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Atinja a cura de qualquer mal através da física quântica!

CONEXÃO
Quântica
- Cura Quântica

Ricardo 1Oliveira
CONEXÃO QUÂNTICA
2ª Edição - Fev/2016

Informações Técnicas:
89 páginas
Escrito em 30/09/2015

Categoria Proibida a reprodução total


metafísica ou parcial desta obra sem
autorização do autor, segundo a
Formato lei 9.610/1998, mesmo que para
Digital (ebook) fins didáticos e sem intuito de
lucro.
Autoria
Jornalista Ricardo Oliveira
MTB: mg14552

Revisão de texto
Rodrigo Márcio Oliveira
Ana Carbone

Diagramação e Arte final


Galba Angelo
Ricardo Oliveira

Imagens
Ricardo Oliveira
freeimages.com/dreamstime.com

Agradecimentos
Andrea Garralda e Márcio Figueiredo

Mais informação sobre os cursos do autor no site:


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“Dedico este livro a toda a humanidade!”
Sumário

Introdução......................................................................................5
1. Nossa Origem e a “Origem” de Deus....................................11
1.1 Profecias......................................................................................14
1.2 Compreender X Entender....................................................22
2. Quem Somos Nós? (realmente)...............................................25
2.1 A voz na cabeça.......................................................................27
2.2 Eu Verdadeiro............................................................................29
3. A realidade física e o funcionamento do corpo, segundo a Física
Quântica.........................................................................................................35
3.1 Física quântica para leigos: primeira lição......................36
3.2 A Realidade física: um mundo ilusório?........................40
3.3 Mecânica de criação de realidade.....................................43
3.4 Funcionamento automático do corpo...............................47
4. Porque sofremos e criamos dor para nós mesmos?.............51
4.1 Humanidade vítima de si mesma.....................................55
5. Práticas para reeducação da mente – Novas crenças...........59
5.1 Exercícios para reeducação da mente...............................62
5.2 Meditação.....................................................................................71
6. Técnicas de curas X Frequência de cura quântica................75
6.1 Cura energética X frequências de cura.............................76
6.2 Ativação prática..........................................................................80
7. A evolução e a nova era............................................................83
7.1 O Supra-humano.........................................................................85
Citações.......................................................................................89
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Introdução

C
aro leitor, é imprescindível começar lhe dando uma visão mais
ampla do que se trata esse livro. Meu objetivo, ao escrevê-lo, é dar
amplitude a um grande movimento de mudança que nosso planeta
está sofrendo, como já tinha sido previsto por civilizações antigas e profecias
em várias épocas. O ser humano está despertando para uma realidade onde
todos os seus potenciais serão utilizados; algo que já se encontra em cada
um de nós, mas não estava sendo aproveitado. Nossa sociedade construiu
uma visão de realidade muito estreita, limitando seus potenciais, criando
desequilíbrios internos e externos. Grandes sábios que viveram no planeta
falaram sobre estes potenciais e até religiões foram criadas baseando-se nas
informações dadas por eles, mas, ainda sim, eram pouco ouvidos. Este livro
lhe fornecerá informações que transformarão a forma de você se enxergar e,
bem como, tudo a seu redor.

Estou falando de uma transformação completa em suas crenças e paradigmas.


A reparação de um erro fundamental de identificação. Somente através
desta reparação você poderá atentar para detalhes internos sutis que são a
verdadeira razão dos sofrimentos e escassez que possa estar experienciando.
Doenças, tristezas e problemas não podem ser algo natural ao ser humano.
Uma vez descoberto o que gera os desequilíbrios, você poderá ir em direção
ao potencial maior que sua vida lhe reserva. Todo ser humano nasce
destinado a ser feliz e realizar seus sonhos. Não teria como ser diferente. Do
contrário, a vida, com todas as suas cores, cheiros e beleza, não faria sentido
algum.

Para a leitura deste livro, tenha em mente que muitos conceitos aqui
apresentados entrarão em confronto com o que você conheceu e aprendeu
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sobre a vida. Sua mente, através dos pensamentos poderão questionar,


duvidar, comparar, e até resistir. Observe tudo o que sentir durante a leitura.
Atente para o fato de que, se estou falando de uma nova visão da realidade,
é preciso confrontar esta existente ao se apresentar a nova.

Está satisfeito com sua vida? Tem realizado seus sonhos e projetos? Vive
com saúde e alegria? Tem muitos amigos e é bem querido? Saiba que foi seu
sistema de crenças que te trouxe até a realidade presente.

Quem é você? Hardware ou software?

Gosto da seguinte metáfora para o ser humano: um computador. Neste,


existem duas partes específicas para seu funcionamento: o hardware e o
software. Hardware é a parte física do computador, onde podemos observar,
por exemplo, o processador de dados, a placa mãe, a memória RAM, o disco
rígido para armazenamento, o monitor, teclado, etc. Já o software seria a
parte lógica, a programação. Para que o computador tenha função prática,
o software faz as diretrizes de comportamento da máquina: executar os
programas, calcular dados, acessar a internet, etc. Agora, façamos uma
analogia com o ser humano. Seu “hardware” seria o corpo físico. O cérebro
estaria relacionado com o processamento de dados, a fala estaria relacionada
ao teclado, as mãos ao mouse, seus olhos seriam o monitor e assim por
diante. Mas, sem uma mente criativa e inteligente para dar função ao corpo,
ele de nada teria utilidade. Então, nossa mente e os nossos pensamentos se
apresentam como o software, aquele que realiza cálculos, faz medições e
comparações a partir do que vê e sente, acessa memórias, etc. Agora, pensando
sobre esta analogia, quem
é você? O software ou o
hardware? Seu corpo ou
sua mente? Não responda
ainda, pense nisso por
alguns instantes. Deixe o
livro de lado e reflita...

A resposta é: nenhum dos


dois! Você é o usuário deste
sistema. Enxergue-se como

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aquele que utiliza a máquina, por “fora”. Olhando para o computador, você
é quem senta na cadeira e aperta os botões do seu corpo. Desta forma, a
máquina “ser humano” pode ser programada ou reprogramada por você e é
disto que esse livro se trata.

A humanidade está reprogramando seu sistema operacional (sistema de


crenças) para, além de usar todo o potencial existente, “instalar novos
aplicativos” que permitem maiores e melhores experiências de vida. Outra
possibilidade a se considerar é a de que todos os programas que geram dor,
sofrimento e desequilíbrio possam ser “deletados” de seu sistema de crenças,
dando mais espaço para uma vida nova e plena.

Com a leitura deste livro, nasce uma nova consciência de quem é você e qual é
o seu papel neste mundo. Ele irá colocá-lo a par do que não está funcionando
adequadamente em seu sistema, onde posturas e crenças criam realidades
de dores e tristezas. Trará consciência para hábitos que suprimem toda sua
fonte de energia, deixando o sistema funcionando em “reserva de bateria”,
sem força até para as funções básicas dos órgãos, sendo esta uma das razões
do surgimento de doenças. A leitura inclui a informação sobre a auto-cura
através do acesso a frequências, que são capacidades que o corpo humano
detém desde o nascimento, alterando seu corpo a nível de de seu DNA.

É por isso que você deve estar atento a toda e qualquer resistência quando
estiver lendo estas páginas, porque ela não é sua realmente, mas de seu
“software” (mente racional). Muitos conceitos serão repetidos para que eles
tenham o efeito de reprogramação. Se vamos colocar um sistema operacional
mais avançado em um notebook, podemos simplesmente formatar o disco
rígido, instalar o novo programa e, em algumas horas, tudo está resolvido e
funcionando. Em relação ao ser humano, não é tão simples. A mente segue
ativa enquanto você está recebendo a nova informação, então é comum e
automático que ela questione. Não se preocupe, isto é natural. Ter medo é
humano, principalmente o medo das mudanças.

Alguns sofrerão mais resistência que outros. De qualquer forma, para ambos
os casos, a informação estará registrada. As próximas páginas mostrarão a
você o porquê da existência desta tendência de não abraçar a mudança. Cabe
a você fazer o uso desta informação para que, cada vez mais, sua experiência
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vá registrando com maior intensidade o resultado benéfico que ela lhe


proporcionará.

O Fator Quântico

Tome consciência, já de antemão, que esta informação é transmitida em


vários níveis para sua mente, muito além das palavras que você lê. Aqui, as
palavras funcionam como um endereço energético de uma informação que
poderá ser compreendida de várias formas durante a experiência da leitura.
Isso inclui sensações físicas, intuições (insights) e sonhos. Este “endereço” lhe
direcionará para sua realidade imutável e infinita.

Aqui, entramos em contato com algo que nos distancia do misticismo


esotérico abstrato, nos aproximando de uma ciência espiritual. Voltando
a analogia do computador, a leitura se transforma em um download de
informação quântica, que não leva em consideração o espaço nem o tempo
percebidos pela mente.

Um dos motivos para ter me especializado em cura quântica como terapia


holística e integrativa é o fato de ela ter sua eficácia comprovado por estudos
científicos. O esoterismo abstrato nunca me interessou por este não poder
ser comprovado, correndo o risco de que tudo não passasse de auto-sugestão
e indução. Neste caso, fazer algo que não pode ser comprovado necessitaria
de fé, o que faria da cura quântica algo mais próximo de uma religião. A
minha formação jornalística não permitiria que algo não comprovado viesse
para estas páginas. Este livro é fruto de uma vida inteira de pesquisas,
experiências práticas e observação, comprovando tudo o que aqui está
registrado. A informação foi checada e testada em mim e em meus alunos de
cursos presenciais, bem como em clientes de sessões individuais.

Todo o conteúdo que você encontrará aqui está sendo dito por várias fontes e
canais através dos séculos, através de diferentes vozes. Talvez não seja nada
de novo para você. Talvez você já tenha visto o que aqui está sendo dito
em algum momento da sua vida, mas sem ter dado a devida atenção. Ter
este livro em mãos, nesse momento, não é por acaso. Sua atenção atraiu para
você uma informação que pode ser a oportunidade para que, finalmente, tudo
que viu no passado tenha razão justificada para prática agora. Em todo o
percurso citarei nomes de autores que mencionam a mesma informação, para
que você possa pesquisar e ampliar o conhecimento que está aqui adquirindo.
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Copo Cheio

Por último, é necessário


compreender que, para chegar a
uma nova informação, é preciso
que a velha dê lugar. Esse é o
conceito clássico de que duas
coisas não ocupam o mesmo
lugar ao mesmo tempo no
espaço. Nesse sentido, sempre
lembro-me das palavras do Dr.
Eric Pearl, americano, criador
da Cura Reconectiva, que ouvi
quando era voluntário em seus seminários internacionais aqui no Brasil.
Ele observou que, ao ensinar a cura para seus alunos, os adultos precisavam
de um final de semana inteiro para aprender algo que uma criança aprendia
em poucas horas. Isso se dava em razão da mente adulta, já programada
pela idade e cheia de crenças, enfrentar muitas dificuldades para absorver
um conceito novo sobre cura. Já em relação a uma criança, ao invés de
questionar mentalmente, elas partem para a prática, compreendendo o seu
funcionamento.

Diante disso, acabo me recordando de Jesus Cristo, que disse em um


determinado momento: “venham a mim as criancinhas, que são puras de
coração”. Com certeza, em sua sabedoria, estaria consciente de que elas
são muito mais aptas a compreender os conceitos que apresentava frente
a religiosos ortodoxos da época. A pureza poderia estar relacionada à
ausência de crenças que os adultos traziam, tais como uma vida acostumada
a conceitos de um Deus vingativo e colérico, diante de uma nova imagem de
um Deus-Pai amoroso.

A mente, muitas vezes, entra em questionamentos, através de sua


capacidade de comparação, projeção (futuro) e acesso a memórias (passado).
Isso é natural. Mas devemos ter atenção para este fato e “frear” a nossa
mente, observando quando estes questionamentos não deixam você viver
a experiência primeiro, comprovar na prática o funcionamento e, então,
observar que talvez suas idéias poderiam ser completamente diferentes da
realidade.
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Geralmente, lemos um livro apenas em busca dos conhecimentos que ele


carrega, achando que isto é suficiente, mas, no caso deste livro, é essencial
que você pratique os exercícios propostos e veja na prática o comportamento
desta informação na sua vida diária e na sua relação com você mesmo.
Não acredite no que vai ler. Crie sua própria experiência, veja por si só os
resultados e tire suas próprias conclusões. Minha intenção com o livro não
é de criar seguidores ou pessoas que acreditem em mim. Eu quero que você
desperte para sua natureza divina e espalhe essa consciência no mundo ao
seu redor, apenas sendo quem você já é.

Finalmente: estamos à beira de uma real integração entre a razão e a


intuição, ciência e espiritualidade. Esta leitura lhe colocará dentro de um
movimento de transformações em sua vida, trazendo eventos, mudanças,
situações e sinais. Esteja atento, consciente e tenha uma boa leitura.

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Nossa Origem e a “Origem” de Deus

“A esperança não será a prova de um


sentido oculto da Existência, uma
coisa que merece que se lute por ela?”

Ernesto Sábato

Q
ual é o sentido da vida? Quem sou eu? Existe vida após a morte?
Há existência antes do nascimento? De onde viemos? Quem criou
a vida? Se Deus criou a vida, quem criou Deus? Todo ser humano
deveria refletir sobre estas perguntas. Afinal de contas, por mais
obscuras ou imprecisas que sejam as respostas, elas são fundamentais para
nossa estadia momentânea neste planeta. Logo, apenas seus questionamentos
já são importantes, mesmo que não alcancemos uma resposta precisa. Aliás,
muitos filósofos, sábios e cientistas dedicaram toda sua existência para
alcançar a resposta de tais questionamentos e a maioria de nossos avanços
vem destes homens corajosos. Este livro não tem a pretensão de destinar
todas as respostas para estas perguntas, até porque elas estão além da nossa
própria razão. Entretanto, podemos nos aproximar delas, e muito! E, daí em
diante, que venha a sua própria conclusão.

Em minha opinião, deveria haver uma disciplina na escola básica sobre


estes questionamentos. Filosofia desde o ensino mais básico. Esta disciplina
daria à criança uma visão muito mais ampla de seus potenciais criativos
e, principalmente, evitaria muito sofrimento na vida adulta. Nossa escola
básica está defasada frente às novas mentes que estão nascendo. A psicóloga
Viviane Senna afirmou isso recentemente em uma entrevista para a BBC
Brasil. O trabalho que vem realizando há duas décadas à frente do instituto

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que leva o nome do irmão falecido Ayrton Senna fez com que ela se tornasse
uma das figuras mais proeminentes no debate sobre educação no Brasil.

“Se pudéssemos transportar um cirurgião do século 19 para um


hospital de hoje, ele não teria ideia do que fazer. O mesmo vale para um
operador da bolsa ou até para um piloto de avião do século passado. Não
saberiam que botão apertar. Mas se o indivíduo transportado fosse um
professor, encontraria na sala de aula deste século a mesma lousa, os
mesmos alunos enfileirados. Saberia exatamente o que fazer. A escola
parece impermeável às décadas de revolução científica e tecnológica
que provocaram grandes mudanças em nosso dia a dia. Ficou parada
no tempo, preparando os alunos para um mundo que não existe mais.”

Viviane Senna,
em entrevista a Ruth Costa para BBC Brasil.

O modelo atual de educação direciona a criança para conceitos sobre o mundo


que estão incompletos e ultrapassados. As crianças atuais tem uma velocidade
incrível de aprendizado. São chamadas, no meio esotérico, de crianças índigo
(nascidas na década de 80), crianças cristal (nascidas a partir da década de 90
até os anos 2000) e, mais atualmente, crianças arco-íris (nascidas após 2000).
Elas trazem a marca do questionamento sobre regras e paradigmas, com
uma visão de mundo muito mais ampla que os adultos.

Isso, muito além de questões místicas, também é um resultado natural da


evolução da consciência humana e avanços em saneamento e nutrição, fazendo
com que o ser humano cada vez mais possa se desenvolver com rapidez e força.
Logo, não seria lógico que deveriamos entregar para essas novas mentes uma
educação adequada para seus potenciais? Obviamente que sim, mas não é isso
que vemos no dia a dia. E por um motivo muito simples: se o adulto não se
fez os questionamentos que apresentei no início do capítulo, porque julgaria
importante ensiná-los para as crianças que estão chegando ao mundo?

