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FAEC - FUNDAÇÃO ANTARES DE EDUCAÇÃO E CULTURA

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PRODUÇÃO DE PLÁSTICO BIODEGRADÁVEL COM AMIDO DE MANDIOCA

Guilherme Célis de Souza1


guisouzacelis2@gmail.com
Magdiel Coelho
magdiel985@gmail.com
Pedro Neubus Leoncine
pedro.leoncine345@gmail.com
Rogério Alexandre Florêncio
rogerioflorencio.rf@gmail.com

RESUMO: O presente projeto de pesquisa tem como objetivo principal a produção de um


plástico biodegradável utilizando o amido extraído da mandioca. Neste estudo
interdisciplinar, pretende-se explorar a reação prototipada do amido, a fim de obter um
material que possua características semelhantes aos plásticos convencionais, porém com
capacidade de degradar-se naturalmente. Além disso, busca-se utilizar o amido obtido da
extração como matéria-prima para a produção desse bioplástico, aproveitando-se do
resíduo líquido gerado durante o processo. Observou-se que os plásticos resultantes
apresentam diferentes formas de dispersão nos recipientes durante a secagem, o que pode
ser explorado para otimizar a sua produção.

PALAVRAS-CHAVE: bioplástico; poluição; fécula

Introdução

O termo “Biodegradável” vem desencadeando uma série de pesquisas,


reportagens e até mesmo artigos, tudo isso para que as pessoas desenvolvam
interesse e possam esclarecer suas dúvidas. Sobre os plásticos biodegradáveis, são
necessárias fontes de produção renováveis e sustentáveis, que por sua vez ainda é
um assunto que quando abordado na sociedade presencia-se um certo nível de
preocupação. Este artigo científico tem o intuito de explorar uma alternativa
renovável para a produção de plástico, utilizando o amido ou fécula de mandioca
como a matéria prima deste produto, porém, é perceptível que a produção de
mandioca pode ser longa e gerar um alto custo para o país produtor, pois seu plantio
se inicia normalmente em setembro a sua colheita se inicia por volta de março a
julho.
1. Aportes teóricos

1
Estudantes do curso técnico em Química do Colégio Antares, Americana. Orientado por Amanda
Vidal Massucheto.
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1.1. Aspecto nacional e global do Plástico

De acordo com a Conab (2017) o Pará é o estado com a maior produção de


raiz de mandioca do Brasil, com safra estimada de 4,99 milhões de toneladas em
2017, seguido por Paraná e Bahia, com 2,76 e 1,75 milhões de toneladas,
respectivamente. Juntas, essas unidades da federação representam quase metade
da produção nacional.
Tabela 1: Maiores Produções Estaduais (t/ha) de Mandioca do Brasil – Safra 2017

Fonte: Embrapa Amazônia Oriental/IBGE (2017)

De acordo com Silva (2023, p.23) atualmente os maiores países produtores


de Mandioca são Nigéria, República Democrática do Congo, Tailândia, Gana,
Indonésia, Brasil. Esses países possuem um clima ideal para o cultivo da mandioca.
De acordo com FAO (2021, p. 3) A mandioca é um alimento comum para cerca de
700 milhões de pessoas em todo o cenário global, em específico a África
subsaariana e países do sudeste asiático, seu preparo para consumo é
diversificado, ela pode ser cozida, frita, e transformada em farinha. Além de seu
consumo direto, a mandioca também tem uma certa importância na indústria. “No
caso da cultura da mandioca, cabe destacar a sua importância socioeconômica no
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Continente Africano, onde, nas últimas décadas, os cultivos vêm aumentando e até
se tornando alimento de segurança nacional”.

Segundo a Insper (2023), em 1950 a produção total de plástico atingiu o


marco de 1,5 milhões de toneladas, 69 anos depois atingiu-se o marco de 368
milhões de toneladas de plástico produzido. O Plástico tornou-se indispensável na
sociedade moderna, e seu consumo deve-se ao alto crescimento da população
mundial. Segundo o site Sindiplast (2023) atualmente existe uma variedade de
plásticos sendo produzidos, mas os principais são o Polietileno (PE), o Polipropileno
(PP) e o Poliéster (PET); esses 3 são usados principalmente em embalagens
plásticas, eletrônicos, produção de automóveis, construções, e na produção têxtil. A
Figura 1, apresenta o gráfico com os 5 maiores produtores de plástico do mundo.

Valor total de produção de plástico


11.3M

460M

10 Bi
200 Bi

49 Bi EUA China India Brasil Indoné sia

Figura 1: Valor total de produção de plástico. Fonte: Próprio Autor (2023).

