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CAMPUS SALVADOR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA
Salvador – BA.
2021
ALEXANDRO DE ALMEIDA BARBOSA
Salvador - BA
2021
.
Aos/as/a
Meus pais, pelo desejo intermitente de proteção divina em nossa
“caminhada da vida”.
CORTELLA, M. S. (2006).
RESUMO
PE Produto Educacional
SD Sequência Didática
SUMÁRIO
1 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 13
2.REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 24
3. METODOLOGIA APLICADA.............................................................................. 43
REFERÊNCIAS............................................................................................................. 105
INTRODUÇÃO
1
Co mp r ee nd e, p o r t a nto , a c la ss e -q ue - v i ve -d o - t r ab al ho , a c la s se tr ab a lh ad o r a ho j e, d e
mo d o a mp li ad o , i mp li ca en te nd er e s te co nj u n to d e ser es so c iai s q ue vi v e m d a v e nd a d a s u a
fo r ça d e tr ab a l ho , q ue s ão as sa lar i ad o s e d esp r o vid o s d o s meio s d e p r o d uç ão ( ANT U NE S e
AL V E S, 2 0 0 4 , p . 3 4 3 ) .
16
2
A p ed a go g ia d a p rá x i s é a teo r ia d e u ma p r á ti c a p ed a gó gic a q u e p r o c u r a não e sco nd er o
co n f li to , a co n tr ad i ção , ma s, ao co n tr ár io , o s a fr o n ta, d e so c u lt a nd o -o s . [ ...] A p ed a go gi a
d a p rá x i s p r et e nd e ser u ma p ed a go g ia p ar a a e d uc ação tr a n s fo r ma d o r a ( G ADOT T I , 1 9 9 8 ,
p . 2 8 -3 0 ) .
22
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3
So b e st a p er sp ec ti va p r o mo ve r -s e -á o e mp o d er a me n to d e gr up o s e i nd i v íd u o s, si t uad o s à
ma r ge m d e p r o ce s so s d ec isó r io s e d e co n str u ção d e d ir e ito s, f avo r ece nd o a s u a
o r ga n iz ação e p ar ti cip a ç ão na so c ied ad e c i vi l ( B R ASI L , 2 0 1 3 , p . 5 0 2 ) .
28
4
[ ...] é u ma p r o p o s ição p ed a gó g ica q ue se co mp r o me t e co m a uto p ia d e u ma fo r ma ção
in te ir a, q ue n ão se sa ti s fa z co m a so c ia liz ação d e fr a g me nto s d a c u lt u r a s i st e ma tiz ad a e
q ue co mp r ee nd e co mo d ir ei to d e to d o s ao a c es so a u m p r o c es so fo r mat i vo , i nc l u si ve
esco lar , q ue p r o mo va o d ese n vo l vi me nto d e s u as a mp la s f ac uld ad e s fí si ca s e i n te lec t ua i s
( F RI G OT T O, 2 0 1 8 , p . 2 4 9 ) .
30
5
De aco r d o a C at ta n i e t a l,( 2 0 0 9 , p .7 ) é “[ ... ] aq u ela q ue se ap r e se n ta co mo al ter n ati v a
ma ter ia l e h u ma na s up e r io r à eco no mi a c ap i ta l is ta” , “De si g na d a s p o r ter mo s t ai s co mo
eco no mi a so lid ár ia , eco no mi a do tr a b al ho , no vo co o p e r ati v i s mo , e mp r es a s
au to ge st io nár ia s e o utr o s, e ss a s fo r ma s co r r e sp o nd e m a r eal iz açõ e s i no v ad o r a s, as so ciad as
a no vo s valo r e s e p r i ncíp io s q u e s e o p õ e m às p r á ti ca s e xc l u d en te s, so ci al e
a mb ie n ta l me n te p r ed ató r ia s”.
36
6
Aprendizagem Baseada por Problemas.
43
3 METODOLÓGIA
Onde:
f i = frequência observada de cada resposta para cada item.
V i = valor de cada resposta.
NS = nº. de sujeitos.
