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CADERNO DE ENCARGOS

AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE
CONSULTORIA EM GESTÃO DE RISCOS SEGURÁVEIS E
CORRETAGEM DE SEGUROS

PROC. N. º092/2023 – DCL-C

PARTE I
CONDIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Cláusula 1.ª
Apresentação

1. As entidades adquirentes são:


a) A Companhia Carris de Ferro de Lisboa, E.M., S.A., abreviadamente designada por EA´S, é uma
pessoa coletiva de direito privado sob a forma de sociedade anónima de capitais
exclusivamente públicos, de responsabilidade limitada, com natureza municipal, que goza de
personalidade jurídica e é dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com
sede em Lisboa, na Rua 1.º de Maio, nº. 103, 1300-472 Lisboa;
b) A Carrisbus - Manutenção, Reparação e Transportes, S.A. abreviadamente designada por
EA´SBUS, Sociedade Comercial Anónima, com sede social na Avenida Dr. Augusto de Castro,
Complexo de Cabo Ruivo, 1950-159.
2. O presente caderno de encargos compreende as cláusulas que vão reger o contrato a celebrar, no
âmbito do presente procedimento, a aquisição de serviços de consultoria em gestão de riscos
seguráveis e corretagem de seguros, sendo as entidades acima indicadas doravante designadas por
“Entidades Adquirentes/ EA´s”, e por “Cocontratante” a entidade com a qual será assinado o
contrato em questão.
3. Aos serviços integrados no âmbito do contrato a celebrar corresponde o código 66518000-4 -
Serviços de corretagem e de agências de seguros do Vocabulário Comum para os Contratos Públicos

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(CPV), conforme definido pelo Regulamento CE nº213/2008, da Comissão, de 28 de novembro de
2007, que altera o Regulamento (CE) nº2195/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, relativo
ao Vocabulário Comum para os Contratos Públicos (CPV), e as Diretivas do Parlamento Europeu e do
Conselho 2004/17/CE e 2004/18/CE, relativas aos processos de adjudicação de contratos, no que
respeita à revisão do CPV.

Cláusula 2.ª
Objeto

1. O contrato a celebrar na sequência do presente procedimento pré-contratual tem por objeto a


aquisição de serviços de consultoria em gestão de riscos seguráveis e corretagem de seguros para
cada uma das EA´s, de acordo com o presente caderno de encargos, respetivas especificações
técnicas (parte II), que dele fazem parte integrante.
2. O Cocontratante assumirá o papel de corretor de Seguros de cada uma das EA´s, tal como definido
no Regime Jurídico da Distribuição de Seguros, constante da Lei n.º 7/2019, de 16 de janeiro, em
regime de exclusividade, para os contratos de seguro contratados e/ou em vigor, nos anos de 2024,
2025 e 2026.
3. É abrangido pelo contrato a celebrar o desenvolvimento das atividades legalmente atribuídas ao
corretor de seguros, no exercício da atividade de mediação, de forma independente e imparcial face
às empresas de seguros, a gestão da execução dos contratos de seguros, em especial em caso de
sinistro e, sempre que solicitado o apoio nos procedimentos de contratação pública que as EA´s
venham a realizar.
4. Estão ainda incluídos no objeto dos serviços contratados, serviços de consultoria, designadamente,
estudo, análise e preparação técnica de peças de procedimento, demais elementos e
acompanhamento de quaisquer procedimentos pré-contratuais que a EA´S venham a pretender
contratar. Os serviços de consultoria inerentes ao contrato a celebrar integram todas as vertentes
da gestão de riscos seguráveis que de algum modo possam ser do interesse da EA´s.

Cláusula 3.ª
Valor do contrato

1. O valor do contrato a celebrar é o valor máximo do benefício económico que pode ser obtido pelo
Cocontratante junto da(s) empresa(s) de seguros, com a execução de todas as prestações que
constituem o seu objeto, onde se inclui, o valor de quaisquer contraprestações a efetuar em favor
do Cocontratante e ainda o valor das vantagens que decorram diretamente para este da execução

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do contrato e que possam ser configuradas como contrapartidas das prestações que lhe
incumbem.
2. O preço do presente procedimento é um fator constante não sujeito a licitação, que corresponde à
aplicação de uma percentagem (comissão) sobre o preço contratual da adjudicação dos contratos
de seguros (prémio comercial) e será pago pelas Seguradoras ao Cocontratante, nos contratos de
seguros subscritos pelas EA ´s em vigor nos anos de 2024, 2025 e 2026.
3. Para os efeitos do disposto no número 2, bem como de ora em diante neste Caderno de Encargos,
o termo «Prémio» é usado com o sentido resultante do artigo 51.º do regime jurídico do Contrato
de Seguro aprovado pelo Decreto-Lei n. º72/2008, de 16 de abril, com as alterações introduzidas
pela Lei n. º75/2021, de 18 de novembro e pela Lei n.º 7/2019, de 16 de janeiro. A comissão sobre
o valor dos prémios comerciais não pode ultrapassar as seguintes percentagens máximas:
i) 2,5% para o seguro de acidentes de trabalho;
ii) 5,0% para os restantes seguros.
4. A comissão sobre o valor do prémio relativo ao seguro de saúde, fica condicionada à sua eventual
aquisição pelas EA´s no decurso da duração do contrato a celebrar decorrente do presente
procedimento pré-contratual, reservando-se sempre estas (EA´s) no direito de não o contratar,
não sendo o valor da comissão devido, seja a que título for.
5. Assim, a título de remuneração pela aquisição dos serviços objeto do contrato, no âmbito e
relativamente ao contrato a celebrar, o Cocontratante receberá o montante resultante da
aplicação das comissões constantes da proposta apresentada (que não poderão ultrapassar as
percentagens indicadas no número 3) aos seguros em vigor nos anos de 2024, 2025 e 2026, sendo
o pagamento dessa remuneração um encargo exclusivo das empresas de Seguros que venham a
subscrever as referidas apólices.

