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TEOLOGIA PASTORAL - Ementa

Instituição: Seminário Teológico Batista Independente


Curso: Teologia
Data:
Professor:

Descrição da Disciplina:
Oferece inicialmente aos alunos um quadro teológico da função pastoral.
Procura mostra os diferentes aspectos do trabalho pastoral e suas diversas implicações.
Mostra as crises que podem atingir o pastor no exercício do ministério, e as soluções que devem ser
procuradas.

Conteúdo Programático:
1. Ciclos na vida Ministerial
2. Vocação Ministerial
3. A Personalidade do Ministro
4. A Função do Ministro
5. O Obreiro e sua família
6. Visitação Pastoral
7. O Pastor e as relações econômicas
8. Características do Pastorado
9. Perfil Bíblico do Pastor
10. Crises do Ministério Pastoral
11. O Retrato do Pastor
12. Razões Para o Estresse Pastoral
13. O Pastor Precisa de Amigos

Objetivos da Matéria:

⇒ Proporcionar ao aluno um conhecimento satisfatório e prático do Pastorado;


⇒ Levar o aluno a entender que o pastorado é algo sério, determinado por Deus e que tem sérias
implicações;
⇒ Capacitar o aluno a exercer o ministério pastoral com eficiência para que realmente atinja seus
objetivos que são amadurecimento pessoal, treinamento para o serviço cristão e crescimento
numérico da igreja, de uma forma consistente e equilibrada.

Exigências da Matéria:

⇒ Participação em todas as aulas do módulo;


⇒ Estudo da Apostila;

Avaliação:

1. Prova a ser realizada em aula.

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Introdução

Teologia Pastoral é o estudo que abrange o ministério do servo de Deus na Igreja. Por isso,
o seu estudo pode ser organizado em várias disciplinas, tratando cada uma de aspectos desse
importante assunto.
Neste curso de Teologia Pastoral focalizaremos os principais capítulos que tratam de
vocação para o ministério, a função pastoral, a personalidade do ministro, a sua vida espiritual,
o seu conhecimento da Bíblia, o seu ministério de treinamento, visitação, a sua relação com a
Igreja e a denominação, e o lugar da sua família.
A finalidade deste trabalho é a de oferecer alguns pensamentos sobre os capítulos acima
mencionados. O estudo será ampliado com a indicação de livros para leitura e pesquisa.

VOCAÇÃO MINISTERIAL

a) O ministério não é uma profissão. O servo de Deus não deve ser um profissional do
púlpito ou da palavra. O pastor deve ser um homem CHAMADO para o ministério.
1. Deus chama os homens à salvação (At 2.39, Mt 22.14). Esta chamada geral abrange
toda a humanidade. O interesse de Deus é que todos sejam salvos (I Tm 2.4).
2. Deus chama os crentes em geral ao serviço (I Pe 2.9; Ap 1.6; Jo 12.26).
3. Deus chama pessoas para o ministério (Cl 1.23; Ef 3.7; At 26.15-19).

b) O Espírito Santo participa nesta chamada de homens para o ministério.


1. Separando-os (At 13. 1-3)
2. Orientando-os (At 8.29, 16.7)

c) A chamada para o ministério não deve ser confundida com a tendência, inclinação ou
vocação natural. O pastor deve ser um homem caracterizado por uma chamada divina,
sobrenatural. Esta certeza ajuda-o falar com autoridade (At 7.14-15).

d) O ministério é uma atividade de origem divina. Deus chama pessoas para determinadas
tarefas que darão cumprimento ao seu plano de revelação e Salvação.
1. No Antigo Testamento, Deus chamou homens para serem seus profetas, escolheu uma
família para o sacerdócio e o serviço no Santuário. Por exemplo: Ex 28.1, 3.10; Jz 6.11-24; I Sm
3.1-14; Is 6.1-9; Jr 1.110. Entre os exemplos citados encontramos pessoas chamadas para fins
especiais. Por exemplo: Gideão.
2. No Novo Testamento, o Senhor Jesus escolheu DISCÍPULOS (Lc 10.1-12) Também os
DOZE APÓSTOLOS (Mt 10.1-4). Achamos o Senhor chamando-os individualmente (Mt 4.18-19).
3. Em Atos dos Apóstolos, encontramos além dos DOZE, também o ministério do
Evangelista (At 8.26-40). Do Presbítero que se confunde com o Bispo ou pastor (At 20. 1, 28).
4. O apóstolo Paulo menciona várias tarefas que Deus colocou na Igreja com “vistas ao
aperfeiçoamento” (Ef 4.1-13).
5. Portanto, privilegiada é a pessoa que Deus chama para o ministério. Mas, ao mesmo
tempo, grande é a sua responsabilidade diante do Senhor e dos homens (I Co 9.16; I Tm 4.14-
16).

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A PERSONALIDADE DO MINISTRO

Entendemos por personalidade “a organização dinâmica de caracteres, qualidades e


pensamentos exclusivos e essenciais de uma determinada pessoa”. Portanto, tudo aquilo que é
próprio, peculiar, e caracteriza uma pessoa.
Neste estudo trataremos, especialmente, das QUALIDADES indispensáveis do ministro,
cuja personalidade é fator importante para a Igreja e os seus membros em particular.

A. QUALIDADES ESPIRITUAIS

1. Qualidades espirituais: REGENERAÇÃO


Compreende a transformação radical operada pelo Espírito Santo no homem que, após
ouvir a palavra de Deus, sente-se arrependido e obtém a fé para a salvação (Lc 19.1-10). Uma
pessoa regenerada está livre da condenação e de viver no pecado (Rm 8.1; I Jo 3.6). O ministro
deve ser uma pessoa regenerada para que possa com a sua experiência falar do poder salvador
de Cristo Jesus.

2. PIEDADE
Esta palavra ocorre 14 vezes nas cartas pastorais e em II Pedro. É uma forma de santidade
que resiste ao pecado, cultivando uma vida de oração e meditação na Palavra de Deus (I Tm 4.7;
Cl 3.16). O homem de Deus não precisa sair da sociedade para obter uma vida piedosa (Jo
17.15). Antes deve no meio das trevas, brilhar como “luz do mundo” (Mt 5.16).

3. FÉ
Não só no sentido de fé para a salvação. Mais como uma AÇÃO CONFIANTE em seu
ministério. O ministro enfrenta a incredulidade de muitos. No entanto, ele deve CRER no poder
de Deus. Observemos Moisés (Ex 14.21). Deve crer no PODER da palavra por ele anunciada (Rm
1.16). Deve crer nas PROMESSAS de Deus e na PRESENÇA do Senhor consigo.

4. ORAÇÃO
Os maiores servos de Deus forma homens de oração (II Tm 1.3; Cl 1.9; Fl 1.3). A oração
deve MARCAR o nosso ministério (At 16.13). O pregador deve mais orar do que qualquer
membro da Igreja. Aconselha-se um dobrado tempo de oração correspondente ao tempo de
pregação. O Senhor Jesus foi o grande exemplo de homens de oração (Jo 17; Mt 26.39).

5. BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


Foi o próprio Senhor Jesus quem colocou o revestimento do Espírito Santo como uma
experiência indispensável na vida do ministro (Lc 24.49). O Batismo no Espírito Santo não deve
ser apenas uma só experiência na vida do pregador, mas uma diária e renovada experiência em
toda a sua vida. Ele precisa sentir o impulso do poder do Espírito Santo no estudo da Palavra,
na pregação e no cuidado do rebanho.

B. QUALIDADES MORAIS

1. SINCERIDADE
Esta palavra vem de sincero (sem cera ou sem máscara). Qualidade de alguém que é
autêntico, sempre o mesmo em suas atitudes e palavras. O crente em geral deve ser sincero (Fl
1.10), muito mais o ministro em seu relacionamento com os membros, com a coletividade, com
os colegas e com Deus.

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2. HUMILDADE
Alguém disse que a “tentação acompanha o sucesso”. O ministro é tentado exaltar-se
quando o seu trabalho ou pregação alcança sucesso. O Dr. Beecher conta que alguém veio dizer-
lhe o seguinte após uma das suas pregações: “O Dr. Beecher é o homem mais ilustre que eu
conheço”. Ele, porém, prontamente respondeu: “Mas o Sr. esqueceu-se da sua própria pessoa!”.
O homem de Deus deve ser humilde como foi Jesus (Fl 2.8). Grande é o galardão da humildade
(Pr 22.4). Pessoas há que desejam manifestar humildade em palavras, gestos e vestes. Mas a
verdadeira humildade é não procurar “mostrar-se. Ela é uma atitude íntima de compreensão das
limitações humanas.

3. ABNEGAÇÃO
Trata-se de um tipo de renúncia, quando o homem deixa os seus direitos em favor de
outrem. Paulo foi exemplo de abnegação (I Co 9.19-23). No ministério pastoral há momentos
quando a abnegação custa um alto preço. Mas, dificilmente, o Reino de Deus perde com homens
abnegados. Sempre há um prêmio pela abnegação.

4. HONESTIDADE
As finanças podem ser um sério problema na vida do ministro. O dinheiro que lhe é
confiado também. Os compromissos assumidos com prestações, empréstimos ou bens de
outros, quando não houver honestidade, trarão prejuízos para o ministério e para o bom nome
da Igreja. O pastor deve ser um homem “irrepreensível”. Cujo caráter sirva de exemplo para todo
o rebanho (I Tm 3.2). Foi a preocupação de Paulo (II Co 8.21).