Tabela I
(de frequência e mediana dos dados coletados juntos aos/as estudantes)
Si m Si m Nã o Nã o
T o tal. P ar cia l. P ar cia l. T o tal.
Valo r 4 Valo r 3 Valo r 2 Valo r 1
A 1 9 1 5 2 .4
I B 14 2 0 0 3 .9
C 1 6 4 5 2 .2
D 5 11 0 0 3 .3
E 0 6 2 8 1 .9
F 10 3 3 0 3 .4
II
G 9 2 2 3 3 .1
H 14 2 0 0 3 .9
I 16 0 0 0 4 .0
III J 9 7 0 0 3 .6
K 12 3 1 0 3 .7
L 9 6 1 0 3 .5
M 6 7 3 0 3 .2
IV N 10 4 2 0 3 .5
O 8 8 0 0 3 .5
P 13 3 0 0 3 .8
( P r o d u zid a p elo Au to r )
53
“D ep en d en d o d o q u ã o e xp lo ra d o vo c ê e stá s en d o .” (E 1 7 ) .
“I sso tu d o va i d ep en d e r d a min h a s itu a çã o f in a n cei ra ” (E 1 2 ).
“ Co n t in u a r ia a té co n seg u ir a lg o melh o r ”. ( E 1 1 ).
“E u a té ch eg o a en t en d er so b re a d i ficu ld a d e q u e so b e a ca d a d ia ,
ma s e m ca so s e xt re mo s eu n ã o me d em iti r ia se rea lmen te e st iv es se
em u ma si tu a çã o fin a n c ei ra ru i m, ma s n o ca so d e a b a n d o n a r eu me
p la n eja r ia a n t ecip a d a m en te p a ra te r a l g u ma es t a b ilid a d e” (E 9 ).
“F i ca ria p o r q u e p re ci so , ma is , n o en ta n to s ei d o meu va lo r e
p o ten c ia l ” (E 8 ) .
“S i m! Nã o é, e n ã o esta sen d o fá c il s e ma n te r n o mu n d o d o
tra b a lh o , en tã o te m q u e u su f ru ir a s o p o rtu n i d a d es q u e su rg e m”
(E 4 ) .
A situação apresenta através dos dados, demostra o quanto à condição
social do indivíduo, influência a manter-se em situação exploratória em um
emprego até o surgimento de outra oportunidade, ou manter-se
indefinidamente nestas condições de exploração.
Nesta perspectiva, se torna interessante a EPT, promover estratégias e
condições necessárias a uma formação que proponha indivíduos críticos no
processo emancipatório, perceptíveis a entender o contexto social do trabalho
e de suas perspectivas sociais.
Neste sentido, se defende que o ENFE, por meio dos conhecimentos
proporcionados nestes ambientes, exponha aos/as estudantes a realidade da
conjuntura social do trabalho, debates sobre os conceitos da dualidade no
mercado de trabalho, ênfase dos trabalhos braçais, repetitivos, que direcionam
a ao labor sem perspectivas, e, consequentemente, de exploração. Ao mesmo
59
“Ho u ve a p en a s u ma v i si ta n a UF R B , ma s n ã o me p a re ceu u ma
vi si ta t écn i ca ” ( E 1 ) .
“ Nã o h o u v e v is ita s técn ica s” ( E 1 6 ) .
“A o lo n g o d e s se s 4 a n o s m in h a sa la n u n ca t eve a o p o r tu n id a d e
d es sa s v is ita s “ ( E 1 2 ) .
Neste sentido, é preciso debater alternativas que proporcione aos/as
estudantes da EPT, e a perspectiva educacional das escolas, a inserir-se na
comunidade no qual fazem parte, para que, desta maneira, possam vivenciar a
realidade social, ambiental, cultural e política. Para que, assim, proponha
sintonizar a Educação Profissional e Tecnológica, a escola, e, ao/as
estudantes na luta contra hegemônica no trabalho e na sociedade.