Aqui abordamos um ponto importante, porque são poucas as pessoas


que se fazem estes questionamentos. A maioria vive de acordo com o que
aprendeu, e se traçarmos a origem, estamos vivendo como nossos avós que
seguiram seus pais, que também seguiram seus pais e assim por diante. Fazer
tais questionamentos implicaria em posicionamentos críticos, descobrindo
respostas através de inferências, pesquisas e observação, gerando mudanças.
Infelizmente, a maioria não o faz.
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As profecias para o terceiro milênio

O mundo precisa de pessoas com pensamento crítico. São aquelas que não
apenas se contentam com o que é ensinado e transmitido, mas buscam
seu próprio caminho de conhecimento. Uma dessas mentes brilhantes
da atualidade é um físico nascido na Suíça, que dedicou toda a sua vida
em pesquisas e pensamentos no campo da física quântica e teorias sobre
o hiperespaço. Nassim Haramein está trazendo corajosas discussões e
revelações nesse campo, relacionando-as à nossa realidade, à nossa existência
e ao conhecimento das civilizações antigas. Veja qual é sua visão sobre a
humanidade e o momento que estamos passando:

“(...) Estas mudanças têm sido interessantemente preditas por muitas


civilizações antigas através das eras, falando sobre este momento na
história, como um momento em que vamos encontrar muitas mudanças
no nosso planeta. Eu acredito que a história do nosso mundo possa ser
bem diferente daquilo que nos foi contado e ensinado. Que de fato, o
elo perdido entre o Neanderthal e o Homo Sapiens não é apenas um
elo perdido, mas toda uma cadeia de eventos que estão relacionados
com uma civilização avançada chegando à Terra, encontrando ela
num nível de evolução muito baixo, e misturando seus genes com os
nossos para ajudar a avançar a evolução, produzindo o Homo Sapiens,
com um cérebro maior e tudo o mais. Esta mudança, ou estes avanços
no nosso status evolutivo, é descrita em muitas e muitas sociedades
diferentes pelo mundo afora, em textos antigos, em lendas, em mitos
da criação, todos descrevendo esta civilização avançada chegando à
Terra, chamada ‘os Deuses do Sol’, ou ‘os filhos de Deus’, gerando
filhos com as mulheres da terra, ou misturando os seus genes com
as pessoas da Terra para produzir este novo humano. E eu acredito
que essa interação com esta antiga civilização tenha acontecido
ao longo de toda a nossa história. Dentro dos próximos 15 anos
poderemos começar a ver tecnologias que nos permitirão vencer os
campos gravitacionais e fazer levitar coisas, sair fora da superfície do
nosso planeta, e devolvermos a Terra novamente à Terra, permitindo
que o planeta seja um jardim outra vez. A avançada tecnologia que
advém deste conhecimento poderia ter repercussões fundamentais
na nossa sociedade, mudando-a dramaticamente de uma sociedade
que vive numa terra plana, que tem acessos ao nosso sistema solar
e talvez mesmo acesso à nossa galáxia. Eu acredito também que há
um aviso fundamental em todos estes textos e todo este conhecimento,

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que nos diz que quando atinjamos esse nível de tecnologia, é crucial
que tenhamos crescido para nos tornarmos uma sociedade benigna e
colaborativa, em vez de uma sociedade caracterizada por competição e
guerra. Eu penso e vejo à minha volta e tenho visto o desenvolvimento
deste planeta e desta Terra, da nossa sociedade atual, que estamos
a aprender essas lições muito rapidamente. O campo está muito
polarizado, muitas pessoas estão a escolher paz, desenvolvimento
espiritual e colaboração. E muitas estão a escolher a guerra e a
competição. E está a tornar-se óbvio qual é a escolha mais poderosa,
qual é aquela que será necessária para o nosso passo evolucionário
neste momento da história. Eu estou tão excitado por estar aqui
nesta época da história onde estamos prestes as cruzar o horizonte
de eventos do nosso desenvolvimento evolutivo, entrando numa era
de relacionamento galáctico onde nos poderemos elevar ao nosso
máximo potencial e tornarmos os seres galácticos que somos!” (1)

Esta visão vinda de um cientista é realmente grandiosa. Eles são conhecidos


por serem pragmáticos e evitarem ao máximo citações esotéricas e
místicas, mas aqui temos a comprovação de que esta separação está se
tornando impossível conforme se aproximam das respostas frente a seus
questionamentos. O escritor Erich Von Daniken, autor de “Eram Deuses
Astronautas” também tem uma vida de pesquisas em sítios arqueológicos
e uma visão muito próxima a de Nassim em relação as antigas civilizações,
mas esse tema nos traz tanta informação que poderia gerar um outro livro.

1.1 Profecias

A história registrou muitas profecias para o tempo em que estamos vivendo


e por isso Haramein cita a mudança que está em curso no planeta neste
momento. A promessa seria de uma idade dourada para o terceiro milênio,
que teve a virada no ano 2000. Fim das guerras, dores, doenças, grande
desenvolvimento moral para os próximos mil anos. Da virada do milênio
pra cá, já se foram 15 anos, mas o que se vê ainda é a humanidade muito
longe de uma organização pacífica, fome erradicada e fim das doenças.

Vamos analisar então quais foram estas profecias, já que elas vieram de
várias fontes diferentes que muitas vezes não tiveram contado entre si.
São diferentes consciências que, quando usam da capacidade mental de

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projeção ao futuro, olhando para o tempo atual em que vivemos, teriam


a mesma imagem de possibilidade. É importante sabermos qual foi o
potencial futuro para nós, analisando com frieza a distância que estamos
de vê-lo realizado. Esta análise será estritamente empírica, sem nenhum
viés religioso, já que, com o desenvolvimento da leitura, verás que entre
você e Deus (ou Mente Universal, Criador, Eu Superior, Pai Eterno,
Consciência Cósmica, ou qualquer outro nome) não é necessário nenhum
intermediário.

Bíblia

Na bíblia cristã, encontramos em Apocalipse de João, no capítulo 21:1-5, a


seguinte passagem sobre a nova terra:

1 E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro


céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de
Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada
para o seu marido.
3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará,
e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e
será o seu Deus.
4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá
mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as
primeiras coisas são passadas.
5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço
novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas
palavras são verdadeiras e fiéis.

Através desta passagem, podemos ver que o potencial futuro, visto por
João a pelo menos mil e setecentos anos atrás, era de que depois de algum
período de destruição, a terra que sobraria estaria sobe o “tabernáculo
de Deus”, ou sobre as suas asas, que garantiria o fim do sofrimento e que
assim fizesse “novas todas as coisas”.

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Nostradamus

O famoso vidente francês viveu no século XVI, fez a seguinte profecia em


uma carta escrita para o Henrique II, rei da França:

“(...)Depois desse tempo, que parecerá longo aos homens, a face da terra
será renovada com a chegada do Reino de Saturno e do século de Ouro.
Deus Criador ordenará, ouvindo a aflição de seu povo, que Satanás seja
agrilhoado e atirado no abismo do Inferno, na fossa profunda: começará
então entre Deus e os homens uma paz universal e Satanás ficará aprisionado
durante cerca de mil anos, o que reforçará o poder da Igreja; e depois será
novamente libertado.
...
De Salon, este 27 de junho 1558
Michel Nostradamus”

O profeta francês é muito conhecido por várias vezes ter acertado em suas
visões do futuro. Ao analisar esta carta, podemos observar que ele também
consegue ver tal potencial para nosso planeta de “idade dourada”, depois
de prever cataclismas e destruição. Ao comparar com a visão de João, há
também a visão de um inimigo “Satanás” que será aprisionado e depois solto.
Hoje a idéia de diabo, satanás e inimigo de Deus tem um viés religioso muito
forte, então é preciso ver sem julgamento tais conceitos para que, mais tarde
neste livro, o conceito possa ser ampliado sem nenhuma crença. Poderia
ser esta imagem de inimigo, uma das muitas crenças que carregamos e nos
limita o potencial?

Ramatís

O espiritismo é uma doutrina muito difundida no Brasil. Todo seu


conhecimento foi estruturado em estudos do cientista Allan Kardec, quando
decide fazer contato com aparentes consciências que se comunicavam
“do além” no final do século XIX na França. A clareza das respostas não
deixavam dúvidas ao cientista que apenas consciências com muita sabedoria
poderiam ali estar se comunicando.

Do desenvolvimento da doutrina até os dias de hoje, muitos livros


psicografados foram escritos através de médiuns que intermediavam as
mensagens. De todos, o espírito Ramatís, psicografado por Norberto Peixoto,
se destaca por sua sabedoria. No livro “Evolução no Planeta Azul”, ele fala
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muito sobre a transição planetária que atravessaríamos nos dias atuais:

“Este período de transitoriedade vibratória repercute afetando vossos


padrões de sono, relacionamentos sociais, o biorritmo fisiológico
e a percepção do tempo, que fica como que mais rápido. Pode haver
sintomas como enxaquecas, cansaço, sensações elétricas na coluna,
dores no sistema muscular, sinais de gripe e sonhos intensos.
Vossos corpos físicos sofrerão alterações. O DNA dos humanos
está sendo modificado, num método etérico repercussivo que o
levará a ser ampliado para 12 fitas de hélice no corpo somático, ao
mesmo tempo que novos corpos astrais, de outros planetas mais
adiantados, se preparam para encarnar na Terra. Isso vos acarretará
maior intuição e mais amplas habilidades psíquicas, de telepatia
e clarividência, e habilidades curativas sem igual na atualidade.”

Peter Deunov

Podemos ver também que tais profecias foram recebidas em todos os cantos
do mundo por figuras menos conhecidas pelos ocidentais, mas também de
grande conhecimento. Peter Deunov é um filósofo búlgaro que viveu de
1864 a 1944. Reconhecido como mestre entre seus seguidores, Peter foi
considerado uma das 100 personalidades mais influentes da história da
Bulgária, além de ser o autor mais publicado daquele país.

Alguns dias antes da sua morte, em um profundo transe, Peter escreveu


o que seria seu último texto, que acabou registrado como seu testamento
espiritual para a humanidade que seguiria:

“(...)
Vocês não tem ideia do futuro grandioso que os espera. A Nova Terra
chegará em breve. Em poucas décadas o trabalho será menos exigente
e cada um terá tempo para se consagrar as atividades espirituais,
intelectuais e artísticas. A questão da relação entre o homem e a mulher
será finalmente resolvida em harmonia, cada um terá a possibilidade
de seguir suas aspirações. As relações dos casais serão baseadas em
respeito e estima recíproca. Os seres humanos viajarão através dos
diferentes planos do espaço e avançarão no espaço intergaláctico. Eles
vão estudar rapidamente o seu funcionamento e estarão conscientes
sobre o mundo Divino, em união com a mente do Universo.
A Nova Era será a da sexta raça. Sua predestinação é se preparar
para ela, para recebê-la e vivê-la. A sexta raça vai ser construída
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em torno da noção de fraternidade. Não haverá mais conflitos de


interesses pessoais, a única aspiração de cada um será a de viver na
Lei do Amor. A sexta raça será a do AMOR. Um novo continente será
formado para ela. Ele vai emergir no Oceano Pacífico, de modo que o
Altíssimo possa finalmente estabelecer o seu lugar neste planeta.(...)”

O que podemos concluir é que todas as profecias nos colocam diante de


um momento de transformação para uma realidade absolutamente diferente
e grandiosa. O que vejo é que estamos em plena mudança. O espiritismo
prega que o nosso globo terrestre deixaria de ser um planeta de “provas e
expiação”, onde almas encarnam para viver experiências desafiadores e sob
o véu do esquecimento de sua origem, para um planeta de “regeneração”,
onde a alma buscaria uma evolução consciente.

É bem verdade que estamos vivendo algo previsto há muitos anos, mas
saber do potencial é muito diferente de vivê-lo. Daí a importância de trazer
novamente à tona tais possibilidades de nosso futuro como coletividade.
Assim poderemos tomar atitudes mais conscientes em direção a uma vida
melhor e mais equilibrada para si mesmo e os outros.

Mundo atual: loucura coletiva

Observem que, em quase todas as profecias vindas de diferentes fontes,


encontram-se dois pontos em comum: a primeira parte fala de grandes
movimentos naturais que acabariam por gerar eventos coletivos, problemas
políticos e econômicos, doenças e a inconsciência humana como uma
epidemia. A segunda parte sugere que, após esse momento de turbulência,
haveria um período de mil anos de paz, harmonia, e prosperidade. Sim, eu
não abordei as partes iniciais destas profecias. Fiz isto porque, a meu ver, já
estamos vivendo estes anos de convulsões sociais e, por isto, não entendo
como profecias estas narrativas mas sim como acontecimentos presentes.

São muitos os fatores que colocam a humanidade em estado de insanidade


coletiva. Basta observar os telejornais diários. Nas grandes cidades, crimes
bárbaros são cometidos por motivos banais: vizinhos que não se toleram,
discussões de trânsito que chegam a extremos, idosos sob maus tratos
em asilos, policiais corruptos fazendo vistas grossas ao crime, políticos
recebendo propina para compra de votos. A lista seria imensa... Seguindo a
visão das profecias, também estamos sendo acometidos por doenças nunca

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antes vistas. O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que ainda não
se sabe a causa. Cada vez mais crianças autistas estão nascendo, por algum
motivo ainda desconhecido. Em 2012, nos Estados Unidos, nasceu uma
criança autista para cada 88 crianças sem esta característica. Já em 2015, o
número registrado foi de uma a cada 68, gerando um aumento de 30% em
uma população de 320 milhões de habitantes. Além destas duas patologias,
podemos citar inúmeras outras, como depressão e crises de estresse, como
“doenças dos tempos modernos”.

Outro forte indicativo de que as profecias (possibilidades futuras


vislumbradas por mentes do passado) estão em plena realização é o clima.
Cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC
em inglês, divulgaram, no final de 2014, um balanço de todas as mudanças
que estão ocorrendo no planeta e que serão irreversíveis caso não haja uma
atitude política conjunta, a nível global, para evita-las.

- Recursos hídricos: possível redução da oferta de água potável


em regiões subtropicais, secas e aumento de disputas por água;
- Biodiversidade: projeções sugerem uma elevação do risco de
extinção de espécies no século 21 por pressões como a poluição
e o aumento de espécies invasoras;
- Ecossistema marinho: há risco de queda de populações
em zonas tropicais devido ao aumento da temperatura e à
acidificação.
- Produção de alimentos: com a elevação da temperatura, o
cultivo de arroz, trigo e milho em áreas tropicais, como na
América do Sul, pode sofrer impactos negativos.
- Amazônia: ameaça de savanização pelo aumento da
temperatura;
- Inundações: populações de áreas costeiras devem sofrer com
aumento do nível do mar. Nas cidades, maior quantidade de
chuvas deve causar enchentes e deslizamentos de terra.

Pelo fato destes resultados apresentados pelo IPCC serem baseados em


décadas de dados e análises, as conclusões se tornam importantes. Aqui
não estamos falando de profecias. A realidade climática do planeta reforça a
inegável mudança que o ecossistema planetário está sofrendo, paralelamente
ao iminente despertar da consciência humana.

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Então qual é o sentido de viver no sofrimento?

Temos, diante de nós, uma realidade dura. Apenas uma pequena parcela
da população mundial tem todas as suas necessidades supridas, enquanto o
restante luta para sobreviver. Será esse, então, o objetivo da vida? Eu posso
verdadeiramente ser feliz, tendo algum conforto e equilíbrio emocional na
minha vida material, se conviver com um vizinho em grande sofrimento e
miséria (seja um parente, seja o morador do prédio ao lado ou mesmo alguém
vivendo em outro continente)? É impossível ser feliz sozinho, o ser humano
é um ser social. Conforme expandimos nossa consciência em compreensão e
maturidade, não há como ignorar o sofrimento de seu semelhante.

O motivo de haver tanta miséria neste mundo é o egoísmo de cada ser humano
e o somatório disso em um âmbito coletivo. Herdamos da humanidade a
maneira de encarar a realidade no momento em que nascemos e isso é algo
que não podemos mudar, por enquanto. Seu pai lhe ensinará como aprendeu a
se comportar no mundo, transmitindo para você as suas crenças, paradigmas
e experiências, de forma inconsciente ou não. Da mesma maneira, seu avô
assim ensinou a seu pai e assim por diante. Suas crenças e paradigmas são
herdadas através de uma grande árvore genealógica.

O sofrimento e a tristeza não são algo novo neste planeta. De fato, eles
já foram muito maiores e mais sangrentos, quando nos lembramos das
arenas romanas, das invasões bárbaras ou, até mais rescentemente, com a
escravidão e as duas grandes guerras mundiais e seus milhões de mortos.
Poucos subjulgando muitos e a insensibilidade ao sofrimento do próximo.
Mas, então, porque isto tudo? Porque vivemos assim, já que estamos diante
da possibilidade de uma idade dourada de alegria e paz? Qual seria o motivo
de tudo isto?

Uma das principais perguntas que nos fazemos quando estamos em busca
de um auto-conhecimento é em relação à existência de alguma inteligência
responsável pela criação de tudo que existe e, consequentemente, criadora da
realidade, inclusive de nós. As religiões nos apresentam o conceito de Deus:
Criador de tudo que existe, Aquele que não foi criado e que nunca cessará,
infinitamente poderoso, infinitamente bom, onipresente e onisciente.

O conceito de infinito é algo que foge à capacidade de compreensão da


mente porque ela necessita de algum parâmetro de comparação para poder
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mensurar o tamanho de algo. Imagine a seguinte cena: uma vela perante uma
enorme fogueira. Não há como medirmos o brilho da chama da vela, pois a
luminosidade da fogueira o sobrepõe. Agora, se colocamos esta vela em um
quarto escuro, o seu brilho pode ser mensurado, inclusive seus limites.

Pude observar esse mesmo exemplo quando


estava durante o dia me deslocando em uma
estrada. Vi um poste de luz ligado às 11
horas da manhã (provavelmente com algum
defeito em sua célula foto-elétrica, já que
este deveria se desligar automaticamente
ao nascer do sol). Naquele horário, a luz do
poste não tinha efeito. O sol iluminava tudo
até o horizonte, “tendendo ao infinito”, já
que não se poderia ver seus limites, a não
ser a partir do espaço. Mas este mesmo
poste, quando aceso à noite, tem um brilho
bem definido e muito útil quando a luz do sol não está presente.

Assim, através de comparação e medidas, a mente consegue ter idéias e


tirar conclusões. Algo que não tem início nem fim foge à compreensão pelo
simples fato da mente racional ter seu funcionamento através de medidas
e mensuração. Como uma pequena formiga poderia explicar a dinâmica
de realidade do reino humano, com suas relações sociais, sistema político,
tecnologias, etc? Logo, como compreender algo que não nasceu e nunca
morrerá? Neste ponto, fica claro que o entendimento racional em termos de
“infinito” começa a chegar a seu limite.