5. OTIMISMO
Com uma qualidade natural ou como resultado de sua fé, o ministro deve ser otimista.
Muitos na Igreja estão olhando para a atitude do pastor frente aos problemas gerais ou
particulares. Na visitação, espera-se que o pastor tenha uma palavra de otimismo. Tanto este
quanto o pessimismo são contagiantes. Quando pensamos em otimismo no ministério não
queremos dizer com isto “superficialidade” ou “leviandade” no tratamento de assuntos ou na
realização de planos. André revelou um certo otimismo, apontando para uma provável solução
(Jo 6.8-9).

6. SERIEDADE
Esta palavra é usada no sentido contrário ao de “leviano”. Não convém ao servo de Deus a
leviandade. Um pouco de humor é aconselhável e faz parte de uma personalidade normal. Mas
cumpre ao servo de Deus agir com seriedade no tratamento dos assuntos da Igreja, problemas
dos membros e no relacionamento com os demais da comunidade. A conduta de Paulo em
Corinto não foi leviana (II Co 1.17-18).

7. PACIÊNCIA
Esta palavra no original significa “ficar debaixo da carga”. Paciência é uma qualidade
indispensável ao agricultor (Tg 5.7). Também a todas as pessoas que aguardam o resultado de
sue trabalho. Ser paciente significa não ser imediatista. Saber que há problemas, assuntos e
coisas que tem a sua hora certa para serem tratados, resolvidos ou alcançados. Convém ao
ministro de Deus a paciência para poder suportar aflições, provas e dificuldades (Tg 5.11; I Pe
2.20; Rm 15.1-6; II Co 6.4).

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C. QUALIDADES FÍSICAS

1. SAÚDE
Para muitos, a saúde do ministro não é fator importante no seu trabalho. Houve tempo
quando o monaquismo ensinava que precisamos “mortificar” o nosso, obtendo assim uma vida
mais santa. Conta-se que Simeão, o Estilista, penitenciava-se por longo tempo em cima de um
pedestal para alcançar a santidade. Channing, um pregador do século XIX fazia seus estudos
até às 2 ou 3 horas da madrugada, dormia no assoalho e andava sem agasalho no inverno na
Inglaterra, para obter uma vida mais santa. O corpo não deve merecer toda a nossa atenção, a
ponto de se tornar o centro de nossa vida. Mas, não convém maltratá-lo. Através dele podemos
em santidade oferecer o nosso “culto racional” (Rm 12.1). Convém ao pregador zelar pela sua
saúde.

2. APARÊNCIA
Não convém ao ministro de Deus ser um “santo medieval”, maltrapilho descuidado da
higiene pessoal. Antes como um homem que tem grande responsabilidade na comunidade, deve
manter uma boa aparência. (Que não significa luxo). Com roupas limpas, sapatos concertados
cabelos alinhados e corpo limpo e sadio.

3. BOA DICÇÃO
O pregador não precisa ser um “mestre da fala”. Mas deve saber usar a sua voz e
pronúncia das palavras. As leis da acústica revelam que não é possível perceber distintamente
mais de quatro sílabas em um segundo. A boa dicção compreende a pronuncia correta das
palavras, a intensidade da emissão da voz que depende do tamanho do santuário, do número de
pessoas, dos objetos e do revestimento das paredes. A “inspiração” do servo de Deus não deve
sacrificar a recepção da mensagem por parte dos ouvintes. Uma voz alta e não gritada. Uma voz
modulada e não só com uma altura. Uma voz clara e não rouca. Tudo isso seria aconselhável ao
pregador da palavra de Deus, para que os ouçam, e entendam.

4. BOA VISÃO
Não é agradável ver um pregador com a Bíblia debaixo dos seus olhos. Se há falta de visão,
aconselha-se o uso de óculos. Uma boa visão permite a leitura de palavras corretamente. É
desagradável ouvir um pregador lendo palavras incompletas ou erradas. Boa iluminação no
Templo favorece a leitura também. Sabendo que a leitura da palavra de Deus é fator importante
no culto, convém fazer o melhor para que todos sejam edificados e abençoados por ela.

5. BOA AUDIÇÃO
Hoje há aparelhos práticos para surdes. Se o ministro tiver dificuldade em ouvir, deve
procurar corrigir isso. Assim evitará uma atitude desagradável quando em palestra com os
membros da Igreja ou na realização do culto.

D. QUALIDADES INTELECTUAIS

1. CAPACIDADE DE CONHECIMENTO
O ser humano é o único que pode conhecer significativamente as coisas. Há pessoas
dotadas de capacidade maior para perceber e conhecer as coisas. Outros estão abaixo do nível
médio e são anormais, não podendo assimilar o suficiente dos conhecimentos ministrados. O
pregador deve ser capaz para conhecer e desenvolver a sua capacidade de percepção,
conhecimento secular e bíblico. Um homem contrário ao conhecimento intelectual e bíblico não
é recomendável ao ministério.

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2. IMAGINAÇÃO CRIADORA
Deus capacitou os homens com “imaginação criadora”. Eles pensam, e imaginam coisas e
descobrem coisas. A mensagem do pregador não é produto da sua imaginação. Mas com ela, ele
pode ordenar os seus pensamentos, apresentar ilustrações e descobrir assuntos para as futuras
mensagens. Ele não deve ser um duplicador ou “carbono” de outros pregadores. Mas com
originalidade, usando o seu raciocínio, deve elaborar os seus pensamentos de forma clara e
objetiva. Convém observar o método por Jesus Cristo. Ele fez comparações, usou parábolas e
com originalidade apresentou a sua mensagem.

3. CAPACIDADE INTUITIVA
Com esta capacidade o pregador pode perceber a disposição de seus ouvintes, certos
problemas íntimos dos membros e necessidades espirituais do rebanho. No culto, o povo pode
passar por vários estágios. Convém ao pregador sentir isso, percebendo o momento para dizer
amém, ou o apelo fazer, ou cantar um hino. No trabalho da Igreja convém ao ministro esta
capacidade para sentir as tendências do rebanho.

4. CAPACIDADE DE RESOLVER SITUAÇÕES NOVAS


Nisto aparece o grau de inteligência de cada um. O ministro pode enfrentar muitas
situações novas no seu trabalho. Algumas necessitam de uma resposta urgente. Outras devem
ser estudadas. Mas a atitude calma e prudente do ministro deve conduzi-lo para a solução das
situações novas. Observemos o exemplo de Salomão (I Rs 3.16-28).

5. CAPACIDADE CULTURAL E BÍBLICA


O conhecimento cultural do seu povo, sua região, costumes e personagens da história,
favorecem o pregador na sua tarefa ministerial. Junto com isso, convém ao pregador um farto
conhecimento da Bíblia, seu panorama geral, seu livro, seus temas, sua atualidade e poder. O
fato de Jesus escolher pescadores para formarem uma parte dos seus apóstolos, não significa
um desprezo à cultura intelectual. Eles não eram medíocres. Foram ensinados por Jesus.
Tinham amplo conhecimento da Palavra de Deus. Mas também um Lucas um Paulo foram úteis
ao Cristianismo.
Portanto, o ministro de Deus deve reunir em sua personalidade várias qualidades
indispensáveis para o êxito do seu trabalho, louvor de Deus e progresso da Igreja.
Das qualidades aqui enumeradas, algumas são essenciais e outras poderão ser cultivadas
com o correr do tempo. O importante, pois, é que o ministro saiba o que deve ser diante de Deus
e dos homens.
Grande é a influência da sua personalidade sobre os seus ouvintes, por isso, urge que o
ministro “irrepreensível” (I Tm 3.2). E possa, pelo seu viver, colaborar para o enriquecimento
moral e espiritual de todos.

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A FUNÇÃO DO MINISTRO

Em nossos estudos já vimos que o ministro é uma pessoa CHAMADA por Deus para
determinadas tarefas. Também já estudamos as principais qualidades que devem caracterizar a
PERSONALIDADE do servo de Deus. Neste capítulo trataremos da sua FUNÇÃO como líder de
algum departamento ou comissão, ou como pastor da Igreja.

A. A FUNÇÃO DO MINISTRO COMO UM LÍDER

1. DEFINIÇÃO DE LÍDER E LIDERANÇA:


“Líder é aquele que, em uma dada situação social influência por suas idéias e ações o
pensamento e atitudes dos outros”. Jorge M. Beal. “Liderança compreende o controle interno e a
representação externa de um grupo por um ou alguns de seus membros”.
Dicionário de Sociologia
“Liderança é a função do líder e compreende o domínio por este exercido e que os seus
liderados aceitam”. Caldas Aulete
“Estamos liderando quando fazemos executar o que desejamos, pela forma que desejamos,
e obtendo os resultados que desejamos, conseguindo, entretanto, que os executantes também
desejam tudo isso”. Álvaro P. Moitinho
“Liderança é um processo de estímulo mútuo, pelo qual, por meio de ações recíprocas bem
sucedidas, as diferenças individuais são controladas e a energia humana que delas deriva,
encaminhada em benefício de uma causa comum” Paul Pigorschega.

2. IMPORTÂNCIA DO LÍDER
Desde os primórdios da civilização nenhum grupo atingiu os seus verdadeiros fins sem
liderança. A sua importância se manifesta no seguinte:

a) um bom líder aumenta o PRESTÍGIO do grupo;


b) o empreendimento do grupo torna-se mais ESTÁVEL sob a liderança de um bom líder;
c) um grupo bem liderado tem mais facilidade de desenvolver a capacidade de ALTRUISMO;
d) a ação de um bom líder proporciona ao grupo a possibilidade de aumentar o número dos
seus componentes;
e) um bom líder COORDENA os interesses individuais dos componentes do grupo,
encontrando uma solução harmoniosa e de proveito para o grupo;
f) o trabalho de EQUIPE é mais fácil num grupo que tem um bom líder.

