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LIÇÃO 02

PRÍNCIPIOS BÍBLICOS PARA A FAMÍLIA - APLICANDO O


PRÍNCIPIO DE REVERÊNCIA

“Por esta causa me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
Do qual toda família nos céus e na terra toma o nome”. (Efésios 3:14-15)

“E ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, andando pelo
caminho, deitando-te e levantando-te”. (Deuteronômio 11:19)

Princípios Bíblicos
• Deus é o que estabeleceu a família.
• A casa é a fogueira que nos aquece, de onde se cozinha os príncipios, valores e bons
costumes no coração e mente dos filhos.
• A falta de crescimento e maturidade pessoal impede os membros da casa de
cumprirem seus papéis familiares.
• A reverência é um príncipio que deve aplicar-se nas relações familiares.

Fundamento Bíblico
Efésios 3:15; Deuteronômio 11:19

Objetivos desta lição:


• Realizar um breve lembrete dos principais papéis familiares estudados anteriormente.
• Motivar o crescimento pessoal para poder suprir as necessidades dos seres amados.
• Edificar as famílias com Princípios Bíblicos.
• Aplicar o princípio da reverência à família.

Esboço desta lição:


Introdução
1. Re-memorizando os Principais Papéis Familiares
2. Para os Cônjuges
3. Para os Pais
4. Para os Filhos
5. Aplicando o Princípio da Reverência à Família
INTRODUÇÃO

A Igreja é a esposa do CORDEIRO, E TAMBÉM É A GRANDE FAMÍLIA DA


FÉ. Todos os sábios conselhos, os princípios de cura, libertação, desenvolvimento e
crescimento registrados na Palavra de Deus para o corpo de Cristo, são aplicáveis à
família e a cada um dos seus membros em particular.

1. Re-memorizando os Principais Papéis Familiares

No Encontro, dentro do tema "Família e Sexualidade" e em seguida, no final do


Pós-Encontro, nós aprendemos sobre o plano de Deus para a família, os papéis dos
membros da família, ou seja, os deveres e direitos; o papel que desempenham na casa.
Falamos de problemas emocionais e uma série de orientações e dicas para curar relações
familiares.

Mencionemos alguns dos papéis que aprendemos:

O pai
*Dar amor e carinho
*Ser o sacerdote da família
*O principal provedor
*Instruir aos filhos

A mãe
*A ajuda ideal para seu esposo
*Ternura e amor
*Vida espiritual imitável
*Fazer da casa um oásis onde todos desejam chegar

Os filhos
*Alegrar a seus pais
*Obedecer a seus pais e honrá-los
*Cuidar dos pais na velhice.

Por que é tão difícil de cumprir esses papéis? Não é segredo que até mesmo
pastores, ministros e líderes ainda seguem sem poder resolver as situações com sua
família.

Por que tantas famílias cristãs vivem aprisionadas num ciclo vicioso de
conflito, apesar de receberem ministrações, aconselhamentos, oficinas, etc.?

2. Para os Cônjuges. JOÃO 5:6

A pergunta do texto citado é válida para a vida matrimonial e para toda a família; o
Senhor nos pergunta: Querem ser sarados?

Os casais que se unem para compartilharem suas vidas e formarem uma nova
família; devem assumir a responsabilidade de buscarem e manterem a harmonia entre si
e a estabilidade espiritual, emocional e física dos filhos.
Determine que seu casamento seja estável, harmonioso e feliz praticando o
princípio do crescimento pessoal. Salmos 1:3; Efésios 4:13

Esteja consciente que não existe casamento e família perfeita

Isto evitará que se afunde em frustração. A vida matrimonial é complexa, mas há


esperança; Sim! Se pode conseguir ter uma casa cheia de satisfação, apesar de.......... É
necessário decidir e lutar por ela.

Não imponha ao casamento a felicidade que só o crescimento pessoal pode


promover

Deve concentrar-se em primeiro lugar em mudar você e não o seu parceiro (Mateus
7:3-5), cumprindo a vontade de Deus. Ser feliz é um assunto sério e para isso tem que
amadurecer, buscando o que ainda está incompleto em seu interior, o que lhe falta
construir, ver o que estava vazio, e você tem que curar ou terminar a cura. Este é um
passo básico e fundamental para ter boas relações. Até que um indivíduo permita
que o Senhor cure completamente suas feridas, rompa suas cadeias e remova as
raízes da iniquidade, não poderá cumprir toda a vontade de Deus em sua vida
pessoal e familiar.