Cláusula 4.ª
Elementos a fornecer pelas Entidade Adquirentes

1. Além da documentação integrante do procedimento, as Entidades Adquirentes, mediante


solicitação do Cocontratante, podem fornecer alguns elementos disponíveis que não tenham
caráter confidencial ou sigiloso e que se afigurem convenientes para uma melhor definição da
prestação dos serviços a contratar.
2. O Cocontratante deve assegurar-se da exatidão dos dados fornecidos e das informações prestadas,
mediante as comprovações e verificações que considerar pertinentes e com o objetivo de
conseguir uma confirmação das condições de execução dos trabalhos a realizar.

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Cláusula 5.ª
Prazo

1. O contrato a celebrar tem início com a data da sua assinatura e a duração até 31/12/2026, sem
prejuízo do tratamento a dar a todas as participações de sinistro que venham a ocorrer após esta
data, mas referentes ao período coberto pelas apólices de seguro contratualizadas entre 2024 e
2026, bem como de todas das obrigações acessórias que devam perdurar para além da cessação
do contrato.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, qualquer das partes pode fazer cessar o presente
contrato, desde que tenham decorrido um mínimo de 12 (doze) meses da sua duração e mediante
envio de notificação prévia e escrita à outra parte, com uma antecedência mínima de 150 (cento e
cinquenta) dias, contados do dia 31/12, do respetivo ano civil.
3. A definição, no número 1 da presente cláusula, de um prazo superior a 36 (trinta e seis) meses,
justifica-se pela necessidade de existir a prestação prévia de serviços de consultoria por parte do
Cocontratante na preparação do futuro contrato de aquisição de serviços de seguros cujos efeitos
se pretende que vigorem a partir de 01/01/2024, em conformidade com o disposto na lei (artigo
48.º n.º1 e do artigo 440.º por remissão do artigo 432.º, todos do CCP, em função da natureza do
contrato e dos serviços que constituem o seu objeto, uma vez que o prazo de 36 meses seria
diminuto).

Cláusula 6.ª
Contrato

1. O contrato é composto pelo respetivo clausulado contratual e pelos seus anexos.


2. O contrato integra ainda, quando existam, os seguintes elementos:
a) Os suprimentos dos erros e das omissões do Caderno de Encargos identificados pelos
concorrentes, desde que esses erros e omissões tenham sido expressamente aceites pelo
órgão competente para a decisão de contratar;
b) Os esclarecimentos e as retificações relativos ao Caderno de Encargos;
c) O Caderno de Encargos;
d) A proposta adjudicada;
e) Os esclarecimentos sobre a proposta adjudicada prestados pelo Cocontratante.
3. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a respetiva prevalência
é determinada pela ordem pela qual aí são indicados.
4. Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do contrato e seus
anexos, prevalecem os primeiros, salvo quanto aos ajustamentos propostos de acordo com o

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disposto no artigo 99.º do Código dos Contratos Públicos e aceites pelo Cocontratante nos termos
do disposto no artigo 101.º desse mesmo diploma legal.
5. As divergências suscitadas pela interpretação, validade ou execução do contrato, que não puderem
solucionar-se pelas regras anteriormente expostas, poderão ser objeto de tentativa de conciliação
prévia a realizar entre as partes Contratantes, as quais deverão decidir, por acordo, no prazo
máximo de 15 (quinze) dias úteis.
6. Para efeitos do disposto nos artigos 290.º-A e 305.º do Código dos Contratos Públicos, indicar-se-á
no contrato o seu respetivo gestor, em cumprimento com o previsto na al. i) do artigo 96.º do
mesmo Código.

Cláusula 7.ª
Remuneração

A título de remuneração pela aquisição dos serviços objeto do contrato, no âmbito e


relativamente ao contrato a celebrar, o Cocontratante receberá o montante resultante da
aplicação das percentagens de comissões constantes da proposta apresentada aos prémios
comerciais dos seguros em vigor nos anos de 2024, 2025 e 2026, sendo o pagamento dessa
remuneração um encargo exclusivo das empresas de Seguros que venham a subscrever as
referidas apólices.