Verifica-se que a produção do plástico é alta, porém a sua contaminação no


meio ambiente também é alta. A contaminação marítima, por exemplo, é um dos, se
não o maior problema nos dias de hoje pois estima-se que milhões de toneladas são
descartadas no oceano a cada ano. Os oceanos do mundo estão poluídos por uma
“poluição de plástico” composta por cerca de 171 trilhões de partículas de plástico
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que, se reunidas, pesariam cerca de 2,3 milhões de toneladas, de acordo com um


novo estudo. (CNNBrasil, 2023 ).

Em concordância com eCycle (2023), uma das principais formas de


contaminação do oceano, é a formação das “ilhas de lixo” ou “Vórtices de lixo”. Um
dos exemplos mais comuns é o Grande Giro do Pacifico. Ao longo de todo um ano
que se passa apenas 9% do plástico que é consumido pela população é reciclado,
isso mostra que o governo precisa implementar uma rigorosa ação de
conscientização e que a sociedade precisa começar a pesquisar jeitos sustentáveis
de suprir parte dessa enorme produção de plástico. Com a intenção de expandir a
visão em relação a produção de plástico, este artigo cientifico tem o intuito de
mostrar a sociedade uma possível forma de aliviar a produção de plástico
empregado como matéria-prima, o petróleo, e assim produzir plástico como matéria
prima o amido extraído da mandioca.

1.2 Matéria Prima

Como alternativa ao plástico convencional pode-se utilizar usar o ácido


acético2, nglicerina e mandioca. O ácido acético é um composto de fórmula
molecular C2H4O2 ele é um ácido carboxílico fraco, também conhecido como ácido
etanoico. O ácido acético é encontrado em estado líquido. Algumas propriedades do
ácido acético são: fórmula química: C2H4O2, massa molar: 60,05 g/mol, ponto de
fusão: 16,6 °C, ponto de ebulição: 118,1 °C, densidade: 1,05 g/cm³ e solubilidade
em água.
Segundo Solomons (1971) o ácido acético é um ácido considerado fraco que
se dilui facilmente em solução aquosa, ele possui uma reação rápida e forte com
bases formadas com acetatos, ao reagir com álcoois pode formar ésteres, é um
composto altamente inflamável, também é um catalisador com sua função sendo de
quebrar as moléculas dos compostos orgânicos.

2
O ácido acético na forma pura (99,8%) recebe o nome de ácido acético glacial devido a sua solidificação com aspecto de
gelo, em dias frios. É o principal ingrediente do vinagre, cuja formulação consiste de aproximadamente 5% de ácido acético e
95% de água. Na forma pura é um líquido incolor com odor pungente, altamente corrosivo para metais. É usado na produção
de outras substâncias químicas (por exemplo, monômero de acetato de vinila, ésteres acéticos e ácido cloroacético), em
plásticos, corantes, inseticidas, produtos químicos para fotografias, borracha, vitaminas, antibióticos, hormônios e como aditivo
para alimentos (acidulante). Disponível em: https://l1nk.dev/e0pwL. Acesso em: 23 maio 2023.
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A glicerina é um dos compostos mais importantes no processo pois ela é a


liga que mantem o plástico sólido, ela é conhecida como glicerol um composto
orgânico da família dos álcoois. Segundo Lorz (2000) Sua fórmula molecular é
C3H8O3, e possui uma estrutura química tri-hidroxílica. Um liquido com alta
viscosidade, incolor, inodoro e solúvel em água. A glicerina possui propriedades
higroscópicas, ou seja, ela atrai e retém umidade. As formas mais comuns de se
encontrar glicerina são em hidrólise de gorduras e óleos vegetais, e em produção
sintética.
É muito utilizada na indústria alimentícia para melhorar a umidade dos
alimentos ou produtos alimentícios, como por exemplo o adoçante, também é usada
na indústria farmacêutica na produção de xaropes e soluções orais. Segundo
Sakamoto (2017) a glicerina também é usada na indústria cosmética em loções pós-
barba; maquiagens, batons, desodorantes, e cremes hidratantes.
Hoje o amido tem a função alimentícia na forma de mandioca, batata, milho e
farinhas, e está sendo cogitado a ser a matéria-prima de produtos biodegradáveis
como por exemplo o plástico. Em concordância com Mottin (2020, p.149) a atuação
industrial do amido deve-se a sua característica de ser usado na forma de grânulos,
intumescidos, em forma de dispersão, como um filme adquirido após uma secagem.
Dependendo da origem do amido ele pode ser usado como espessante, proteger
alimentos durante o processamento, estabilizante para molhos.