Você tem esperado que seu parceiro lhe faça feliz? Ser feliz, repetimos, é
principalmente uma carga sua. Se ambos decidem crescer pessoalmente, um liberará o
outro do fardo que é sentir-se responsável por sua felicidade e vida plena e
entenderão que só lhe toca uma parte disso.

Pratiquem o princípio da unidade, tornando-se parceiros para o crescimento


mútuo

"Eu vou apoiar o seu crescimento e você o meu, não sou totalmente responsável pelo
crescimento seu, nem você pelo meu, mas nos ajudaremos e animaremos um ao outro no
processo." Eclesiastes 4:9-11.

Solte cada um a carga de sentir toda a culpa dos problemas conjugais!


Demonstre maturidade reconhecendo a quota que lhe corresponde e ajude seu cônjuge a
amadurecer.

O crescimento pessoal produz maturidade e a maturidade a oportunidade de ser


uma pessoa feliz, capaz de receber e promover felicidade a outros. Lute com todas as
suas forças para que deixem para sempre a imaturidade, porque ela se converte em "um
grande apagador" que vai apagando todo o lado bom da vida conjugal; Deixai-a para
trás e dirijam o trem (a maturidade) que conduz à paz e à estabilidade conjugal.

Pratique o princípio da aceitação de um ao outro, sem aprovar e consentir o mal.


Romanos 15:7.

Aceitação é estar consciente, primeiro das imperfeições próprias e as do cônjuge.


Você deve saber o que tem, para evitar a frustração de sentir que adquiriu matrimônio
movido por uma falsa oferta. Tenha claramente: Ele (ela) é assim, estas são suas coisas
boas e estas as más; Não se engane, seu parceiro é imperfeito e você também.
Trabalhe então para minimizar o negativo e fazer crescer o positivo. Jesus aceitou
você tal como é, ele aprova o mal? Claro que não! Sua posição correta deve ser a seguinte:
"Te amo e te aceito, mas não aprovo nem aprovarei o incorreto."

Como se pode determinar o que é correto e o que não é? O instrumento inequívoco


para determinar o que de verdade é bom, mau, ou imaturo e não determinado por
caprichos pessoais ou da onda mundana são os PRINCÍPIOS BÍBLICOS. Hebreus
4:12

Você aceita seu parceiro? Se sente aceito por seu cônjuge?

A aceitação é uma das bases principais para um casamento saudável. Romanos


15:7. Aceitação nos brinda a luz e a liberdade para propor soluções para as debilidades e
os problemas de ambos facilitando a compreensão, conversas sinceras, orar juntos.

Fica claro que, sem a aceitação mútua é impossível crescer como um casal. É muito
frequente errar em relação a isto. Nós tendemos a pensar que a aceitação implica em
aprovar e consentir o mal, o equivocado, o imaturo. Você não deve abandonar a sua
posição frente ao incorreto, mas antes, seja saudável, razoável e DENTRO DA BÍBLIA,
buscando o bem-estar de ambos de maneira humilde, carinhosa, aberta; se não podem
fazer isso sozinhos, procurem ajuda a seu tempo com seus pastores e com bons
conselheiros.

Diga adeus ao ego e convide a humildade e abnegação

Deixe de pôr você e seus assuntos pessoais sempre em primeiro lugar, fazendo uso
da abnegação. I Coríntios 13:5.

Quando os cônjuges aprendem a negar a si mesmos, assim como a igreja deve fazer
por Cristo, se colocam em uma nova classe de vida, a vida de "nós" mais do que a vida
do "eu".

A abnegação lhe fará abandonar coisas às vezes temporariamente ou


definitivamente, pela necessidade que apresenta em seu casamento evitando muitíssimos
conflitos.

Por exemplo, ele poderia deixar de ir a seu campeonato de futebol, para acompanhá-
la ao concerto, que é especial para ela porque ali cantará seu irmão; ou talvez ela renuncie
por um tempo sua carreira para estar com ele dois anos na cidade onde lhe enviou sua
empresa.

A abnegação atrai graça e renuncia a justiça perante os erros da pessoa amada


para manter a necessária conexão conjugal.

A abnegação renuncia a indiferença conectando-se emocionalmente, embora não


tenha ganhos, ou está desgostoso; a abnegação aprende a controlar o impulso de dizer
ao seu cônjuge exatamente o que você sente quando você sente para evitar machucá-lo,
deixando-o para um momento apropriado. Provérbios 19:11; Efésios 4:29.
Cada um dos cônjuges deve fazer uso do princípio da humildade, a qual os
levará a saber:

• Que não pode mudar o seu cônjuge, mas sim ajudar-lhe a decidir mudar.

