Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GESTÃO
DE ENERGIA
CRÉDITOS
Como empresa federal de utilidade pública, a Deutsche Gesellschaft für
Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH apoia o Governo Federal da
Alemanha em seus objetivos na área de cooperação internacional. O foco
do trabalho da GIZ no Brasil são as energias renováveis e a eficiência
energética, a proteção e o uso sustentável das florestas tropicais, além de
temas como formação técnica, transformação urbana e oportunidades de
financiamento para investimentos em prol do clima.
Publicado por:
Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH
Sede social
Bonn e Eschborn, Alemanha
Endereço
GIZ Agência Brasília 70711-902 - Brasília/DF - Brasil
T +55 61 2101-2170
E giz-brasilien@giz.de
I www.giz.de/en/worldwide/12055.html
Coordenação:
Marcos Schiewe (GIZ), Carolyna Crepaldi (GIZ)
Programa PotencializEE:
www.programa-potencializee.com.br
contato@programa-potencializee.com.br
Mapas:
Os mapas impressos neste documento destinam-se apenas a fins de
informação e não constituem reconhecimento de leis internacionais de
fronteiras e territórios.
A GIZ não se responsabiliza por esses mapas estarem completamente
atualizados, corretos ou completos. Fica excluída toda a responsabilidade
por quaisquer danos, diretos ou indiretos, resultantes da utilização dos
mapas.
DEZEMBRO/2022
Março de 2023.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Normas ISO. Fonte: Guia para aplicação da Norma ABNT NBR ISO 50.001 Gestão de Energia PROCOBRE 08
Figura 2: Diagrama esquemático de sistemas industriais. Fonte: Mitsidi 12
Figura 3. Ciclo PDCA para gestão de energia. Fonte: ISO 50.001:2018 [1] 13
Figura 4: Estágios no uso de dados, digitalização e Indústria 4.0 17
Figura 5. Hierarquia para priorização de ações. Fonte: Mitsidi 20
Figura 6. Adoção da norma ISO 50001 entre 2011 e 2018: Global, América Latina e Brasil. Fonte: ISO Survey 26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Benef ícios da Gestão Energética. Elaboração própria 09
Tabela 2: Ações adotadas pelo Sistema de Gestão de Energia da GM Brasil. 32
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia 37
LISTA DE SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas LED Lighting Emitting Diode
ACL Ambiente de Contratação Livre MEE Medida de Eficiência Energética
ACR Ambiente de Contratação Regulado NBR Norma Brasileira
CICE Comissões Internas de Conservação de Energia ONUDI Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial
EMAK Energy Management Action Network PCI Poder Calorífico Inferior
EnPI Energy Performance Indicator PCS Poder Calorífico Superior
EPE Empresa de Pesquisa Energética PDCA Plan-Do-Check-Act
FMS Facility Management System RTO Regenerative Thermal Oxidizer
GIZ Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit GmbH RVD Redução Voluntária de Demanda
GLP Gás Liquefeito de Petróleo SGE Sistema de Gestão de Energia
GM General Motors TI Tecnologia da Informação
GMSA General Motors South America TUSD Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição
HVAC Heating, Ventilating and Air Conditioning USD Dólares Americanos
IDE Indicador de Desempenho Energético USE Usos Significativos da Energia
IPMVP International Performance Measurement and Verification Protocol VSD Variable Speed Drive
ISO Organização Internacional de Normalização
04
RESUMO
EXECUTIVO
RESUMO EXECUTIVO
Este Guia faz parte do conjunto de cinco volumes de Guias diferença entre o monitoramento de medidores e as ações
técnicos oferecidos pelo programa PotencializEE para relacionadas à compra de energia.
aceleração da Eficiência Energética em indústrias do estado No Capítulo 3, são elencadas as melhores práticas de gestão
de São Paulo. energética em relação a aspectos concretos das empresas,
O documento serve para engajar técnicos, engenheiros e como o recurso humano e a infraestrutura.
gestores de Pequenas e Médias Empresas no tema de Com o objetivo de auxiliar os gestores de pequenas e
Gestão Energética. médias empresas, inclui-se como anexo os passos de
Estima-se que as instalações que conseguem estruturar um implementação em fases de um Sistema de Gestão, para
Sistema de Gestão de Energia (SGE) nos moldes da ISO reforçar que é um caminho de melhoria que envolve todas
50.001 têm conseguido uma melhoria do desempenho as áreas das empresas.
energético entre 10% e 40% por ciclo de certificação
(SICILIANO et al., 2015).
