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NORMATÉCNICA
Sumário 1 Objetivo
Prefácio
1 Objetivo Esta Norma estabelece as características de construção
2 Referências normativas e de instalação, além das especificações e métodos de
3 Definições ensaio, para tubos flexíveis metálicos para instalações
4 Requisitos domésticas de gás canalizado e/ou recipientes trans-
5 Inspeção portáveis de GLP com regulador de baixa pressão.
6 Métodos de ensaio
7 Aceitação e rejeição Esta Norma se aplica a tubos flexíveis metálicos com
ANEXO pressão de operação até 5 kPa para ligações de apa-
A Figuras relhos domésticos que utilizam gás a baixa pressão com
potência nominal até 60 kW.
Prefácio 2 Referências normativas
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é As normas relacionadas a seguir contêm disposições
o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasi- que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
leiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor
Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Se- no momento desta publicação. Como toda Norma está
torial (ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam
(CE), formadas por representantes dos setores envol- acordos com base nesta que verifiquem a conveniência
vidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e de se usarem as edições mais recentes das normas ci-
neutros (universidades, laboratórios e outros). tadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas
em vigor em um dado momento.
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito
NBR 5426:1985 Planos de amostragem e proce-
dos CB e ONS, circulam para Votação Nacional entre os dimentos na inspeção por atributos - Procedimento
associados da ABNT e demais interessados.
NBR 5601:1981 - Aços inoxidáveis - Classificação
Esta Norma contém o anexo A, de cárater normativo. por composição química - Padronização
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2 NBR 14177:1998
NBR 6414:1983 - Rosca para tubos onde a vedação 3.11 perda de carga: Perda de pressão do gás devida
é feita pela rosca - Designação, dimensões e tole- ao atrito ou obstrução em tubos, válvulas, conexões,
râncias - Padronização reguladores e queimadores.
NBR 8094:1983 - Material metálico revestido e não 3.12 ponto de utilização: Extremidade da tubulação in-
revestido - Corrosão por exposição à névoa salina - terna e/ou regulador de baixa pressão destinados a re-
Método de ensaio ceber um aparelho doméstico de utilização de gás.
NBR 8460:1997 - Recipientes transportáveis de aço 3.13 pressão máxima de trabalho: Maior valor da pres-
para gases liquefeitos de petróleo (GLP) - Requisitos são de operação do tubo flexível, quando alimentando
e métodos de ensaio um aparelho a gás de uso doméstico.
NBR 8473:1997 - Regulador de baixa pressão para 3.14 potência nominal: Quantidade de calor contida no
gás liquefeitos de petróleo (GLP) com capacidade combustível consumido na unidade de tempo, pelo apa-
até 4 kg/h relho a gás de uso doméstico, com todos os queimadores
acesos e devidamente regulados, indicada pelo fabri-
ANSI-ISA-S75-02-88 - Control valve capacity - Test cante do aparelho.
procedure
3.15 recipiente transportável de GLP: Recipiente
ASTM A53:1995 - Pipe, steel, black and hot-dipped, metálico destinado a armazenar o gás liquefeito de pe-
zinc - coated, welded and seanless tróleo em sua fase líquida com a finalidade de ser utilizado
em aparelhos a gás, podendo armazenar a massa de
3 Definições 2 kg, 5 kg ou 13 kg de gás, fabricado conforme a
NBR 8460.
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes
definições. 3.16 regulador de baixa pressão: Aparelho destinado a
reduzir a pressão interna do recipiente transportável de
3.1 aparelhos a gás de uso doméstico fixos: Aparelhos GLP até a pressão normal de utilização do aparelho a
que não estão sujeitos à movimentação, quando de sua gás de uso doméstico, fabricado conforme a NBR 8473.
utilização ou manutenção/limpeza pelo usuário.
3.17 tubo flexível metálico: Conjunto constituído de tubo
3.2 aparelhos a gás de uso doméstico móveis: Aparelhos metálico projetado para o transporte de gás combustível
que estão sujeitos à movimentação, quando de sua utili- e conexões terminais, utilizado para fazer a ligação en-
zação ou manutenção/limpeza pelo usuário. tre o ponto de alimentação e a entrada de gás de um
aparelho a gás de uso doméstico, capaz de suportar de-
3.3 baixa pressão: Toda pressão abaixo de 5 kPa formações em função de movimentações de seus pontos
(500 mm c.a.). extremos.