CAPÍTULO II
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS

Cláusula 8.ª
Obrigações Principais do Cocontratante

1. Sem prejuízo de outras obrigações previstas na legislação aplicável, no Caderno de Encargos e


respetivas especificações técnicas, da celebração do contrato decorrem para o Cocontratante, as
seguintes obrigações principais:
a) Prestar os serviços em perfeita conformidade com as condições contratuais e a legislação
aplicável;
b) Informar as EA´s sobre qualquer alteração ou circunstância que seja suscetível de afetar a
execução do contrato a celebrar;
c) Informar as EA´s sobre qualquer facto que altere de modo significativo a sua situação jurídica;
d) Fornecer às EA´s, ou a quem este designar para o efeito, qualquer informação relacionada com
a execução do contrato a celebrar;

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e) Efetuar uma auditoria à atual carteira de seguros das EA´S com vista à sua otimização,
elaborando relatório detalhado, apresentando sugestões para a sua melhoria;
f) Mediar na celebração de contratos de seguro;
g) Efetuar a gestão da carteira de seguros das EA´s, procedendo à conferência das apólices e dos
prémios processados pelas seguradoras;
h) Defender os interesses das EA´s, nomeadamente em caso de sinistros ou em situações
relacionadas com a responsabilidade civil, assumindo a mediação entre as EA´s e a seguradora;
i) Apoiar a gestão e execução dos contratos de seguros outorgados, nomeadamente o
acompanhamento de todos os processos de sinistro, independentemente do valor dos
prejuízos reclamados e da franquia;
j) Assessorar a EA´s na área da consultoria e pareceres relacionados com o setor segurador;
k) Prestar serviços de consultoria e apoio técnico no âmbito da preparação do procedimento de
contratualização de seguros, de assessoria técnica ao Júri nomeado para o referido
procedimento e de apoio à gestão dos riscos da carteira de seguros adjudicada, conforme
condições previstas na parte II do presente caderno de encargos;
l) Obrigação de garantir a correta cessação dos contratos das apólices a descontinuar, para que
não exista duplicação de coberturas e respetivos custos, ou falta de cobertura por anulação das
apólices existentes antes da entrada em vigor dos novos contratos de seguro;
m) Garantir a gestão da nova carteira de seguros em todos os domínios, designadamente no
acompanhamento permanente da dinâmica de todos os contratos de seguro, tanto ao nível das
alterações das "coisas", "pessoas", e "responsabilidades" seguras, como na tramitação dos
sinistros;
n) Obrigação de prestar de forma correta e fidedigna as informações referentes às condições em
que são prestados os serviços, bem como ministrar todos os esclarecimentos que se
justifiquem, de acordo com as circunstâncias;
o) Sem prejuízo de prazos específicos definidos, a obrigação de dar resposta aos pedidos de
informação efetuados pela EA´s no prazo máximo de 48 horas, contadas em dias úteis;
p) Obrigação de no caso de não ser possível o cumprimento do prazo definido na alínea anterior,
informar as EA´s, apresentando a devida justificação e proposta de calendarização da resposta;
q) Obrigação de assegurar a marcação de peritagem junto da seguradora no prazo máximo de 48
horas, contadas em dias úteis, se solicitada pela CARRIS;
r) Desenvolver estudo de gestão e mapeamento de riscos dos diferentes serviços e atividades das
EA´s;

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s) Entregar, no termo do contrato a celebrar ou na sequência da sua rescisão, às EA´s ou quem
este nomear para o efeito, toda a documentação, devidamente organizada, relativa a cada um
dos contratos de seguro existentes à data.
t) Diligenciar, junto das seguradoras, no sentido de assegurar a emissão atempada das apólices de
seguros conforme Plano de Seguros constante na parte II do contrato de seguros das EA´S;
u) Obrigação de não ceder a sua posição contratual sem prévia autorização das EA´s;
v) Designar um gestor do contrato e interlocutores responsáveis pela gestão da carteira de
seguros, disponíveis para prestar o devido suporte, bem como comunicar quaisquer alterações
a essas designações;
w) Obrigação de comunicar qualquer facto que ocorra durante a execução dos contratos e que
altere, designadamente, a sua denominação social, os seus representantes legais com
relevância para a prestação de serviços, a sua situação jurídica e a sua situação comercial;
x) Obrigação de comunicar imediatamente qualquer facto que torne total ou parcialmente
impossível a prestação dos serviços ou o cumprimento de qualquer outra das suas obrigações.
2. A título acessório, o Cocontratante fica, ainda, obrigado, a prestar os serviços, em perfeita
conformidade com os termos e condições previstos no Caderno de Encargos, em conformidade
com as normas legais, técnicas e regulamentares aplicáveis e com as boas práticas correntes, com
diligência e qualidade, devendo ter em consideração os interesses e expectativas das EA´s. Fica
ainda obrigado a recorrer a todos os meios humanos, materiais e informáticos que sejam
necessários e adequados à prestação de serviços, bem como ao estabelecimento do sistema de
organização necessário à perfeita e completa execução das tarefas a cargo.
3. Na prestação dos serviços objeto dos contratos, o Cocontratante deve colocar à disposição das EA´s
todos os seus conhecimentos técnicos.