Usufruir destas melhorias requer seguir alguns passos para
estabelecer e manter um Sistema de Gestão, com ou sem
certificação. Embora muitos guias existentes foquem na
implementação de todos os requisitos das Normas, este
Guia pretende destacar a importância e benef ícios do
modelo de pensamento, mais do que dos detalhes dos SGE.
No Capítulo 2, apresentam-se as principais definições da
Gestão energética, esclarecendo a complementariedade e a
06
1
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
08
Tabela 1: Benef ícios da Gestão Energética. Elaboração própria
Como a maioria de Normas ISO, a ISO 50.001 veio
acompanhada de outras Normas relacionadas que foram BENEFÍCIOS DIRETOS BENEFÍCIOS INDIRETOS
lançadas desde 2011 até agora: ISO 50.002, 50.003, 50.004, • Ter uma equipe para cuidar da • Qualificação da discussão
50.006, 50.015 e 50.047; as quais detalham os energia com papéis e sobre energia
responsabilidades
procedimentos para fazer diagnósticos energéticos e dão • Clareza e transparência das
• Organização das informações informações
guias para o desenvolvimento de Sistemas de Gestão de • Identificação de projetos de • Incentivo à inovação
Energia, baseline e processos de Medição e Verificação (Ver melhoria
• Alinhamento estratégico
Figura 1). • Atendimento de metas
• Aumento de competitividade
corporativas
Este Guia apresenta de maneira introdutória boas práticas • Otimização do
• Redução de ruído, de calor
excessivo e de acidentes
no gerenciamento de pessoas, áreas, contratos e consumo/desempenho
energético • Melhoria de layout e disposição
infraestrutura, com foco no alinhamento de requisitos de de equipamentos
• Redução de custos com
normas de gestão de energia e redução de emissões. energia, manutenção etc. • Adaptação/mitigação da
mudança climática
Traz orientações para harmonização de partes interessadas • Desativação de sistemas em
desuso • Melhor relacionamento com
no objetivo de minimizar custos de energia. Aborda clientes
• Redução nas emissões de gases
ferramentas digitais (relacionadas à indústria 4.0 e IIoT1 ) de efeito estufa • Maior adição de valor aos
processos produtivos
para auxílio do monitoramento e da gestão energética. • Melhoria da imagem
corporativa
Como aspecto motivador, apresentam-se na Tabela 1
• Melhoria dos processos de
alguns benef ícios diretos e indiretos que têm sido tomada de decisão
percebidos em empresas com Sistemas de Gestão • Acesso a incentivos fiscais /
financeiros.
implementados. Estes benef ícios podem ser melhor
entendidos e explorados consultando em paralelo o Guia
Técnico Nº 5 sobre Múltiplos Benef ícios.
09
2.
GESTÃO ENERGÉTICA
DEFINIÇÕES
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
n Processo produtivo 1 n
• Energia: Capacidade de um sistema de realizar um trabalho
Processo produtivo 2
específico. Neste guia refere-se às suas diversas formas,
i ENERGIA
incluindo renováveis ou não renováveis, como eletricidade, 1 Processo produtivo “n”
11
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
Ao longo deste Guia, são apresentadas alternativas que • Gerenciar riscos sociais, ambientais e financeiros
podem ser empregadas em todas as componentes • Melhorar a eficácia operacional
descritas na Figura 2. Por exemplo, ações de eficiência • Melhorar a satisfação dos clientes e stakeholders
energética de sistemas convencionais, como caldeiras e • Proteger marca e imagem
compressores de ar, impactarão o consumo de energia • Conseguir melhorias contínuas
e/ou a qualidade dos produtos. Processos tecnológicos de • Promover a inovação
beneficiamento de subprodutos podem torná-los insumos
para outras empresas ou para autogeração, por citar
alguns poucos.