B. A FUNÇÃO DO MINISTRO COMO PASTOR


O ministro não necessita ser, necessariamente, um pastor, porém, um pastor de ser um
ministro de Deus.

1. O QUE É FUNÇÃO PASTORAL?


É a atividade de um homem vocacionado para o ministério, no pastorado de uma Igreja (Ef
4.11).
A palavra Pastor que vem de “poiner” sugere um guia, protetor, apascentador, alguém que
cuida do rebanho, que neste caso é a Igreja.

2. QUAL A IMPORTÂNCIA DA FUNÇÃO PASTORAL?


Cada um tem a sua importância no trabalho do Reino de Deus (I Co 12,29).
a) A importância da função pastoral é grande no Plano Divino porque é necessário alguém
para CUIDAR do rebanho (os crentes na Igreja).

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b) Em segundo lugar é importante porque é necessário alguém CONDUZIR os crentes pelos
caminhos da verdade, levando-os às águas tranquilas e aos pastos verdejantes (Sl 23).
c) Também é importante porque uma Igreja necessita de um líder que esteja à frente do
grupo nas iniciativas e trabalhos.
d) A Bíblia mostra que o Senhor Deus é PASTOR e como tal ALIMENTA, CUIDA, ORIENTA e
PROTEJA o seu rebanho (Sl 23; Jo 10; Am 3.12; Lc 15.3-7).

3. QUAIS AS QUALIDADES NECESSÁRIAS PARA A FUNÇÃO PASTORAL?

a) Amor por todos os membros da Igreja sem qualquer distinção;


b) Abnegação em seu trabalho;
c) Conhecimento das ovelhas, suas qualidades, problemas, plano e crescimento;
d) Coragem para enfrentar as “feras” do rebanho. Ex: I Sm 17.34-36; Is 31.4
e) Desejo de apascentar com zelo as ovelhas. Ex: Zc 11.7b

4. O USO DE AUTORIDADE NA FUNÇÃO PASTORAL


Muita coisa desagradável pode acontecer em nome da autoridade pastoral. Cumpre ao
ministro saber o que significa autoridade e como usá-la.
a) O que é autoridade? “É o direito de dar ordens e o poder de fazer obedecer” (Fayol) Já
dizia Cícero: Ninguém tem a obrigação de obedecer àquele que não tem o direito de mandar”. Só
há autoridade quando alguém com direito use e seja reconhecido pelo grupo.
b) O que é “autoridade religiosa” para algumas denominações?
- CATOLICISMO - Desde o Concílio Vaticano de 1870 o papa é infalível e como tal possui a
autoridade suprema sobre a Igreja de Roma.
- ANGLICANISMO - A autoridade reside no Arcebispo, no âmbito geral, e no Bispo, num
plano regional.
- PRESBITERIANO - O presbitério é a autoridade sobre as Igrejas.
- BATISTAS - A autoridade reside na Igreja local, na qual o pastor é uma autoridade em
virtude de seu cargo, mas não possui domínio sobre a Igreja.
c) Em que consiste a autoridade pastoral?
- Não em TER autoridade sobre a Igreja, impondo a sua vontade.
- Mas em SER uma autoridade em virtude de sua vida consagrada e o seu bom exemplo,
sua personalidade, sua chamada divina e a sua fidelidade à Palavra de Deus, o tornam um
homem de autoridade respeitável. Sugerimos um exame dos seguintes textos: I Tm 4.12-16; I Pe
5.3; Hb 13.17; II Tm 2. 24-26; I Pe 2.23; I Tm 5.1-3 Tt 2.1-10

5. A CHAMADA, O EXERCÍCIO E A SUCESSÃO PASTORAL

a) A chamada: entendemos neste caso o convite que o servo de Deus recebe de uma
determinada Igreja para o pastorado. Tal escolha deve ter sido feita pela maioria da Igreja em
sessão regular. O convite deve ser aceito após oração e certeza de que é a vontade de Deus.
b) O exercício: para alguém exercer o pastorado há alguns requisitos que seriam os
seguintes:
- Uma genuína chamada divina para o ministério;
- Um certo preparo e experiência para o pastorado;
- Uma disposição de fazer o melhor com a ajuda de Deus.
c) O sustento: não é a principal coisa. Mas deve ser o suficiente para exercer o ministério
com tempo integral. Há os que trabalham com tempo parcial e outros sem receber qualquer
auxílio de Igreja.
d) A duração: depende da direção de Deus e não dos nossos interesses.
e) A sucessão: o pastor que deixa a Igreja para outro, deve cuidar para que haja um
ambiente favorável para o seu sucessor. Tudo deve estar em ordem. Uma vez ausente do

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trabalho, deve evitar, críticas ou intervenções ao trabalho do outro. Tudo fazer para o bem da
obra de Deus.

Uma Boa Transição Pastoral

Gostaria de sugerir algo que poderia ser feito para ajudar numa boa transição pastoral.
Não é possível, naturalmente, esgotar aqui o assunto, mas creio que as idéias relacionadas a
seguir poderão ser de ajuda inestimável a todos pastores ou presbíteros.

Ser Humilde: a humildade é uma das virtudes mais apreciadas no ser humano,
principalmente no cristão. Ser humilde é seguir os passos de Jesus Cristo, viver como ele viveu,
ser o que ele foi. Em matéria de ministério, o exemplo de Cristo nos serve de plataforma de
trabalho. Em Filipenses 2:5-8 o apóstolo Paulo nos ensina o segredo do nosso Senhor. Jesus era
rico e como tinha uma missão a cumprir, uma mensagem a ser comunicada à raça humana, ele
se faz pobre assumindo a forma de homem e entre os humanos ele se torna servo. O propósito
de sua humilhação foi para “apresentar, a igreja a si mesmo, como gloriosa, sem mácula, nem
ruga, nem cousa semelhante, porém, santa e sem defeito” (Efésios 5:27). Cristo sabia que não
poderia atingir o coração da humanidade se ele não se encarnasse no seu meio. Ele desceu, se
horizontalizou, para depois subir e na sua eleveção, ele levou a igreja a atingir o estágio
planejado pelo Pai.

Semelhantemente os pastores. Não vamos negar que os pastores de uma maneira geral
sabem mais do que a maioria dos crentes. Ele estudou teologia. Está atualizado com o mundo
eclesiástico. Este pastor deve ter como alvo em seu pastorado levar a igreja a conhecer o que ele
conhece, levar a igreja a atingir o nível em que ele está. Para que isto venha acontecer, ele deve
seguir o modelo de Cristo. Inicialmente deve descer ao nível do povo. Pregar mensagens que o
povo entenda, realizar programas mais simples. Caminhar horizontalmente com o povo e aos
poucos iniciar o estágio de elevação, o estágio do crescimento, do nível de conhecimento bíblico.
Assim fazendo, e lembrando que no ponto de vista ético, a igreja é povo, o ministro cresce junto
com ela, ganha o seu respeito, não por causa da sua autoridade formal, a posição que ocupa,
mas por causa do seu amor pelo povo e o seu compromisso com eles.

Não Desenvolver a Síndrome do Cavaleiro Solitário: um dia um professor chamou à


atenção para o final destes filmes de faroeste americanos. Note, disse ele, que o herói do filme
sempre fica só. Depois de concluir a sua missão, ele deixa a moça no rancho e parte para mais
uma aventura. Ele tem medo de se relacionar, de permanecer no convívio com os outros. Muitos
pastores são cavaleiros solitários em seus pastorados. São almas infelizes que podem ajudar a
todos na igreja, resolver o problema amoroso de um casal que está para se separar, ajudar
alguém a procura de emprego, aconselhar a moça que pretende casar. Ele ajuda a todos, mas
não tem ninguém que o ajude.

Em uma nova igreja, o pastor deveria ter amigos. A sua família deveria ter uma ou mais
famílias para conviver, para ter momentos juntos. Os primeiros amigos do pastor deveriam ser
os seus líderes na igreja. Notamos sempre que existe um distanciamento muito grande entre o
pastor e os seus obreiros leigos ou formados. Procure, portanto, uma aproximação com os seus
líderes, tenha momentos em que a discussão não seja algum problema da igreja, tenha
momentos de frequentar uma sorveteria para juntos desenvolverem um relacionamento
amigável e cristão. Lembre-se: Jesus andou com os seus discípulos.

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Valorize o Ministério dos Outros: não existe algo mais desanimador para uma igreja do
que ter um pastor que não dê espaço para que seus membros possam colocar seus dons e
ministérios em ação. Há muitos pastores que são pessoas tremendamente frustradas em suas
realizações e que desenvolvem um sentimento de profunda baixa estima. São inseguros ao
extremo e pensam que todos estão querendo roubar a glória do seu ministério. Se alguém na
igreja realiza algo que é um sucesso, aquele pastor acha que os outros vão achar que ele não é
tão importante assim. As pessoas não vão elogiá-lo. A sua glória será repartida com outro.

O pastor tem que entender que o sucesso de todos na comunidade eclesiástica está em
direta proporção ao sucesso do seu ministério e consequentemente a sua permanência naquela
igreja. Assim sendo, e lembrando-se bem da regra ética que bons ou maus pastores sempre
deixam bons ou maus amigos, cortar ou limitar o ministério dos outros é um suicídio ministerial
tão certo como o nascer do sol a cada dia.

Encontrar os Agentes de Mudanças: cada igreja, independente do tamanho, tem aquelas


pessoas que nós chamamos de agentes de mudanças. Estas são aquelas pessoas que já estão
bem integradas na comunidade, elas são do meio, pertencem àquele povo e, portanto, são
ouvidas e respeitadas pelo que dizem. A tarefa do pastor é descobrir quem são os agentes de
mudanças ou anciãos em sua nova igreja e, através deles, implantar, quem sabe, uma nova
filosofia de ministério, uma idéia mais avançada, um programa essencial de administração
eclesiástica dinâmica.