• Que não deve exercer controle sobre seu cônjuge, mas sim um tratamento adequado.

• Reconhecer suas próprias imperfeições e trabalhar para mudar a si mesmo com sua
decisão e a ajuda do Senhor.

• Mostrar a ferida sem tomar represálias.

Perdão: Perdoe sempre, sempre e sempre. Mateus 18:21-22

E se há dito, não tolere o mal, mas faça do perdão uma constante em seu casamento.

Trate rapidamente as feridas, não deixe que se contaminem e produzam


consequências. Se você crer como ensina a palavra de Deus, poderá perdoar uma e outra
vez.

Trabalhem para que a confiança viva com vocês

É necessário estabelecer os casamentos e fundar a família sobre uma base


firme onde não deveria faltar a confiança. Quando se rompe o pacto de fidelidade:
lealdade, companhia, proteção, provisão e carinho, a confiança sofre fissuras até que se
quebra totalmente. É difícil restaurar a confiança, mas não impossível; é necessário
que se manifeste o arrependimento verdadeiro, o perdão e o cumprimento das promessas
que se fazem quando ambos cônjuges fazem novos acordos ao dar-se uma nova
oportunidade. Isto requer tempo, a ausência de injúrias pelo que passou e a demonstração
completa do prometido.

3. Para os Pais. Efésios 6:4

Todos os Princípios Bíblicos aplicados aos cônjuges funcionam na relação pai-


filho, porque:

• É impossível ser bons pais sem curar e crescer emocional e espiritualmente.

• Deve lutar para não rejeitar a seus filhos, aceitá-los como são, claro que sem consentir
e aprovar o mal.

• A abnegação deve estar presente, preceder o bem-estar de seus filhos, a seus próprios
desejos.

• Procure a unidade, faça seus filhos participantes de suas metas, projetos e sonhos, que
os conheçam e dei-lhes a liberdade de envolver-se se desejarem (eles podem ter
objetivos diferentes, e muito bons, nesse caso compreendê-los e apoiá-los).

• Estejam dispostos a perdoar seus erros, lembre-se das imperfeições humanas.


• Sejam humildes para reconhecer suas falhas como pais, ter a integridade de pedir
perdão a seus filhos todas as vezes que for necessário.
O princípio da paciência é necessário na criação dos filhos; igualmente como com
o cônjuge, controle-se ao dizer o que sente no momento do problema, para evitar feri-los.
Eles precisam ser corrigidos, não feridos.

Seja paciente para esperar os bons resultados; criá-los e formá-los é uma semeadura
a longo prazo.

Pais exerçam bem a autoridade

Os pais devem deixar claros os princípios de autoridade em casa, mas tenha em


mente que você tem que exercê-lo bem, não abusar dela, porque a autoridade não é
imposta arbitrariamente (Efésios 6:4; Colossenses 3:21) e indo de mãos dadas com o
exemplo (Efésios 4:24-32). Exercido adequadamente, inclinará o coração dos filhos a
obedecer, não por terror, mas por convicção.

4. Para os Filhos. Efésios 6:1-3; Provérbios 1:8

O Principal Princípio Bíblico para os filhos é a obediência. A palavra de Deus é


radical nisto, ordena obedecer aos pais e não dá lugar a argumentos. Não pode dizer, eu
não vou atender meu pai ou minha mãe porque eles não merecem, pois são injustos, maus,
intolerantes. O Senhor não condiciona este mandamento. Deves honrá-los porque foram
o instrumento para trazer-te ao mundo; deixa a Deus o trabalho de pesá-los na balança do
julgamento por sua conduta como pais, não te compete fazê-lo.

Perdoá-los, obedecê-los, honrá-los, respeitá-los é a ordem divina para os filhos com


a promessa de abençoá-los e dar-lhes longa vida.

O princípio de autoridade também é presente na perspectiva filhos-pais. Os pais têm


autoridade direta dada por Deus sobre os filhos, e esta só se pode questionar quando
ordenam a seus descendentes fazer coisas que desagradam ao Todo-Poderoso. Neste caso,
os filhos, com respeito reverente devem aumentar a sua posição como cristãos de não
desobedecer de forma alguma os princípios da Sagrada Escritura, arriscando sofrer
punição que seus pais lhes imponham por causa justa de colocar o seu Deus em primeiro
lugar. Atos 5:29.