Figura 2: Estrutura do Amido Fonte: Henrique, Thiago (2017)

Segundo Brown (1993) o hidróxido de sódio (NaOH) é um sólido usado na


neutralização do ácido acético para a estabilização da estrutura do plástico, trazendo
a estabilidade no pH do material.
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Figura 3: Estrutura do NaOH Fonte: Próprio Autor (2023)

2. Metodologia

Inicialmente a mandioca foi cortada em 4 partes e triturada com 2000ml de


água, a mistura foi filtrada e acrescentou-se mais 300 ml de água para filtração de
todo o conteúdo do liquidificador. A mistura foi deixada em repouso, após um
determinado tempo observou-se a formação de pequenos precipitados, isto é o
amido da mandioca, após a formação do amido filtrou-se o líquido marrom formado
e obteve-se a fécula da mandioca.
O processo de produção do bioplástico, inicia-se adicionando 300 ml de água
desmineralizada a um becker, após isso coloca-se 15g de amido, em seguida
adiciona-se 10 ml de glicerina e 15 ml de ácido acético. Coloca-se essa solução sob
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agitação na chapa aquecedora com o auxílio de um agitador magnético até atingir


80ºC, feito isso, neutraliza-se a amostra com 10 ml de NaOH a 0,1 mol/L e verificou-
se o pH da solução com o papel indicador. Retirou-se a solução da chapa
aquecedora, que foi transferida para uma forma de metal, para que coloque na
estufa durante 5 horas a 70ºC, após esse período, retirou-se a forma da estufa e
obtendo-se o plástico, que foi armazenado em um ambiente fechado, sem nenhum
contato com o ambiente. Após isso o material ficou em repouso para secagem por 5
dias dentro da estufa desliga. Com isso obteve-se o plástico biodegradável.
Segundo a Fapesq (2020) sua decomposição é de 180 dias.
Com o plástico pronto realiza-se os seguintes testes: teste de tração: Que
consiste em aplicar uma determinada força em pontos opostos do plastico com
intuito de medir sua resistência e flexibilidade; Teste de temperatura em meio
aquoso: Esse teste tem o intuito de analisar a integridade física do plástico em um
meio aquoso em quanto é aquecido; teste de resistência: Tem o intuito de aplicar um
determinado peso em um ponto especifico do plastico e avaliar o tempo que o
plastico mantém sua integridade antes de iniciar seu rompimento.

2.1. Métodos aplicados


2.1.1. Resultados

Durante a produção do plástico, percebe-se que a adição do amido no


plástico interferiu na sua viscosidade, pois quanto mais amido adicionado mais
viscoso fica o plástico líquido, porém, ao adicionar água ele começava a reduzir a
viscosidade, sempre tomando cuidado para não tornar muito líquido.
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Figura 4: Plástico líquido Fonte: Fonte Próprio autor (2023).

A partir da análise da adição de água e amido, foram produzidos alguns tipos


de plástico um mais robusto, com uma característica mais resistente e cor meio
amarelada, e outro mais fino com características flexíveis e maleáveis com uma
coloração opaca quase translucida, não houve resquícios de odor dos matérias
utilizados, foram feitos testes físico-químicos de temperatura em meio aquoso, e
teste de resistência e teste de tração, os resultados que adquirimos foram:

Teste de Temperatura em meio aquoso:


No teste de temperatura percebe-se que o plástico mais robusto iniciava seu
processo de degradação e começava a se despedaçar e liberar pedaços e resíduos
de si mesmo na água. Com o plástico fino sua degradação também se iniciava,
porém liberava bem menos resíduos que o plástico mais robusto, em contrapartida
devido ao excesso de amido em sua composição ele começou a liquefazer. De
acordo com BERINS (1997) o plástico robusto deveria ter se mantido em seu estado
original, porém liberando resíduos em meio a solução, ao invés de se partir e
dissolver como mostra a figura.
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Figura 5: Teste de Temperatura em meio aquoso. Fonte: Fonte Própria (2023)

Teste de Resistência:
Com o plástico fino realizou-se um teste de resistência (Figura 6) concluindo
que entre 60-80 gramas, ele se mante intacto, ao aplicar um peso maior, ele começa
a se romper. De acordo com Young (2007) a fratura de um plástico fino deve-se
iniciar após 40 segundos caso um peso intermediário se mantenha constante em um
ponto fixo, caso seja um peso maior a ruptura deve acontecer na metade do tempo,
apesar disso, o plástico apresentou uma elevada resistência durando em torno de 45
segundo, e o teste com o peso mais robusto resultou em uma leve fratura,
concluindo que o plástico fino possui uma resistência dentro do esperado.

Figura 6: Esquema.1 teste de resistência 1 Fonte: Próprio autor (2023).