12
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
2.2. Sub-medição e monitoramento do uso da Para isso, um procedimento adequado pode seguir os
energia (elétrica e térmica) seguintes passos:
a) Identificação preliminar de ações: Compilação de
Um dos aspectos chave da gestão energética, e que em boas práticas disponíveis versus as implementadas
ocasiões se confunde como a única componente, é o para cada USE.
monitoramento de dados de consumo com softwares de b) Avaliação qualitativa de ações prioritárias segundo
telemetria e medição. critérios: mapeamento qualitativo inicial das ações
Na realidade, todo o conjunto de medidores de variáveis implementadas, ações potenciais e definição de USE
energéticas, o processamento e tratamento de dados, ou sistemas com maior necessidade de medição.
visualização, entre outras funcionalidades relacionadas a c) Importação e registro de medições de
dados, são apenas uma parte da Gestão Energética equipamentos existentes: identificação de sistemas
propriamente dita. Apenas uma parte, porém uma parte de medição associados aos USE identificados como
fundamental para poder chegar em conclusões e tomar alvo de análise detalhada e formatação da
decisões corretas. informação.
É desejável utilizar medições registradas dos USE para d) Importação e registro de medições de
avaliação de projetos. Um bom aproveitamento desses equipamentos temporários: em caso de ausência de
dados passados pode ser simples e bastante econômico. sistemas de medição, definição de medições
Desenvolver um plano de medições ajuda a contar com temporárias que servirão como insumo para a
informação verídica no cálculo de oportunidades de análise de oportunidades.
melhoria, com o menor custo de aquisição³ possível.
3 Refere-se ao esforço tanto financeiro quanto de recursos humanos para adquirir e tratar dados de medição.
13
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
2.3. Compra de energia elétrica e combustíveis Adicionalmente, o correto controle e administração das
compras de energia é um dos chamados ganhos rápidos
ou “quick wins”, por serem ações de baixo ou nenhum
As faturas ou contas de eletricidade e combustíveis são, de investimento. Incluem-se aqui a definição correta de
maneira geral, documentos de fácil acesso e interpretação. valores contratuais (demanda, flexibilidade, sazonalidade),
Os dados de consumo, demanda e custo mensal emitidos minimização de multas (demanda excedente, atraso de
pelas concessionárias ou comercializadoras, são insumos pagamento, energia reativa excedente, Fator de potência) e
de grande importância para a gestão energética. o enquadramento tarifário, por exemplo.
Os dados da conta de eletricidade não se restringem ao
consumo, pois há diversos custos incluídos na conta de
Quando múltiplas formas de energia forem utilizadas, é útil e energia. É importante classificar as Unidades
necessário converter os valores de consumo de todas as formas para
uma unidade comum (por exemplo MWh, GJ), com os fatores de Consumidoras entre baixa e alta tensão, caso existam os
conversão e propriedades adequadas, como segue: dois casos.
Combustíveis líquidos e gasosos: Para analisar corretamente o consumo e despesas de
NOTAS: energia, recomenda-se o monitoramento das variáveis
Devem ser registrados os valores de densidade, poder calorífico, e os citadas no quadro a seguir.
fatores de conversão adotados. Valores de referência podem ser
obtidos da Calculadora 2050 da EPE, do fornecedor da energia Outros dados prioritários: Concessionária (e/ou comercializadora),
comprada ou de análises f ísico-químicas no caso de geração local. Subgrupo de tensão
A escolha do Poder Calorífico Superior (PCS) ou Inferior (PCI) depende
da disponibilidade de dados de consumo em base seca (bs) ou base
úmida (bu), caso em que será necessário conhecer o teor de umidade.
No caso de contar com dados de consumo mássico (kg/mês), não é
necessária a multiplicação pela densidade.