Cláusula 9.ª
Outras Obrigações do Cocontratante

1. O Cocontratante fica sujeito às exigências legais, obrigações e prazos aplicáveis aos contratos de
fornecimento de bens e prestação de serviços, nos termos do Código dos Contratos Públicos e
demais legislação aplicável.
2. O Cocontratante será o único responsável perante as EA´S pela boa e pontual execução do
contrato, incluindo pelas atividades desenvolvidas ao seu serviço, ou por sua conta, por terceiros
subcontratados ou com qualquer outro tipo de vínculo.

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3. O Cocontratante será igualmente responsável pelos danos causados pelo incumprimento e/ou
cumprimento defeituoso do objeto do contrato, devidos a negligência, quebra de sigilo e não
cumprimento das disposições regulamentares aplicáveis a este tipo de trabalho.

Cláusula 10.ª
Responsabilidade

1. O incumprimento, pelo Cocontratante, das obrigações assumidas constitui-o na obrigação de


indemnizar as EA´s e os Segurados pelos danos sofridos, nos termos gerais de direito.
2. Se as EA´s tiverem de indemnizar terceiros, ou proceder ao pagamento de custos ou despesas de
qualquer natureza, com fundamento na violação pelo Cocontratante de direitos de terceiros, ou de
quaisquer disposições legais destinadas a proteger interesses alheios, gozará de direito de regresso
contra estes últimos por todas as quantias despendidas, incluindo as despesas e honorários dos
mandatários forenses.

Cláusula 11.ª
Dever de boa execução

1. O Cocontratante fica sujeito, com as devidas adaptações e no que se refere aos elementos
entregues às EA´s em execução dos contratos, às exigências legais e normativos do setor aplicáveis
às matérias objeto dos contratos subjacentes ao presente procedimento.
2. O Cocontratante deve estar devidamente autorizado a desenvolver em Portugal a atividade de
corretagem de seguros para os ramos “Vida” e “Não vida”, em conformidade com as disposições
legais e regulamentares aplicáveis, encontrando-se registado para o efeito junto da autoridade de
supervisão competente.
3. O Cocontratante fica obrigado a cumprir toda a legislação e regulamentação aplicável à atividade
por si desenvolvida e que possui todas as autorizações, licenças, alvarás e ou aprovações que, nos
termos da lei e regulamentação, lhes sejam aplicáveis e se mostrem necessárias para a prossecução
da atividade bem como para o cumprimento das obrigações decorrentes dos contratos.

Cláusula 12.ª
Dever de Informação

1. O Cocontratante obriga-se a prestar a informação e os esclarecimentos que lhes forem solicitados


pelas EA´s, com a periodicidade que esta razoavelmente entender conveniente, quanto à execução
dos serviços e ao cumprimento das obrigações que para aqueles emergirem dos contratos.

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2. O Cocontratante obriga-se a comunicar às EA´s, no prazo de 10 (dez) dias, o início ou a iminência
de qualquer processo judicial ou extrajudicial que possa conduzir à sua declaração de insolvência
ou à sua extinção, bem como a verificação de qualquer outra circunstância que perturbe a
execução dos contratos.
3. A EA´s e o Cocontratante obrigam-se a comunicar entre si, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar
do seu conhecimento, a ocorrência de quaisquer circunstâncias, constituam ou não força maior,
designadamente, de qualquer facto relevante que previsivelmente impeçam o cumprimento ou o
cumprimento tempestivo de qualquer das respetivas obrigações contratuais.

Cláusula 13.ª
Dever de sigilo

1. O Cocontratante e todos os elementos da sua equipa de trabalho ou terceiros por si contratados


devem guardar sigilo sobre toda a informação e documentação, técnica e não técnica, de que
venham a ter conhecimento em contacto com as atividades da EA´S, ou que resultem da realização
dos trabalhos, sob pena de conferir às EA´s o direito de rescindir o contrato e ser indemnizada
pelos danos causados.
2. A informação e a documentação cobertas pelo dever de sigilo não podem ser transmitidas a
terceiros, sem autorização prévia e expressa da EA´S, nem objeto de qualquer uso ou modo de
aproveitamento que não o destinado direta e exclusivamente à execução do contrato;
3. Exclui-se do dever de sigilo previsto a informação e a documentação que fossem
comprovadamente do domínio público à data da respetiva obtenção pelo Cocontratante ou que
esta seja legalmente obrigada a revelar, por força da lei, de processo judicial ou a pedido de
autoridades reguladoras ou outras entidades administrativas competentes;
4. O dever de sigilo mantém-se em vigor indefinidamente, mesmo após a cessação do contrato, salvo
declaração expressa em contrário pela EA´S.

Cláusula 14.ª
Direito de inspeção

1. A EA´S reserva-se o direito de fazer inspecionar por delegados ou agentes seus, em todo e qualquer
tempo ou lugar, ocasional ou permanentemente, a forma como o Cocontratante executa o objeto
do contrato, podendo rejeitar em todo ou em parte aquilo que for executado incorretamente, não
esteja de acordo com as disposições contratuais ou com a boa prática profissional ou técnica
corrente;

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2. O exercício do direito de inspeção por parte da EA´S não diminui, de qualquer modo, a
responsabilidade do Cocontratante no caso de posterior verificação de deficiente execução dos
trabalhos contratados.

