolução é
coerente com os princípios defendidos na Declaração da Independência:
É coerente, no sentido em que a aplicação dos princípios iluministas deu origem à criação
de uma república federal, associado de forma livre todos os Estados americanos. Deste
modo, através da constituição definiram-se os direitos e os deveres essenciais de todos os
cidadãos. No entanto o princípio da igualdade e da soberania popular nem sempre foi
respeitado, porque a escravatura era legal e o direito de voto não era extensível a todos os
cidadãos.