14
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
15
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
2.3.1. Ferramentas digitais (indústria 4.0 e IIoT) controle e otimização em equipamentos, com a possibilidade
de definir faixas seguras de operação e critérios para garantia
A indústria de pequeno e médio porte é um dos melhores
de qualidade.
cenários de aprofundamento do uso de ferramentas
INDÚSTRIA 4.0
digitais para gestão de energia, pela possibilidade de
implementar soluções de baixo custo e alto impacto no VALOR
16
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
17
2. GESTÃO ENERGÉTICA – DEFINIÇÕES
Podem se citar algumas, sem ser uma lista exaustiva, • Aproveitamento de gases de exaustão, vapor de baixa
identificadas em diagnósticos energéticos desenvolvidos pressão, condensados e efluentes líquidos para fins
pelos autores deste Guia e recorrentes na literatura: energéticos de baixa temperatura;
• Boas práticas de compra, operação e manutenção de • Controle horário e otimização de operação de sistemas
sistemas de força motriz e seus sistemas auxiliares de iluminação;
(destaque à modularidade e controle de velocidade para • Aproveitamento dos potenciais de iluminação e
atendimento de carga parcial); ventilação natural;
• Projeto, instalação e reparo de isolamento térmico em • Potencial de iluminação exterior com fonte solar
sistemas de aquecimento direto, aquecimento indireto e fotovoltaica.
refrigeração; Existem ainda algumas oportunidades de eficiência
• Controle horário e otimização de operação de máquinas energética comumente discutidas, porém não sempre
e equipamentos de refrigeração e ar-condicionado custo-efetivas no curto prazo, como troca de iluminação
(destaque às cadeias de produção de alimentos como para LED e troca de equipamentos por novos mais
carne bovina, laticínios, milho e peixes); eficientes (motores elétricos, por exemplo). Embora estas
• Controle de velocidade em máquinas rotativas com carga medidas sejam interessantes em muitos casos, a gestão
variável; energética integrada permite encontrar ganhos maiores
• Otimização da combustão através de controle de com investimentos menores ou nulos.
velocidade em ventiladores de ar de combustão;
• Gestão de informações de consumo de energia e
produção para acompanhamento de indicadores globais e
por sistema;
• Controle e otimização da operação de sistemas de ar
comprimido;
18
3.
GESTÃO ENERGÉTICA
BOAS PRÁTICAS
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
Desenvolver um Sistema de Gestão de Energia, nos moldes Podemos representar um roteiro de execução de ações
da ISO 50.001, com ou sem certificação, requer uma de eficiência energética e energias renováveis, com uma
mudança nas práticas e na cultura das organizações, hierarquia como a da Figura 5. A lógica desta ordem é
orientada à melhoria do desempenho energético. Esse que as primeiras ações forneçam insumos para as
processo permite, além disso, que seja demostrado de próximas, sejam em termos de informação, recursos ou
maneira transparente o compromisso com a experiência.
sustentabilidade. Esta ordem não pretende ser rígida, pois depende da
Quando são envolvidos todos os níveis de uma realidade de cada empresa.
organização em um objetivo comum, gera-se uma cultura Fazem parte, de maneira transversal, todas as atividades
de operação eficiente que alavanca benef ícios financeiros. citadas neste Guia, como:
Diferentes medidas de eficiência energética em • Prospecção contínua de Medidas de Eficiência
instalações de pequeno e médio porte podem ser Energética.
identificadas e executadas dentro de sistemas de gestão, • Priorização, planejamento e controle de execução de
já que representam grau de complexidade baixo para sua medidas; aprovação com stakeholders.
identificação e implementação. • Verificação de resultados versus planejamento de
economia obtidos.
20
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
21
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
A implementação de um Sistema de Gestão de Energia entanto, todos devem ter esse conhecimento. O
deve envolver todas as áreas da empresa, por exemplo, a momento da compra de novos equipamentos e
área de compras e contratações, de engenharia, de TI e até contratação de serviços é de grande importância para se
parceiros externos como fornecedores e distribuidores. No obter equipamentos eficientes, a equipe de TI pode
caso de empresas menores, pode ser que não haja um auxiliar no monitoramento de dados e desenvolvimento
setor inteiro voltado para essas atividades, mas apenas de sistemas relacionados ao uso de energia e parceiros
uma pessoa, nesse caso, as mesmas recomendações são externos podem ser envolvidos em algum processo
aplicáveis. integrado para tornar o uso da energia mais eficiente.
Geralmente, há uma pessoa responsável por ser o gestor A seguir, será abordada com mais detalhe algumas
de energia da empresa e é recomendável que ela seja de dessas áreas.
uma posição próxima dos cargos de direção e tenha
acesso direto aos diretores, no entanto, com atuação na
parte dos processos de produção, pois dessa forma, há
mais chances de o Sistema de Gestão de Energia ser
adotado.