Teste de Tração:
O teste de tração foi aplicado no plástico mais robusto, como resultado,
verificou-se que ele possui resistência e flexibilidade consideráveis, pois ao aplicar
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uma força constante porem em direções opostas ele se manteve firme entorno de 10
segundos sendo assim sua resistência, ao começar a deformar resistiu 14 segundo
antes de iniciar seu rasgo, isso é chamado de alongamento. Segundo o autor Lovell
(2007) um plástico deve-se manter firme durante 10 segundo ao iniciar seu
alongamento deve resistir 15 segundos antes do início de seu rasgo. Observou-se
que o plástico produzido tem um tempo de resistência de 10 segundos, porém seu
alongamento é de 14 segundo.
A produção do plástico foi satisfatória visando o desenvolvimento de uma
metodologia para produção do bioplástico, porém, a partir dos testes realizados
verificou-se que esse material não pode ser utilizado em ramos alimentícios, pois
devido a liberação de resíduos poderia contaminar o alimento. Porém, para outras
áreas na indústria, como por exemplo na fabricação de envelopes de plástico para
embalagens de cigarros, poderia substituir o polipropileno (PP) visando que seu
descarte é inadequado. Na figura 7 estão presentes os diferentes tipos de plastico
desenvolvidos.

Figura 7: Plásticos Produzidos Fonte: Próprio autor (2023).


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3. Considerações Finais
Neste estudo, explora-se a fabricação de um bioplástico utilizando o amido de
mandioca como matéria-prima. Com o intuito de desenvolver um plástico capaz de
ser usado como material para a fabricação de outros itens na indústria e de diminuir
a degradação, seu resultado final foi próximo ao desejado. No entanto, devido à
liberação de resíduos em meio aquoso, torna-se inviável para a utilização
alimentícia. Porém, como já mencionado, pode ser usado para embalar outros
produtos, como envelopes plásticos, por exemplo.
Pode-se concluir que a produção de plástico biodegradável com amido de
mandioca é algo a ser considerado, pois este projeto apresenta um plástico
resistente e flexível. A dificuldade reside na obtenção da mandioca, pois ela possui
um tempo de cultivo específico e requer um clima ideal para o seu cultivo. Com isso,
a produção do amido também acaba sendo afetada, o que pode gerar certo custo
dentro da indústria.
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Referências

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https://encurtador.com.br/etBGP Acesso: em 10 mar. 2023
Panorama dos mercados de petróleo e gás natural no Brasil e no mundo. Disponível
em: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/2429. Acesso: em 10 mar. 2023.

Relatório da ONU Meio Ambiente - "Poluição por plásticos" (2018): Disponível em:
https://www.unenvironment.org/resources/report/poluicao-por-plasticos. Acesso em:
15. Mar. 2023.

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the future of plastics" (2016): Disponível em:
https://www.ellenmacarthurfoundation.org/publications/the-new-plastics-economy-
rethinking-the-future-of-plastics. Acesso em: 30 mar. 2023.

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Jambeck et al. na revista Science (2015): Disponível em:
https://science.sciencemag.org/content/347/6223/768. Acesso em: 12 mar. 2023.

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http://www.fao.org/home/en/. Acesso em: 5 abr. 2023.

CIRAD - Agricultural Research for Development. Disponível em:


https://www.cirad.fr/en/home-page. Acesso em: 9 abr.2023.
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https://www.iita.org/. Acesso em: 11 mai. 2023.

Crop Trust. Disponível em: https://www.croptrust.org/ Acesso em: 13 abr.2023.

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https://ciat.cgiar.org/. Acesso em: 13 abr. 2023.

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https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mandioca/mandioca_pa
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%20Amazonas%2C%20Pará%20e%20Bahia. Acesso em: 14 abr. 2023.

Introdução aos Polímeros (3rd Edição) de Robert J. Young e Peter A. Lovell Teste

Mecânico de Materiais de Engenharia (2021) – Autor: Kyriakos Komvopoulos.


Acesso em: 20 abr.2023.

"Glycerin" - Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry (2000) - Autor: Peter M.


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Catálise Aplicada: Em Geral (2009) - Autores: Neeraj Kumar Mishra, Vasant R.


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Os Alimentos como tema gerador no desenvolvimento de uma hipermídia para o


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PRODUÇÃO DE PLÁSTICOS BIODEGRADÁVEIS A PARTIR DO AMIDO DE


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Lochhead. Acesso em: 23 mai. 2023.

Plástico criado na UFPR reduz para 5 meses tempo de decomposição do produto.


Disponivel em: https://fapesq.rpp.br/noticias/plastico-criado-na-ufpr-reduz-para-5-
meses-tempo-de-decomposicao-do-produto Acesso em: 23 mai. 2023.

Sureshkumar, R., Beris A.N., Handler, R.A., “Direct Numerical Simulation of the
Turbulent Channel Flow of a Polymer Solution”, Physics of Fluids, (1997) Acesso em:
23 mai. 2023.

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