As vantagens em ter estes agentes de mudanças ao lado do pastor são inumeráveis. Estas
pessoas não precisam provar para a comunidade que elas são confiáveis, elas não precisam de
tempo para provar o compromisso delas com a igreja. Estas pessoas são as formadoras de
opinião dentro da igreja. O pastor faria muito bem em gastar um tempo para descobrir quem
naquela igreja exerce tal papel e realizar com estas pessoas um programa de discipulado e
ganhá-las para a sua nobre causa. O contrário, também, é verdade, quando estas pessoas não
forem ouvidas ou respeitadas – o pastor pode ter a mais absoluta certeza de que saberá quando
isto ocorreu.

Cultura eclesiástica é muito mais importante do que pensamos. Devemos gastar tempo em
estudar as nossas igrejas, conhecer bem a sua história, não só da denominação, mas
principalmente da igreja local. Nos corredores das escolas bíblicas há a seguinte estória sobre
um pastor: assumindo uma igreja, o colega que saiu entregou ao que chegava três envelopes
fechados. Disse que o novo pastor deveria abri-los quando tivesse a primeira crise. Os primeiros
meses de pastorado foram uma beleza, o pastor era bom, pregava bem, visitador e um excelente
comunicador. Surge então a primeira crise. Ele abre o primeiro envelope e recebe a seguinte
orientação: critique o pastor anterior como o culpado da crise. Assim ele o fez e tudo se
normalizou. Na segunda crise, ele abre o outro envelope e lê: invente um programa novo e gere
entusiasmo. Segue-se mais um período de tranquilidade. Surge inevitavelmente a terceira crise e
lá vai nosso pastor abrir o terceiro envelope para consternado ler o seguinte conselho: prepare
mais três envelopes, ou seja: a lua-de-mel acabou, e ele tem de aceitar que a igreja sempre fica e
o pastor sempre parte!

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O OBREIRO E SUA FAMÍLIA

Ser obreiro do Senhor é a tarefa mais gloriosa na face da Terra. Além dos galardões a que
todo crente tem direito, é previsto um, específico para o obreiro: A coroa de glória (1 Pe 5.2-4).
Por outro lado, é a tarefa mais pesada, mais incompreendida e a que exige mais
responsabilidade diante de Deus. Ele precisa ser exemplo do rebanho (1 Pe 5.3), exemplo dos
fiéis (1 Tm 4.12).

I. O OBREIRO: UM CONTRADITADO

Perante as pessoas, mesmo na igreja, é difícil ser obreiro. Certo artigo, de autoria
desconhecida diz: "Se o pastor é ativo, é ambicioso; se é calmo, é preguiçoso; se o pastor é
exigente, é intolerante. Se não exige, é displicente. Se fica com os jovens, é imaturo. Se fica com
os adultos, é antiquado. Se procura atualizar-se, é mundano. Se não se atualiza, é de mente
fechada. Se prega muito, é prolixo, cansativo. Se prega pouco, é que não tem mensagem. Se se
veste bem, é vaidoso. Se se veste mal, é relaxado. Se o pastor sorri, é irreverente. Se não sorri, é
cara dura". O que o pastor fizer, alguém pensa que faria melhor.

II. AS QUALIDADES DO OBREIRO E A FAMÍLIA

Na lista de nada menos de 16 qualificações que se exigem para um obreiro (Bispo, Pastor,
Presbítero), conforme 1 Tm 3.1-7, temos destaque para o relacionamento familiar: "marido de
uma mulher...que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a
modéstia; porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de
Deus?". Nas qualificações previstas para o presbítero, temos igual referência (Tt 1.6). Se
ponderarmos, veremos que há um peso muito forte das qualidades familiares no meio das listas
de qualificações para ser obreiro.

III. O OBREIRO E O RELACIONAMENTO FAMILIAR

A) O OBREIRO COMO ESPOSO


O ministério não dispensa o obreiro dos deveres de esposo. Como tal, ele deve agir da
melhor maneira possível. Nenhuma outra atividade exige da família identificação com o trabalho
do esposo como a atividade de obreiro.

Como o obreiro pode (e deve) comportar-se como esposo?

1) Amando a esposa. (Ef 5.25-29).

Isso exige demonstrações práticas de carinho, de afeto. (Pv 31.29; Ct 4.1; 1.16), através de
palavras, gestos (cf. 1 Jo 3.18). Para muitos, as expressões "eu te amo", "gosto de você" e outras
são coisas do passado. Sem essas pequenas coisas, o casamento do obreiro torna-se azedo, sem
graça, e pode abrir brecha para a ação do inimigo.

2)Comunicando-se com a esposa.

a) TEMPO PARA A ESPOSA. O obreiro precisa dar tempo para conversar com a esposa; ter
diálogo com ela: saber ouvir (Tg 1.19; Pv 18.23).

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b) Pensar antes de falar (Pv 21.23). Só falar a verdade (Ef 4.15,25).
c) Desenvolver a Comunicação Significativa. Evitar a comunicação rotineira. Não responder
com raiva (Pv 14.29). Não dá silêncio como resposta: é pirraça; não é para crente. Evitar
aborrecer (Pv 10.19).
d) Quando errar, PEDIR PERDÃO.(Tg 5.16). PERDOAR (Cl 3.13; 1 Pe 4.8). Não discutir em
público. Não discutir diante dos filhos.

3) Zelando pela esposa (Ef 5.29)

Há obreiros que só querem zelo para si.

4) União com a esposa (1 Co 1.10)

5) Cuidar da parte sexual (1 Co 7.3,5).

É importante para o equilíbrio espiritual, emocional e físico do obreiro e sua esposa.


Quando o casal não vive bem nessa parte, o diabo procura prejudicar o relacionamento, a fim de
destruir o ministério e a família.

6) Honrando a esposa (1 Pe 3.7)

Há obreiros que se envergonham de suas esposas. Isso não é de Deus.

7) Compreendendo seu papel de líder no lar. (Ef 5.22; 1 Co 11.3)

É a liderança fundada no amor, "NO SENHOR", e não no autoritarismo. Deve ser exemplo
para os lares.

b) O OBREIRO E SEUS FILHOS

1) Vantagens de ser filho de obreiro:

Estão debaixo das bênçãos do ministério do pai. É preciso, no entanto, que os pais ensinem
que os filhos dos pastores não devem ter privilégios na igreja. Há jovens que se prevalecem da
condição de filhos de pastor para cometerem abusos, irreverência. Por vezes, o pai "passa a mão
por cima". Isso é ruim.

2) Desvantagens de ser filho de obreiro:

Dos filhos do obreiro se exige mais do que dos filhos dos outros; são muito olhados; parece
que são mais tentados! Daí, a importância da atenção aos filhos.

3) Ataques do inimigo:

a) Comportamento dúbio do pai:


Na igreja é um santo; em casa, neurastênico, violento, sem amor. Isso destrói o lar.
Exemplo da família do pastor que quis mudar-se para a igreja.

b) Escândalos na vida do obreiro:


Assassina a confiança dos filhos.

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c) Escândalos na vida dos crentes:
Os filhos duvidam da fé, da igreja.

d) Ingratidão da igreja:
Tratamento injusto ao obreiro; mau salário; humilhações.

4) RELACIONAMENTO COM OS FILHOS:

Deve ser o que de todo pai cristão.(Ao lado da esposa).

a) Afeto. (Fp 2.1,2; Sl 2.12; Os 11.1a,4a);

b) Cuidados espirituais. (Dt 11.18-21; Ef 6.4). O culto doméstico é indispensável.


c) Cuidados gerais: Alimento, educação, saúde e demais necessidades.
d) Comunicação: É preciso dar tempo para conversar com os filhos. Não provocá-los à ira
(Ef 6.4); não irritá-los (Cl 3.21). PEDIR PERDÃO, quando errar.
e) Disciplina (Hb 12.7; Pv 19.18). Ver Jr 31.20.

14
VISITAÇÃO PASTORAL

Grande parte de nosso trabalho pastoral é feito na visitação. Daí, a importância de


zelarmos pela maneira como este trabalho se desenvolve. Uma visita, quando bem dirigida, pode
realizar muito mais que uma pregação. É mais pessoal, direta, e na intimidade de um lar, em
um ambiente que até certo ponto podemos tornar mais eficiente; é mais restrito e podemos
torná-lo de inspiração. Uma pregação pode ser esquecida, mas jamais será esquecida uma
visita, oportuna e objetiva, bem dirigida.