O gestor de energia será responsável por integrar todas as
áreas da empresa e fazer com que todos participem do
processo. O que ocorre, na maioria dos casos, é que
apenas o pessoal da manutenção recebe o treinamento
necessário em relação ao uso mais eficiente da energia, no
22
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
23
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
O gerenciamento da infraestrutura se refere às atividades Manutenção preventiva: É realizada antes da falha ocorrer, no caso da
de manutenção das instalações, as quais têm grande energia, antes que o consumo de energia aumente.
influência no consumo de energia, já que, por mais que se
Manutenção preditiva: Tem o intuito de prever as falhas, geralmente
compre um equipamento eficiente, se não houver um envolvendo o uso de sistemas de monitoramento e dados históricos
processo de manutenção adequado, ele pode perder a das máquinas.
eficiência energética ao longo do tempo, aumentando os
custos com energia. O gerenciamento da infraestrutura Informações mais detalhadas em relação à manutenção,
não promove apenas ganhos energéticos, mas também podem ser encontradas no Guia 3 – Eficiência energética
ganhos operacionais e de produção. na tomada de decisão.
As atividades de manutenção devem ser planejadas sob o
Sistema de Gestão de Energia, com o estabelecimento de
objetivos, metas e planos de ação. As políticas de
manutenção podem ser corretivas, preventivas ou
preditivas, no entanto, a política corretiva, em que só há
ação após ocorrer a falha, não é recomendada por ter altos
custos, alto tempo de paralisação das máquinas e ter baixa
previsibilidade.
24
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
25
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
3.3. Certificação ISO 50.001: sim, não em que impactam diretamente a estrutura de custos operativos
momento? das companhias ou organizações que decidem
implementá-los.
Como já foi mencionado, a Norma ISO 50.001 estabelece
requisitos para o estabelecimento, implementação,
manutenção e melhoria de Sistemas de Gestão da Energia
(SGE) em organizações. O objetivo principal é melhorar o
desempenho energético das organizações, e, com isso, sua
competitividade.
Aplica-se a organizações de qualquer tipo, tamanho,
condição geográfica, cultural, social, etc., consumidoras de
eletricidade, combustíveis, vapor, ar comprimido e toda
fonte de energia ou utilidades.
Sua implementação se manifesta também na redução de
emissões de gases de efeito estufa. Foi lançada em junho
de 2011 e atualizada em 2018. É compatível (porém,
independente) com ISO 9.001 e 14.001.
Espera-se que a implementação da Norma consiga Figura 6. Adoção da norma ISO 50001 entre 2011 e 2018: Global, América Latina e
Brasil. Fonte: ISO Survey
grandes e duradouras melhorias em eficiência energética
em atividades industriais, comerciais e institucionais, que,
por sua vez, representem redução na emissão de gases de
efeito estufa no mundo inteiro. A questão mais
interessante dos Sistemas de Gestão de Energia,
conceituados na família de Normas da 50.001, é que
26
3. GESTÃO ENERGÉTICA – BOAS PRÁTICAS
27
4.
ESTUDOS DE CASO
4. ESTUDOS DE CASO
4.1. General Motors do Brasil – Extraído do Provas), todas em SP, além de um Centro Tecnológico, em
Guia de Gestão Energética da PROCOBRE. São Caetano do Sul (SP), com capacidade para
desenvolvimento completo de novos veículos. A
a) Perfil da Companhia subsidiária brasileira é um dos cinco centros mundiais na
criação e desenvolvimento de veículos.
Fundada em 1911, em Detroit, Estados Unidos, a General
Motors (GM) é uma das maiores marcas de veículos do
b) Resumo da implementação da
mundo, com negócios em mais de 115 países e vendas
ABNT NBR ISO 50.001
anuais de mais de 4,0 milhões de veículos. A Chevrolet,
nome dado à marca no Brasil, oferece aos clientes veículos • Empresa: General Motors
eficientes e com ótimo desempenho, design diferenciado e • Unidades certificadas: Rosário (2013), Quito (2014), Mogi
de alta qualidade. das Cruzes (2014) e Gravataí (2015).