Ao mesmo tempo, por via destas práticas, propõe os/as estudantes à
participação ativa na vida em sociedade, começando pela observação das
problemáticas ao seu entorno, portanto, é por meio da vivência em sociedade
que aprendemos a enfrentar expectativas, frustrações, realizações e as
contradições da própria sociedade, sendo assim, a educação formal poderá
propor em suas bases, maior proximidade as contradições da sua comunidade,
aos espaços não formais de educação, e perspectivas de conhecimentos
63
“S i m, a o sa i r d o lo ca l c o n ven c io n a l to rn a as a u la s ma i s
d in â m ica s” ( E 1 0 ) .
“S i m, p o is a lé m d a teo ria em sa la d e a u la , a p rá tica é u ma d a s
melh o re s fo rma s d e a p r e n d er ” ( E 2 ) .
“S i m, s e vo cê b u sca f o ra d a es co la p o d e a p ren d e r n a p rá ti ca . ”
(E13).
“ Co m ce rt eza , n a p rá t ic a , a s co i sa s mu d a m ” ( E 7 ) .
Em síntese, nota-se vasta demanda por participação destes/as estudantes
pela prática acadêmica nestes ambientes, onde se entende que tal ação poderá
promover de acordo aos referenciais teóricos, a vivência social, profissional
durante a formação, proporcionando a educação formal, também perspectivas
da educação não formal nestes espaços, onde, a [...] educação não formal é
aquela que se aprende “no mundo da vida”, via processos de
compartilhamento de experiências, principalmente por intermédio de
ambientes e ações coletivas cotidianas (GOHN, 2016, p. 60).
7
De aco r d o Ra mo s ( 2 0 1 4 , p . 2 0 9 ) “A o mn i l at er al id ad e d a f o r maç ão i mp l i ca a ap r ee n são d o
mu n d o p elo s ho me n s p o r meio d o s co n h eci me n to s d a s p r o p r i ed ad es d o mu n d o r ea l
( ciê n cia) , d e valo r iz açã o ( éti ca) e d e si mb o li z ação ( ar te) , o q ue te m sid o r e co n hec id o
co mo co n he ci me n to s d a fo r ma ção g er a l”.
67
já que a escola tende a ser o berço da educação, esta deve estar atenta aos
acontecimentos sociais.
Assim, de acordo a Cattani et al, 2009, p.150-151),
A p ar t ir d a s d u as ú lt i ma s d écad a s d o séc u lo X X , o ter mo eco no mi a
p o p u lar p a s so u a ser u t ili zad o – d e ma ne ir a g er al – p ar a f azer - se
r ef er ê n cia à s at i vid ad es d e s e n vo l v id a s p e lo s tr ab a l had o r e s e
tr ab a l had o r a s e xc l uíd o s d o mu n d o d o tr ab al ho as s alar iad o o u q ue
ne le j a ma is te n ha m c o n se g u id o i n gr e s sar . A es s es, so ma m- s e
aq u ele s s uj ei to s q ue, d ev id o ao s b a i xo s sal á r io s e à p er d a d o s
d ir ei to s so c ia is a s se g u r ad o s p e lo E s tad o d o b e m-e s tar so ci al ,
b u sca m, no tr ab al ho p o r co nt a p r ó p r ia ( i nd i vid u al o u a s so ci at i vo ) , a
co mp le me n t ação d e r e nd a e d o s b e ns s i mb ó lico s n ece s sár io s à
r ep r o d ução a mp l iad a d a vid a.
Portanto, alguns/mas estudantes percebem, mesmo que timidamente,
que a prática da logística reversa através do trabalho da Associação, demostra
uma questão ética a ser observada. Assim, estes/as estudantes analisam que as
grandes corporações, deix am margem para amplas críticas ambientais, por não
observarem os prejuízos socioambientais causados por não aplicação, ou
aplicação insuficiente na logística reversa das suas próprias produções.
trabalho e suas tecnologias, culturas, ética e sociedade. Uma vez que “A vida
é um processo de aprendizagem ativa, de enfrentamento de desafios cada vez
mais complexos” (BACICH e MORAN, 2018, p. 02).