1.CARACTERÍSTICAS DA BOA VISITAÇÃO

1.1. A hora adequada - O pastor, por mais confiança que goze num lar, nem por isso vai
deixar de observar certos cuidados: Ex: deve evitar chegar a hora de refeição, salvo se for
convidado, antecipadamente. Chegar de improviso pode deixar a dona de casa embaraçada. “Os
de casa poderão insistir com você para que almoce com eles, mas no íntimo desejariam que você
não tivesse chegado exatamente na hora do almoço”. (O Jovem Pastor, pág. 88). Também é bom
observar a hora de repouso da família; exceto por motivos especiais, se a visita ocorrer à noite,
chega-se não depois das 20horas.
1.2. A duração - A visita pastoral precisa ser objetiva. Prolongar demais uma visita, além de
torná-la cansativa, tende à condução para conversa ociosa e leviana. Deve a visita ser encerrada
tão logo alcance a mesma o seu objetivo, construtivo e espiritual. Em termos de uma visita em
cidade, esta não deve exceder de uma hora, a não ser que se revista de caráter especial. Se a
visita ocorre em hospital, não é bom que ultrapasse de trinta minutos. Observe as horas de
visita.
1.3. A finalidade - A visita precisa ter um alvo: - conforto, edificação, encorajamento,
socorro, oração por enfermo; aproximação dos filhos; conhecer melhor a família para melhor
orientar a ajuda espiritual. Visita sem alvo para “bate-papo”, não é visita pastoral. A família deve
respeitar aquele momento: é o pastor que chegou, ou a missionária que chegou! Sua visita não é
uma coisa comum, tem em si uma finalidade útil. Uma vez no lar, e se for necessário, procure
conhecer o nome das pessoas, mesmo das crianças e chame-as pelo nome. Nada de “oi, você aí”,
etc. No ambiente do lar, não se imponha. Você é hospede. Se encontrou a TV ligado, não mande
desligá-lo, especialmente, se nem todos da família são crentes. Convém que lembremos
exemplos bíblicos de visitação, tais como:
a) O Senhor Jesus em casa de Marta, de Maria e seu irmão Lázaro. (Lc 10).
b) A visita de Paulo ao pai de Publio, na Ilha de Malta (At 28.7-10) e o que produziu:
1. Cura de enfermos
2. Divulgação e promoção do Reino de Deus.
3. Estima e prestigio para a Causa.

Uma boa visitação deixa uma porta aberta para voltarmos outra vez. A família deve guardar
boa lembrança dos momentos que teve o pastor no lar.

2. ALGUMAS SUGESTÕES PRÁTICAS

2.1. Se possível, marcar o dia e a hora que melhor atenda a família a ser visitada. É bom
manter-se pontual. A pontualidade sempre produz boa impressão.
2.2. Não chegar em casas onde a esposa se encontra sozinha. Se houver um recado a
deixar, deixe-o à porta, sem entrar. Se a visita é de uma missionária ou uma evangelista, esse
cuidado, é obvio, cessa, mas permanece o de ver a hora mais oportuna, para não atrapalhar a
dona de casa nos seus afazeres, salvo se vier para ajudar. Em se tratando do pastor, sua visita é
muito mais apreciada e proveitosa, quando a família está reunida.

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2.3. No curso as visita, é bom manter-se discreto, sem querer, por sua curiosidade,
conhecer logo todo o quadro familiar da primeira vez. Se fizer muitas perguntas à família, e já
tentando dar a resposta, o pastor ver-se-á, frequentemente, em situações de embaraço.
2.4. Em caso de ausência, é bom deixar embaixo da porta uma breve mensagem: Ex.:
“Saudações, um versículo, assinatura, data e hora”. (Há cartões impressos, especiais para
visitas, ou pode-se mandar imprimir, com a desvantagem de se tornar muito usado e comum). É
bom usar um folheto ou uma porção bíblica, como a produzidas pela SBB.
2.5. Mantenha um REGISTRO DE VISITAS para o seu controle; isto evitará que você, por
falta de anotações, dê maior carga de visitas a certo grupo se membros, em detrimento de
outros, o que não é recomendável. Outra sugestão pode ainda ser FICHA DE REGISTRO DE
VISITAS, nominal, tendo assim cada membro a sua ficha de visitas, para o controle do pastor,
arquivadas na Igreja.

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O PASTOR E AS RELAÇÕES ECONÔMICAS

Dedicaremos espaço às questões econômicas, por serem bastante sensíveis na vida do


pastor. Consideramos que este estudo poderá nos ajudar a descobrirmos maneiras mais
acertadas de conduzir esta administração:

1. O Dinheiro Emprestado (...”e o que toma emprestado é servo do que empresta”. Pv 22.7)

É uma grande virtude do pastor, essa que se manifesta na maneira de dirigir sua economia
de tal forma, que não tome dinheiro emprestado, especialmente de membros de sua Igreja ou de
outros irmãos. O pastor, mesmo que tenha muitos dons e seja capaz de realizar com sucesso a
sua carreira, perderá seu nível, sua recomendação e sua força no trato com os membros, se ficar
dependente destes, por causa de empréstimos. M. A. Souza, em seu livro O PASTOR, afirma:
“Nunca é sábio contrair dívidas com membros da própria Igreja. Um pastor preso na gaveta de
qualquer irmão da Igreja, e preso de modo que não possa libertar, estará sem força moral para
exortar os descansados nessa fase de vida cristã” (pg.43)

2. A Prestação de Contas à Igreja ou à Tesouraria (Pv 22.29)

É péssima a impressão causada pela falta de prestação de contas, mesmo que não haja má
fé. A negligência nesse sentido já em si é traço que não recomenda um pastor. O pastor deve ser
zeloso, disciplinado em toda e qualquer prestação de contas. Toda a operação que o pastor
realize com dinheiro da Igreja, deve ser comprovada. Se houver troco, este não pode ser tomado
por empréstimo. A confiança em um pastor, quanto ao trato de dinheiro que lhe é confiado é tão
sensível quanto a uma peça de fino cristal. E, uma vez “trincada”, é irrecuperável.

3. Fiança (Pv 11.15; 17.18 e 22.26-27)

Embora a recomendação constante dos textos seja para todos, em geral, cumpre ao pastor
ser vigilante nesta parte e não se tornar fiador. Se o pastor ficar por fiador de uma pessoa na
Igreja e não de outra, poderá ser esse seu gesto encarado como discriminatório; ser fiador de
todos não seria possível. Amparado por tão forte recomendação bíblica e pelas razões acima, o
melhor que o pastor fará é não se tornar fiador.

4. Os presentes (... “todos são amigos do que dá presentes”. (Pv 19.6b)

Há nos presentes, algo de sutil; precisamos cuidar que não nos deixemos envolver pelo que
dá presentes; pode haver até um teor de suborno e por trás dos presentes uma intenção não
declarada. Vigiemos!

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CARACTERÍSTICAS DO PASTORADO

Hebreus 5.1-4

I. HUMANIDADE

“...tomado dentre os homens...”


A. Pastor não é um “anjo” (anjo da igreja)
B. Não é um super homem – um semideus
C. É um ser humano
1. Com os mesmos defeitos
2. Com as mesmas fraquezas
3. Sujeito as mesmas paixões
4. Possui limitações humanas
a. Físicas
b. Espirituais
c. Emocionais

II. OFÍCIO

“...é constituído a favor dos homens nas coisas concernentes a Deus, para oferecer tanto
dons, como sacrifícios pelos pecados...”

A. Constituído a favor dos homens


1. O pastor abraça os homens e briga com Deus (Abraão, Moisés)
2. Não é seu ofício brigar com homens e abraçar a Deus
3. Ele luta com Deus por causa do seu rebanho
B. Concernentes a Deus
1. A praia do pastor são as coisas teofânicas
a. Não é um historiador, não dá aula de geografia bíblica, de sociologia
b. Não é um animador de auditório, promotor de entretenimentos religiosos
2. O pastor conhece a Deus e entende profundamente das coisas divinas
a. Por experiência própria
b. Vive intensamente o que prega, por isso pode pregar
3. Leva o povo a conhecer a Deus e a se relacionar com ele
C. Leva a igreja a descobrir seus dons
1. Interessa-se pelo crescimento e desenvolvimento das ovelhas
2. Sabe que Deus capacitou pessoas que fazem parte de seu rebanho
3. Descobre e treina essas pessoas ajudando-as a desenvolverem seus
ministérios
D. Prega contra o pecado
1. Não está ali apenas para pregar bênçãos e prosperidade
2. Ama o pecador mas não tolera o pecado
3. Denuncia o pecado, mostra o erro, indica o caminho certo

III. O SENTIMENTO DO PASTOR

“...ele pode compadecer-se...”


A. Não é insensível
1. Ele chora, sofre, se compadece
2. Não é um profissional, um mercenário, ele faz por amor
B. Ama e conhece cada ovelha

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1. Apesar de suas fraquezas... faz tudo para recuperá-las, para deixá-las
saudáveis
2. Não interessa-se apenas pela lã e pela carne das ovelhas (“não permita que
saiam enquanto estão entregando o dízimo...”)
C. Não é o policial severo, o investigador criminal...
1. Entende que sua missão é apascentar
2. Não é promotor de justiça, juiz ou carrasco... é o amoroso apascentador

IV. A VIDA PESSOAL DO PASTOR

“... pois ele mesmo está rodeado de fraqueza. E, por esse motivo, deve ele, tanto pelo povo
como por si mesmo, fazer oferta pelos pecados...”

A. Reconhece suas limitações frente aos inúmeros desafios e responsabilidades


pessoais e ministeriais
B. Enfrenta o dilema de ser pastor, esposo, pai e representante da comunidade
1. Não pode descuidar da esposa – bom marido, amigo, amante, companheiro,
pastor
2. Não pode descuidar dos filhos – pai amoroso e presente, amigo, mestre,
pastor
3. Não pode descuidar da comunidade – representante da igreja perante a
sociedade
4. Não pode descuidar do pastorado – tem que ser pastor
C. Busca alimento na palavra, não apenas para o rebanho, mas primeiramente para si
próprio – Bíblia não é ferramenta de trabalho
D. Ora por sim mesmo, antes de interceder, precisa ter uma vida de oração

V. A CONVICÇÃO DO PASTOR

“... chamado por Deus...”