1.2 Compreender X Entender

Em relação a sentimentos, muitos estados emocionais a que somos acometidos


entram também nesse âmbito, onde a razão nem sempre alcança palavras
para defini-los. Isso nos coloca diante da limitação da mente para explicar
algo que ela pode não compreender (conceitos infinitos) e também algo
que passa diante dela, mas não é fácil de classificar (formiga e ser humano).
Como poderíamos definir o que é o sentimento de amor? Para você, nesse
exato momento, a palavra amor pode ter lhe despertado vários conceitos
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e memórias, mas que podem ser completamente diferentes de pessoa para


pessoa. Para quem já passou por uma grande traição, a palavra “amor” pode
trazer sentimentos de tristeza ou injustiça. E o que dizer da palavra fé?
Coragem? Esperança? Força de vontade? Saudade? Todos são sentimentos
que, durante a vida, podemos sentir, mas que, muitas vezes, são difíceis de
colocar em palavras. Estes sentimentos podem ser compreendidos através
do coração e da sabedoria - mas não entendidos através do intelecto e do
pensamento.

Os sentimentos entram em um reino onde a razão fica de mãos atadas para


explicá-los, como os conceitos infinitos e, também, um criador onipotente
e onipresente. Entretanto, nossa mesma razão, ao olhar para o mundo
manifestado em que estamos, tende a compreender que alguma inteligência
precisa existir por trás da Criação. Isso chega a ser um pensamento lógico
para a mente. Lógico mas não mensurável. Através da observação, vemos
que há alguns sinais na realidade física que parecem ter sido estratégica e
amorosamente colocados neste mundo por alguma consciência superior.

Sinais de um arquiteto universal

Um braço da ciência tem na teoria do Evolucionismo a explicação da vida na


Terra. O principal cientista ligado a esta teoria foi o inglês Charles Darwin
(1809-1882), que publicou, em 1859, uma obra sobre a origem das espécies
por meio da seleção natural ou a conservação das raças. Darwin afirmou que
as espécies não existem da mesma forma ao longo do tempo, mas evoluem.
Durante a evolução, elas transmitem geneticamente essas mudanças às
gerações posteriores. Esta teoria tem sido contestada, inclusive através
da citação do cientista Nassim Haramein no primeiro capítulo, diante da
ausência de um elo entre o homem de Neandertal (Homo neanderthalensis)
e o ser humano atual (Homo Sapiens-Sapiens).

Mas uma informação muito importante foi deixada de lado ao pensarmos na


transmissão genética de indivíduo para indivíduo: qual força está por trás
desta transmissão? O que iniciou tudo isso? Essa é uma pergunta importante
porque esta mesma “força” seria responsável por pequenos detalhes nos seres
vivos que deixam sua vida mais confortável na Terra, muito além de simples
seleção natural. Aqui citamos esses aspectos que não podem ser explicados
e entendidos, mas observados e compreendidos dentro do reino da vida. (2)

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1. Crescimento - tudo que é vivo está destinado a crescer


e prosperar. Uma floresta pode ser um ambiente muito
rico para a observação da prosperidade para todos os seus
habitantes. Plantas e animais tèm ali uma fonte de alimentos
quase infinita, onde a própria decomposição das folhas gera
um solo mais fértil para as raízes das árvores e sua nutrição.
O solo rico alimenta formigas e minhocas, que alimentam

insetos voadores, consequentemente seres maiores, até


grandes predadores, fazendo um grande ciclo de crescimento
e manutenção. Qual força anima a continuidade deste ciclo?

2. Alimentação e nutrição – o processamento da nutrição


é algo maravilhoso que se passa dentro do corpo humano
todos os dias quando você faz uma refeição. Também é vista
de forma incrível na extração de energia pela luz solar feita
pelas árvores e plantas. A nutrição também está contida nas
mães, que garante um alimento perfeitamente específico para
o filho que gera, trazendo todos os nutrientes necessários
para a sua cria nos primeiros meses de desenvolvimento, os
mais críticos onde o pequeno ser não pode obter o próprio
alimento. Um detalhe tão importante para se manter a
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vida parece ser algo arquitetado, muito distante do mero


fruto de repetição automática, como teria se imaginado na
Teoria Evolucionista. E o que dizer das frutas, que têm um
sabor e texturas extremamente agradáveis ao paladar?

3. Cura – os seres vivos (inclusive os vegetais) trazem


consigo um poder de cura inato. Feridas e desordens
causadas pelo ambiente externo são reparadas e curadas
para o equilíbrio primário. A vida traz intrinsecamente
um mecanismo de autorreparação e conservação.
Feridas são cicatrizadas sozinhas, inclusive em árvores.

4. Proteção e satisfação das necessidades – Os animais


são revestidos de pêlos, plumas e penas para proteção contra
temperaturas externas. Unhas e cascos protegem suas mãos e
patas. As sobrancelhas, no ser humano, estão estrategicamente
posicionadas para que o suor salgado não entre nos olhos. Há,
sem dúvida nenhuma, pequenos luxos na vida que dificilmente
estariam ali por acaso.

Esses são alguns dos aspectos que só poderiam ser explicados por uma força
inteligente por detrás da criação, muito amorosa e cuidadora, orquestrando
e arquitetando tudo. E dentro de toda essa criação, o ser humano estaria
relacionado como a obra prima, sendo citado na Bíblia como “criado à Sua
imagem e semelhança”. Mas então seria Deus... humano?

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2
Quem Somos Nós? (realmente)

“Místicos, ao contrário de religiosos, dizem sempre que a realidade não é duas


coisas - Deus e o mundo - mas uma coisa: consciência.”

Amit Goswami

S
eria impossível responder quem nós somos realmente sem conhecer
quem nos criou. Questionar-se sobre a consciência superior criadora
desta realidade é o primeiro passo para compreender, de forma
mais precisa, quem somos nós. Esta falta de auto-conhecimento pode
ser considerado o grande motivo para suas dores, problemas, tristezas, e
também, os problemas globais de preconceito racial, religioso, guerras,
fome... O fim de todas as desarmonias está na resposta correta para este
questionamento.

Para iniciarmos o capítulo, voltemos ao questionamento que lhe propus no


início do livro, com a pergunta “quem é você”. Esta pergunta já foi feita
por mim para centenas de alunos de meus cursos presenciais. Qual foi sua
resposta para ela? Abaixo, coloco as 6 respostas que mais recebo, e vamos
analisá-las uma a uma. Veja em qual delas a sua reflexão poderá se encaixar:

1. “Eu sou João, nascido em Belo Horizonte, morando


atualmente em São Paulo, engenheiro, pai de três filhos”.
- Se, por um acaso, eu rasgas sua certidão de nascimento ou sua
carteira de identidade, você deixaria de existir? Aqui a resposta
está atrelada ao nome que este corpo recebeu e que você o tem
como parte de quem você é. Observe que uma criança quando
nasce ainda não tem fortemente a identificação com seu nome,
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então é onde vemos situações em que a criança chamada João


acaba dizendo: “Mãe, Joãozinho está com fome”. E a mãe diz:
“Menino, você está falando errado, você está com fome”. A
criança, confusa, ainda identifica que seu corpo está com fome,
e este corpo se chama João, então volta a dizer: “Mas mãe,
Joãozinho está com fome!”. E a mãe: “Não João, quando é assim,
você diz ‘eu estou com fome’, entendeu?”. A identificação que
fazemos com os papéis que executamos na vida também não
dizem quem somos realmente, até porque tais papéis mudam
constantemente durante a vida, mas algo permanece. O que
permanece?

2. “Sou uma pessoa alegre, batalhadora... um pouco


teimosa, às vezes, que está em busca de respostas” – esta é
uma resposta comum, onde a pessoa estaria enumerando suas
qualidades, defeitos e qual é a direção que busca na vida. Mas a
pergunta foi “quem é você?”, e não “quais são suas qualidades?”.
Por isso, nesses casos a sua noção de “Eu” estaria atrelada às
suas qualidades e aspectos da personalidade. Quem é você além
da sua personalidade?

3. “Sou um buscador espiritual” – Para quem já fez vários


cursos espirituais e de auto-conhecimento, esta pode ser uma
resposta pronta. Ser um buscador também equivale a alguém
que busca formar sua auto-imagem através dos vários caminhos
que levam a Deus, tirando a sua própria conclusão. Isto não está
errado, mas ela esconde uma pequena armadilha. Quando, um
dia, você realmente encontrar o que procura, o termo buscador
deixará de fazer sentindo. Inconscientemente, fazer a afirmação
de ser um “buscador”, implica estar sempre buscando. Mas o
objetivo não é justamente encontrar?

4. “Sou uma alma vivendo uma experiência em um corpo,


uma encarnação” – Esta afirmação traz em si o conceito da
vida após a morte. Várias religiões acreditam que a vida na
Terra seja parte de uma experiência maior como alma, onde
ela escolhe nascer em um corpo para experienciar situações e
aprender com elas. Isso seria um plano de evolução, da qual a
alma escolheria inclusive a família que iria nascer. Ela também
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escolheria o momento de nascimento, e definindo, através da


posição das constelações neste instante, algumas características
de personalidade (signos). Até aqui tudo ok, porém, podemos
de forma simples levantar algumas questões. Sob este ponto
de vista, você existiria antes do nascimento deste corpo. E
também continuará existindo após a morte dele, o qual está
utilizando para suas experiências na Terra. Então, diante de
um pensamento linear, podemos afirmar que você não é o seu
corpo, mas está em um corpo, pois este um dia perecerá. Então,
quem é você?

5. “Sou uma chispa de Deus, Criador na Terra” e “Sou


Filho de Deus, um ser de luz” – Estas duas respostas são
muito boas conceitualmente, mas o título do capítulo traz
na pergunta “quem é você” a palavra “realmente”. Quando
digo conceitualmente, trago sua atenção para uma idéia pré-
estabelecida, ou conceito, que fazemos do que implica ser
uma alma encarnada, ou um ser de luz. Como filhos de Deus,
herdaríamos também suas qualidades. Então, se acreditamos
sê-lo, porque será que ainda experienciamos dores, doenças,
desafetos, tristezas, misérias?

6. “Eu não sei quem eu sou” – Considero esta a melhor


resposta, mesmo que não haja resposta correta para uma
pergunta tão profunda. O diferencial dela é não haver uma idéia
prévia sobre quem se é e implica em abertura para algo que
pode ser além do conceitual.

E aqui, relembramos a metáfora do copo cheio que não recebe mais líquido
(não cabe), mesmo que esse líquido seja puro, límpido, não idealizado.

2.1 A voz na cabeça

A minha intenção com esses questionamentos é irmos além dos conceitos.


Acreditar que somos algo não basta se não sentimos isso verdadeiramente.
Quando lhe trago a reflexão sobre quem é você, normalmente se inicia um
“monólogo interno” onde memórias são ativadas e vasculhadas sobre a idéia
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que cada um faz de si mesmo. Durante esse “diálogo” você examina, lembra,
compara, mede, concluí. Mas quem está conversando com quem? Esta voz
com quem você lida todos os dias, do momento em que deixa a cama até o
momento que volta para dormir; esta voz é você?

Direcionemos a atenção para a voz que fala conosco durante o dia todo, aliás,
durante a vida inteira. Pode ter sido taxada de pensamentos, mas sob uma
análise fria, na realidade, é uma voz que fala. Para alguém falar, é preciso que
outro escute. Você é quem fala ou você é quem ouve? “Mas, assim, existiriam
dois ‘eus’ dentro de mim”, você pode pensar. Veja que parece confuso, mas
estamos falando de uma relação muito íntima de você consigo mesmo. E isso
fica fácil de observar em alguns momentos, quando você pode até duvidar
do que estava pensando ou quando tem pensamentos agressivos, estranhos.

É muito comum observar pessoas em sua vida diária, em um centro comercial


de uma cidade ou dentro do ônibus, andando para lá e para cá completamente
entretidos com essa voz. Você nota que o olhar destas pessoas permanece
no vazio, como se o corpo estivesse presente, mas não o “espírito”. Em
casos mais extremos, algumas pessoas podem até começar a falar em voz
alta com seus pensamentos e ser logo taxada de louca ou esquizofrênica. O
mais interessante é que se você observar alguém falando sozinho, logo pode
pensar: “nossa, eu não quero acabar como essa pessoa”, sendo que, neste exato
momento, você também está “falando” sozinho, apenas não verbalizando o
que falou em pensamento.

 voz na cabeça pode também ser


A
muito dura, quando algum erro é
cometido e, como se não bastasse
o próprio erro, a voz se comporta
como um juiz, acusando-se de
incapacidade, incompetência,
deixando a situação ainda pior.
Você pode já ter lidado com
uma situação similar, onde seus
pensamentos estavam surgindo
de forma tão intensa que até
adormecer parecia difícil. A voz falava na sua cabeça, firme, constante,
impedindo-o de descansar. Todos esses exemplos são muito simples de serem
identificados porque todo o ser humano lida diariamente com essa voz.
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2.2 Eu Verdadeiro

“Mas se essa voz não sou eu, quem sou eu, então?”, seria uma pergunta
plausível. Essa voz não é você, eu posso lhe garantir. Simplesmente porque
essa voz é fruto de seus pensamentos, que são frutos de todas as experiências
que você já teve durante a vida. Você está muito além de seus pensamentos
e muito além do seu corpo. Está muito além de qualquer conceito que eu
poderia lhe apresentar. Sim, você é a obra prima da criação, só precisa
relembrar isto!

Aqui eu me junto ao coro de muitos sábios que dedicaram sua vida a despertar
as pessoas para o seu Eu Verdadeiro. Dentre alguns, posso citar Eckhtar
Tolle, autor de “O poder do Agora” e “Um novo mundo, o despertar de uma
nova consciência”, Deepak Chopra, escritor criador da cura quântica (autor
de “Poder, Liberdade e Graça”, que fala exatamente disso), Donald Neale
Walsch, autor da trilogia “Conversando com Deus”, o físico quântico indo-
americano Amit Goswami e também o sábio guru jamaicano Mooji, dentre
outros. Finalmente estamos diante do erro fundamental da humanidade: a
identificação com seus pensamentos.

Esta identificação, com aspectos de personalidade e de cultura, impedem


o ser humano de experimentar uma vida completamente ilimitada. Daí o
chamado “erro fundamental da humanidade”. Tal identificação é algo tão
comum neste planeta, que você já nasce absolutamente influenciado por esse
modo de ser, mesmo ele não sendo a realidade.

Aqui retomo o exemplo da criança que afirma “Joãozinho está com fome”.
Quando nascemos, por ainda termos a remanescência de onde viemos e
de quem realmente somos, a identificação com a personalidade ainda não
está forte na criança e é por isso que esse tipo de afirmação acontece. A
criança está informando o que está sentindo neste corpo através da pureza e
inocência infantil. Então, o adulto, já completamente identificado (por assim
ter aprendido com seus pais), afirma para a criança de que a sentença das
palavras foi formulada errada. “Você está falando errado, João. Quando é
assim, você diz: eu estou com fome”.
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A identificação com o falso “eu” pode ser considerada um dos motivos


de guerras e conflitos religiosos. Quanto maior a identificação, maior a
possibilidade de julgar que o meu ponto de vista está correto ante o seu.
Quando estamos em grupo e precisamos trabalhar juntos para atingir certos
objetivos, estas relações podem ser completamente influenciadas, uma vez
que eu esteja completamente identificado com a minha personalidade, não
me permitindo ouvir o outro com real disponibilidade.

Mas qual é a nossa real existência além de nosso corpo e de nossos


pensamentos? Quem é o verdadeiro Eu? A teoria da reencarnação traz
alguma luz para o mistério da vida após a morte. Mas esta teoria em si
não é suficiente para termos um real contato com nosso verdadeiro ser.
Ela explicaria, por exemplo, que existiríamos antes do corpo nascer e que
continuaremos a existir após a morte. Isso implica em só depois da morte
eu estar em contato com meu verdadeiro ser? E por que não começar esta
experiência agora, neste momento presente? Em relação a este ponto,
Eckhart Tolle em seu livro “O Poder do Silêncio” afirma categoricamente:

“Você não encontra a paz reorganizando os fatos de sua vida, mas


descobrindo quem você é em um nível mais profundo. A reencarnação
não ajuda, se na próxima encarnação você continuar sem saber quem é”.

A Consciência: o ser ilimitado

Você é consciência. Este é um dos pontos que diferem o homo sapiens-


sapiens do restante dos animais. A física quântica classifica o nosso ser
como uma “consciência observadora”, ou “o observador”. Um olhar através
do qual se experimenta a vida tendo a noção de que se existe. A nossa
consciência, sem nenhum limite ou classificação, é o aspecto mais divino
que carregamos, talvez o único realmente infinito. Ela faz a expressão “a
imagem e semelhança de Deus” ser compreendida de forma mais clara,
não Deus como um humano, mas nós como ilimitados. Como filhos de um
Criador onipotente e onisciente, somos herdeiros de Sua grandeza e de Suas
capacidades, portanto igualmente criadores de nossa realidade individual.

Todos estamos conectados e unidos, vindos da mesma fonte primária. Os


índios lakotas têm uma frase muito famosa para isso: “Mitakue Oassim”,

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somos todos irmãos. Eles ampliam essa perspectiva para todos os seres
vivos e não vivos, se referindo à natureza como irmã nuvem, irmã lua. Essa
conexão coloca todos os seres humanos como uma única tribo terráquea,
sem nações, sem credo, sem raça. Apenas diferentes tribos vivendo em um
único planeta.

Sua natureza divina não está ligada a nenhum conceito ou classificação.


Homem, mulher, arquiteto, médico, filho, mãe, judeu, católico, evangélico,
negro, branco, americano, chinês, rico, pobre, etc. Todos são aspectos ou
papéis que acabamos por identificar durante a vida. As classificações nascem
da mente para se orientar. Daí a célebre definição de Deus: Eu Sou. Observe
que, após as duas palavras, não há mais nada, nenhuma classificação. Podemos
observar algumas citações na Bíblia que ilustram este ponto.