3.4 conjunto de engate rápido: Sistema de conexão en- 3.18 tubo flexível para ligação de aparelhos móveis
tre o tubo flexível metálico e o ponto de utilização de gás ou ligação em recipientes transportáveis de GLP
canalizado, destinado a facilitar a conexão e a desco- (classe 1): Tubo flexível destinado a sofrer movimen-
nexão do aparelho sem a necessidade do uso de ferra- tação constante, sofrendo esforços mecânicos devido à
mentas. O sistema deve obrigatoriamente dispor de movimentação do aparelho a gás de uso doméstico ou
bloqueio automático do gás, quando da desconexão. devido à movimentação do recipiente transportável de
GLP.
3.5 gás canalizado: Gás conduzido no seu estado
gasoso por tubulações rígidas até o ponto de utilização, 3.19 tubo flexível para ligação de aparelhos fixos
podendo ser de 1ª, 2ª ou 3ª família. (classe 2): Tubo flexível destinado a permanecer dentro
de móveis, nichos ou outros espaços, para ligação de
3.6 gás de primeira família (gás manufaturado): Gás produtos de embutir ou aquecedores de água a gás, que
combustível com índice de Wobbe superior entre não sofre esforços mecânicos devido à movimentação
22,0 MJ/Nm³ e 25,0 MJ/Nm³. do aparelho a gás de uso doméstico ou devido à movi-
mentação do recipiente transportável de GLP.
3.7 gás de segunda família (gás natural): Gás combustível
com índice de Wobbe superior entre 53,8 MJ/Nm³ e 3.20 vida útil: Período no qual o tubo flexível apresenta
59,5 MJ/Nm³. um desempenho dentro das características definidas nes-
ta Norma.
3.8 gás de terceira família (gás liquefeito de petróleo -
GLP): Gás combustível com índice de Wobbe superior 4 Requisitos
entre 77,9 MJ/Nm³ e 90,8 MJ/Nm³.
4.1 O tubo flexível deve ser constituído por uma estrutura
3.9 lote: Quantidade efetivamente produzida em um interna contínua, com ou sem costura, podendo ser
período de tempo. revestido com camadas de diversos materiais, porém o
material em contato com o gás deve necessariamente
3.10 medidor: Aparelho destinado à medição do consu- ser metálico, com exceção de juntas de encosto e anéis
mo de gás. em “o” (o-rings).
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4.2 Os materiais a serem utilizados na construção do 4.5 Caso o tubo flexível metálico necessite de adapta-
tubo flexível metálico devem obedecer às especificações dores para estabelecer a configuração de 4.4, estes devem
da tabela 1. ser ensaiados juntamente com o tubo flexível metálico
original, de modo a verificar a integridade do sistema no
Tabela 1 - Materiais para os tubos e terminais momento dos ensaios.
4.3 O tubo flexível metálico deve apresentar em suas ex- a) utilização direta entre o ponto de ligação na pa-
tremidades conectores ou dispositivos similares que rede ou regulador de baixa pressão de GLP e o apa-
permitam a sua interligação entre o ponto de utilização e relho a gás de uso doméstico;
a entrada de gás do aparelho. O conector com rosca fê-
mea deve ter a profundidade até o assento de vedação b) proibição de atravessar e ser embutido em pa-
entre 10 mm e 12 mm. redes;
4.4 O tubo flexível metálico deve apresentar em suas c) proibição de se efetuar qualquer tipo de inserção
extremidades conexões que podem ser: ou emenda (soldagem ou colagem) que não faça
parte do processo de fabricação do tubo flexível me-
a) conexões macho ou fêmea, com dimensiona-
tálico;
mento conforme a tabela 2;
b) conjunto válvula de bloqueio com engate rápido d) proibição de se utilizar mais de um tubo flexível
conjugado; metálico em série;
c) adaptadores ou dispositivos, no caso de ligação e) classe de aplicação (classe 1 ou 2), com exem-
do aparelho com regulador de baixa pressão para plos claros de cada classe.
gás liquefeito de petróleo (GLP), obedecendo às di-
mensões dos acoplamentos de saída conforme a 4.10 Os tubos flexíveis metálicos aprovados como
figura B.4 da NBR 8473:1997. classe 1 podem ser utilizados também como classe 2,
porém o inverso não se aplica.