Cláusula 15.ª
Reuniões

Durante a execução do contrato serão promovidas com regularidade reuniões entre o


Cocontratante e a EA´S ou entidades por esta designadas, sendo obrigação do Cocontratante a elas
comparecer, e, caso o não faça, isso constitui incumprimento grave do contrato.

Cláusula 16.ª
Marcas, patentes ou licenças

1. São da responsabilidade do Cocontratante quaisquer encargos decorrentes de registo de marcas e


patentes ou licenças, necessárias para a execução do contrato.
2. Caso a EA´S venha a ser demandada, em qualquer momento, por motivos relacionados com a
infração de qualquer dos direitos mencionados no número anterior, o Cocontratante obriga-se a
indemnizá-la de todas as despesas que, em consequência, haja de fazer e de todas as quantias que
tenha de pagar seja a que titulo for.

Cláusula 17.ª
Proteção de dados pessoais de pessoas singulares

1. As partes obrigam-se a aplicar as regras relativas à proteção das pessoas singulares no que diz
respeito ao tratamento e circulação de dados, previstas no Regulamento (UE) 2016/679 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016 (Regulamento Geral sobre a Proteção
de Dados).
2. Em caso de conflito de aplicação ou interpretação de cláusulas do presente contrato, anexos ou
outros elementos dele integrantes e o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, prevalecem
as disposições deste último.
3. O Cocontratante obriga-se a efetuar o tratamento de dados pessoais de pessoas singulares que lhe
sejam transmitidos, obtidos ou dados a conhecer no âmbito da execução do presente caderno de
encargos, de acordo com o disposto no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, tendo
especialmente em consideração o seguinte:
a) Os dados pessoais devem ser tratados de forma que garanta a sua segurança, e previna a
sua divulgação ou acesso não autorizados;

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b) A recolha de dados pessoais está limitada ao estritamente necessário para a finalidade
pretendida;
c) Os dados pessoais recolhidos para uma finalidade específica não podem ser tratados de
forma incompatível com essa finalidade;
d) Os dados pessoais não devem ser conservados durante mais tempo do que o necessário;
e) Os dados pessoais são objeto de tratamento lícito, leal e transparente, em conformidade
com a legislação aplicável;
f) Em caso de violação de dados pessoais aplica-se o disposto no Regulamento Geral sobre a
Proteção de Dados.
4. O Cocontratante autoriza a EA´S a, em qualquer momento da execução do contrato, verificar se as
normas previstas no Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados estão a ser cumpridas,
obrigando-se a prestar a colaboração e esclarecimentos necessários para o efeito.
5. O Cocontratante declara, para os devidos e legais efeitos, que os dados pessoais dos seus
trabalhadores que sejam transmitidos à EA´S foram obtidos em conformidade com o disposto no
Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados.
6. A subcontratação e a cessão da posição contratual por iniciativa do Cocontratante está sujeita ao
disposto no artigo 28º do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados e demais disposições
aplicáveis.

CAPÍTULO III
PENALIDADES, FORÇA MAIOR E RESOLUÇÃO CONTRATUAL

Cláusula 18.ª
Penalidades contratuais

1. Em caso de incumprimento contratual por parte do Cocontratante, a EA´S pode exigir-lhe o


pagamento, a título de sanção, de uma pena pecuniária de até 20% (vinte por cento) do valor
contratual, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
2. O valor referido no número anterior pode atingir 30% (trinta por cento), no caso de a EA´S estar em
condições de exercer o direito de resolução do contrato e optar por não o fazer.
3. Em caso de incumprimento por parte do Cocontratante nas situações abaixo indicadas, podem ser
aplicadas as seguintes penalidades contratuais:
a) Pelo incumprimento do prazo de resposta às solicitações escritas da EA´S e/ou pelo
incumprimento na entrega de relatórios ou documentos exigidos no âmbito do contrato a
celebrar, uma penalidade calculada de acordo com a seguinte fórmula: P=FhxPh, em que P

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corresponde ao valor da penalidade, Fh corresponde ao número de dias em atraso e Ph ao
preço/dia respeitante a esses dias em atraso, fixado em €500,00.
4. Na determinação da gravidade do incumprimento, a EA´S terá em conta, nomeadamente, a
duração da infração, a sua eventual reiteração, o grau de culpa do prestador de serviços e as
consequências do incumprimento.
5. O Cocontratante dá, pelo simples facto de assinar o contrato, o seu acordo com as penalidades aqui
previstas, tantas vezes quantas tal se revele necessário para a satisfação das verbas a que a EA´S
tenha direito.
6. As penas pecuniárias previstas na presente cláusula não obstam a que a EA´S exija uma
indemnização pelos danos causados.