Moisés perguntou: “Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes


disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me
perguntarem: ‘Qual é o nome dele?’ Que lhes direi?”
Disse Deus a Moisés: “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos
israelitas: Eu Sou me enviou a vocês”.
(Êxodo 3:13-14)

Também o Cristo se expressa de maneira clara em relação ao Eu Sou, a


consciência que somos. Quando ele pregou o perdão à Maria Madalena diante
de uma multidão enfurecida, foi muito questionado por qual autoridade
ele poderia estar falando, sendo Abraão a referência divina para quem o
questionava. A resposta dada foi “Eu afirmo que antes de Abraão nascer, Eu
Sou!”. (João 8:58). Muita sabedoria vem destas únicas duas palavras, e vale a
pena refletir em seu sentido.

Observe seus pensamentos e conceitos, mas sem julgamento. O campo


religioso desperta automaticamente memórias e “pré-conceitos”. Tais
pensamentos poderão se colocar como algo absoluto usando de artifícios
relativos, mas, por trás disso tudo, está uma natureza que nos conecta a uma
única fonte: Eu Sou.

A voz da separação

A maior dificuldade de um ser desperto é conseguir explicar a natureza


absoluta para a mente racional do ser humano. Já dizia um grande xamã com

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o qual convivi por muitos anos, aprendendo a domar meus pensamentos: “a


mente é um ótimo servo (da consciência), mas um péssimo senhor”. Daí
a razão de Cristo utilizar muitas parábolas e metáforas quando falava às
multidões. Quando se fala para uma grande audiência, precisa-se levar
em consideração que cada ouvinte ali tem o seu próprio nível evolutivo e
capacidade de compreensão. Em relação a todo o potencial do Eu Verdadeiro,
Cristo disse:

“Porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte:


Ergue-te e lança-te no mar e não duvidar no seu coração, mas crer
que se fará o que diz, assim será com ele”
(Marcos 11:23)

Essas palavras são direcionadas diretamente para o aspecto criador da


consciência, e trazem em si muito do que está sendo confirmado pela ciência
agora. Ainda assim, nunca tivemos uma prova concreta palpável de alguém
que, com a vontade firme, tenha movido uma montanha. O objetivo de
Cristo com essa metáfora era direcionar nossa atenção para o potencial que
carregamos. Por isso voltamos a aquela “voz na cabeça” que muitas vezes
nos diz que não somos capazes, de que não vai dar certo e que nos tira a
chance de tentar.

A identificação com os pensamentos destrói qualquer possibilidade de


unificação e paz na humanidade. Quanto maior a identificação com os aspectos
de sua personalidade, mais separada ela se tornará de uma unificação real
com Tudo que É. Para este ponto, o hinduísmo chama a realidade física de
Maya(3), ou “A Ilusão”, porque através do filtro de nossos sentidos físicos,
vivemos uma ilusão de que estamos todos separados.

E é por isto que vemos atrocidades de todos os tipos em nosso planeta:

• Guerras santas: a total identificação com uma religião


me impele a querer impor minha crença ao outro ou a outra
nação. O Oriente Médio é um exemplo claro de como um
aspecto cultural pode fazer o ser humano impingir dor a outro
justificando-se com a idéia de justiça divina.
• Destruição da natureza: a ilusão de que somos separados
da natureza traz a idéia de que podemos dominá-la e utilizá-la
a nosso bel prazer.

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• Criação de animais para consumo: as grandes indústrias


de alimentos tratam os animais como produtos, sem a mínima
piedade em seu abate ou manejo.
• Corrupção política: apenas um ser completamente
inconsciente de sua natureza divina poderia fazer uso para fins
pessoais de recursos financeiros que são destinados a milhões
de pessoas e suas necessidades básicas como saúde e educação.
• Desequilíbrios sociais: vemos ainda uma disparidade
enorme em nossa sociedade organizada, onde poucos têm
acesso a muitos recursos e muitos estão necessitados do
mínimo, como moradia e alimentação.

Todos esses exemplos citados têm, em sua raiz, aspectos de cultura e


personalidade em suas origens. Este é um dos mais importantes paradigmas
a ser mudado, sobre quem somos realmente e qual o nosso papel no mundo.
Você não é um corpo humano tendo experiências espirituais. Você é um
ser espiritual tendo experiências através de um corpo humano. Em minha
vasta experiência com muitos mestres professores, nenhum foi tão eficaz em
me mostrar a Verdade do ser quanto Mooji. Através de palavras simples
e claras, este sábio jamaicano prega que, além de qualquer classificação ou
conceito, podemos encontrar uma verdade que nunca deixou de ser e nunca
deixará: somos Um com o Criador.

Os ensinamentos indianos da Advaita Vedanda (Visão não Dual), que Mooji


compartilha de seus próprios mestres, nos diz que “neste presente já existe a
paz, alegria e liberdade inimagináveis, e muitos caminhos e religiões chegam
até este ponto. Contudo, podemos ir além”. Quando permanecemos com a
atenção focada mais e mais apenas na consciência além dos pensamentos –
isso, segundo o mestre, é a forma mais simples de autodescoberta – começa
a ficar claro que mesmo este espaço sutil de consciência existe dentro de um
espaço maior, que o percebe. Quem é este que percebe a si mesmo?

A consciência, além da “voz na cabeça”, deve ser aquilo que está além de
tudo, onde a Pura Consciência se revela eternamente. Assim, a “espinha
dorsal” da autodescoberta ensinada por Mooji e guiada ativamente em todos
os seus encontros com seus alunos é o conjunto destas quatro perguntas:

1. Para quem todas as experiências, percepções, conhecimento,


e fenômenos mentais (desejos, pensamentos, sentimentos, etc.)
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existem?
2. Quem ou o que é este “eu”?
3. Quem ou o que descobre que este “eu” é irreal, ilusório,
apenas um pensamento?
4. O que é você que está além da Consciência? (4)

Convido você, leitor, a experienciar agora o que aprendemos com este


capítulo através de uma meditação de “autodescoberta”. Busque seu local
tranquilo, onde não será incomodado, e procure relaxar de olhos fechados.
Respire lenta e profundamente por alguns minutos, acalmando seus
pensamentos. Observe como os pensamentos aparecem automaticamente em
sua tela mental, acompanhado da voz que está sempre apontando algo, ou
descrevendo algo. Simplesmente não faça nada, diante destes pensamentos.
Busque concentrar-se em sua respiração e sempre que um pensamento
vier à mente, não se identifique com ele e espere que se vá. Pensamentos
são parecidos a nuvens: eles vêm e vão. Estão em constante movimento,
incessantes, mas o que faz com que eles se fixarem é sua atenção a eles.

Procure pelo seu Eu Verdadeiro, mas não deixe que a mente logo o rotule
com um pensamento. Apenas observe.

Daqui em diante, começaremos a fazer a ponte entre a espiritualidade e


a ciência, pois a física quântica irá nos ajudar muito a compreender tudo
sobre a nossa natureza e como podemos, através deste conhecimento, criar
uma realidade de abundância e saúde para nossas vidas. Agora chegamos ao
ponto onde a ciência começa a definir quem somos realmente, frente a nosso
corpo e como lidar com essa nova realidade.

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A realidade física e o funcionamento do
corpo, segundo a Física Quântica

“A visão cartesiana do isso ou aquilo deve ser substituída pela


visão quântica das múltiplas alternativas e
pelo conceito de complementaridade que incorpora infinitas
possibilidades quando apreciadas por uma mente aberta”

Maurício A. Costa

A
Física Quântica teve seus primeiros estudos no começo do século
1900. Ela se aplica à observação do comportamento de partículas
atômicas e subatômicas: os átomos, elétrons, prótons, quarks, e
outras partículas muito pequenas. Demandaria grandes estudos para se
compreender todo o conhecimento que se tem descoberto sobre porções
tão mínimas da matérias. Iremos nos ater apenas ao que nos interessa
para a compreensão do ser e seu lugar nesta realidade, de forma que essa
compreensão nos ajude a lidar com o mundo exterior de forma equilibrada.

É importante tomar conhecimento destes estudos e lhe direi o porquê. Há


mais de 100 anos, cientistas como Mark Plank, Albert Einstein, Werner
Heisenberg e Max Born faziam suas descobertas sobre a realidade quântica.
Levou-se muito tempo até que elas fossem aceitas pela comunidade científica
e levadas a sério. Leia-se “aceitas” como compreendidas. Normalmente, uma
descoberta que muda totalmente os pilares de entendimento sobre algo que
já é estabelecido leva um tempo para que se torne senso comum. Levou-se
mais de 100 anos para que a física quântica começasse a se tornar algo que

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a população entendesse (e aceitasse), de forma que o conhecimento fosse


ensinado a qualquer pessoa. Não só pela complexidade de cálculos e teorias,
mas também pela resistência a novos conceitos (principalmente quando
estamos falando sobre a forma de interpretação da realidade).

A resistência a novos conceitos não é algo novo na humanidade, aliás. Por


muitos anos, acreditava-se em uma terra plana, onde o Sol girava ao seu
redor. Essa crença não foi sólida em todas as civilizações, pois existem
evidências que no Antigo Egito já se sabia que nosso planeta redondo
orbitava em torno do sol. Mesmo assim, a crença de uma terra plana gerou
um dos mais famosos casos de conflito entre religião e ciência da história
oficial registrada. Galileu Galilei foi condenado pela Inquisição a se retratar
diante da afirmação de que a Terra giraria em torno do Sol. E isto foi feito
diante da ameça de morte pela fogueira. Hoje, a visão não é tão obscura.
Podemos falar de novos conceitos sem sermos acusados de hereges ou
acabar sendo crucificados.

3.1 Física quântica para leigos: primeira lição

É importante começarmos por desmistificar


um pouco o uso da palavra “quântico”, que
tem sido usada amplamente na mídia. Para a
física, quântico (ou “quantum”) quer dizer a
menor quantidade de energia radiante, igual
a frequência de radiação associada. Se toda
a matéria também se comporta como ondas
de frequência, o quantum seria a menor
quantidade de energia e pulso de frequência
de uma pequenina partícula de matéria (aqui
falamos das constantes de planck, que seriam extremamente menores que
um átomo).

De início, vamos analisar qual é o senso comum para o funcionamento da


realidade física, que é ensinado ainda na escola básica. A matéria é vista
como algo sólido, intransponível e inalterável. Para que isso seja mais
prático, olhe ao seu redor e observe o que está vendo. Paredes, revestidas

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de cimento (areia e sílica) e tijolos (sobretudo barro moldado), móveis de


madeira, eletrodomésticos, lâmpadas, plantas... todos os objetos seriam
formados por pequenas partes chamadas moléculas (principalmente no caso
das plantas) formadas por partes ainda menores, os átomos. O que daria a
noção de solidez aos átomos deveria ser seu núcleo, formado por prótons e
nêutrons, que, apesar do grande espaço vazio entre eles, estaria flutuando no
ar como algo sólido. Estes objetos estão separados de você, isto é, não são
influenciados por seus pensamentos e eles não os influenciariam.

Até aqui, apresentei o senso comum ensinado pela escola. Só que, através
da observação, os cientistas perceberam que o núcleo do átomo não seria
realmente sólido. Ele “pisca”, isto é, em um determinado momento está ali e
no outro não. Seriam dois momentos: um de partícula (sólida), outro de onda
eletromagnética(não sólida, que atravessa as paredes como ondas de rádio e
wi-fi), em uma transição intermitente entre um estado e outro.

Essa observação é conhecida como o “experimento da fenda dupla”.


Ele é um ponto onde há um grande “problema” para a os estudiosos do
assunto, porque se a matéria também se comporta como onda, as leis que se
aplicariam à física clássica não se aplicaria à física quântica. Daí o porquê da
grande defasagem no que nos é ensinado na escola perante a informação que
estou lhe apresentando. Todos os estudos de ciência transmitidos ainda de
geração para geração é baseada na física clássica.

Baseado no experimento da fenda dupla, o físico Niels Bohr fundou em 1920 o


Instituto de Física Teórica na Universidade de Copenhagen, desenvolvendo
junto a seus colaboradores os termos da “Interpretação Copenhagen”
(Copenhagem Interpretation), que estabeleceram os principais termos de
comportamento de partículas como se conhece até hoje da mecânica quântica.
São eles, segundo Nassim Haramein (serão explicados mais adiante):

• Princípio de complementaridade de Bohr: os experimentos


podem mostrar tanto propriedades de partículas de matéria, ou
de propriedades de onda, mas nunca os dois juntos. Devemos,
portanto, utilizar os dois pontos de vista para explicar
os resultados e consideram sua natureza como aspectos
complementares de uma única realidade.
• Matéria e fótons não devem ser pensado como “ondas”, mas
sim como “probabilidade”, ou seja, não podemos ter a certeza de
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que qualquer partícula vai ser em determinado momento. Isto


foi descrito pela equação de onda de Schrodinger, que define a
probabilidade de um estado ocorrendo fora de uma multidão de
estados possíveis.
• Princípio da incerteza de Heisenberg: é impossível saber
todas as propriedades de um sistema ao mesmo tempo. O que
não pode ser conhecido, deve ser descrito como probabilidade.
• Sobre a posição/momento de uma partícula ou sistema:
quanto mais você souber sobre uma dessas propriedades, menos
saberá sobre a outra.
• O estado de um sistema pode ser descrito como uma função
de onda a evoluir no tempo até que uma medição é feita e, para
em seguida entrar em colapso imediato a um auto-estado de
sua medição. Por exemplo: se a posição é medida, esse estado
é gravado e informações sobre impulso estão perdidos. Da
mesma forma, se o impulso é medido, em seguida, informações
sobre a posição são perdidas.

Fabrizio Carbone/EPFL

No início de 2015 tivemos o primeiro


registro da mecânica quântica sobre o
qual venho lhes falando. Foi registrado
o comportamento luz/onda captado ao
mesmo tempo através de uma fotografia. (5)

Em que isso é importante?

A partir daqui, a física quântica se torna mais complexa, lidando com


enormes quantidades de energia, calculadas por grandes equações. Não
há necessidade de continuarmos com o estudo teórico, pois o experimento
da fenda dupla já traz informações suficientes para te ajudar em sua vida
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diária. Ele comprova um enorme poder que a consciência humana carrega


consigo mas pode não estar atenta. Aqui, o poder da consciência de criar a
sua realidade deixa de ser uma promessa.

Quando os cientistas observavam a matéria se comportando como partícula


ou como onda, a cada momento que se colocava um tipo de instrumento
para medi-la (medições de onda ou de partícula), o outro comportamento
não podia mais ser medido. É por isso que na Interpretação de Copenhagem,
foi afirmado que “quanto mais você souber sobre uma dessas propriedades,
menos você pode saber sobre a outra” e também “se a posição é medida, esse
estado é gravado e informações sobre impulso estão perdidas. Da mesma
forma, se o impulso é medido, em seguida se perde as informações sobre a
posição.”

Isto quer dizer que, no momento em que há um instrumento de medida (em


que haja um tipo de observação), a outra possibilidade deixa de existir. Isso
é o que foi dito pelo físico teórico americano Fred Alan Wolf no famoso
documentário Quem Somos Nós, ”a matéria se comporta diferente quando
está sendo observada”. Mas então, sob o olhar de uma consciência (cientista
com aparelho de medição), a matéria pode alterar seu comportamento?

Sim! E esta afirmação não é um conhecimento de senso comum. A visão


de que o mundo é permeado por possibilidades infinitas e de que a
consciência tem influência direta nelas é bem diferente em comparação com
a visão de que a matéria é sólida e inerte, até impenetrável e imutável. A
interpretação de Copenhagem foi publicada em 1920, mas colocou a física
em 80 anos de crise. Apenas nas últimas décadas é que as equações e os
estudos concordaram que Niels Bohr estaria correto e que mais estudos
comprovariam suas afirmações. A verdade é que ele e os físicos envolvidos
estavam muito além de seu tempo.

Voltemos ao impacto que esses estudos teriam em sua vida diária. Me


responda: é possível então que a minha postura mental sobre algum objeto
físico possa influenciá-lo? Vamos a um exemplo: durante sua vida, você teve
experiências que fizeram acreditar que carros usados sempre dão problema.
Ao abrir um jornal, dentre muitas notícias, você acaba lendo sobre pessoas
que compraram carros usados e que eles se tornaram um grande problema
no futuro. Além disso, um conhecido seu compra um veículo seminovo, mas
descobre que ele trazia um problema e que nenhum mecânico encontrava
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o defeito. Daí, por alguma circunstância da vida (como um bom desconto,


por exemplo), você acaba tendo a oportunidade de comprar um carro usado,
com pouca quilometragem rodada e muitos opcionais! Você compra o carro,
passa alguns meses com ele, sem nenhum problema. Em um determinado
dia, saindo para trabalhar em uma manhã bem fria, você dá a partida
e ele não liga. Nos dias seguintes, novamente no momento da partida, o
carro apresenta problema, e você diz: “Aí, tá vendo? Carro usado sempre
dá problema”. E eu lhe faço a pergunta: é possível que sua postura mental
possa estar criando essa realidade para você? Será possível que sua crença
possa estar influenciando a matéria inerte? A possibilidade onde o carro não
apresentaria problemas existe, caso você não trouxesse consigo essa crença?

Agora, reflita se você já manteve esse tipo de postura mental (ou crença)
com qualquer tipo de eletrodoméstico. Seja ele celular, notebook, cafeteira,
maquina de lavar, caixa eletrônico de instituição financeira. Esta reflexão
é importante porque, pegando o caixa eletrônico de banco como exemplo,
são máquinas que podem naturalmente apresentar problemas devido a
utilização massiva. Agora, imagine que dentro de uma complexa trama
de possibilidades, diante de 4 ou mais caixas, você escolhe logo aquele que
engolirá seu cartão justamente no momento que iria utilizá-lo. Coincidência?