Por meio dos dados coletados dos/as estudantes, se observa anseios para
a disposição a vivenciarem uma formação que os direcionem a um melhor
entendimento do mundo do trabalho, e, ao aprendizado das teorias ministradas
em sala de aula, mas, ainda não é uma realidade acadêmica.
E m o u tr a s p a la vr as , o q ue se d e sej a é q ue a e sco la não sej a me r a
tr a n s mi s so r a d o s co nt e úd o s co n sa gr ad o s p e la esco la f o r ma l, ma s
q ue ed uq ue p o r me io d e u ma p r át ica p ed a gó g ica q ue p er mi ta
h u ma n iz ar , so ci al izar e d ese n vo l ver p le na me n t e o al u no no s se u s
asp e cto s co g n it i vo s, a f eti vo s e p s ico sso ci ai s ( L OP E S , FI L H O e
AL V E S, 2 0 1 9 , p . 1 6 3 )
Deste modo “O conceito de educação ultrapassa os limites do escolar,
do formal, e engloba as experiências de vida, e os processos de aprendizagem
não-formais, que desenvolvem a autonomia tanto da criança quanto do adulto”
(GADOTTI, 2012, p. 15).
9
S i g ni f ica q ue se b us c a en fo car o tr ab al ho c o mo p r i n cip io ed uca ti v o , no s e nt id o d e
s up er ar a d ico to mi a tr ab al ho ma n u al /tr ab al ho in te lec t ual , d e i nco r p o r ar a d i me n sã o
in te lec t ua l ao tr ab a l ho p r o d ut i vo , d e fo r mar tr ab a l had o r e s c ap az es d e at uar co mo
d ir i ge n te s e cid ad ão s ( F RI GOT T O, CI AV AT T A e R AM O S, 2 0 1 2 , p .1 7 ) .
83
De ss e mo d o , p ar a s e co mp r ee nd er a no va fo r ma d e ser d o tr ab al ho ,
a c la ss e tr ab a l had o r a ho j e, é p r eci so p ar t ir d e u ma co n cep ç ão
a mp li ad a d e t r ab a l ho . E l a co mp r e e nd e a to ta lid a d e d o s a ss al ar iad o s,
ho me n s e mu l h er e s q u e vi ve m d a ve nd a d a s u a fo r ç a d e tr ab a l ho ,
não s e r es tr i n g i nd o ao s t r ab al h ad o r e s ma n u ai s d i r eto s, i nco r p o r a nd o
ta mb é m a to t al id ad e d o tr ab a l ho so cia l, a to t alid ad e d o tr ab al ho
co le ti vo q ue ve nd e s ua fo r ça d e tr ab al ho co mo me r cad o r ia e m tr o ca
d e s alár io ( ANT U NE S e AL V E S, 2 0 0 4 , p . 3 4 2 ) .
Chama atenção, durante a investigação nesta categoria, o
posicionamento expressivo de estudantes que optaram em manter-se explorado
no trabalho, visto que, o anseio de manter-se empregado, amplia a perspectiva
em permanecerem nesta situação, muitas vezes, a qualquer custo, mesmo
privando-se de uma existência socialmente digna.
84
Onde:
f i = frequência observada de cada resposta para cada item.
V i = valor de cada resposta.
NS = nº. de sujeitos.