5. Aplicando o Princípio da Reverência à Família

O que é Reverência?

• Respeito ou/e admiração que se sente e mostra a alguém e às coisas sagradas.

• Sentir e mostrar respeito por alguém no mais alto grau, de tal maneira que se lhe rende
culto.

Nestes conceitos se planta a reverência em duas direções, para com Deus e para
com o homem.
Mostramos grande reverência ao Senhor adorando-lhe, obedecendo-lhe em tudo,
reconhecendo-o como nosso pai perfeito. Reverenciamos a Deus com as nossas atitudes
no templo, onde move sua santa presença e onde nos encontramos mostrando o devido
comportamento e respeito. Levítico 19:30.

A família tem que mostrar reverência quando está na casa de Deus. Os pais devem
manter seus filhos perto deles e dar o exemplo de não andar durante os cultos; Apenas o
pessoal que trabalha para o bom funcionamento dos serviços e atenção aos fiéis deve
andar, como obreiros, pastores (se houver necessidade de atender alguém), técnicos de
som e vídeo, assistentes de danças, entre outros.

A Reverência também tem a ver com o respeito que devem mostrar os membros da
família uns aos outros. A reverência familiar deve ser mostrada com respeito,
consideração e amor aos mais velhos (Levítico 19:32), a toda a parentela, como avós, tios,
irmãos e afins e a qualquer ancião.

Ser reverente é andar em dignidade e honra como esposo, esposa, pai, mãe, filho,
filha, como sacerdote e autoridade da casa. I Tessalonicenses 4:4 e 5:17; Efésios 5:33 e
6:1-2; Ester 1:20; Provérbios 31:25

*A Reverência inclui o respeito pelas regras da casa, designadas pelos cabeças, o pai e a
mãe.

*A reverência tem a ver com o princípio da mordomia que exercermos em casa, no


cumprimento dos deveres para o seu bom funcionamento e higiene. Ao administrar bem
a casa mostramos gratidão ao Senhor por Sua provisão e cuidado com a família.

Todos os membros adultos da família deve assumir e cumprir as responsabilidades


de tarefas como lavagem, limpeza, remoção de lixo, encher os jarros com água limpa, uso
adequado de coisas, colocar o que foi usado em seu devido lugar, manutenção da pintura
e se desfazer do que se deteriora. Crianças e jovens devem ser instruídos desde cedo sobre
estas coisas e os pais lhes atribuem suas funções à medida que crescem e amadurecem de
acordo com a sua capacidade física e mental, tomando cuidado para não abusar dos
pequenos, mas instruindo-os para o seu desenvolvimento adequado como adultos no
futuro.
CONCLUSÕES E APLICAÇÕES

❖ É imprescindível para ser um bom cônjuge e bons pais focar-se em si mesmo para
curar e crescer pessoalmente.

❖ Cada pessoa adulta é responsável por uma boa parte de sua felicidade.

❖ O crescimento pessoal proporciona a maturidade, que certifica a qualidade de adultos.

❖ A maturidade te capacita para dar amor, estabilidade e satisfação à sua família.

❖ O crescimento pessoal te fará compreender a sua própria imperfeição e de sua família


e atrairá a disposição contínua de perdão.

❖ A aceitação afastará danos e rejeições de sua casa.

❖ A aceitação não é consentir com o incorreto.

❖ A honra aos pais é incondicional.

❖ É necessário fazer uso da reverência nas relações familiares e administração de casa,


como um sinal de gratidão pelo que Deus nos deu.
ATIVIDADE PRÁTICA

1. Medite profundamente nos seguintes princípios aplicados à família.

*Cura interior (crescimento pessoal) *Confiança


*Aceitação *Perdão
*Humildade *Abnegação
*Paciência *Autoridade
*Reverência (respeito e honra)

2. Faça para você mesmo estas perguntas.

*Necessito focar-me em trabalhar meu crescimento pessoal? Explique.


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*A ordem e limpeza de minha casa mostra respeito e agradecimento a Deus?


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3. Faça uma reunião com os membros de sua casa, comunique-os o que você está disposto
a fazer para o crescimento pessoal, e mais, diga-lhes e demonstre seu amor, aceitação,
respeito e perdão a cada um deles; expresse-lhes que você também precisa de todos eles.
Apresente a seus mestres um relatório sobre o resultado dessa reunião.
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