Este ponto não pode passar despercebido porque trazemos uma crença muito
arraigada de que a matéria inerte não é influenciada pelos pensamentos.
Este paradigma é antigo e vem hereditariamente programado em você. Será
que afirmar continuamente que “a violência está sem controle” e o medo de
ser assaltado pode atrair a circunstância de um encontro entre você e um
ladrão querendo roubar? Pense nisso durante alguns minutos...

3.2 A Realidade física: um mundo ilusório?

O que o experimento da fenda dupla comprova é o maior dom que o ser


humano traz consigo: capacidade de influenciar a realidade e a força do
pensamento criativo. Talvez nem os próprios estudiosos do assunto tenha
atentado para esse detalhe, mas um experimento que comprova a influência
da consciência diante da matéria física é a demonstração da capacidade
criadora do ser.

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Nós já direcionamos nossa atenção no capítulo anterior para quem é (ou o


que é) Deus, a força inteligente por trás de nossa criação e do mundo que
vivemos. Se viemos de uma força inteligente e infinita criadora (como filhos
ou emanações), herdamos as características desse criador ou de nossa fonte
primária. Logo, filho de peixe, o que é? Peixinho. E o que seria filho de
Deus? Deus-filho. Isso automaticamente, em um pensamento linear simples,
nos colocaria como co-criadores da realidade também. Talvez você já tenha
ouvido falar dessa linha de pensamento em alguma religião, doutrina ou
filosofia, mas o que estou apontando é um experimento da física quântica
que comprova a capacidade da consciência humana de influenciar a matéria
física.

Ao observar a matéria bem de perto, os cientistas ficaram intrigados com


esse comportamento da matéria atômica. Além de haver muito espaço vazio
dentro de um átomo, suas únicas partes sólidas ainda ficavam se comportando
como ondas e partículas o tempo todo, sumindo e aparecendo. Para que você
possa visualizar o quanto há de espaço vazio dentro de um átomo, imagine
um estádio de futebol, desde suas arquibancadas, área externa e gramado.
Agora, imagine que, dentro deste estádio, haja uma única cabeça de fósforo
bem no centro do gramado. Se você estivesse sentado na arquibancada, seria
quase impossível ver essa cabeça de fósforo a olho nu, certo? Em relação ao
átomo, a cabeça no palito seria o núcleo de próton, enquanto toda a área do
estádio estaria relacionada com espaço vazio.

Nassim Haramein afirma que o átomo é composto de 99,99999% de vácuo.


Você poderia imaginar que nesse espaço vazio existiria ar, mas a molécula
de oxigênio já é bem grande se olhamos um simples próton, então o espaço
está realmente vazio entre as partículas. Tal percentual se deve também ao
efeito “piscante” entre partícula e onda que o próton assume, levando em
consideração o tempo que ele permanece como partícula. Porém, a afirmação
se torna muito estranha, se você assume que o local onde está agora, lendo
esse livro, se apresenta a seus sentidos muito sólido e palpável.

Então, vamos a mais uma quebra de paradigma. Quando olhamos a matéria


bem de perto, com tanto espaço vazio e se alternando entre onda e partícula,
se comportando de acordo com a observação, a matéria se parece mais como
uma onda de pensamento. Você, como pura consciência, o Eu Sou muito
além de seu corpo, é quem está continuamente criando a sua realidade
através de seus pensamentos. Os eventos em sua vida material e emocionais
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são, de forma orquestrada, respostas a suas crenças e a forma que vê a vida,


e a matéria externa apenas reflete a observação interna.

Através deste ponto de vista, o mundo físico se apresenta como uma espécie
de holograma, uma imagem tridimensional formada por luz, mas que é
criado instantaneamente conforme nosso movimento de pensamentos e
consciência. Aqui ficamos diante de Maya (a ilusão para os Hindus), mas de
tamanha perfeição que não se é percebida como irreal. E por que a matéria
parece sólida e inerte? Isso é causado pela identificação com os nossos
sentidos físicos e os pensamentos de conclusão baseados no que percebemos.
O nosso corpo e seus sentidos (olfato, paladar, tato, visão e audição) são
extremamente limitados para alcançar a visão de átomos e como eles se
comportam diante da observação e é por isso que o mundo parece tão sólido
e real. Veja que, nesse exato momento, várias ondas eletromagnéticas de
rádio (AM ou FM), wireless, celular, etc, estão atravessando seu corpo, mas
os sentidos físicos não percebem.

Isso abre grandes questões para nós investigarmos: se nosso corpo é feito
de matéria, ele também faria parte desta realidade que se altera (pisca) entre
onda de possibilidade e partícula. Ele também estaria sob a influência de
nossa observação. Se o corpo morre, continuamos a existir? Através de
nossa investigação, sim, como a consciência imortal, já que nasceu do Ser
Infinito Não-Nascido. A idéia de mundo físico ilusório nos dá a real medida
de uma Consciência observadora, utilizando um corpo como ferramenta
para experiências dentro deste holograma que chamamos “vida no planeta
Terra”. Uma experiência que, de tão absurdamente perfeita, nos parece
bastante real, mas quando olhada com muita atenção, começa a demonstrar
seu mecanismo de funcionamento.

Em busca da plenitude

O que esta visão traz é uma excitante constatação: você é criador da sua
realidade, seja consciente ou inconsciente. Seu corpo também está sob a
influência de suas crenças e responderá diante de pensamentos destrutivos
ou construtivos. De acordo com esse comportamento da matéria, podemos
afirmar que a realidade está mais para um mar de possibilidades infinitas
de manifestações do que um mundo sólido e inerte. E, convenhamos, isto
estaria muito mais alinhado com uma consciência imortal “Eu Sou”. Uma
vida sob esta visão é muito mais interessante do que outra em que somos
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apenas vítima das circunstâncias, do acaso, sorte ou azar.

Estar diante de múltiplas possibilidades coloca por terra várias crenças que
trazemos sobre o que seria o mundo onde vivemos. Destino ou karma daria
lugar à criação da sua realidade diante de movimentos da consciência. E
mesmo que você queira manter a crença de que tenha nascido para algo
(destino), por que não acreditar que nasceu para algo grandioso de sua
existência e criar uma realidade onde essa possibilidade se manifestaria?

Partindo desse pressuposto, qual é a realidade última e plena que você


imagina para si mesmo? Faça essa experiência e medite um pouco sobre
todos os sonhos que já teve em sua vida e principalmente durante a infância.
Quando novos, não carregamos memórias e situações de vida que poderiam
nos fazer acreditar que nossos ideais eram impossíveis, por isso sonhávamos
sem medo. Agora veja que a distância entre seu sonho e a manifestação dele
na realidade está apenas na constância de se manter o foco no que se quer.
Já ouviu uma frase que diz: “sem saber que era impossível, ele foi lá e fez”?

3.3 Mecânica de criação de realidade

Estamos avançando muito em direção à plenitude do ser. Traçamos nossa


origem e investigamos quem somos por detrás da mente pensante e da
morte física. Daqui em diante, começaremos a investigar o mecanismo de
criação de nossa realidade, pessoal e coletiva. Compreendendo o modus-
operandi, caminharemos pela vida com muito mais elegância e equilíbrio.

O nosso olhar observador tem o dom de criar, que é uma habilidade


herdada de nosso Criador. Por onde a consciência passa, ali fica um rastro
de vida e nutrição. É muito fácil você comprovar isso. Vamos à prática!
Sugiro comprar dois vasos de plantas, e coloque-os distantes um do outro,
em sua casa. Durante 4 semanas (um ciclo lunar), você irá dar água aos
vasos de acordo com a necessidade da planta que comprou, para que elas
não fiquem sem alimento físico. Porém, para um dos vasos que escolher,
você vai dar, diariamente, atenção a planta. Pode conversar com ela, dar
bom dia, acariciar, retirar as folhas secas, ou mesmo apenas ficar em sua
presença, sentido-na. Já o outro vaso, não receberá nada de você a não ser
sua água periódica.
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Você verá que a planta que recebeu sua


atenção estará mais verde, maior, com mais
folhas, mais flores e frutos (se for o caso),
enquanto a outra não estará tão frondosa.
Este resultado está ligado a atenção humana,
nem tanto à algum sentimento, mas presença.
Algumas pessoas podem concluir que o
que faz a planta crescer mais é o amor, ou
intenção, ou qualquer outro conceito. Vocês
se lembram que depois de “Eu Sou” não vem
mais nenhuma palavra? Não é por acaso que
a sabedoria popular tem o ditado “é o olho
do dono que engorda o gado”. A força nasce
unicamente da observação e da presença, e
essa é a capacidade maior que temos de criar. A pura observação é criadora.

Na física quântica, este experimento é chamado de “o Efeito Hamlet”.


Em outras palavras, aqui temos a relação entre quem observa e o que se
observa.

Se a nossa atenção é o grande mecanismo criador que existe em nossa


realidade, ela antes passa por um filtro, que é nosso ego/personalidade.
Aqui começamos a visão do que pode estar comprometendo nossa felicidade
completa em vida. Todas as nossas crenças e conceitos sobre como a vida
funciona (ou como aprendemos que funciona) direcionaram nossa atenção
para o que conhecemos e, assim, cria a realidade.

Para melhor demonstrar como nosso ego está influenciando todo o nosso
processo criativo, irei utilizar novamente a metáfora do ser humano
como um computador. Nesta metáfora, o que está relacionado com o ego
(personalidade) seria o sistema operacional, o Windows no computador.
Desde que nascemos, passamos por muitas experiências e aprendizados
que nos vão dando uma idéia do que é a realidade que vivemos. Essa “ideia
de realidade” é algo muito pessoal, e varia de pessoa para pessoa. Se,
uma criança ou adolescente vivenciar a separação de seus pais, a idéia de
realidade para ela será uma. Se a experiência vivida for a morte dos pais,
a ideia será outra. Se pelo contrário, houve apoio e incentivo durante essa
fase, também a “ideia de realidade” tomará outro rumo.
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As experiências que temos na infância e na adolescência definem a nossa


personalidade e para onde nosso olhar será direcionado. Ela estaria, então,
“programando” sua mente para qual realidade será impressa no mundo
que você vive. Crianças que vivenciaram separações dos pais tendem a se
tornar adultos com carência afetiva e que podem ter medo de se entregar
em relacionamentos, devido à idéia de que ele fatalmente chegará a um fim
doloroso. Adolescentes que vivenciaram a perda dos pais acabam tendo que
adiantar sua vida adulta. Eles serão mais “duros” emocionalmente porque,
em momentos de dúvida, só têm a si mesmo para recorrer. Crianças que são
encorajadas pelos pais até a adolescência e apoiadas em seus sonhos têm a
tendência de se tornarem bem sucedidas e equilibradas emocionalmente.

Todas essas experiências de infância são como “linhas de comando” para a


fase adulta do ser humano. Através do olhar observador, toda a informação
que é recebida acaba por ser registrada e também replicada. Seria quase
impossível para essas crianças citadas nos exemplos criarem outras
realidades para elas, simplesmente porque elas não conheceram nada
diferente. Isso coloca em evidência o quanto é inocente a realidade coletiva
em que vivemos. As pessoas estão recriando a realidade que aprenderam
com seus pais, que aprenderam com seus avós e assim continuamente, de
forma inocente e inconsciente. O que poderia quebrar essa corrente é o
contato com uma nova informação, acrescentando uma “nova linha de
comando” que antes não existia.

Quando estou fazendo meus atendimentos terapêuticos, alguns de meus


clientes simplesmente não entendem como uma briga com seus pais,
há tanto tempo atrás, poderia estar influenciando diretamente em seu
relacionamento afetivo adulto agora. “Mas eu era uma criança! Eu não
entendia a gravidade do que estava acontecendo! É dificil entender que
cobro do meu namorado que ele esteja presente só porque meu pai se
separou e foi muito ausente na minha infância!”. Com esse exemplo, fica
evidente porque chamo essas situações de inocentes. Na pureza de uma
criança, ela nunca poderia antever que tal situação poderia lhe impactar
a vida adulta. Nesse sentido, sessões de cura ou sessões terapêuticas são
extremamente eficazes para que, a partir da sua verdadeira consciência
haja uma reparação para o estrago emocional que tenha acontecido na fase
de formação da personalidade.

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Crenças, paradigmas e realidade

As crenças são absorvidas de várias formas e não se aplicam apenas a relações


afetivas, mas a todas as situações da vida. Se uma criança vivenciou uma
infância onde seu pai sempre trabalhou até tarde, sem tempo para brincar com
ela, e ainda observava a dificuldade financeira em casa, ela pode desenvolver
a crença de que “dinheiro é algo difícil de se ganhar”. Durante sua vida
adulta, esta criança estará sempre em um emprego mediano, sem levar em
consideração que poderia ganhar algo de forma inesperada, ou mesmo buscar
um emprego em que se trabalhe menos por uma melhor remuneração. Se um
adolescente foi obrigado a ir em reuniões religiosas contra sua vontade por
uma questão cultural de sua família, ele pode desenvolver uma resistência
e até intolerâncias no que se refere a assuntos espiritualistas. Futuramente,
ao se apaixonar por uma moça que seja evangélica, a opção religiosa pode se
tornar um grande problema.

Todas as nossas crenças são idéias que acreditamos serem reais, porque
assim vivenciamos a vida. O erro pode estar em acreditar que o nosso ponto
de vista deve ser o mesmo ponto de vista de todos e que a minha verdade
é mais verdadeira que a do outro. Se eu acredito em algo, vou tentar lhe
convencer, argumentando, e isso gera situações onde conversas longas não
chegam a lugar algum. Ao término, você está cansado, sentindo que, talvez,
tivesse sido melhor ter ficado em silêncio.

Os paradigmas são ainda mais fortes, e suas raízes vão profundamente para
o coletivo. De tempos em tempos, caem grandes paradigmas que geram uma
mudança clara em nossas vidas. Isso é demonstrando em um caso clássico
já citado onde, no século 18, muitas pessoas ainda acreditavam que nosso
planeta era plano e o sol e as estrelas giram em torno dele. Em 1881, o
escritor inglês Samuel Rowbotham publicou “Astronomia Zetética: A Terra
não é um Globo”, um livro de 430 páginas no qual afirmava isso. O mito
coletivo incluía ainda que poderíamos navegar até a borda do planeta.
Paradigmas são fortes e muitas vezes ferozmente defendidos.

Nesse momento, estamos vivendo a mesma situação com a nova


interpretação de realidade que a física quântica nos brinda. A dificuldade
da queda de um velho paradigma está no fato de que nosso cérebro utiliza
desses conceitos para interpretar o que vê. A maioria das pessoas não
chegam a questionar tais interpretações, por estarem entretidas demais
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com seus afazeres cotidianos. E é justamente neste ponto em que recriam


ciclicamente realidades de sofrimento e escassez. A nova realidade que a
física quântica nos descortina é uma oportunidade de criarmos para nós
mesmos uma realidade de abundância e plenitude, além de ser a chave para
que possamos desenvolver a paz interior e também os potenciais que são
descritos em antigas escrituras.

3.4 Funcionamento automático do corpo


Nosso corpo é uma “máquina” incrível e tem seu funcionamento independente


de nossa consciência. Imagine que, se para cada respiração, fosse necessário
um comando consciente seu. Você logo estaria caído no chão por falta de
oxigenação no cérebro, em razão de alguma distração. O mesmo vale para
o coração e outras funções corpóreas. O corpo humano funciona sozinho
e seu funcionamento automático não se aplica somente as funções básicas
bioquímicas, mas também em resposta ao ambiente externo.

Cada emoção que você tem dispara uma enorme quantidade de hormônios
no sangue, que são recebidos pelas células e que, por sua vez, desencadeiam
uma grande quantidade de ações
químicas. Na parte central de
nosso cérebro existe um órgão
que se chama hipotálamo,
conhecido também como
cérebro emocional (marcado
de amarelo na ilustração ao
lado). Tal estrutura tem a
função de produzir hormônios
que são enviados à corrente
sanguínea, de acordo com as
emoções que vivenciamos.
Existem substâncias químicas
para raiva, tristeza, alegria,
luxúria, vitimização, etc. Cada
vez que vivenciamos situações
em nossas vidas que estejam
ligadas as emoções, o hipotálamo
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cumpre sua função. E é por isso que você sente, em determinadas situações,
ruborização da bochecha, suor nas mãos ou mesmo tremedeira (imagine
aquele momento em que você tinha que apresentar um trabalho sozinho
na escola, diante de seus colegas e professor ou o momento de seu primeiro
beijo, etc).

Toda essa cascata química acontece automaticamente e sem qualquer


possibilidade de controle por você. Ao deparar, virando um corredor, com
uma pessoa da qual tenha um conflito grande e oposição, automaticamente
seu corpo irá produzir o hormônio ligado ao conflito (seja ira, seja tristeza,
etc). Se você não estiver consciente de que estes são apenas reflexos
químicos automáticos, você pode se identificar com essa emoção e ter o
seu dia arruinado. Uma visão mais extrema dessa situação seria uma total
identificação com suas emoções e o encontro se tornar uma discussão que
posteriormente você pode se arrepender.

A consciência de que você não é sua mente nem o seu corpo é a chave para
que as reações químicas automáticas não se tornem reações emocionais
automáticas. A identificação pode fazer com que você sinta, de maneira
muito real, que você é aquela emoção. Tais conflitos gerados a partir deste
ponto geralmente causam situações onde muitas coisas são ditas e, logo ao
fim do embate, haja culpa e arrependimento. Talvez um dia você já tenha
dito: “porque eu fui falar isso ou aquilo com tal pessoa?”. As palavras são
flechas que, uma vez lançadas, não voltam. O estrago já estará feito mesmo
que haja um pedido de desculpas.