Tabela II
(frequência e mediana de dados do processo de validação da sequência didática)
A ná l i se met o do ló g ic a da F a se I
Ob j eti vo 11 2 0 2 .8 5
P r o b le ma tiz ação 10 3 0 2 .7 7
T e mp o 8 5 0 2 .6 2
Mat er ia i s 9 4 0 2 .6 9
No r te a me n to 10 3 0 2 .7 7
Av al iaç ão 10 3 0 2 .7 7
Meto d o lo gi a 10 3 0 2 .7 7
A ná l i se met o do ló g ic a da F a se I I
Ob j eti vo 11 2 0 2 .8 5
P r o b le ma tiz ação 11 2 0 2 .8 5
T e mp o 9 4 0 2 .6 9
Mat er ia i s 9 4 0 2 .6 9
No r te a me n to 11 2 0 2 .8 5
Av al iaç ão 11 2 0 2 .8 5
Meto d o lo gi a 11 2 0 2 .8 5
A ná l is e met o do ló g ica da F a se I I I
Ob j eti vo 10 3 0 2 .7 7
P r o b le ma tiz ação 10 3 0 2 .7 7
T e mp o 8 5 0 2 .6 2
Mat er ia i s 8 5 0 2 .6 2
No r te a me n to 11 2 0 2 .8 5
Av al iaç ão 11 2 0 2 .8 5
Meto d o lo gi a 10 3 0 2 .7 7
A ná l is e met o do ló g ica da F a se I V
Ob j eti vo 11 2 0 2 .8 5
P r o b le ma tiz ação 11 2 0 2 .8 5
89
T e mp o 9 4 0 2 .6 9
Mat er ia i s 9 4 0 2 .6 9
No r te a me n to 11 2 0 2 .8 5
Av al iaç ão 10 3 0 2 .7 7
Meto d o lo gi a 11 2 0 2 .8 5
Aná li se me t o do ló g i ca da F a se V
Ob j eti vo 11 2 0 2 .8 5
P r o b le ma tiz ação 11 2 0 2 .8 5
T e mp o 11 2 0 2 .8 5
Mat er ia i s 10 3 0 2 .7 7
No r te a me n to 11 2 0 2 .8 5
Av al iaç ão 10 3 0 2 .7 7
Meto d o lo gi a 11 2 0 2 .8 5
Aná li se me t o do ló g i ca do s A pê n dic es
Ap ê nd i ce A 8 5 0 2 .6 2
Ap ê nd i ce B 10 3 0 2 .7 7
Ap ê nd i ce C 12 1 0 2 .9 2
( P r o d uz id a p elo Au to r )
a ser visitado, e, tempo suficiente a aplicar a SD, para que não haja impacto
negativo na qualidade da didática.
Quanto a Aplicabilidade – de acordo a análise de conteúdo, se observa
que os dados coadunam pela validação da aplicabilidade da SD, desta forma,
o/a (Especialista 02) indica que, “A sequência está relevante, com todas as
possibilidades de aplicabilidade”. De acordo ao (Especialista 12) defende que
“Devido à clareza e a coerência da ordenação, bem como a consistência nas
orientações de planejamento, de organização de material, dos objetivos e dos
procedimentos, é plena a aplicabilidade da proposta”.
Entretanto, o/a (Especialista 11) apresenta a seguinte contribuição; “a
sua relevância pode ser ampliada com uma proposta interdisciplinar,
principalmente porque a temática é interdisciplinar”. Neste sentido, foi
considerado este posicionamento do especialista, apresentando proposições
interdisciplinares na construção da Sequência Didática, desta forma,
acrescentando as possibilidades de aplicação em outros contextos e cursos.
Referente à Clareza Metodológica - neste item os especialistas
avaliaram a transparência e a segurança metodológica, neste sentido, o
instrumento educacional foi considerado validado pelo grupo de especialista.
Portanto, do ponto de vista da clareza metodológica “... consegue-se
compreender como será desenvolvido o trabalho” (Especialista 10), nesta
mesma perspectiva sobre o trabalho o/a (Especialista 12) descreve que
“Trata-se de uma metodologia que se aproxima aos momentos didáticos da
Pedagogia Histórico-Crítica, de forma compreensível e aplicável, face ao
parecer anterior”.
Consoante ao exposto houve algumas proposições pontuais para
alinhamento de alguns termos, e, assim foram acatadas.
Referente à Relevância Social – na perspectiva social, pelo qual o
instrumento educacional seja capaz de proporcionar aos/as estudantes, e, a
sociedade. O grupo de especialistas se posicionou a favor da validação deste
item, analisando os fundamentos sociais e didáticos do trabalho, assim, o/a
(Especialista 09), defendeu que “A relevância social do contexto é nítida”, já
o/a (Especialista 12), informou que; “Sem dúvida, um dos destaques de
qualidade da proposta é construir uma abordagem didática que explicita o
93
2015, p.52), ou seja, se essa sequência didática busca mesmo propiciar uma
formação crítica, é preciso levar ao embate com aquilo que é “feio” na
sociedade, e não aceitar isso de modo determinista”.