A. Sabe que Deus o chamou
1. Não entrou no ministério por vontade própria
2. Não escolheu a “carreira ministerial”
3. Não foi apenas influenciado por outras pessoas
4. Provavelmente tentou fugir do chamado
B. Tem a profunda convicção que foi escolhido por Deus
1. Sem essa convicção não existe pastorado bem sucedido
2. Sem essa convicção não se resiste às pressões do ministério
3. Sem essa convicção perde-se o temor devido ao Senhor
4. Sem essa convicção cresce o orgulho, a vaidade, a auto glorificação
5. Sem essa convicção corre-se o risco de tiranizar o rebanho achando que lhe
pertence

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PERFIL BÍBLICO DO PASTOR

Atos 20.28-32

Pastor - é o termo de ternura que designa a tarefa do ministro de apascentar, de pastorear,


a qual exige afetividade, renúncia e amor.
O termo pastor denota a habilidade do ministro nos cuidados pastorais, na qual ele cuida
de alimentar espiritualmente o rebanho, mostrando-se vigilante e deixando-se envolver em boas
obras e ações de misericórdia e compaixão.
O pastor deve ter como alvo o aperfeiçoamento dos cristãos, mostrando-se espiritualmente
alerta, sendo capaz de exortar, advertir, consolar e orientar com autoridade.

I. ANTES DE TUDO APASCENTADOR (I Pedro 5.1-4)

A. Cuida do rebanho
1. Alimenta com a Palavra
a. Mensagens verdadeiramente bíblicas, profundas, que alimentam, que
edificam
b. Não fica promovendo entretenimento, animando auditório ou contando
histórias
c. Tira da Palavra o alimento que sustenta
2. Refuta quaisquer heresias e mensagens contrárias a palavra de Deus produzidas
pelo próprio rebanho
B. Confronta com carinho
C. Seu ministério deve buscar a paz e a harmonia no meio do rebanho
D. Profundo conhecedor de ovelhas
a. Conhece a natureza da ovelha
1. Teimosas, obstinadas
2. Inconstantes, volúveis
3. Dependentes e indefesas
4. Medrosas, facilmente entram em pânico
b. Sensível observador de ovelhas
1. Está sempre atento a comportamento de violência ou pânico no meio do
rebanho
2. Reconhece imediatamente qualquer comportamento anormal no rebanho
3. Uma das coisas mais difíceis de identificar num rebanho são os lobos
a. Primeiramente não se pode ser um caçador, mas um apascentador,
um guarda
b. Para se identificar um lobo precisa-se conhecer profundamente as
ovelhas
c. É preciso cuidado e discernimento, aliados à experiência no pastorado

II. CORAJOSAMENTE PROTETOR (Atos 13.6-12; Gálatas 1.6-9)

A. Não ter medo de enfrentar o perigo para proteger suas ovelhas


1. Não ter medo de se expor, de “dar a cara prá bater”, de se arriscar
2. Enfrentar e confrontar o erro, as heresias, os ataques satânicos
B. Enfrentar firme e decididamente os lobos que querem devorar o rebanho
1. Os sectários e hereges que sorrateiramente rondam nossas igrejas e ovelhas
2. O mundanismo
3. Os ataques satânicos através de fofocas, intrigas ou opressão espiritual
direta

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C. Enfrentar o inimigo numa batalha espiritual pela vida de suas ovelhas

III. INTEGRALMENTE CONFORTADOR (I Tessalonicenses 3.1-5; Lucas 24.32)

A. Sua vida e palavras devem levar alento ao coração ferido e direção ao desanimado
B. É nos momentos de tristezas e pranto que o ministério pastoral mais se realça
1. Estar ao lado da ovelha e sofrer com ela sua dor (empatia)
2. Carregar a cansada no colo
3. Colocar bálsamo na ferida e fazer todo esforço possível para vê-la curada
C. O pastor deve saber ouvir suas ovelhas e não apenas falar
D. Há momentos em que a simples presença do pastor já basta para trazer conforto
E. Deve ter uma palavra de conforto, de alívio, de orientação para entregar à ovelha

IV. IRREMEDIÁVELMENTE DISCIPLINADOR (I Coríntios 5.1-6; Gálatas 2.11-14)


A. Deve disciplinar a ovelha rebelde
1. Não leva as questões para o nível pessoal – briga com atitudes e idéias, não
com pessoas
2. Confronta com firmeza, mas com brandura
3. Não é espancador, mas às vezes precisa tomar medidas severas - quebrar a
perna da fujona às vezes é a única maneira de salvá-la
4. Não disciplina com alegria, mas nem acha vantajoso ser um “disciplinador”
B. Ensina o caminho à perdida
1. Mostra os perigos de permanecer no erro
2. Orienta biblicamente sobre o caminho a ser seguido
C. Perder esse perfil é permitir a dispersão do rebanho, exagerar nele é causar a
dispersão

V. A TODO TEMPO EDUCADOR (I Timóteo 4.6, 11, 13, 16; 4.2)

A. Traz sempre os ensinos bíblicos na mente e no coração e compartilha com seu


rebanho
B. Busca nas coisas simples da vida a tradução das coisas de Deus
1. Não precisa ser um expert em grego, hebraico, filosofia, psicologia, etc...
2. Apresenta um ensino prático, contextualizado e relevante
3. Não perde nenhuma oportunidade de ensinar, mas sem aparentar uma
espiritualidade farisaica
C. Através do ensino leva o rebanho à maturidade enquanto treina outro líderes e
pastores

VI. INCANSAVELMENTE INTERCESSOR (Efésios 1.16; I Samuel 12.23)

A. A melhor posição pastoral é de joelhos


B. A todo tempo deve lembrar do rebanho e apresentá-lo diante do Senhor
1. Orar diariamente por suas ovelhas
2. Conhecer cada uma delas e suas necessidades e interceder constantemente
por elas.
3. Orar mais intensamente por aquelas que estão passando momentos de crise
em suas vidas.
C. O sucesso no ministério pastoral depende em muito da vida de oração e
intercessão do próprio pastor
D. Muitas situações difíceis seriam evitadas se o pastor orasse mais por suas ovelhas.

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O que garante o sucesso não é o nível acadêmico da instituição na qual o pastor se formou,
ou sua capacidade intelectual nem seu carisma. Os seminários e faculdades formam teólogos,
as igrejas precisam de pastores. O que garante o sucesso e a aprovação divina no ministério é
desenvolver na vida o perfil traçado pela Palavra de Deus para o pastor.

CRISES DO MINISTÉRIO PASTORAL

II Coríntios 6.4-10

O ministério é feito de crises. Existem momentos de descanso, de refrigério, mas, por sua
própria natureza, o ministério pastoral é uma carreira de crises.
As crises são muitas e constantes. As principais são:

I. PERDA DE AUTO ESTIMA – I Coríntios 4.9-13

A. Muito trabalho
1. Apesar de não precisar cumprir um horário definido o pastor trabalha muito
2. Todos os dias precisa fazer alguma coisa
a. Visitas
b. Aconselhamento
c. Oração por enfermos
d. Serviços administrativos
e. Direção de cultos
f. Pregações e estudos
g. Etc.
B. Pouco reconhecimento
1. Poucas palavras de gratidão
2. Pouca solidariedade e mínima ajuda
3. Poucas pessoas vêem as atividades ministeriais como trabalho
4. A maioria dos crentes acham que os pastores ganham muito e fazem pouco
5. Há uma cobrança demasiada por mais resultados enquanto poucos estão
dispostos a cooperar
C. Normalmente o pastor se esforço ao máximo para atender as expectativas da igreja
1. Quando não consegue sente-se frustrado
2. Sua auto estima diminui
3. Fica se cobrando e se culpando por não atender ao ministério como acha
que devia

II. DEPRESSÃO – I Reis 19.3-4

A. As pressões e crises do ministério cobram um alto tributo


1. Se não tiver muito equilíbrio emocional o pastor pode sucumbir
2. As cobranças a baixa auto estima, o medo de fracassar, aliadas ao desgaste
físico, podem causar depressão
B. Depressão não é pecado, não é possessão demoníaca, e também atinge pastores
C. O pastor exerce uma atividade de perplexidade:
1. Casamento e culto fúnebre
2. Apresentação de criança e aconselhamento com casal a beira do divórcio

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3. Um culto abençoado e festivo, uma reunião administrativa tensa e cheia de
problemas
4. A conversão de uma pessoa, o chamado para expulsar um demônio
5. A alegria com o membro que foi promovido e a tristeza como que foi demitido
6. Seu ministério é cheio de altos e baixos emocionais
7. O pastor nunca sabe o que irá acontecer ou ter que encontrar no momento
seguinte

III. PERDA DE IDENTIDADE –Amós 7.12-16

A. Deixa de ser uma pessoa para tornar-se um título


1. Precisa sempre representar o papel de pastor
2. Não pode mais ser gente, ser chamado pelo primeiro nome
3. É sempre o centro das atenções e tem que reprimir-se
B. No exercício do ministério precisa exercer muitos papéis
1. Pastor e psicólogo
2. Ministro e advogado
3. Pregador e pedagogo
4. Zelador
5. Serviços gerais
6. Pedreiro, carpinteiro, pintor
7. Motorista particular
8. Assistente social
9. Pai
C. O pastor muitas vezes sente saudades de quando era um crente comum, mas sabia
exatamente quem era

IV. AUSÊNCIA DE UMA TEOLOGIA PASTORAL – II Timóteo 3.10

A. Qual é nosso modelo? Qual nosso paradigma, nosso referencial?


1. Tele-pregadores
2. Bispos, apóstolos
B. Há pastores querendo (e construindo) impérios
1. Igrejas grandes
2. Salários altíssimos
3. Carro de luxo e do ano
4. Escritório luxuoso
5. Cercado de auxiliares, assessores e obreiros
6. Quase inacessível
C. Pastores Estrelas
1. Pastores cantores
2. Pastores políticos
3. Pastores e, busca de fama, de reconhecimento
4. Pastores de congressos, de eventos de multidões – nem todo bom pregador é
um bom pastor
D. Falta uma Teologia Pastoral séria
1. Bíblica
2. Equilibrada
3. Verdadeiramente pastoral