Em relação ao arquivamento de nossas memórias, quanto mais emoções


você vivenciou diante de um fato, mais forte será o registro. E, aqui, todos
os sentidos físicos são fatores de estímulo: se estava sentindo algum cheiro
durante o momento (incenso, perfume), se você estava tocando alguma
música ou outro tipo de som (como de pássaros), se o tato captava algum tipo
de textura (suave ou áspera) e também os estímulos visuais. Isso faz com que
cada vez que tiver algum contato, no presente, com algum destes estímulos,
automaticamente você tenha a memória passada daquele momento vindo à
tona em sua mente. É por isso que, muitas vezes, músicas ficam ligadas a
momentos que vivemos em nossas vidas.

O funcionamento automático dos hormônios enviados pelo hipotálamo e a


reação do corpo a eles acontecem todos os dias, o tempo todo. Mas se estamos
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falando de química, sabemos que elas viciam. Não só as drogas, mas também
o jogo, o sexo, esportes radicais, etc, viciam. Tudo está ligado à química que
tais ações geram em nosso corpo. Através de nossos pensamentos e desejos,
o corpo acabará por buscar mais situações onde pode vivenciar mais daquela
sensação. Outras ações também podem lhe viciar em função da química
produzida: prática de esportes como caminhada e academia, meditação e
oração, leitura de livros edificantes, ouvir músicas, encontro com melhores
amigos. A diferença nessas ações é que a química produzida causa equilíbrio,
remoção de células mortas, longevidade, fortalecimento da imunidade.

O documentário “Quem Somos Nós”, pioneiro na tradução das conclusões da


física quântica para o público leigo, exemplificou muito bem o funcionamento
do corpo aqui descrito através de um enredo que conta a história da fotógrafa
Amanda. A personagem, traída em seu casamento, sentia a dor ligada ao
evento todas as vezes que via uma igreja ou algo relacionado, como uma
festa que deveria fotografar. Seu cérebro trazia à tona, automaticamente,
suas memórias do próprio casamento, que neste caso, estavam relacionadas
as emoções de dor e tristeza.

Para nossa busca pela plenitude em vida, tudo isso é muito importante para
vermos como o nosso cérebro, de forma inconsciente e inocente, coloca um
filtro na realidade baseado nas experiências que vivemos no passado. Uma
igreja em si não traz tristeza e dor, pois é um objeto material inanimado.
Cada um terá seu filtro pessoal e lembrar de seu casamento pode, talvez,
imediatamente gerar emoções de felicidade e alegria.

Ferramenta de auto-controle: respiração consciente

Diante desta informação, preciso lhe perguntar: em qual emoção você pode
estar viciado? Aqui posso sugerir para você mais um exercício de auto-
observação. Este ponto é muito importante dentro da realidade que vem
criando para si mesmo. Antes de dormir, deitado na cama ou mesmo sentado,
de olhos fechados, reveja seu dia e observe quais emoções fortes você teve.
Atenção: você pode estar viciado nesta emoção! Você pode estar tão viciado
nela que seu cérebro pode estar te induzindo a criar mais situações similares,
para que sacie a “fome” desta sensação. Talvez seja raiva, disparada durante
uma discussão no trabalho, ou em família. Talvez seja vitimização, diante
de um fato que, sem estar consciente, sua mente escolhe perceber apenas o
seu lado da história e se sentir injustiçado sem analisar o outro envolvido
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na questão. Talvez seja luxúria, diante das escolhas que fez ao navegar
na internet, nos canais de televisão, ou mesmo a postura que você tem ao
conversar com um(a) colega de trabalho muito bonita(o).

Compreender o funcionamento automático de nosso corpo é um passo


importante para a não identificação com ele. Todo meu esforço aqui é de
lembrá-lo quem você é, realmente. Tal automatismo é muito poderoso, por
se tratar de sensações que vivenciamos “na pele”. Se uma emoção é disparada
e a identificação com ela é muito forte, ações impensadas podem acontecer.
Palavras duras ou até brigas podem ser magicamente evitadas se você tomar
uma atitude consciente diante desta situação.

A respiração é um calmante natural. Uma das ferramentas mais poderosas


para trazer sua atenção ao presente, te dissociando de uma emoção forte. Não
é à toa que o yoga tem muitos exercícios respiratórios chamados pranayama.
Qual é a frase de senso comum dita quando alguém está muito nervoso e
precisa se acalmar? “Respire, amigo. Conte até dez”.

O grande valor da respiração consciente é que você precisa estar presente


e com sua atenção direcionada para que seu corpo respire. Se estiver focado
na sua respiração, então estará no aqui e agora, sem dar alimento ao que
está sentindo. A próxima vez que sentir toda aquela agitação hormonal que
certas situações nos trazem, agitando a mente que sugerem várias palavras e
ações, apenas respire, acalmando-se. Isto não quer dizer que o que tiver que
ser dito não o será, mas lhe garante que seja em um tom de voz agradável,
que seja em uma atitude suave, ou até mesmo que lhe dê o autocontrole para
não dizer nada, se necessário.

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4
Porque sofremos e criamos dor para nós
mesmos?

“Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos


pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.”

Buda

C
omo jornalista, constantemente observo as notícias internacionais
e me mantenho informado sobre o que acontece pelo mundo. Com o
advento da internet e os aparelhos eletrônicos, cada vez mais estamos
conectados e sabendo o que está acontecendo em locais bem distantes de
onde vivemos dos quais, de outra forma, não ficaríamos conscientes. Fatos
são filmados in loco, por câmeras de celulares e divulgadas quase que
instantaneamente. Diante de tantas atrocidades, tristeza e impunidade,
por várias vezes no passado me questionava: por que Deus permite isso?
Essa também é uma pergunta feita por muitas pessoas diante de grandes
provações em suas vidas. Dores que nos deixam confusos quanto à razão de
viver tais experiências e o significado da vida ser como é.

Pelo avanço em nossa leitura, algo fica claro. A menos que você mantenha a
idéia de que Deus seja uma projeção do que vivenciamos como humanos, ele
não é responsável por essas questões. Apenas a idéia de um Deus vingativo
e colérico, pronto a punir quem não obedece suas ordens, poderia justificar
a dor como um castigo ou ensinamento. Mas que “Deus” é este, que precisa
usar a força para ser compreendido, ou algo extremo como a dor para
ensinar? Um Deus humano. Até muito parecido com pais que fazem uso
da força para ensinar a seus filhos. A idéia de que se faz de Deus, por si
só, já é algo limitante diante do conceito de algo ilimitado e infinito. Por
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isso, se acaso ainda exista algum argumento que possa ligar o sofrimento da
humanidade a Deus, ele deve ser deixado de lado.

Esse ponto apresentado, apesar de parecer repetitivo, é imprescindível para


encontrarmos a razão do sofrimento e da dor. Esqueça o que você aprendeu
com religiões a respeito de Deus. Faça sua experiência. Se somos emanações
de uma fonte primária, pequenas células de uma consciência maior, é óbvio
que precisamos sentir isso de forma clara. Não deixe que sua mente, agora,
o boicote, agendando para o futuro as suas ações. “Farei uma meditação
para sentir Deus, amanhã, quando estiver tranquilo em casa”. Faça isso
agora, diante do livro, sentado ou deitado onde esteja. Se Deus é onipresente
mesmo, é preciso que ele esteja aqui e agora. Diante de mim e diante de você,
independente de espaço ou tempo.

Se quiser, pode fechar os olhos e direcionar sua atenção para o momento


presente. Mas veja que não é necessário. Algo que esteja aqui e agora, você
sentiria de qualquer forma, bastando apenas direcionar sua atenção para
o momento presente. Eu gosto muito do português, porque suas palavras
escondem um significado duplo, ou maior. Presente, que é a palavra utilizada
a se referir ao momento “agora” (que não é passado, nem futuro), também é a
mesma palavra utilizada para significar algo novo que você ganha ou oferta.
De fato, o presente (tempo) é sempre um presente (algo novo, único).

Nós podemos experimentar a todo o momento a beleza do novo em nossas


vidas e o presente nos é ofertado todos os dias diante do nascer do Sol.
Basta que “tenhamos olhos para ver, e ouvidos a escutar”, para buscar novas
visões, deixando as velhas de lado. Aqui, iremos entender porque criamos
situações de dor e estresse para nós e, também, descobrir que, antes de haver
algum culpado por isso, somos totalmente responsáveis por nós e o que
acontece em nossa realidade. Isso se chama livre-arbítrio.

Dor e sofrimento são coisas diferentes.

Primeiramente, é preciso deixar claro as grandes diferenças que existem


entre dor e sofrimento. A dor é algo inevitável e faz parte da vida. Durante
o nascimento de uma criança em parto normal, ali está ela. Sendo assim,
podemos dizer que ela naturalmente faz parte do nascimento e da morte.
Uma pessoa que já perdeu um ente querido abruptamente sabe do que eu
estou falando. Uma dor intensa toma nosso corpo quando se recebe a notícia
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e nada há que se fazer. Porém, com o conhecimento que já adquirimos, há


sim. Se você passar por essa situação, poderá observar que a emoção é, em
sua maior, composta por hormônios que invadindo sua corrente sanguínea,
e que a respiração ajudará muito a tranquilizar seu corpo.

Já o sofrimento é opcional. Ele está ligado a pensamentos repetitivos


que mantêm seu foco indeterminadamente em algum momento de dor,
que já passou. O sofrimento estará sempre ligado a uma história cheia de
justificativas, julgamentos e análises sobre os fatos corridos e que fica sendo
contados, revisados e “re-sentidos”. Primeiro, a mente (através de seus filtros
de crença) conta a história para você (consciência), depois, você continua
contando em relatos detalhados para amigos, parentes e pessoas ao redor.

Esta é uma capacidade da mente que utilizamos de forma muito inconsciente


e que tem uma forte ligação com todo o sofrimento que vivenciamos durante
a vida. Para que nossa consciência possa utilizar a criatividade de forma
prática, ela pode se projetar através dessa ferramenta. Chamamos isso de
imaginação, mas como acontece de forma tão automática, também pode ser
confundida com meros pensamentos. Porém, essa é uma qualidade da mente
humana de fazer análises dos fatos que vive no presente, se projetando ao
futuro e imaginando as consequências de suas decisões (futuras possibilidades)
ou acessando memórias registradas no cérebro sobre experiências de que já
foram vividas. Perceba que, na prática, o futuro e o passado estariam apenas
relacionados com esses movimentos internos de observação, enquanto o
“eterno agora” vai seguindo diante de todos.

Revivendo o passado no presente

Somando a essas capacidades da mente, ficamos diante de um fato importante:


imaginar e ver são, virtualmente, a mesma coisa para o cérebro. No ano 2000,
pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos
Estados Unidos, constataram que as mesmas partes do cérebro são ativadas
para o que ele está vendo diante de si e o que está imaginando. A pesquisa
foi realizada pedindo aos participantes para olhar fotografias de lugares
ou rostos e, depois, para criar, com os olhos fechados, a imagem mental
dos mesmos rostos e cenas. Quando observada a atividade mental perante
a ressonância magnética desses dois momentos, os mesmos mecanismos
cerebrais eram ativados.

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A pesquisa nos demonstra que, ao reviver mentalmente uma memória


dolorosa ou um trauma, estaríamos literalmente revivendo a situação ao
nível cerebral, como se ela estivesse acontecendo novamente. Isso quer dizer,
então, que a resposta física seria novamente trazer as químicas emocionais
produzidas pelo hipotálamo ao corpo. Todas as vezes que voltamos a uma
memória traumática, seja sozinho repassando o fato ou mesmo contando
várias vezes a história para algum amigo, estamos mantendo aquilo em
nossas vidas. É por isso que fiz a ligação do sofrimento com o termo “re-
sentimento”. Assim, podemos ver que o sofrimento está relacionado com
apego diante de certas memórias, na dificuldade de deixar ir certas situações.

Se a mente estiver viciada em uma emoção de vitimização, seria natural


manter-se apegada a alguma história que a coloque nessa postura,
mantendo o assunto em foco. Pergunto: em algum momento você esteve
envolvido em alguma discussão com um ente querido e, horas depois de
finalizada, continuou a pensar sobre o embate? Sobre qual argumentos e
palavras foram ditas? Se as acusações proferidas teriam razão, ou se você
precisaria se defender (ou atacar)? Sobre o que poderia ter sido evitado?
É deste fenômeno que estou falando. Neste momento, a mente usa da sua
capacidade de projeção para manter-se focado no evento. Para não admitir
culpa ou arrependimento, ela irá justificar a si mesmo posturas a serem
tomadas. Dependendo do vício químico, a discussão poderá continuar em
foco durante dias ou até semanas, somente por pensamento. Inclusive, esse é
o motivo de algumas brigas em famílias durarem por anos. Um conflito que,
não perdoado, traz um momento passado sempre ao presente.

Isto me lembra um conto budista que ilustra bem este aspecto. Dois monges
andavam por um bosque em direção a seu monastério. Quando iriam
cruzar um pequeno curso d’agua enlamaçado, observaram uma senhorita
impaciente. Ela usava um belo vestido rendado até os pés, que vestiam salto
alto. Também trazia chapéu bordado e empunhava um guarda sol. Um dos
monges, ao perceber que ela precisava atravessar o curso d’agua mas não
queria se sujar, pediu licença para segurá-la pelos braços e atravessou-a.
Agradecida, a mulher cumprimentou os dois monges e seguiu seu caminho
apressada. Eles, sem trocar uma palavra, continuaram caminhando para o
monastério. Horas se passam e, avistando seu destino próximo, um deles
quebra o silêncio: “Irmão, preciso lhe perguntar algo. Por que você carregou
a moça nos braços?”. O outro, com um meio sorriso nos lábios, responde: “O
que não entendo é porque você a está carregando até agora...”.
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Daí é quando observamos pessoas ativas no seu dia a dia em um ônibus, por
exemplo, mas completamente ausentes, com o olhar perdido. Apesar dos
olhos abertos, sua atenção está voltada para onde sua mente está. Talvez
revivendo uma memória de algo que aconteceu anteriormente, ou mesmo
imaginando o que deve fazer diante de uma situação que ainda não aconteceu.

4.1 Humanidade vítima de si mesma

Agora, provavelmente, tenha ficado claro do porque de ter iniciado o capítulo


eximindo Deus da culpabilidade de dor e sofrimento no mundo físico. Seria
muito injusto sofrermos por algo do qual não somos responsáveis. Injustiça
não é uma palavra compatível com perfeição. Culpar qualquer entidade
externa a você pelos acontecimentos ruins da sua vida (seja uma entidade
espiritual, seja um sentimento de vitimização perante alguém, seja o azar ou
acaso) indicam imaturidade devido ao desconhecimento de leis básicas do
mundo em que vivemos.

A compreensão de que criamos a nossa realidade através de nossos


pensamentos nos dá a exata idéia de qual é a responsabilidade sobre nossos
atos. Talvez a dor física e emocional possa ser vista como um indicativo de
que nossa postura diante das coisas está desarmônica, indicando, assim, a
necessidade de rever os nossos conceitos.

Somos privilegiados e também pioneiros ao adquirir uma visão sobre nós


mesmos que, além de diminuir muito o sofrimento diante dos acontecimentos,
nos ensina a assumir responsabilidade sobre nossos atos e a ter maturidade.
A física quântica nos dá a oportunidade de interpretarmos fatos que, em si,
não têm nada de espiritual, esotérico ou místico. A vantagem é que somos
embasados pelo conhecimento antigo e a sabedoria dos mestres que podem
não ter sido totalmente compreendidos quando ditos, mas, agora, concluem
um grande quebra-cabeças de visões sobre o que é estar vivo no planeta
Terra.

A humanidade é vítima de si mesma quando, coletivamente, mantém uma


crença que não favorece o coletivo. Somos vítimas de nós mesmos quando,
mesmo sabendo que não devemos fazer ao próximo o que não gostaríamos
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que fosse feito a nós mesmos, ainda sim o fazemos. A decisão final sobre uma
postura, uma ação ou decisão sempre será sua. Por mais que todas as pessoas
estejam tendo a mesma atitude, isso não significa que seja a melhor, nem que
isso em si lhe obrigue a fazer o mesmo. Se você está aqui como co-criador de
sua realidade, é implícito que haja a oportunidade de escolha, do contrário,
não haveria livre-criação.

Em alguns anos, poderemos estar vivendo em um mar de dejetos plásticos,


em uma atmosfera irrespirável, com rios totalmente poluídos e florestas
desertificadas. A quem poderemos culpar por essa visão de futuro a não
ser a nós mesmos? Por mais que cientistas estejam fazendo alertas para
essa realidade, os governantes não tomam atitudes práticas que facilite a
mudança de hábitos da população.

Então, poderíamos culpar os governantes por essa possibilidade futura?


Não, porque, democraticamente, (a maioria esmagadora dos sistemas de
governo mundial, a democracia), os governantes são escolhidos pelo povo.
Isso implica em dizer que todos os políticos que administram instituições
públicas são um somatório da vontade e crença da população de um país.
Esse é um tema muito delicado porque ativa memórias automaticamente
relativas a crenças e julgamentos sobre o sistema político e a tendência a
apontar erros em relação à administração pública. Porém, a única forma de
mudarmos as possibilidades futuras da humanidade será reconhecendo a
situação onde estamos para, aí sim, traçarmos uma direção que não resulte
em ruína.