A Chevrolet comemorou no dia 26 de janeiro de 2016, 91 • Número de funcionários em 2015: General Motors South
anos de atividades no Brasil e a produção de 14,5 milhões America – GMSA: 25.300; General Motors Brasil - GMB:
de veículos, números que simbolizam um marco relevante 16.000; Unidade de Rosário: 2.550; Unidade de Quito: 315;
tanto para o setor automotivo como para toda a indústria Unidade de Mogi das Cruzes: 586; Unidade de Gravataí:
nacional. A companhia tem no país três Complexos 2398.
Industriais, que produzem veículos em São Caetano do Sul • Principais fontes de energia utilizadas: Eletricidade, GLP,
e São José dos Campos, ambos no estado de São Paulo Gás Natural e Diesel (este último apenas no Equador).
(SP), e em Gravataí, no estado do Rio Grande do Sul. • Principais motivos para a implementaçã o: Sustentabilidade,
Conta ainda com unidades em Joinville (produção de eficiência energética, redução de custos, redução de
motores e cabeçotes de alumínio), Mogi das Cruzes emissões de gases do efeito estufa.
(produção de componentes estampados), Sorocaba • Foco de melhorias: Substituição de motores antigos,
(Centro Logístico Chevrolet) e Indaiatuba (Campo de automação de torres de controle de shutdown, instalação
29
4. ESTUDOS DE CASO
30
4. ESTUDOS DE CASO
d) Medidas implementadas
Inicialmente, foram revisados os controles operacionais
existentes para permitir o monitoramento adequado do
desempenho energético após o início da operação do
sistema ABNT NBR ISO 50.001. Mais especificamente, todas
as rotinas de manutenção e operação de equipamentos
foram avaliadas e atualizadas. Além disso, uma série de
inciativas foi implementada, buscando a melhoria
operacional, sustentabilidade, eficiência e redução de
custos operacionais, conforme listado a seguir.
31
4. ESTUDOS DE CASO
Tabela 2: Ações adotadas pelo Sistema de Gestão de Energia da GM Brasil.
Monitorar online os dados de consumo, Controle mensal da demanda e Redução nos custos
Implantação do projeto de automação e
automatizar controles, identificar em tempo consumo das unidades. adicionais de contratação de
leitura de dados FMS _Facility Management
real desvios e tomar ações num curto prazo energia elétrica
System.
de tempo.
32
4. ESTUDOS DE CASO
4.2. Superior Energy Performance - SEP medidas. Já no caso da Dinamarca, Suécia, Irlanda e
Alemanha, foram desenvolvidos acordos voluntários
público-privados para acesso a mecanismos de
Alguns governos têm programas para promover a incentivo, suporte e isenção de taxas, com ampla
eficiência energética na indústria (Exemplos: Japão desde aceitação e adoção (ICF CONSULTING, 2015).
1979, Suécia, Estados Unidos) exigindo a adoção de SGE ou O SEP é um programa americano do Departamento
ajudando as companhias na implementação dos mesmos. de Energia que visa o reconhecimento público de
Como exemplos em nível internacional, podemos citar a organizações com SGE, em níveis semelhantes com o
Rede de Ação em Gestão Energética (EMAK: Energy LEED (Prata, Ouro, Platina), e que reconhece a
Management Action Network ), um espaço estabelecido, melhoria contínua de organizações certificadas.
em 2009, para discussão de políticas e compartilhamento Anualmente, o SEP lança desafios para premiar
de melhores práticas, com duas redes, uma focada em empresas com bons resultados, e continuamente
políticas e outra em aplicações práticas na indústria. realizam análises de resultados. O quadro abaixo
O Programa de Oportunidades de Eficiência Energética da ilustra alguns dos resultados de economia, redução
Austrália resultou em mais de 50% das oportunidades de custos e retorno de investimentos das empresas
executadas, após a obrigatoriedade de desenvolver certificadas.
auditorias energéticas em grandes empresas dentro de Uma lista de estudos de caso está disponível na
esquemas de SGE. Países que desenvolveram políticas página do Programa
específicas de auditoria compulsória, como o caso da
Rússia, não tiveram grande sucesso por carecerem de Economias anuais de36.000 USD a 938.000 USD com medidas
operacionais gratuitas ou de baixo custo.
mecanismos de incentivo e financiamento para as
Redução de 12% nos custos de energia dentro de 15 meses da
implementação (em média)
5,6% a 30,6% de melhoria no desempenho energético em três anos
Retornos de menos de1,5 anos (em instalações com custos de
energia maiores a 2 MUSD anuais).