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V. BASES MINISTERIAIS SECULARES – Colossenses 2.8

A. As qualificações sociológicas, psicológicas e acadêmicas reduzem o ministério pastoral


a uma questão de capacidade humana
1. O Diploma – a instituição de ensino conta muito – vale mais do que a
experiência
2. As habilidades, os dons naturais pesam na hora da escolha ou da
permanência
3. Uma pós-graduação ou um Mestrado tornam-se motivo de orgulho pessoal e
do rebanho
B. As faculdades estão formando teólogos, mas as igrejas precisam de pastores
1. Há uma carência de verdadeiros pastores
2. A preocupação com a excelência acadêmica sufoca a vocação e a
espiritualidade
3. Professores de excelente nível acadêmico, mas que não servem de referencial
por seu cristianismo raso, superficial ou profissional
4. Ausência da prática ministerial ou de estágios verdadeiros
5. Disciplinas que exigem intelectualmente mas que pouco acrescentam ao
ministério
C. Muitas vezes a excelência acadêmica sufoca o fervor espiritual e a unção na vida do
pastor
1. Todos os livros possíveis não substituem a Bíblia
2. O conhecimento não supera a vida de oração
3. A erudição não substitui a comunhão com Deus
4. Diplomas não substituem o coração de pastor
5. Ministério é instituição divina e é exercido espiritualmente

As crises virão. O que fazer? Fugir é impossível. Precisamos enfrentá-las e crescer através
delas.

Perda de auto estima:


⇒ Saiba que não é possível agradar a todos, nem Jesus conseguiu
⇒ Procure agradar a Deus desempenhando o ministério com fidelidade
⇒ Saiba que mesmo que todos se voltarem contra você, o Senhor continua te
amando e jamais te desamparará (Sl 27.10)

Depressão:
⇒ Procure ter uma vida regrada em termos de alimentação e repouso
⇒ Não sacrifique sua folga semanal e muito menos suas férias
⇒ Pratique alguma atividade física regularmente
⇒ Procure desenvolver algum tipo de interesse que nada tenha a ver com
ministério – criação de algum animal, jardinagem, horticultura, coleções diversas, etc.

Perda de identidade:
⇒ Seja você mesmo, cultive a autenticidade
⇒ Você não é, nem precisa ser, pau-prá-toda-obra, delegue responsabilidades
⇒ Se você tiver pessoas capacitadas, reconheça-as e use-as no ministério
⇒ Especialize-se em ser um bom pastor
⇒ Jamais esqueça que antes de ser um título você é um ser humano
⇒ Tenha amigos com os quais você possa ser você mesmo e que te chamem
pelo nome

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Ausência de uma Teologia Pastoral:
⇒ Exerça o ministério pastoral de acordo com o padrão bíblico
⇒ Estude, medite, pratique os princípios bíblicos para o ministério
⇒ Procure algum homem de Deus, sério, equilibrado, maduro para servir de
referencial
⇒ Você não foi chamado para ser estrela, para brilhar, mas para refletir Cristo

Bases ministeriais seculares:


⇒ Você pode e deve estudar, crescer, se aperfeiçoar
⇒ Decida ser um homem da Palavra e de oração
⇒ Peça insistentemente ao senhor que lhe conceda um coração de pastor
⇒ Busque a unção e a santidade acima da capacitação acadêmica – isso só
acontece com uma vida aos pés do Sumo Pastor

Não fuja da crise, cresça através dela! Use as crises ministeriais como aliadas no
crescimento, no amadurecimento e não as trate como adversárias ou ataques diabólicos.

As crises são inevitáveis, mas você pode usá-las como degraus ao invés de mortalhas.

O RETRATO DO PASTOR

I. O PRISIONEIRO DE CRISTO (Efésios 3.1; 4.1)

A Vocação do Pastor
A. Está preso, amarrado ao chamado divino
B. Não pode sair
1. Pode até tentar sair, mas dificilmente consegue
2. Se consegue sair torna-se um infeliz
C. Perde a liberdade de ir aonde quer
D. Prisioneiro não tem o que quer, mas o que necessita
1. Tem que renunciar a regalias e privilégios
2. Existem mais deveres do que direitos

II. SOLDADO DE CRISTO (II Timóteo 2.3)

A Rotina do Pastor
A. Disciplina rigorosa
1. Levanta cedo
2. Disciplina na oração
3. Disciplina na Palavra
4. Disciplina nos horários e compromissos
5. Disciplina na visitação
B. Prontidão
1. Não sabe quando vão precisar dele
2. Sempre alerta, sempre atento, sempre pronto
C. Equipado
1. Bem armado
2. Conhece profundamente seu armamento

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D. Corajoso
E. Em constantes lutas
1. Contra o inimigo
2. No meio de confrontos entre os membros da igreja

III. VASO DE BARRO (II Coríntios 4.7)

O Fardo do Pastor
A. Frágil, sem valor próprio
1. Se a igreja vai bem é o Senhor que está operando
2. Se a igreja vai mal é o pastor está em pecado...
3. Dificilmente se valoriza de forma adequada o ministério pastoral
B. O tesouro (o ministério, a Palavra, a unção divina) é que tem valor, o pastor não deve
pensar que ele é que é importante e que sem ele a obra não é realizada
C. O vaso é de barro para que Deus não tenha dificuldade na nem dó hora de quebrá-lo
D. Pastores de barro num mundo que esmaga potes

IV. MÃE (I Tessalonicenses 2.7)

O coração do Pastor
A. Afeto maternal
B. Proteção
C. Paciência
D. Tempo dedicado
E. Alimentação condizente
1. Leite para os recém-nascidos e pequeninos
2. Desmame e alimento sólido para os maiores

V. PAI (I Tessalonicenses 2.11)

A Mão do Pastor
A. Proteção
1. Protege dos outros irmãos
2. Protege dos de fora
B. Supridor
1. Conhece as necessidades dos filhos
2. Esforça-se para suprir cada uma delas
C. Auxílio
D. Correção
1. A Mão do Pai às vezes pode ser pesada
2. Sempre visa o bem e o amadurecimento do filho

VI. AGRICULTOR DE DEUS (I Coríntios 3.5,9)

O Zelo do Pastor
A. Não pode ser preguiçoso
1. O mato cresce
2. Passa o tempo da semeadura ou da colheita
3. Limpa, combate as pragas
4. É esforçado
B. Paciente, nada acontece da noite para o dia
C. Conhece as diferentes técnicas de aradura, semeadura e colheita

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D. Conhece o tempo
E. Perseverante – se não deu agora, inicia o processo de novo
D. Não deve ter muitas expectativas pois a chuva pode não vir ou vir em demasia

VII. EMBAIXADOR DE DEUS (Efésios 6.20; II Coríntios 5.20)

A Autoridade Pastoral
A. Representante de sua Pátria
1. Exerce sua função no exterior
2. Ajuda seus concidadãos em suas necessidades
3. Defende os interesses de seu país
B. Sabe se comportar adequadamente naquela cultura
1. Sem ofender
2. Sem precisar se misturar ou tornar-se um deles
3. Comportamento exemplar
C. Leva a cultura e os costumes de sua nação para outra
1. Onde está ou mora mostra que é diferente
2. O pastor como embaixador deve mostrar as coisas do céu
3. Fala uma linguagem diferente – sotaque do céu

RAZÕES PARA O ESTRESSE PASTORAL

I. ECONÔMICA

A. Pastores mal remunerados


1. Ganham pouco
a. Igrejas que não podem pagar mais
b. Igrejas que não reconhecem o real valor do pastor
2. Recebem parcelado
3. Salários atrasam
4. Não podem comprar bons livros, participar de eventos como seminários, simpósios,
etc.
5. Recebem muitas visitas o que implica sempre em gastos extras
B. Pressão financeira por parte da família
1. Filhos nem sempre podem ter o que precisam ou desejam
2. Dificilmente pode pagar um curso universitário
3. Nem sempre podem participar dos eventos denominacionais
4. Normalmente dependem da bondade ou da caridade dos irmãos
5. Raramente tiram férias e nem sempre podem viajar
C. Finanças da própria igreja
1. Contas, dívidas, salários
2. Missões, programa denominacional, construção, carro, equipamentos, etc.
3. Se prega sobre dinheiro é criticado, se não prega, entra pouco

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II. EMOCIONAL

A. Seus próprios dilemas


1. Conflitos interpessoais
2. Tentações
a. Dinheiro
b. Fama
c. Sexo
3. Lutas espirituais que afetam o emocional
a. Vontade de deixar o ministério, de largar tudo
b. Sensação de abandono
c. Depressão
B. O pastor carrega ainda um imenso fardo emocional – dos outros
1. Todos os conflitos e problemas de membros da igreja precisam ser resolvidos
por ele
a. Problemas conjugais
b. Marido não crente, alcoólatra.
c. Filho rebelde
d. Gravidez da filha
e. Problemas no trabalho
f. Brigas entre membros da igreja
g. Etc.
2. O pastor precisa ser solidário, empático, com todos, estar junto, sofrer junto.
C. O pastor é um ser solitário
1. Não tem com quem dividir sua carga emocional
2. Precisa manter um perfil de super homem, de inabalável.
a. Ninguém quer um pastor frágil, vulnerável.
b. Mesmo emocionalmente abalado precisa mostrar forças e continua sendo
cobrado
D. Essas situações geram um stress emocional imenso.