Se o político é a representação do povo, será que podemos dizer, com total


honestidade, que não seríamos corruptos também, em pequena escala?
Hipoteticamente, digamos que você tomou um ônibus lotado, ao final de um
dia de trabalho cansativo. Pagou sua passagem, dirigiu-se com dificuldade
ao fundo porque ali estaria mais próximo da porta de saída. Por sorte, uma
pessoa sentada diante de você se levanta e deixa a poltrona livre. Agora,
sentado, você conta o dinheiro de troco para guardá-lo e percebe que lhe
deram o valor errado. Qual seria sua atitude se o valor de troco fosse para
mais, isto é, recebeu um dinheiro que não é seu? E qual seria sua atitude se
o valor fosse para menos?

Poucas pessoas seriam honradas o suficiente para se levantar (perder o lugar


na poltrona), devolver o dinheiro que foi dado errado e enfrentar o difícil
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caminho de volta ao seu lugar. Outras poderiam começar uma dezena de


argumentos mentais que justifique não devolver: “ah, estou tão cansado...
ainda consegui um lugar para sentar nesse ônibus lotado, sinto muito mas
não irei devolver, é pouco dinheiro”. Já no caso de um dinheiro faltante,
muitas pessoas iriam atravessar a multidão como um grande furacão em
busca de seu direito.

Atitudes conscientes diante de um mundo inconsciente

Essa pode ser a razão de ainda não vermos uma mudança profunda em
nosso sistema de administração de bens e recursos públicos: o somatório das
crenças coletivas. Assim, ficamos diante de uma maioria inconsciente que
estaria culpando ações exteriores sem examinar suas atitudes interiores. Daí
o nascimento de uma nova realidade, quando algumas células desse corpo
coletivo começam a romper com padrões aceitos pela maioria.

Não é preciso que todas as pessoas mudem sua forma de enxergar a


realidade para que tenhamos uma mudança radical e positiva em nossa
sociedade. Basta que um número X de pessoas se tornem conscientes para
que o restante incorpore em suas vidas a nova visão. Pode parecer incrível,
mas existe um comportamento da natureza que exemplifica esse fenômeno,
conhecido como ressonância mórfica.

Segundo o biólogo inglês Rupert Sheldrake, existiria um campo mórfico em


torno de todos nós, que são estruturas que se estendem no espaço-tempo e
moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.
Este campo nos tornaria conectados com todas as outras formas materias
do universo e, se um número X de elementos adquire um determinado
comportamento, todos os outros seriam influenciados automaticamente.

Para exemplificar, imagine duas ilhas (chamaremos de ilha 1 e ilha 2),


habitadas pela mesma espécie de macaco, mas que não tenham contato entre
si. Os macacos das duas ilhas se alimentavam de um pequeno coco que, ao
cair da árvore, acabava por se sujar de lama. Em um determinado dia, um
dos macacos da ilha 1 decide passar seu coco na água antes de comê-lo, para
retirar a lama. Ele percebe que o sabor fica muito melhor após limpá-lo
e desenvolve o hábito de limpá-lo sempre antes de comer. Por imitação, o
procedimento rapidamente se difunde entre os seus companheiros e logo
todos os macacos da ilha 1 estão limpando seus cocos antes de comê-los.
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E aqui vem a atuação fantástica


da teoria de ressonância mórfica:
espontaneamente, os macacos
da ilha 2 começam a limpar
seus côcos também. Este campo
transferiria a informação por
ressonância para uma malha de
informação que seria invisível,
mas compartilhada por todos.

A teoria da ressonância mórfica


ajuda-nos a ter esperança de
em uma atitude honrada, em
benefício do todo, não está
sendo disperdiçada em um mar
de atitudes inconscientes. A sua
própria absorção da informação,
ao ler este livro, está se dando
nesta forma (em vários níveis
como citei na introdução). A sua
própria decisão de adquirir maior
conhecimento em relação a si mesmo, a mecânica de criação de realidade
e o impulso de trazer mais harmonia e plenitude para sua vida se junta
ao chamado de muitas outras pessoas na mesma direção. As descobertas
ciêntíficas somam-se ao coro de sábios e místicos, e em menos tempo do que
imaginamos, um despertar coletivo vai tomando forma até a sua eclosão.

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Práticas para reeducação da mente – Novas
crenças

“Não devemos ter medo das novas idéias!


Elas podem significar a diferença entre o triunfo e o fracasso.”

Napoleon Hill

U
m longo caminho percorremos para compreender o funcionamento
da nossa realidade e termos atitudes eficazes em direção a uma
vida nova. Tenho certeza que a sua interação ”você com você
mesmo” já está diferente. Entretanto, a simples leitura desta informação
não seria suficiente para uma mudança em sua vida, se não transformar esse
conhecimento em prática. Neste capítulo, irei colocar de forma mais clara
de como nossas atitudes internas podem criar novas possibilidades. Assim,
a plenitude poderá ser algo real em sua vida, ou no mínimo, um caminho
seguro para alcançá-la.

Chamo a atenção para a expressão “atitudes internas” porque, para uma


mudança em sua realidade, você não depende de nada externo a você. Não é
necessário o aval ou permissão de ninguém. Apenas você pode compreender
por completo suas necessidades e decidir ir atrás da realização de seus
potenciais. Sendo assim, podemos eleger dois pontos como necessários à
mudança de realidade de sua vida: vontade e abertura.

• A vontade está relacionada a energia de movimento. Força


masculina (pelo taoísmo, energia yang) que rompe com antigos
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padrões e lhe permite experimentar algo novo além da zona


de segurança. Fechando o ciclo, permitir-se experimentar algo
novo está relacionado com a abertura.
• A abertura está relacionada com a não resistência a um novo
conceito ou experiência, a força feminina (pelo taoísmo, energia
yin). Sem ela, por mais que haja vontade, ainda sim se estaria
criando as mesmas coisas que se conhece. Os mesmos ciclos
de experiência iriam se repetir se não houvesse permissão
para que uma nova informação chegasse, e com ela, uma nova
experiência.

O avanço da leitura pode ter feito você perceber vários padrões de pensamento
que podem estar criando uma realidade indesejável para você. Há vontade
e há abertura, porém o medo insiste em se fazer presente antecipando o
futuro. O que fazer então diante de tais pensamentos?

A mente... mente!

Algo para nunca se esquecer é sobre quem somos realmente. Como venho
repetindo visando sua reprogramação, nossos pensamentos estarão
invariavelmente limitados as experiências e informações que existem em
nosso cérebro como banco de dados. Se estamos buscando uma realidade onde
não há violência, porque escolhemos um filme de terror para assistir, frente
a tantas outras opções? Ou porque estaríamos insistindo em ler notícias
de crimes? Nossas escolhas são fundamentais no processo de criação de
nossa realidade. Por isso, estar aberto a novas experiências trarão uma nova
informação nesse banco de dados, abrindo a novas possibilidades de realidade.
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Comece por observar quais pensamentos surgem com mais frequência. São
de preocupação em relação ao futuro? São de oposição a alguma atitude
que você ou alguém está tendo? Dúvidas sobre algum movimento que
deve ser feito? Qualquer que
seja o pensamento que esteja
surgindo com frequência, ele terá
um efeito direto em você: tomará
a sua atenção. E justamente ela,
a atenção, é que está ligada a
mecânica de criação de realidade.
Que tal, então, focar-se no eterno
agora (o presente) mais do que em
seus pensamentos? Talvez ali haja
uma sincronicidade para lhe mostrar uma saída que você simplesmente não
poderia ter imaginado. O que aprendi praticando esse conhecimento em
minha vida é que a consciência universal conversa conosco 25 horas por dia,
mas não percebemos.

O ser humano utiliza de forma equivocada sua ferramenta “mente pensante”.


De acordo com uma pesquisa realizada pelo Dr. Robert Swartz, do instituto
americano National Center for Teaching Thinking, uma porcentagem muito
pequena da população sabe pensar, entendendo o pensamento como a tarefa
de raciocinar e resolver problemas de forma criativa. Tal instituto foi criado
em 1989, dedicando-se à formação de professores e educadores de escolas e
universidades ao redor do mundo, com base no pensamento crítico e criativo
de aprendizagem. Segundo a pesquisa do Dr. Swartz, entre 90 a 95% das
pessoas desperdiçam os pensamentos com o seu foco criativo direcionando a
acontecimentos passados ou “pré-ocupações” futuras.

Sabemos que a porcentagem tão alta que foi citada tem uma grande relação
com o sistema educacional praticado em nosso mundo. Ele não favorece o
senso crítico. Este é um assunto que já foi colocado no primeiro capítulo, mas
agora temos um dado sobre o resultado deste sistema. Por isso, detectando
que sua atenção está “presa” em algo que seja um pensamento desnecessário
as suas ações no presente, existem algumas ferramentas para lhe ajudar a
se libertar.

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5.1 Exercícios para reeducação da mente

Aqui serão lhe apresentados alguns exercícios para que possamos mudar
alguns programas automáticos que nossa mente insiste em manter. Seja
diante do primeiro contato com essa informação, seja alguém que já tenha
uma longa caminhada espiritual, todos podemos sofrer com pensamentos
repetitivos uma vez ou outra.

Algumas situações cotidianas aliadas a desequilíbrios internos podem


desencadear pensamentos automáticos e incessantes. Aqui, dizemos por
pensamentos aquela voz de sua personalidade/ego que estaria justificando e
argumentando algo, falando com Você (consciência). Vou citar alguns destes
desequilíbrios e como poderiam desencadear pensamentos repetitivos:

• Ansiedade: ficar inquieto diante de algo que ainda


acontecerá, como um encontro romântico, uma entrevista de
emprego, etc.
• Paranóia: imaginar que as pessoas estariam pensando sobre
a forma que está vestido, sobre o que você está dizendo, seus
gestos, etc.
• Raiva/Ira: pensar muito sobre uma discussão ou uma briga
com alguém que já aconteceu.
• Timidez excessiva: imaginar julgamentos que as pessoas
poderiam ter ao lhe conhecer, ou cenários desastrosos onde você
é o foco das atenções.
• Sentimento de culpa: pensar que você poderia ter tomado
uma decisão diferente diante de alguma situação.

Todos nós carregamos desequilíbrios e vivenciar pensamentos repetitivos é


normal. Anormal seria se esses pensamentos durassem meses, ou até anos.
Algumas pessoas carregam dores, traumas e segredos que podem fazê-los
carregar idéias por muito tempo sobre certos acontecimentos de sua vida.
Imagine um cidadão preso por crime, cometido em um momento de fúria
por ter descoberto uma traição ou um surto psicótico. Condenado a anos de
prisão em regime fechado, este cidadão com certeza poderia ser assombrado
por pensamentos repetitivos sobre seu ato, sem uma orientação.
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Reprogramação

Uma técnica muito eficaz e difundida foi praticada em um presídio no estado


americano do Havaí, onde os presos poderiam estar no cenário hipotético
que citei acima. O nome desta técnica é ho’oponopono, e é utlizada por
lá há centenas de anos pelos habitantes locais. O terapeuta havaiano Dr.
Ihaleakala Hew Len trabalhou no Hospital Estatal Psiquiátrico Havaiano
durante quatro anos, no pavilhão onde estavam os criminosos mais perigosos.
Usando a técnica sem ao menos ter contato com os pacientes, em poucos
meses, foi permitido a aqueles encarcerados caminhar livremente; outros
que tinham que estar fortemente medicados começaram a diminuir sua
medicação. Houve também pacientes recebendo alta e uma total modificação
no ambiente de trabalho para os profissionais.

Este resultado que o Dr. Len alcançou é muito conhecido, e demonstra


toda força desta técnica que ajuda a alcançarmos libertações de processos
emocionais que podem estar no subconsciente, manifestando-se como
pensamentos repetitivos. A técnica consiste em, sempre que estiver diante
de um pensamento de culpa, raiva para consigo ou com outra pessoa,
julgamentos, etc, repetir para si mesmo, muitas vezes, as seguintes frases,
seguidamente:

• Sinto muito,
• me perdoe,
• eu te amo,
• sou grato (ou obrigado).

Simples assim. Falar estas palavras por muitas vezes seguidas funciona como
um novo “comando” que você estaria dando a sua mente (reprogramação),
diante do sentimento, memória ou pensamento que veio à tona.

• Sinto muito – está ligado ao automatismo de situações


que vivemos e a falsa idéia de que podemos controlar o
funcionamento da vida. Já podemos perceber que muitas
coisas funcionam automático (ativação de memórias, por ex.),
e que as reações a isso podem acontecer de forma totalmente
inconsciente. “Sinto muito” representa que não há culpados na
mecânica da vida, mas peças de um grande quebra-cabeças se
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desenrolando, um sincero pedido de desculpas.

• Me Perdoe – O perdão está ligado à reconciliação e à


compreensão. Essas duas palavras são mágicas para colocar
fim a um conflito. No ho’oponopono, ganha ainda mais força
quando é direcionado ao auto-perdão, quando você reconhece
a sua trajetória e identifica que sua personalidade formada não
teve culpa pela trajetória que teve e que tal pensamento seria
completamente inocente por parte da mente.

• Eu te amo – Aqui o amor não estaria ligado à idéia que


fazemos de amar uma outra pessoa, mas ao amor incondicional
e o respeito por todos os seres vivos. Assim como a saudação
“namastê” hindu, que significa “o Deus que habita em mim saúda
o Deus que habita em você”.

• Sou grato (ou obrigado) – A gratidão fecha a


reprogramação gerada pela técnica. Este é um dos sentimentos
mais nobres que o ser humano pode manifestar.

Talvez o mais interessante da pesquisa do Dr. Len seja o fato dele nem ao
menos ter tido contato presencial com os seus pacientes. Tudo isso foi feito
apenas lendo suas fichas médicas e a através da conexão entre consciência
que a leitura gerava para então fazer o ho’oponopono. Ele estaria curando
a si mesmo diante do que estava sentindo ao ler os históricos e, por isso, a
técnica pode ser útil para você. Muitos conflitos de relações poderão ser
resolvidos sem mesmo ser necessária uma conversa cara a cara, que poderia
gerar algum constrangimento.

Neste sentido, diante da mecânica quântica de criação de realidade, o que está


mudando é a sua informação diante do que está vendo projetado, alterando a
realidade interna. O resultado é que, alterando o projetor (pensamentos), é
percebida uma alteração na projeção (sua realidade externa).

Os compromissos Toltecas sobe a visão quântica

A auto-observação é um fator fundamental se quisermos alterar nossos


hábitos automáticos ou crenças limitantes. Através dela, podemos perceber
que, talvez, o nosso maior inimigo para a realização de nossos sonhos seja
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nós mesmos. Antigos ensinamentos ancestrais nos mostram um código de


conduta que poderia ajudar o ser humano a alcançar sua total integração
com seu Ser real, e assim manifestando uma experiência de liberdade,
verdadeira felicidade e amor. Este código de conduta é conhecido como
“Os Quatro Compromissos Toltecas”. São excelentes para nos ajudar a ter
maior consciência de atitudes inconscientes através de uma sincera auto-
observação. São eles:

1. Seja impecável com a sua palavra.


2. Não leve nada para o lado pessoal.
3. Não tire conclusões
4. Dê sempre o melhor de si.

Os toltecas viveram nos anos 900 a 1250 depois de Cristo, segundo os


arqueólogos, no sul do México. Eram conhecidos por ser um povo pacífico
e honrado. Seu código de conduta foi transmitido de gerações a gerações e,
com a chegada dos conquistadores espanhois, guardado em segredo para ser
protegido daqueles que não estavam preparados para usá-lo.

Os toltecas entendiam que o ser humano é feito de luz e de estrelas em seu


estado puro (hoje, a ciência concorda que todos os átomos do universo são
resultado de grandes explosões de estrelas como o Sol. Isso nos faz reais
filhos das estrelas, literalmente, a nível atômico). Esse estado puro se torna
turvo quando se observa do ponto de vista interno da matéria dos átomos,
não permitindo que vejamos a luz com clareza. Por isso, o ser humano se
esquece de seu estado puro e a visão turva equivaleria a um sonho, enquanto
o ser humano seria o sonhador (um visão bem próxima das descobertas da
física quântica, não? Porém, centenas de anos atrás).

É para se libertar do sonho e lembrar-se constantemente desta ilusão, que é


utilizado o código de conduta dos quatro compromissos. Vamos observá-los
um a um, porque servem como um excelente guia para a auto-observação de
suas atitudes diárias.

Seja impecável com a sua palavra

A palavra tem um poder inato criador e de manifestação. A criação é ,


inclusive, o ponto que mais abordamos neste livro, em relação à manifestação
da sua realidade. Logo, a palavra é muito importante neste processo. O livro
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de Gênesis da Bíblia coloca o universo sendo criado através da palavra: “No


início havia o Verbo, e o Verbo era com Deus, e o Verbo era Deus” em uma
metáfora muito conhecida, que pode nos atribuir grande valor ao poder
criador da palavra.

Este é o primeiro compromisso, o mais importante e também o mais difícil de


ser colocado em prática. Como a fala é um dos pontos mais comuns de nosso
dia a dia, muito do que dizemos é expressado de forma inconsciente. A auto-
observação, aqui, começa pelo simples ato
de ouvir o que estamos dizendo e, assim,
ir observando se aquilo dito é realmente o
que queremos expressar, ou se é um mero
hábito.

Ouvir-se ao falar pode, inclusive, ajudá-


lo a superar aspectos negativos da
personalidade que há muito tempo você
queria se ver livre, mas estaria reforçando-
os sem perceber. Se, frequentemente, você
diz “eu sou impaciente demais”, nesta
afirmação não há espaço para que deixe de ser. As palavras “Eu sou...”, “Eu
tenho...”, “Eu....” seguidas de algum adjetivo funcionam como um decreto a
nível subconsciente, reforçando a crença.