Cláusula 19.ª
Força Maior

1. Não podem ser impostas penalidades ao Cocontratante, nem é havida como incumprimento, a não
realização pontual das prestações contratuais a cargo de qualquer das partes que resulte de caso
de força maior, entendendo-se como tal as circunstâncias que impossibilitem a respetiva
realização, alheias à vontade da parte afetada, que ele não pudesse conhecer ou prever à data da
celebração do contrato e cujos efeitos não lhe fosse razoavelmente exigível contornar ou evitar.
2. Podem constituir força maior, se se verificarem os requisitos do número anterior, designadamente,
tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens, greves, embargos ou bloqueios
internacionais, atos de guerra ou terrorismo, motins e determinações governamentais ou
administrativas injuntivas.
3. Não constituem força maior, designadamente:
a) Circunstâncias que não constituam força maior para os subcontratados do Cocontratante, na
parte em que intervenham;
b) Greves ou conflitos laborais limitados às sociedades do Cocontratante ou a grupos de
sociedades em que este se integre, bem como a sociedades ou grupos de sociedades dos seus
subcontratados;
c) Determinações governamentais, administrativas, ou judiciais de natureza sancionatória ou de
outra forma resultantes do incumprimento pelo Cocontratante de deveres ou ónus que sobre
ele recaiam;
d) Manifestações populares devidas ao incumprimento pelo Cocontratante de normas legais;
e) Incêndios ou inundações com origem nas instalações do Cocontratante cuja causa,
propagação ou proporções se devam a culpa ou negligencia sua ou ao incumprimento de
normas de segurança;

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f) Avarias nos sistemas informáticos ou mecânicos do Cocontratante não devidas a sabotagem;
g) Eventos que estejam ou devam estar cobertos por seguros.
4. A ocorrência de circunstâncias que possam consubstanciar casos de força maior deve ser
imediatamente comunicada à outra parte.
5. A força maior determina a prorrogação dos prazos de cumprimento das obrigações contratuais
afetadas pelo período de tempo comprovadamente correspondente ao impedimento resultante da
força maior.

Cláusula 20.ª
Resolução pela EA´S

1. Sem prejuízo de outros fundamentos de resolução previstos na lei, as EA´s podem resolver o
contrato, a título sancionatório, no caso de o Cocontratante violar de forma grave ou reiterada
qualquer das obrigações que lhe incumbem, designadamente nos seguintes casos:
a) Cocontratante incumpra de forma grave ou reiterada qualquer das obrigações previstas no
presente Caderno de Encargos ou no próprio contrato;
b) O Cocontratante se encontre em situação de dissolução ou insolvência;
c) O Cocontratante proceda à cessão da sua posição contratual ou à subcontratação serviço sem
autorização das EA´s para o efeito;
d) Ocorra caso de força maior impeditivo de posterior execução do contrato em tempo julgado
útil pelas EA´s.
2. Para os efeitos de aplicação da alínea d) do número anterior, o Cocontratante deve comunicar de
imediato às EA´s a ocorrência de qualquer situação de força maior, bem como indicar quais as
obrigações emergentes do contrato cujo cumprimento, no seu entender, se encontra impedido ou
dificultado por força de tal ocorrência e, bem assim, as medidas que pretende pôr em prática a fim
de mitigar o impacto da referida situação e os respetivos prazos e custos.
3. A resolução do contrato será comunicada ao Cocontratante por carta registada com aviso de
receção e produzirá efeitos a partir da data da sua receção.
4. A resolução do contrato por causa imputável ao Cocontratante, ou a terceiros a que aquele tenha
recorrido, seja a que título for, no âmbito da execução do contrato, atribui o direito às EA´s a
receber uma indemnização pelos danos sofridos em consequência da resolução do contrato.
5. Caso se verifique qualquer dos pressupostos de resolução previstos no n. 1, as EA´s pode solicitar a
prestação de serviços, diretamente relacionados com o objeto do contrato, a terceiros, sem que daí
decorra qualquer direito indemnizatório do Cocontratante.
6. Em caso de rescisão por causa imputável ao Cocontratante, ficará propriedade das EA´s, tudo
aquilo que tiver resultado da execução do contrato. O direito de resolução referido no número 1

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exerce-se mediante declaração enviada ao Cocontratante e não determina a repetição das
prestações já realizadas, a menos que tal seja determinado pelas EA´s.

Cláusula 21.ª
Resolução pelo Cocontratante

1. O Cocontratante pode resolver o contrato com os fundamentos de resolução previstos na lei.


2. O direito de resolução pode ser exercido mediante declaração enviada à EA´s, que produz efeitos
30 (trinta) dias após a receção dessa declaração, salvo se este último cumprir as obrigações em
atraso nesse prazo, acrescidas dos juros de mora a que houver lugar.
3. Antes de proceder à rescisão, e se considerar que ainda é possível sanar o motivo de
incumprimento, deve o Cocontratante notificar a EA´S da sua intenção, dos motivos porque
pretende rescindir o contrato e fixar um prazo para que a EA´S proceda à reparação das condições
de incumprimento, findo o qual e se se mantiver esta situação, tornar-se–á efetiva a rescisão.

Cláusula 22.ª
Outros efeitos da cessação do contrato
A cessação do contrato por revogação, por caducidade ou por denúncia ou resolução pelas EA´s
implica a cessação automática da nomeação de corretagem nas apólices associadas ao contrato em
causa, sem prejuízo dos procedimentos requeridos pela legislação específica aplicável.

CAPÍTULO IV
SUBCONTRATAÇÃO

Cláusula 23.ª
Subcontratação e cessão da posição contratual

A subcontratação pelo Cocontratante e a cessão da posição contratual por qualquer das partes são
reguladas pelo disposto no Código dos Contratos Públicos e carecem de acordo prévio das EA´s.