III. FAMILIAR

A. Esposa
1. Não tem nome – isso acaba machucando
2. É muito cobrada – mas não recebe salário
3. Tem que estar sempre presente, disponível e sorridente.
4. Precisa assumir muitos cargos, muitas funções na igreja e denominação.
5. Quando “explode” é sempre em cima do marido
B. Filhos
1. São cobrados de uma forma cruel e desumana
a. Não têm o direito de ser crianças
b. Precisam se portar como se fossem pastorzinhos
c. Eles não são responsáveis pelo ministério do pai e não tem culpa disso; não
devem sofrer as consequências desse ministério.
2. Vêem o pai se desdobrar pelos outros e por seus filhos, enquanto muitas
vezes se sentem sozinhos e abandonados com seus problemas.
3. Recebem toda sorte de informações e problemas dos outros através dos pais

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a. O pastor jamais deve compartilhar com os filhos, principalmente pequenos,
os problemas da igreja ou de seus membros.
b. Não conversar assuntos eclesiásticos à hora das refeições
4. Não imponha cargos ou ministério a seus filhos, nem deixe a igreja fazê-lo, é
Deus que chama.
C. Mudanças constantes
1. Não consegue criar raízes
2. Sempre enfrenta o stress de uma mudança e da adaptação
a. Às vezes é bom recomeçar, ter uma nova oportunidade, mas não se pode
passar a vida recomeçando.
b. Leva tempo até conquistar a confiança da igreja, estabelecer mudanças e
colher frutos e, por isso mesmo, o pastor dificilmente colhe frutos de sua visão
ministerial.
c. Isso gera desânimo, perde-se a visão, passa-se a fazer as coisas
mecanicamente

IV. IDENTIDADE

A. O pastor sempre tem que representar o papel de pastor


1. Cria-se um perfil no qual se engessa todos os pastores
2. O cargo, a denominação, acabam rotulando, estereotipando, o pastor
a. Pastor da Assembléia de Deus é assim
b. Pastor batista é tudo igual...
c. Pastores presbiterianos são sempre do mesmo jeito
d. Etc.
B. Ele não pode ser ele mesmo
1. Não tem direito à autenticidade
2. Não pode sentimentos e emoções
a. Alegria – isso inclui risos e brincadeiras
b. Tristezas – inclui lágrimas (lágrimas só no púlpito quando Deus está agindo)
c. Ira
d. Etc.
3. O ser humano é sufocado pelo cargo, pelo ministério, pela função pastoral.
a. Ele não é gente, é pastor.
b. Perde-se a identidade, a privacidade, as peculiaridades de ser humano.

ALGUMAS SUGESTÕES PARA AMENIZAR OU EVITAR O STRESS PASTORAL

1. Na área econômica
⇒ Se você tem família só aceite assumir pastorado de uma igreja que atenda suas
necessidades financeiras, a não ser que tenha uma clara direção de Deus
⇒ Procure viver sempre dentro de suas posses. Não tome dinheiro emprestado de
membros da igreja.
⇒ Se o que a igreja lhe oferece não é suficiente e ela não pode fazer mais, trabalhe
secularmente, mas não deixe sua família passar necessidade. Esse trabalho secular será
temporário se você realizar um bom pastorado.

2. Na área emocional
⇒ Reserve um dia da semana para o descanso e ensine a igreja a respeitá-lo. O
próprio Deus descansou depois de realizar seu trabalho na criação.
⇒ Desfrute sempre de suas férias. Não leve celular. Não vá a outras igrejas, não vá
para casa de parentes. Ensine a igreja a não ser dependente de você.

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⇒ Não leve os problemas do gabinete pastoral para dentro de casa.
⇒ Para que você seja um pastor realizado só aceite pastorear igrejas que tenha a “sua
cara”. Não assuma igrejas que nada tem a ver com seu jeitão, com seu ministério. Isso seria
estressante demais.
⇒ Procure fazer aliança com outro(s) pastor(es). Uma aliança séria, baseada no amor
cristão, na fidelidade absoluta e na necessidade mútua. Permita-se ser pastoreado.

3. Na área familiar
⇒ Não permita que sua esposa seja cobrada em demasia. Ela também tem o direito de
não querer exercer algum cargo ou função. O pastor da igreja é você. A primeira
responsabilidade é com você. A segunda com seus filhos. Somente depois é que ela deve
assumir compromissos com a igreja.
⇒ Deixe seus filhos ser crianças. Não cobre deles um comportamento diferente por
serem filhos de pastor. Não os induza ao ministério, ensine-os, isso sim, a servir ao Senhor.
Ele é o dono da obra. Ele chama a quem quer, ministério não é hereditário.
⇒ Não leve para casa os problemas da igreja.
⇒ Quando houver necessidade de mudar, converse longa e demoradamente com seus
filhos. Explique para eles as razões e vantagens da mudança. Uma boa medida é pedir ao
Senhor a unanimidade na decisão. Quando não houver, mostre firmeza, mas ternura e seja
paciente e amoroso com os reticentes.

4. Na área de identidade
⇒ Seja você mesmo. Seja autêntico. Deus te fez único. Você não é uma cópia dos
demais pastores da denominação, de seu líder máximo. Deus respeita nossas personalidades
e peculiaridades, ele não nos fez em série.
⇒ Modéstia e bom senso são indispensáveis ao pastor, mas isso não que dizer que ele
não pode rir, brincar, chorar, etc.
⇒ Antes de ser pastor você era gente. Não permita que o título sufoque sua
personalidade. Não faça questão do título, do Pr., pelo contrário, tenha um grupo onde você
tenha nome e não cargo.
⇒ Não se submeta a rótulos ou estereótipos, seja sempre você mesmo.

Em todas as áreas tenha consciência que foi Deus quem lhe chamou e é a ele que você
deve agradar.

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O PASTOR PRECISA DE AMIGOS

I Crônicas 10.15-19

Escolha algumas pessoas para as quais você não é um título, mas um amigo.
Pessoas que queiram estar com você. Não aquelas que você queira que estejam com você.
Privilegie aqueles amigos dos tempos de caverna. Organize seu círculo de amigos íntimos
durante os dias difíceis – antes de ser rei (I Sm 22.2)

I. AMIGOS LEAIS

A. Comprometidos com sua luta


1. Tenham a mesma visão
2. Os mesmos objetivos
3. Acreditem na sua causa (I Sm 25.30-31)
B. Procure homens valentes (I Cr 12.14-15)
1. Amigos cara de leão (I Cr 12.8)
2. Que não temam enfrentar gigantes (II Sm 22.15-22)
C. Totalmente leais
1. Que permaneçam nos momentos difíceis (II Sm 15.21)
2. Que não compactuem com o inimigo nem que seja apenas para ouvir falar
mal de você
3. Que não temam arriscar seu pescoço por você (II Sm 17.27-29; II Sm 15.32-
37 )
D. Que tenham coragem de lhe confrontar
1. Natã – no adultério de Davi (II Sm 12.7-9)
2. Joabe – na morte de Absalão (II Sm 19.5-7)

II. QUE TAMBÉM EXERÇAM LIDERANÇA

A. Os capitães trazem o povo consigo (I Cr 12.14)


1. O líderes vão lhe proteger e levar o povo a fazê-lo também
2. Líderes acessíveis ao povo e que exerçam influência sobre ele (I Cr 12.32)
B. Líderes que não ambicionem seu lugar
1. Conhecem o lugar que lhes cabe
2. Sabem que hora deles irá chegar
3. Que não tentem roubar o coração do povo (Absalão – (II Sm 15.2-6)
C. Não é o povo que derruba um líder, são outros líderes
1. Quando manipulam o povo (II Sm 15.1-6, 10)
2. Quando são desleais e ambiciosos
3. Quando deixam de ser sua base de sustentação

III. QUE SUSTENTEM NOSSO MINISTÉRIO

A. Materialmente
1. Que repartam o pão nos dias difíceis (I Cr 12.39)
2. Que invistam financeiramente em seu ministério
3. Mantenedores fiéis
B. Emocionalmente
1. Amigos que lhe puxem para cima

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2. Não pessimistas, não amargos, não os que lhe deixem deprimidos (I Cr
12.33 – ânimo resoluto)
3. Que saibam ouvir, mesmo que nada digam
4. Que chorem com você a sua dor
5. Que entrem nas cavernas da vida com você
C. Espiritualmente
1. Que se coloquem na brecha – intercessores fiéis
2. Que sejam instrumentos de Deus para consolar, confrontar ou orientar
3. Que lhe pastoreiem se preciso for

O pastor precisa de amigos. Ninguém consegue liderar sem amigos, sem líderes
subalternos, sem povo.

Na maioria das vezes nós não conquistamos o povo todo, conquistamos outros líderes
menores que trazem o povo consigo.

Nossos amigos são poucos e escolhidos a dedo, devem necessariamente ser os melhores
homens.

Nossos amigos precisam ser:


⇒ Amigos leais
⇒ Amigos que também exerçam liderança
⇒ Amigos que sustentem nosso ministério

Procure cuidadosamente por esses amigos.


Use seu carisma e os dons e vocação dados por Deus para conquistar esses amigos.
Pela força de seu caráter, mantenha esses amigos.
Respeite seus amigos e honre-os publicamente por sua amizade

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Bibliografia recomendada:

- Apascentai o Rebanho; Carlos Alberto Bezerra de Quadros; Vida


- De Pastor a Pastor; Kittim Silva; Vida
- Ministério Pastoral; Elyseu Souza; CPAD
- Ministério Pastoral Transformador; MW Kohl/AC Barro; Descoberta
- Trabalho Pastoral; Alberto Barrientos; United Press

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