5 Ver link: https://betterbuildingssolutioncenter.energy.gov/iso-50001/resources/case-studies
33
REFERÊNCIAS
[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 50001: Sistemas de gestão da energia – Requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro, 2018.
[2] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 50002: Diagnósticos energéticos – Requisitos com orientação com uso. Rio de Janeiro, 2014.
[3] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 50003: Sistemas de gestão da energia – Requisitos para organismos de auditoria e certificação de
sistemas de gestão de energia. Rio de Janeiro, 2016.
[4] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 50004: Sistemas de gestão da energia – Guia para implementação, manutenção e melhoria de um
sistema de gestão da energia. Rio de Janeiro, 2016.
[5] ISO/TC301. ISO/CD 50005: Energy management systems – Guideline for the phased implementation. United States, 20206 .
[6] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 50006: Sistemas de gestão da energia – Medição do desempenho energético utilizando linhas de base
energética (LBE) e indicadores de desempenho energético (IDE) – Princípios gerais e orientações. Rio de Janeiro, 2016.
[7] ISO 50015: Energy management systems – Measurement and verification of energy performance of organizations – General principles and guidance. United States,
2014.
[8] SGS: Como se preparer para a ISO 50001? – Aprimore sua transição com este checklist de prontidão. Brasil, 2018.
[9] International Copper Association Brazil. Guia para aplicação da norma ABNT NBR ISO 50001: Gestão de Energia. Brasil, 2015.
6 O documento utilizado como referência para a norma ISO 50005 está em sua versão antes de ser publicado. Portanto, a referência está
sujeita a futuras alterações
34
ANEXO A – COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO DA ENERGIA
Contexto da organização: entender os aspectos internos e revisão de energia – realizar, atualizar e documentar
externos da organização que podem ter influência na revisões de energia, que incluem análise de uso e
implementação e performance do SGE; identificar as consumo, usos significativos de energia, variáveis
partes interessadas e suas necessidades, requerimentos e relevantes etc; indicadores de performance – indicadores
expectativas em relação ao SGE; determinar o escopo do determinados e documentados conforme a norma;
SGE; e compreender e determinar as características do baseline – estabelecer baseline utilizando dados da
SGE, que variam conforme as atividades, processos, revisão de energia e indicadores; planejamento da coleta
produtos, serviços e pessoal da organização. de dados de energia = determinar plano de coleta de
Liderança: liderança e comprometimento - assegurar o dados apropriado à organização.
cumprimento de todos os pontos do SGE, como Suporte: recursos – determinar e prover recursos para o
parâmetros, atividades, recursos e pessoal;política SGE; competência – determinar e garantir a competência DADOS
energética – estabelecer uma política energética do pessoal; conhecimento – garantir o conhecimento do
estruturada conforme a Norma na organização; papéis, pessoal acerca dos aspectos relevantes do SGE, como a
responsabilidades e autoridades da organização – garantir política energética; comunicação – determinar as
a atribuição e comunicação das responsabilidades e comunicações internas e externas relevantes para o SGE;
autoridades para os papéis relevantes dentro da documentação – documentar informações pedidas pela
organização. norma/necessárias para a efetividade do SGE,
Planejamento: ações para lidar com riscos e oportunidades documentar adição e atualização de informações, e
– planejar o SGE conforme o contexto e política energética controlar a documentação de modo que esteja
da organização, partes interessadas e considerando os disponível e protegida.