Tabela 2 - Conexões dos tubos flexíveis metálicos
em função do diâmetro nominal - Roscas
conforme a NBR 6414
5 Inspeção
4 NBR 14177:1998
Os dispositivos necessários para a realização dos en- h) dispositivo para ensaio de carga de choque;
saios estão descritos nos métodos de ensaios.
i) dispositivo para ensaio de esforço torcional;
5.3 Condição das peças
Para aprovação de lote, os corpos-de-prova utilizados j) dispositivo para ensaio de durabilidade do sistema
devem ser tubos flexíveis metálicos retirados da fase fi- de engate rápido e bloqueio;
nal de produção conforme amostragem do item.
k) dispositivo para ensaio de névoa salina conforme
6 Métodos de ensaio a NBR 8094.
e) dispositivo para imersão em butano líquido; 6.3 Ensaios a serem executados de acordo com a
classe do tubo flexível metálico
f) dispositivo para ensaio de curvatura das extremi-
dades; Conforme a tabela 4.
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6 NBR 14177:1998
Tabela 5 - Vazão mínima de ar em função do 6.4.5.3 Após, o tubo flexível metálico deve ser submetido
diâmetro e da classe do tubo flexível ao ensaio de estanqueidade, conforme 6.4.3. Além
disso, não deve apresentar danos ou deformações tais
Diâmetro nominal do tubo Vazão mínima de ar nas que reduzam os valores da vazão determinada em 6.4.2
mm (pol.) condições de 0°C e em mais de 10%, quando reensaiado.
760 mmHg
Nm3/h Tabela 6 - Cargas para o ensaio de torção
conforme diâmetro nominal
6.4.3.2 O ensaio deve ser realizado nas pressões de 6.4.6 Ensaio de carga de choque
400 kPa (4 Bar) e 0,98 kPa (100 mmc.a), devendo a estan-
queidade ser verificada por meio de imersão do tubo fle- 6.4.6.1 Com uma das extremidades do tubo flexível me-
xível metálico pressurizado com ar comprimido em banho tálico fixada na vertical, uma carga de 4,5 kg deve ser
de água, observando-se a ausência de bolhas, durante presa na sua outra extremidade e ser levada 0,50 m acima
no mínimo 30 s. O tubo não deve ser imerso em uma pro- do nível inferior do comprimento do tubo flexível. A carga
fundidade superior a 0,08 m. Pode ser utilizado um dispo- deve ser solta e deixada cair livremente conforme a fi-
sitivo similar. gura A.5.
6.4.3.3 O tubo flexível metálico não deve apresentar ne- 6.4.6.2 Após o ensaio, o tubo flexível metálico não pode
nhum vazamento durante o ensaio. apresentar danos ou deformações tais que reduzam os
valores da vazão determinada em 6.4.2 em mais de 10%,
6.4.4 Ensaio de curvatura das extremidades quando reensaiado, e devendo apresentar-se estanque,
quando reensaiado conforme 6.4.3.
6.4.4.1 Uma das extremidades do tubo flexível metálico
deve ser fixada firmemente a um tubo fixo o qual é ali-
6.4.7 Ensaio de esforço torcional
mentado por ar comprimido e provido de um manômetro.
6.4.4.2 Dois mandris de 57,2 mm de diâmetro devem ser 6.4.7.1 O tubo flexível metálico deve ser montado no dis-
colocados em contato com a extremidade fixa do tubo positivo conforme a figura A.6. O eixo de cada terminal
flexível metálico, com suas linhas de centro coincidindo deve estar posicionado de forma a manter a configuração
com a linha horizontal que delimita o início da parte flexível do tubo mostrada na figura A.6. A distância entre os ter-
do tubo. minais na posição inicial está indicada na tabela 7.
6.4.4.3 Ar comprimido deve alimentar o sistema, com uma 6.4.7.2 O comprimento do tubo flexível metálico a ser utili-
pressão de 20,3 kPa. Deve-se então realizar 30 ciclos de zado neste ensaio deve ser de 1,0 m.
acordo com a figura A.3, a uma velocidade de
5 ciclos/min. 6.4.7.3 O tubo flexível metálico deve estar rigidamente fi-
xado ao dispositivo por meio de suas conexões.
