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SERMÃO

“Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por
todas as nações por minha causa.” Mateus 24.9
“Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem.” Romanos 12.21

Hoje, mais de 360 milhões de cristãos enfrentam perseguição, ou seja, 1 em cada 7 cristãos é persegui-
do no mundo. A perseguição é uma realidade nos 50 países na Lista Mundial da Perseguição 2023 e em
mais 26 países na Lista de Países em Observação. Uma pergunta muito comum que as pessoas fazem é:
“Quando começou a perseguição?”.
Em Mateus, no capítulo 24, Jesus, saindo de Jerusalém, se reúne com seus discípulos para um tempo
em particular no Monte das Oliveiras. Ele responde algumas curiosidades de seus apóstolos a respeito do
fim dos tempos e então chegamos ao versículo 9:
“Então eles os entregarão para serem perseguidos e condenados à morte, e vocês serão odiados por
todas as nações por minha causa”.
Dos 12 apóstolos de Jesus, sabemos por meio da história, que apenas um deles morreu de morte natu-
ral, João. Todos os outros 11 apóstolos, até mesmo Matias que substituiu Judas, morrem martirizados por
serem propagadores do evangelho.
Sinceramente, imagino que não tenha sido nada agradável para os apóstolos ouvirem essa declaração
de Jesus, mas ele está prevenindo os apóstolos do que estava por vir aos que fossem fiéis. Como conse-
quência da fidelidade a Jesus, seriam perseguidos e hostilizados, passariam por maus-tratos e persegui-
ções que inevitavelmente viriam, mas a recompensa é eterna e certa em Cristo Jesus. Jamais a persegui-
ção deveria ser motivo de tristeza, mas de esperança.
Sabemos que na sequência muito próxima, João e Pedro são presos, ameaçados e maltratados em
Atos, capítulo 4, marcando o início da perseguição. O primeiro mártir foi Estevão, que não era um após-
tolo. Mas em Atos 12 temos o primeiro dos apóstolos que estava presente no discurso de Jesus em Mateus
24 sendo martirizado – Tiago, filho de Zebedeu e irmão de João, é degolado por maldade de Herodes.
Embora o discurso de Jesus em Mateus 24.9 pareça se concretizar tão precocemente, em Mateus 5.11-
12 Jesus já tinha anunciado nas bem-aventuranças que:
“Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa os insultarem, perseguirem e levantarem
todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a recompensa de vocês nos
céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês”.
Lucas também registrou o mesmo episódio registrado em Mateus 24, porém acrescenta um comentá-
rio sobre quando os discípulos fossem levados perante as autoridades:
“Mas convençam-se de uma vez de que não devem preocupar-se com o que dirão para se defender.
Pois eu lhes darei palavras e sabedoria a que nenhum dos seus adversários será capaz de resistir ou con-
tradizer” (Lucas 21.14-15).
Jesus caminhou com seus discípulos em toda adversidade que se apresentou e quando Jesus orou
pelos apóstolos, segundo os registros de João, ele disse:
“Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu
também não sou. Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como me enviaste ao mundo,
eu os enviei ao mundo” (João 17.15-18).
Quando visitamos os cristãos perseguidos em seus países, eles têm um pedido de oração muito co-
mum: “Orem por nós para que, haja o que houver, permaneçamos firmes na fé”.
Essa é a realidade daqueles que vivem nos países mais perigosos para os cristãos. Eles são entre-
gues para serem perseguidos por familiares, amigos, membros da comunidade e autoridades locais.
Muitos são condenados à morte, perdendo a vida por amor a Cristo. O ódio parece ser a força que
move, principalmente extremistas de outras religiões, a realizar tamanha pressão e violência contra
os seguidores da fé cristã.
Paulo escrevendo aos irmãos em Roma os incentiva a viverem em paz com todos, não deveriam procu-
rar a vingança, mas pelo contrário, alimentar o inimigo faminto e dar água ao inimigo sedento:
“Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem” (Romanos 12.21).
Em meio a todas as adversidades, testemunhamos que os cristãos perseguidos colocam em prática as
palavras de Paulo. Nossos irmãos e irmãs que vivem nos países mais perigosos para os cristãos são foca-
dos em amar o inimigo, têm como propósito de vida não retribuir a ninguém mal por mal, fazer todo o
possível para viver em paz com todos, nunca procurar se vingar, orar pelos que os perseguem, além de
ajudá-los e socorrê-los.
Os cristãos perseguidos, em seu dia a dia, aprendem a colocar os ensinamentos bíblicos em prática.
Mesmo diante de sofrimentos e aflições diversos que resultam da perseguição, eles podem experimentar
a bem-aventurança de que Jesus falou. Mesmo em meio à perseguição extrema, os cristãos conseguem
experimentar da alegria de Cristo e da paz que excede o entendimento.
Aprendemos com os cristãos perseguidos que as perseguições são o cumprimento dos textos bíblicos.
Assim como os cristãos da igreja primitiva, iniciando com os apóstolos que foram perseguidos e mortos,
nossos irmãos e irmãs da Igreja Perseguida não reclamam disso e oram pelas pessoas que lhes fazem mal.
Imagino que para nós não seja tão fácil entender que os cristãos perseguidos não pedem para a persegui-
ção acabar ou a pressão diminuir, mas para suportarem e serem fiéis. No entanto, eles servem de modelo
e encorajamento de que é possível ter em nós a mesma atitude de Cristo Jesus.
Seja uma parceira, um parceiro da Igreja Perseguida. Apoie e faça parte da resposta em favor dos cris-
tãos que vivem nos países mais perigosos para os cristãos. Ore, contribua e compartilhe.

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