Cláusula 24.ª
Validade das disposições contratuais

Se qualquer disposição do contrato for considerada ilegal ou inexequível, no todo ou em parte, por
força de qualquer disposição legal, tal disposição considera-se como não constituindo parte do
contrato, mas a validade e aplicação da restante parte do contrato não fica afetada, exceto se as

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partes não o houvessem celebrado no caso de conhecerem a referida ilegalidade ou
inexequibilidade.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Cláusula 25.ª
Entrada em vigor

1. O contrato produz efeitos a partir da data da sua assinatura e tem a duração máxima prevista na
cláusula 5.ª (prazo), sem prejuízo dos termos e condições acordados, do disposto na lei e das
obrigações que devam perdurar para além da cessação do contrato.
2. São encargos do Cocontratante todas as despesas inerentes à celebração do contrato.

Cláusula 26.ª
Comunicações

1. Sem prejuízo de poderem ser acordadas outras regras quanto às notificações e comunicações entre
as partes do contrato, estas devem ser dirigidas, nos termos do Código dos Contratos Públicos, para o
domicílio ou sede contratual de cada uma, identificadas no contrato.
2. Qualquer alteração das informações de contacto, constantes do contrato, deve ser comunicada à
outra parte.

Cláusula 27.ª
Contagem de prazos

Os prazos previstos no contrato são contínuos, correndo em sábados, domingos e dias feriados, de
acordo com o disposto no artigo 471º do Código dos Contratos Públicos.

Cláusula 28.ª
Casos omissos

Em tudo o omisso no contrato observar-se-á o disposto no Código dos Contratos Públicos, aprovado
pelo Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei nº149/2012, de 12 de julho,
pela Lei n.º 7/2019, de 16 de janeiro, as normas europeias e portuguesas, as especificações e
homologações de organismos oficiais e demais legislação aplicável.

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Cláusula 29.ª
Foro competente

Para dirimir quaisquer questões ou litígios emergentes da interpretação ou violação do contrato, fica
estipulada a competência do Tribunal Administrativo de Circulo de Lisboa, com expressa renúncia a
qualquer outro.

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PARTE II – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Os serviços a prestar pela entidade adjudicante englobam:


1. Serviços de consultoria e apoio técnico a prestar no âmbito da preparação dos procedimentos com
vista à contratualização dos seguros que, incluem, designadamente, o seguinte:

a) Análise dos atuais contratos de seguro com vista à identificação, análise e tipificação dos riscos
relacionados com o pessoal, ativos corpóreos e responsabilidades legais e respetivas necessidades
de cobertura;

b) Análise de risco sumária, com deslocação de elementos credenciados aos principais locais de
atividade;

c) Apresentação de um diagnóstico dos riscos das EA´s, com indicação das propostas de alteração
e/ou ajustamentos mais adequados aos seus interesses, a refletir no Caderno de Encargos do
procedimento, tendo em vista a otimização dos respetivos custos globais e a adequada cobertura
dos riscos identificados;

d) Acompanhamento da evolução do mercado segurador, identificando as melhores combinações


preço / serviço para cobertura dos principais riscos a segurar pela EA´S;

e) Colaboração na elaboração de peças de procedimento (Programa de Concurso / Convite e Caderno


de Encargos) e preparação das respetivas especificações técnicas.;

f) Os contributos para as especificações técnicas deverão ser entregues no prazo máximo de 15 dias
corridos após solicitação pelas EA’s.

2. Assessoria técnica a prestar com vista à contratualização dos seguros:

1.1. Neste âmbito competem ao Cocontratante, designadamente, os seguintes serviços:

a) Análise dos pedidos de esclarecimentos solicitados pelos interessados, apresentando ao Júri um


relatório com os elementos necessários para resposta;

b) Análise e avaliação do mérito das propostas concorrentes, apresentando ao Júri um Relatório de


apreciação das diferentes propostas, devidamente fundamentado e acompanhado do(s)
respetivo(s) mapas(s) comparativos(s);

c) Análise das observações/reclamações dos concorrentes, que possam ser apresentadas em sede de
audiência prévia, apresentando ao Júri um relatório fundamentado sobre as mesmas.

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1.2. Os relatórios, conforme ponto anterior, devem ser entregues ao júri do procedimento em
consonância com os prazos dos respetivos procedimentos pré-contratuais.

3. Serviços de apoio à gestão da carteira de seguros que abrangem, entre outras, as seguintes
atribuições:
a) Prestar apoio técnico no que respeita aos esclarecimentos de dúvidas e aconselhamento sobre
questões relativas à gestão corrente da carteira de seguros e à regularização de eventuais sinistros;

b) Assegurar a mediação entre a EA´S e a(s) seguradora(s) na gestão de todas as apólices,


designadamente nos seguintes aspetos:

i. Comunicação de adição /redução de ativos a integrar os contratos de seguro, salvaguardando a


emissão do estorno do prémio por cessação antecipada com retroatividade à data da referida
comunicação;
ii. Validação dos prémios faturados diligenciando pela emissão dos estornos junto das empresas
seguradoras sempre que aplicável;
iii. Esclarecimento, no prazo de 5 dias úteis após solicitação das EA`s, de eventuais divergências
entre o valor dos prémios faturados pelas empresas seguradoras e os montantes calculados
pela EA´s ;
iv. Envio das respetivas apólices de seguros;
v. Processo de renovação anual das cartas verdes dos veículos de serviço público, assegurando a
sua entrega até à data limite de 20 de dezembro, para garantir a substituição atempada.