potenciais riscos e oportunidades de forma a garantir a Operação: planejamento e controle operacional –
performance e aprimoramento contínuo do SGE; objetivos planejar, implementar e controlar os processos
e meta – devem estar de acordo com diversos requisitos referentes aos usos significativos de energia e
para se tornarem consistentes, palpáveis e atualizáveis; necessários para cumprir os requisitos e implementar
35
ANEXO A – COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO DA ENERGIA
36
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
Processo de alocação e de
elaboração de orçamento para
amparar a gestão energética; Todos os tipos de recursos são
Custos com gestão energética
Alocação de orçamento para alocados para manutenção e
Não possui orçamento definido; são absorvidos pelos recursos
Recursos / orçamento treinamento e implementação melhoramento no desempenho
existentes e/ou pelo orçamento
inicial; energético e no sistema de
de gastos operacionais;
Processo para identificação de gestão de energia (SGE);
lacunas nas competências da
gestão energética;
Identificação de pessoal
adequado com capacidade de Pessoal adequado é treinado
Pessoal relevante impactar a performance para a operação apropriada do
energética e o SGE; SGE;
37
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
Organização mantêm os
documentos da revisão
Documentação
energética;
38
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
39
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
A organização estabelece e
mantém os planos de ação com:
- Processos e projetos (com ou
O plano de ação inclui o que sem financiamento)
Coleção de ideias para economia Consistentemente a organização
será feito, quais recursos serão - Avaliação financeira
Plano de ação de energia/medidas de controla a eficácia do plano de
requeridos, quem será - Prazos de projetos e
eficiência (por exemplo, planos ação e da concretização dos alvos
necessário e quando será informações relacionadas;
de projeto);
concluído; Planos de ação entrando em
contas de risco, obstáculos e
retorno financeiro;
Economias baseadas em
indicadores normatizado são
Comunicação relatados e informados dentro
da organização;
Alvos são comunicados à
organização e atualizados como
apropriado;
40
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
41
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
42
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
A organização documenta a
performance de energia;
Documentação A organização retém a
investigação de resultados e
respostas;
43
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
Os funcionários recebem
Padrão de comunicação
informação regularmente acerca
Comunicação inicial sobre para todos os fornecedores
Há um plano interno formal de da atuação relativa às metas
Comunicação questões energéticas; que a energia seja um dos
comunicação; energéticas; Comunicação
critérios na avaliação de
informal ao fornecedor quanto a
aquisição/abastecimento;
avaliação energética;
44
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
Os impactos energéticos de
Práticas eficazes de operação e
operações e práticas de
manutenção do "SEUs" são
manutenção são compreendidos
interligadas aos processos de
pelo pessoal / corpo de
negócios;
funcionários; Alguns procedimentos de
Práticas de operação e manutenção Controle de operações e
Os funcionários de operação e operação e manutenção estão
práticas de manutenção,
manutenção identificam no lugar para o "SEUs";
incluindo operações e
algumas medidas de economia /
manutenções terceirizadas,
eficiência energética de baixo
são controladas;
custo ou não
Controle operacional e
procedimentos de manutenção
são comunicados ao pessoal Pessoal apropriado é
pertinente; treinado em procedimentos
Treinamento / Comunicação para operação e manutenção
Treinamento em controle
operacional relativo ao consumo eficazes;
de energia é concluído em uma
base informal;
45
ANEXO B – NÍVEIS DE IMPLEMENTAÇÃO EM FASES DOS REQUISITOS DA
NORMA ISO 50001 - COMPONENTES CHAVE DO SISTEMA DE GESTÃO
DA ENERGIA
Tabela 3. Níveis de implementação dos requisitos de um istema de Gestão da Energia
O consumo de energia é
constantemente fatorado na Decisões de compras seguem
aquisição; critérios de performance
A organização engaja em energética estabelecidos de
O consumo de energia é O consumo de energia é levando fornecedores e contratantes de maneira organizada;
Aquisição
ocasionalmente fatorado na em conta para os projetos de equipamentos para prover As contas da organização para o
aquisição; capital; soluções energéticas eficientes; impacto que os processos dos
Alguns procedimentos padrões contratantes e terceirizados têm
estão em ordem para a sobre a performance energética;
aquisição de fontes de energia;
INFORMAÇÃO DOCUMENTADA
Informação documentada
Processo de documentação relacionada a energia é
controlada (desenvolvida, gerida,
revista e atualizada após um
processo de documentação);
46
PARCEIROS
APOIO
APOIO FINANCEIRO