6.4.4.4 Durante o ensaio, pela verificação da queda de
pressão no manômetro, e após o ensaio, realizando o 6.4.7.4 A parte móvel do dispositivo deve mover-se
procedimento conforme 6.4.3, o tubo flexível metálico não 0,25 m horizontalmente ao eixo do tubo flexível metálico
deve apresentar vazamento. conforme a figura A.6. Um ciclo consiste no movimento
nesta distância e o seu retorno à posição original.
6.4.5 Ensaio de torção
6.4.5.1 Fixar o tubo flexível metálico na vertical por uma 6.4.7.5 O tubo flexível metálico deve ser submetido a
extremidade e colocar na outra uma massa conforme a 2 500 ciclos, em uma freqüência máxima de
tabela 6. 10 ciclos/min.
6.4.5.2 Submeter o tubo flexível metálico a uma rotação 6.4.7.6 Após o ensaio o tubo flexível metálico não deve
de 90° no sentido horário e a seguir no sentido anti-ho- apresentar vazamento, quando reensaiado conforme
rário, em uma freqüência de 5 ciclos/min, em um total de 6.3.3, e danos ou deformações tais que reduzam o valor
15 ciclos, conforme a figura A.4. da vazão determinado em 6.2.2 em mais de 10%.
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Tabela 7 - Distância “A” para o ensaio de flexibilidade 6.4.9.2 Após o ensaio o tubo flexível metálico deve perma-
necer estanque quando ensaiado conforme 6.4.3 e após
Diâmetro nominal do Distância “A” 6.4.5.
tubo flexível metálico
6.4.9.3 Para este ensaio são tomadas duas amostras,
mm (pol.) m
sendo submetidas aos ensaios de 6.4.3 e 6.4.5.
6,35 (1/4) 0,20 6.4.10 Ensaio de durabilidade do dispositivo de engate
rápido e válvula de bloqueio incorporada
9,53 (3/8) 0,25
6.4.10.1 O conjunto tubo flexível-engate rápido-válvula
12,70 (1/2) 0,30 de bloqueio deve ser submetido a 500 ciclos completos
de fechamento-desengate-reengate-abertura do sis-
19,05 (3/4) 0,40 tema, com intervalos de 30 s entre um ciclo e outro.
6.4.8 Ensaio de envelhecimento 6.4.10.2 Após o ensaio o conjunto deve ser ensaiado
conforme 6.4.3, não devendo haver vazamento externo
6.4.8.1 Quando o tubo flexível metálico contiver compo-
do sistema nem vazamento da válvula de bloqueio
nentes em elastômeros (anéis em “o” (o-rings), por exem- quando desconectada do tubo flexível metálico.
plo) deve ser submetido à temperatura de 120°C em es-
6.4.11 Ensaio de exposição à névoa salina
tufa durante 70 h ininterruptas.
6.4.11.1 O tubo flexível metálico deve ser submetido ao
6.4.8.2 Devem ser tomadas três amostras que são en- ensaio de névoa salina conforme a NBR 8094.
saiadas simultaneamente.
6.4.11.2 Após 48 h submetido ao ensaio, o tubo flexível
6.4.8.3 Após, cada uma das amostras deve ser submetida metálico não deve apresentar sinais de corrosão do me-
aos ensaios descritos em 6.4.3 e 6.4.5, não devendo apre- tal-base que possam comprometer o seu uso.
sentar vazamento.
7 Aceitação e rejeição
6.4.9 Ensaio de imersão em butano líquido 7.1 Serão considerados aprovados os lotes de tubos
flexíveis metálicos que estiverem de acordo com os re-
6.4.9.1 Quando o tubo flexível metálico contiver compo- quisitos desta Norma.
nentes em elastômeros (anéis em “o” (o-rings), por
exemplo), deve ser imerso em butano líquido durante 7.2 Os lotes de tubos flexíveis metálicos rejeitados e
2 h, à temperatura ambiente em um vaso de pressão. retrabalhados devem ser novamente submetidos à ins-
O butano a ser utilizado no ensaio deve possuir uma pu- peção, a fim de serem aprovados ou definitivamente re-
reza de no mínimo 99%. jeitados.
/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Figuras
Figura A.1 - Bancada para determinação de perda de Figura A.2 - Tomada de pressão
carga
onde:
A é a extremidade fixa;
B é a posição da extremidade livre no início do ciclo;
C é a posição da extremidade livre ao término do ciclo;
D representa os mandris de 57,2 mm de diâmetro;
E é o tubo fixo alimentado por ar comprimido.
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Dimensões em milímetros