c) Assegurar a mediação entre as EA`s e as seguradoras na gestão de sinistros, desde o início até à sua
conclusão, defendendo os interesses das EA´s;

d) Apresentar relatórios fundamentados relativos aos casos em que a(s) seguradora(s) pretenda(m)
declinar a assunção a responsabilidade;

e) Prestar aconselhamento relativamente à colocação de novos seguros a contratar, tendo em conta a


análise e monitorização dos riscos existentes, com base na análise de um número suficiente de
contratos de seguro disponíveis no mercado que permita fazer uma proposta adequada às
necessidades e interesses da EA´s. Prestar igual aconselhamento e colaboração na preparação das
especificações técnicas de novos seguros e/ou ajustamentos aos seguros existentes que decorram
de alterações legislativas;

f) Avaliar e monitorizar as taxas de sinistralidade, designadamente nas apólices do Ramo Automóvel e


Acidentes de Trabalho propondo, sempre que se justificar, as medidas que se revelem adequadas à
sua contenção;

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g) Cálculo de eventuais ajustamentos de valor nos prémios anuais (vg, aplicação de cláusulas de
estabilidade de preços ou de malus / bónus previstos contratualmente), respeitando os seguintes
prazos:

i. Ajustamento do prémio Acidentes de Trabalho do ano n-1, resultante do apuramento da massa


salarial efetiva desse mesmo ano: até ao dia 10 de março do ano n;
ii. Alteração dos prémios no ano n+1 pela aplicação de cláusulas de estabilidade de preços:
informação entregue com o relatório do 2º semestre do ano n.

4. Informação periódica (reporting):


Com periodicidade mínima semestral (e no limite até dia 15 de setembro e 15 de março de cada ano), o
Cocontratante deve apresentar relatório focando e analisando nomeadamente os seguintes aspetos:

a) A situação do mercado segurador;

b) Coberturas vigentes e adequação aos riscos existentes;

c) Processos em curso e terminados;

d) Evolução da sinistralidade por apólice;

e) Informação económica e financeira relativa às apólices em vigor;

f) Perspetiva de evolução dos prémios de seguro e taxas aplicáveis em função da evolução da


sinistralidade dos contratos de seguro em vigor;

g) Proposta de ajustamento às coberturas de risco existentes;

h) Identificação das apólices/contratos de seguro que se vencerão nos próximos 6 meses, com uma
descrição dos pontos mais significativos da sua gestão e eventuais propostas de ajustamento a
introduzir no futuro contrato para cobertura de igual risco. Deverá ser incluído no relatório
propostas, devidamente fundamentada, relativas à não renovação do(s) contrato(s) de seguros.

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5. O montante total de prémios inscrito no orçamento da Carris e Carrisbus para o triénio 2024-2026 é
indicado no quadro infra:

Seguros Carris Prémios comerciais orçamentados


2024 2025 2026
- Responsabilidade Civil Automóvel 2 226 400 2 323 200 2 323 200
- Multirriscos 136 400 158 400 158 400
- Responsabilidade Civil Exploração 8 008 8 008 8 008
- Responsabilidade Civil Elevadores 8 272 8 272 8 272
- Responsabilidade Ambiental 5 189 5 189 5 189
- Responsabilidade Civil Profissional
(eletricistas) 1 320 1 320 1 320
- Acidentes Pessoais: viagens, formandos,
escolas 6 500 6 500 6 500
- Acidentes de trabalho 949 120 958 940 968 566
- Saúde 955 000 955 000 955 000
- Outros seguros - - -

Prémios comerciais
Seguros Carrisbus orçamentados
2024 2025 2026
- Responsab. Civil Automóvel 4 000 4 000 4 000
- Acidentes de trabalho 62 076 70 580 77 407
- Saúde 45 000 45 000 45 000
- Outros seguros - - -

Os valores indicados são meramente indicativos de acordo com as apólices atualmente em vigor, podendo
sofrer ajustamentos quer em função da política de cobertura de riscos seguráveis adotada, quer em função
dos contratos de seguro celebrados, o que naturalmente se refletirá nas comissões de corretagem
auferidas pelo cocontratante.

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Assim, a título de remuneração pela aquisição dos serviços objeto do contrato, no âmbito e relativamente
ao contrato a celebrar, o Cocontratante receberá exclusivamente o montante resultante da aplicação das
comissões constantes da proposta apresentada (que não poderão ultrapassar as percentagens indicadas
no número 3 da cláusula 3ª) aos seguros em vigor nos anos de 2024, 2025 e 2026 (que poderão apresentar
valores diferentes dos indicados nos quadros acima), não lhe sendo devida qualquer outra compensação.
O pagamento da remuneração será um encargo exclusivo das empresas de Seguros que venham a
subscrever as referidas apólices.

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