Dentre as sugestões, estes pareceres foram considerados na construção
do trabalho acadêmico, assim, percebendo que estas propostas contribuem e
muito para a SD, face de um parecer pedagógica que enfatize a realidade
social por meio da junção entre educação formal e a realidade social que
cerca a escola, e consequentemente os/as estudantes.
Portanto, apreciando as especificidades do ENFE, e das escolas, ao que
condizem as limitações sobre; o limite de tempo que o/a professor/a dispõ e
com os/as estudantes na execução da visita e em sala de aula, autorização
escolar, tempo disponível dos indivíduos envolvidos no ENFE, e tendo como
fundamento uma didática ex equível ao objetivo do instrumento educacional.
Portanto, por meio dos dados qualitativos e quantitativos, foi possível
perceber e mensurar que os/as especialistas pontuaram que o instrumento
educacional em análise de validação, apresenta fundamentos que o direciona
pedagogicamente e socialmente a um processo de formação crítica e
emancipatória em prol dos/as estudantes, ao mesmo tempo, propõe aos/as
educadores objetivos claros e coerentes a proposta didática, ou seja, de
acordo o/a Especialista 06, “A razoabilidade e o caráter exequível do projeto
validam a sua proposta”.
A busca pela consonância contextual e pedagógica no processo
educacional proposto por esta Sequência Didática, portanto, a efetiva
aplicabilidade deste instrumento educacional nas mais diversas situações
acadêmicas no qual proponha reflexões aos/as estudantes nas diversas
perspectivas sociais, e, consequente impacto no meio que o cerca, se coaduna
pela demanda no processo formativo dos participantes da pesquisa, de acordo
os dados contextuais, nesta perspectiva, vale ressaltar que,
A ed uca ção , d e u m mo d o ger al, e a e sco la, d e f o r ma e sp ec í fi ca, tê m
sid o le mb r ad a co mo u m a d a s p o s sib il id ad e s d e esp a ço c i vi li za tó r io
n u ma er a d e v io l ê nci a, med o e d e scr e nça . A es c o la p o d e se r p o lo d e
fo r ma ção d e c id ad ão s a ti vo s a p ar t ir d e i nt er a çõ es co mp ar t il h ad a s
en tr e a e s co la e a co mu nid ad e ci v il o r ga ni zad a ( Gonh, 2016b, p.
10) .
99
CONSIDERAÇÕES FINAIS
social que o/a cerca. Neste sentido, tais métodos promovem aos/as estudantes
refletirem e se colocarem em meio a temas sensíveis aquela conjuntura, sobre
as problemáticas sociais, muitas vezes próximas às escolas, onde até então,
não a percebiam. Desta forma, propõe um processo educativo questionador, ao
inverso de um aprendizado mecanicista, onde segundo Freire (1981) os/as
aliena.
Assim, esta investigação apresenta resultado que promove os/as
estudantes, o sentido de existência, da observância dos direitos, de
pertencimento, de humanização, durante sua formação - no qual exponham
suas opiniões fundamentadas, e, assim, reflitam de acordo a realidade do
contexto, no qual possa distinguir o senso comum e o conhecimento
cientifico, favorecendo o processo de inclusão como ato contínuo e social.
A partir desta investigação teórica, foi possível darmos início à
investigação com os/as estudantes da Educação Profissional do Curso de
Técnico Logística, do CETEP, onde tínhamos como objetivo entender como
estes/as estudantes compreendiam o contexto social, logístico, político e do
trabalho, em simultâneo, suas observações sobre visitas acadêmicas em
ENFE.
Neste sentido, aplicamos o questionário semiestruturado, junto a estes
participantes da pesquisa, onde metodologicamente, a estrutura deste
instrumento de coleta de dados proporcionou alcançar o objetivo proposto.
Portanto, que, aproxime a escola à conjuntura de sua realidade, no qual
aborde a cidade e seus Espaços Não Formais de Educação como contribuinte
no processo de uma formação emancipatória, de indivíduos críticos que se
reconheçam como sujeitos históricos e atuantes no meio que se encontram
inseridos, pois, “Entendemos a educação ao entendermos o homem concreto,
suas necessidades básicas e suas privações. [...] é na prática qu e
encontraremos a necessidade de recorrer a análises teóricas para compreendê-
las melhor” (GADOTTI, 2001, p.89).
Os dados demostraram o quanto o processo formativo dos participantes
da pesquisa, demanda por estratégias pedagógicas que incisivamente proponh a
a observação crítica da sociedade, da política, do trabalho, da logística e sua
103
REFERÊNCIAS
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Revista Diálogos: pesquisa em extensão universitária. IV Congresso
107
APÊNDICE A
Questionário Semiestruturado
E st u d a nt e –
Gr u po de q ue st õ e s I 1 - Si m, t o t a l me nt e.
2 - Nã o , pa rc ia l me nt e
3 - Si m, pa r cia l me n t e.
3 - Nã o , t o t a l me nt e.
Co m o a lto í nd i ce d e d es e mp r e go , me s mo s end o e xp lo r ad o , vo cê se
ma n ter ia no e mp r e go ? M ar q u e e co me n te.
c) Co me n tár io :
1 2 3 4
Vo cê te m n o ção d o q ue o e mp r e gad o r e sp er a d e vo c ê d ur a n te o tr ab al ho ?
Mar q ue e co me n te .
d) Co me n tár io : 1 2 3 4
110
E st u d a nt e:
Gr u po de q ue st õ e s I I 1 - Si m, t o t a l me nt e.
2 - Nã o , pa rc ia l me nt e
2 - Si m, pa r cia l me n t e.
3 - Nã o , t o t a l me nt e.
Co me n tár io :
Co me n tár io :
Co me n tár io :
1 2 3 4
E st u d a nt e:
Gr u po de q ue st õ e s I II 1 - Si m, t o t a l me nt e.
2 - Nã o , pa rc ia l me nt e
3 - Si m, pa r cia l me n t e.
3 - Nã o , t o t a l me nt e.
Vo cê e n te nd e q ue a lo gí st ica r e ver sa é i mp o r ta n te p ar a o a mb i e nt e,
e p ar a o s u s te nto d e mu i ta s fa mí l ia s? Mar q u e e c o me n te.
i) 1 2 3 4
Co me n tár io :
Co me n tár io :
l) Co me n tár io :
1 2 3 4
Os gr up o s q u e fa ze m p ar te d a As so ci ação d e catad o r es /a s no s
p er mi te m p er ceb er a f alt a d e co mp r o mi s so d e p o lí ti ca s p úb l ica s
vo l tad as ao me io a m b ie nt e e a d i g n id ad e p r o f i ss io na l d e s te s
m) tr ab a l had o r e s? Ma r q ue e co me nt e. 1 2 3 4
Co me n tár io :
112
E st u d a nt e:
Gr u po de q ue st õ e s IV 1 - Si m, t o t a l me nt e.
2 - Nã o , pa rc ia l me nt e
3 - Si m, pa r cia l me n t e.
3 - Nã o , t o t a l me nt e.
Co me n tár io :
Co me n tár io :
E m d e ter mi n ad o s a mb ie nt es , no q ua l, vo cê es t ud a n te, v i va a
r eal id ad e d a s teo r ia s d a s d i scip li n as ap r es e nt ad as e m s ala d e a u la,
ser ia p o s sí ve l, me l ho r ar o s e u ap r e nd izad o , p o r meio d e s ta s
p) exp er i ê nci as , e, as s i m, me l ho r ar a co mp r ee n sã o d o s co n te úd o s d o 1 2 3 4
se u c ur so , e d e s ua p er s p ect i va p r o f i ss io na l? M ar q u e e co me n te.
Co me n tár io :
Co me n tár io :
113
APÊNDICE B
APÊNDICE C
Produto Educacional
129
130
131
132
133
134
135
136
137
138
139
140
141
142
143
144
145
146
147
148
149
150
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154
155