Mas, sejamos francos, se está afirmando “Eu Sou” sobre algum aspecto que
não gosta em você, reforçá-lo através de frases afirmativas não vai ajudar a
superá-lo. Podemos citar alguns exemplos de frases empregando um reforço
de crença quando pode não ser esse o resultado almejado:

1 - “Desculpe por derrubar o copo, eu sou muito desastrado...”


(mas quero continuar sendo?)
2 - “Nossa, como sou burro né? Não vi a ferramenta diante de mim!”
(você tem falta de inteligência ou apenas estava comumente distraído?)
3 - “Eu não consigo aprender a realizar essa tarefa, apesar de ser importante
aprender para nosso grupo de trabalho.”
(não consegue, ou não quer?)

A impecabilidade da palavra irá ajudá-lo a não usar do verbo criador em


algo que estaria jogando contra você. Todas as frases citadas no exemplo
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poderiam ser expressadas de outra forma ou até mesmo não expressadas:

1 - “Desculpe por derrubar o copo.”


2 - “Olha só! Não vi a ferramenta diante de mim!”
3 - “Reconheço que ainda tenho dificuldade com essa tarefa, mas vou buscar
aprender, pois é importante para nosso grupo de trabalho.”

Comparando os dois exemplos, veja como é grande a diferença de significado


na frase 3 quando colocamos a palavra ainda. Ela expressa conscientemente
que foi assim até o momento presente, mas que há possibilidade de ser
diferente em um momento futuro. Porém, a impecabilidade da palavra também
pode nos mostrar que nossa fala, muitas vezes, não está alinhada com o que
estamos sentindo de verdade, por isso a pergunta “não consegue, ou não
quer?”. Esse é um importante ponto trabalhado pelo primeiro compromisso,
quando podemos perceber se há o alinhamento entre a sua palavra (o
que é dito) com o que está sentindo (sua verdade interna). Em razão de
circunstâncias múltiplas (convenções sociais, medo de desagradar, hábitos
antigos), podemos por muitas vezes dizer coisas estando completamente
desalinhados com a nossa verdade interna. E como diria Jesus Cristo: “A
verdade liberta!”.

Vícios de linguagem são um outro ponto onde expressamos a fala


inconscientemente. Durante meus cursos presenciais, sempre tenho a
chance de demonstrar aos meus alunos como são automáticos tais vícios,
principalmente quando eles me fazem uma pergunta:

- “Professor, eu queria te fazer uma pergunta sobre esse tema.” E eu sempre


pergunto, em seguida:
- “Ah, você queria? Isso quer dizer que não quer mais?”

O “queria” para uma pergunta é um vício de linguagem muito comum de


se observar na cultura brasileira. Faria diferença caso a expressão fosse a
correta, pelo menos pelo português?

- “Professor, quero te fazer uma pergunta sobre esse tema.”

Ao meu ver, o “queria” antes de uma pergunta, demonstra alguma timidez,


ou medo. Afirmar simplesmente “eu quero fazer-lhe uma pergunta” traz em
si mesmo a segurança e a força de um pedido que é legítimo, uma pergunta.
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Seguindo o exemplo com meus alunos sobre os maneirismos, muitas vezes


eles respondem usando o “a gente”:

- “Ah, mas é comum a gente sentir esse tipo de sensações, principalmente


quando fazemos meditação”. E eu pergunto:
- Mas... a gente quem? A gente, o grupo de alunos? A gente: o povo brasileiro,
ou a gente, a humanidade?

Empregar “a gente” em uma frase é outro maneirismo que está como uma
epidemia pela cultura brasileira, sendo observado inclusive nas entrevistas
de jogadores de futebol pela televisão. O ponto de inconsciente ao empregá-
lo está relacionado com a generalização. Normalmente, quando se está
falando de uma experiência como a meditação, ou mesmo um sentimento,
você estaria falando da sua relação pessoal com aquele ponto, o que se torna
muito único. O emprego correto da frase seria:

- “Ah, mas é comum EU sentir esse tipo de sensação, principalmente durante


meditação”.

O emprego da expressão “a gente” pode parecer inocente quando se é


aplicada a generalização, mas está intimamente relacionada com a sua
percepção pessoal. Trocá-la por “eu” em uma frase é começar a se expressar
de forma mais honesta em relação ao que sente.

Esses são alguns exemplos de como a auto-observação da fala em direção a


impecabilidade da palavra estaria diretamente relacionada à consciência de
hábitos inconscientes. A auto-observação do que é dito pode ser um esforço
no início, porque estaremos mudando anos de hábitos e maneirismos. Com
pouco tempo de prática, você se acostumará a falar de forma mais precisa
possível em relação ao que quer realmente dizer. E também perceber
situações onde o melhor seja nada dizer.

Não leve nada para o lado pessoal.

Todos os próximos compromissos terão o primeiro como base. O segundo


também está muito relacionado com as descobertas da física quântica e
que podemos utilizar da novo paradigma científico para sobre ele termos
um diferente significado. Para isto, precisamos rever rapidamente o que
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aprendemos no terceiro capítulo.

Diante do que foi ensinado, já sabemos que somos um observador


experienciando a realidade através dos sentidos do nosso corpo. Cada
ser humano terá uma visão única do que está vivendo, se levarmos em
consideração todas as experiências e trajetórias de vidas. Então, vejamos um
exemplo que possa ilustrar uma visão única influênciando outra, tornando
algo pessoal. A situação hipotética se dá onde uma esposa acusa seu marido:

- Você é muito grosso! Deveria ser mais suave ao se expressar.

Nosso ponto de vista é algo estritamente pessoal. Só podemos ver em nossa


realidade algo que conhecemos em algum momento de nossas vidas, e é
justamente por isso que sabemos reconhecer. Aqui se aplica o velho provérbio
chinês, onde “quando se aponta o dedo a outra pessoa, outros 3 estarão
voltados para si mesmo”. Se alguém faz alguma acusação de qualquer tipo, é
porque aquela pessoa conhece o motivo da acusação (ou mesmo porque ela
é desta maneira também). Por outro lado, certamente o marido do exemplo
seria suave se conhecesse a suavidade. Ele estaria com o comportamento
grosseiro justamente por não conhecer outra forma e, assim, ter construído
sua forma de ser através de sua trajetória de vida.

Levar algo para o lado pessoal está relacionado à dentificação com a nossa
personalidade. Quanto mais importância eu der para o meu “falso eu”, maior
ele será para ser atingindo, fazendo com que eu me sinta “ferido” diante
de algum apontamento. Todas as pessoas que estão fazendo acusações
ou julgamentos externos a elas estão profundamente inconscientes de si
mesmas, projetando suas impressões pessoais em outras pessoas. Muitas
vezes, a exigência que alguém tenha para consigo mesmo pode ser projetada
nos outros, seja no ambiente familiar, de trabalho ou estudo, ou até mesmo
em uma amizade. Mas a raiz da exigência é de si para si.

Estar consciente de você faz também compreender a inconsciência que


o outro pode estar. Diante disso, o impacto que uma projeção acusatória
que você receberia perde força quando sabemos que ela não é algo pessoal,
direcionado a você. Tornando-se imune as opiniões alheias, a mente perde o
arsenal de argumentos que teria para se defender (ou atacar).

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Não tire conclusões

Já estamos conscientes de que a mente humana é limitada para compreender


o mundo em que está. Também sabemos que ela tem por natureza a função de
medir, calcular e se projetar. Sempre que a mente tira uma conclusão sobre
algo, ela está deixando de levar em consideração múltiplas possibilidades
que ela não tem capacidade de ver, limitando o ilimitado. Novamente, os
toltecas estavam muito corretos em seu código de conduta, se temos o viés
da física quântica para analisá-lo. Vamos a um exemplo:

- “Meu chefe não me deu bom dia, como de costume. Ele deve estar com
raiva de mim, pela forma que me comportei na festa da empresa”.

De uma forma mais prática, aqui vemos uma conclusão que ainda é levada
para o lado pessoal, mas isso só acontece se há grande identificação com
nossos pensamentos. São inúmeras possibilidades que poderiam levar o
chefe a não ter dado o bom dia costumeiro, mas a pessoa estaria escolhendo
pelo ponto de vista do qual ela seria o motivo disso.

A forma de se proteger das conclusões automáticas da mente é sempre


fazer perguntas ao invés de tomar decisões baseadas nas conclusões dos
pensamentos.

- “Bom dia chefe! Você não me deu o bom dia habitual, aconteceu alguma
coisa?”
- “Sim, querida, bom dia. Eu fiquei sabendo que minha tia faleceu, hoje só
vim pegar umas coisas no escritório”.
- “Nossa, meus sentimentos! E eu achando que você estava bravo comigo por
causa da festa”.

É sempre bom lembrar: “A mente... mente!”. E o que dizer de olhares e


sorrisos que trocamos com pessoas, que podem pensar que está havendo ali
uma paquera? A chave deste compromisso é não acreditar demasiadamente
em nossas conclusões, pois elas sempre estarão limitadas ao que sabemos.
Para não cair na armadilha de um mal entendido, sempre pergunte e busque
uma comunicação o mais clara possível. E aqui, estamos novamente diante
da impecabilidade da palavra.

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Dê sempre o melhor de si.

Por último, o código de conduta tolteca nos brinda com um compromisso


que está certificando que os três últimos serão praticados. Quando você
está dando o melhor de si para uma determinada situação, a culpa pelo
autojulgamento não tem espaço para se manifestar. O resultado, diante
desta postura, sempre será satisfatório. Automaticamente, podemos olhar
este compromisso sobre um viés de competição, em relação a vencer ou
perder. Isso nada tem a ver com recompensa, mas com paz interior.

Quanto tive contato com os quatro compromissos toltecas, fiquei espantado


pela ressonância que havia entre eles e a visão da nova física para a realidade.
Em conjunto ao Ho’oponopono e a auto-observação, temos incríveis
ferramentas para mudarmos os softwares de crenças que carregamos em
nós mesmos. Com poucas semanas de prática destas técnicas, você verá uma
grande diferença na qualidade de sua atenção e em sua expressão.

5.2 Meditação

Um dos exercícios mais eficientes que conheço para diminuir o fluxo de


pensamentos que mantêm presentes durante as 24 horas do dia, e muitas vezes
nos levando até ao cansaço, é a meditação. Hoje, ela já é comprovada como
um eficiente remédio contra estresse, pressão alta e vários desequilíbrios
emocionais. Esses são efeitos imediatos de reequilíbrio que temos no corpo
físico, mas ela também abre portas de percepção que só serão acessadas se
há intervalos longos dentre um pensamento e outro. É como um diálogo:
entre duas pessoas, se a outra não se calar durante um minuto que seja,
você não terá espaço para fazer sua colocação. Assim funcionam os insights
(intuições), que são pensamentos-soluções, respostas ou entendimentos que
surgem na mente entre um pensamento e outro.

A receita é conhecida há mais de 2.500 anos pelas religiões orientais e hoje


ganha a atenção da ciência ocidental. A técnica é simples: buscar um local
para relaxar e que você não será incomodado. Pode ser sentado, recostado
ou deitado, mas essa última postura pode te levar a adormecer e essa não
é a intenção. Olhos fechados, respiração longa e profunda, concentrando-
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se no presente e se manter assim. Algo além disso, seria deixar complexo


a simplicidade do que é a meditação. Eis os resultados que já foram
comprovados em estudos(6):

• Redução do estresse: meditar diminui a produção de


hormônios ligados a estresse (adrenalina e cortisol, hormônios
associados a distúrbios como ansiedade, déficit de atenção,
hiperatividade e estresse) e estimula a produção de endorfinas,
ligadas à sensação de felicidade (segundo estudos realizados
por pesquisadores do Davis Center for Mind and Brain da
Universidade da Califórnia). Isso incluiria a meditação como
prevenção, mas é também serve como tratamento para quando
o estresse já está instalado como doença. Pesquisas realizadas
com veteranos de guerra e refugiados viram os níveis de cortisol
baixar 67%, realizando duas sessões por dia de meditação por
20 minutos, cada (estudo realizado pelo Instituto Nacional de
Saúde dos Estados Unidos).

• Melhoria do sistema cardiovascular: Meditar é útil para


reduzir em 47% as chances de ataque cardíaco e infarto em
adultos, além de reforçar o sistema como um todo, prevenindo
outras doenças no sistema. Neste estudo, conduzido pela
Universidade de Ciências da Saúde da Geórgia, EUA, o curioso
foi que os pacientes que já carregavam algum distúrbio não
pararam de tomar seus remédios. Segundo o fisiologista
americano Robert Schneider, responsável pelo estudo, “foi como
se a meditação funcionasse como um medicamento totalmente
novo e muito eficiente para prevenir doenças cardíacas”. Os
resultados foram alcançados em voluntários meditando 20
minutos, duas vezes por dia, ao longo de sete meses.

• Insônia e depressão: A insônia pode ser um sintoma da


depressão e eu mesmo já ouvi relatos de meus pacientes que
finalmente tiveram longas noites de sono praticando meditação
por poucos dias. “A quantidade de conexões cerebrais está
diretamente relacionada à saúde mental. Neste sentido,
podemos dizer que a meditação é um exercício para a mente,
excelente para deixá-la mais ‘musculosa’ e prevenir doenças”,
afirma o psicólogo Michael Posner, professor da Universidade
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de Tecnologia do Texas. Sua conclusão vem de uma pesquisa


realizada junto ao Semel Institute for Neuroscience and Human
Behavior da Universidade da California.

• Alívio da dor: De acordo com um grupo de neurocientistas


do Center for Investigating Healthy Minds da Universidade de
Wisconsin-Madison, a resistência de quem medita é maior em
situações em que o stress influencia diretamente no nível de
dor – caso de artrite e inflamações intestinais.

• Fortalecimento do sistema imunológico: médicos do


Saint Joseph Hospital, em Chicago, concluíram através de um
estudo que “o aumento da atividade cerebral relacionada a
pensamentos positivos tem influência direta na maior produção
de anticorpos. A meditação também intensifica a ação da enzima
telomerase”.

Esses são os resultados


diretos que o simples hábito
de quietar-se por 20 minutos
diários podem lhe trazer. Na
meditação, mais importante
do que a duração de prática
é a constância. Você pode até
meditar por 40 minutos ou 1
hora durante a lua cheia, mas
não terá resultados práticos
se fizer isso uma vez por
mês. Nesse sentido, Mooji
nos explica que melhor
seria uma meditação de 7
minutos todos os dias do que
longos períodos esporádicos.
Com o costume, você pode
transformar os 7 minutos
em 10, posteriormente em
20, e assim por diante.

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“Existem muitos tipos de liberdade - a social, a política, a econômica


-, mas elas são apenas superficiais. A verdadeira liberdade tem
uma dimensão totalmente diferente. Ela não diz respeito ao mundo
exterior, nada disso; ela emerge da nossa interioridade. Trata-se
da liberdade com relação ao condicionamento, a todos os tipos de
condicionamento, às ideologias religiosas, às filosofias políticas.
Todos eles têm sido impostos por outras pessoas sobre você, têm
agrilhoado você, acorrentado você, aprisionado você, têm feito de
você espiritualmente um escravo. A meditação nada mais é do
que destruir todos esses grilhões, condicionamentos, a destruição
de todas as prisões, de modo que você possa ficar novamente sob
o céu, sob as estrelas, ao ar livre, disponível para a existência.”

Osho

Através do conteúdo deste capítulo, você agora tem uma informação de ouro
para mudar as suas crenças e inserir uma nova informação em si mesmo.
A auto-observação sobe o código de conduta tolteca irá corrigir muitos
hábitos que gastam uma energia preciosa com atitudes inconscientes. O
que é poupado será direcionado para aquilo que é realmente importante
em sua vida, fazendo com que se manifestem seus desejos de forma veloz
e espantosa. Foi assim comigo e com muitas pessoas que tiveram acesso a
essas preciosas informações e assim será com você. Isso já lhe tirou do lugar
de platéia diante da sua história e lhe coloca como ator e diretor. O enrêdo
peça “sua vida” começa a ser reescrita.

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6
Técnicas de curas X Frequência de cura
quântica

“É o imaterial, e não a matéria, a base de toda a existência. As infinitas possibili-


dades imateriais existem no Campo Quântico. O seu estado vibracional predomi-
nante é o veículo que manifesta essas possibilidades no mundo material.
O mundo ao seu redor é uma extensão da sua mente.
Evolua e leve o mundo junto com você!.”

prof. Wallace Liimaa

A
cura sempre foi um tema explorado pela humanidade, mesmo em
tempos remotos. Por mais que estivéssemos 100% conectados e
conscientes com a essência universal, o corpo físico ainda estaria
sujeito a se ferir com cortes, contusões por quedas ou de outras formas.
Dentro desta realidade, há uma lei de conservação que justifica a capacidade
de auto-reparação nos seres biológicos, demonstrando o cuidado amoroso
por trás da inteligência que criou esse mundo. É em razão desta lei que
existem técnicas e práticas de cura e reparação.

Estar consciente disto é importante para se abrir a formas de harmonização


que podem estar além da compreensão racional e do pensamento linear.
A sociedade, em geral, está limitada à crença que doença significaria uma
visita ao médico que lhe receitará um remédio, acabando com o incômodo.
Não há uma autoanálise mais profunda sobre o que pode estar causando a
desarmonia ou mesmo a possibilidade de que este seja um processo natural
do corpo (como acontece com a febre, em alguns casos).

Nossas desarmonias podem ter várias possibilidades de causa, muito além


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do sintoma que emerge na superfície. Por muitas vezes, a causa pode estar
tão inconsciente que a pessoa não teria capacidade sozinha de alcançar a
compreensão do que estaria gerando o sintoma. Sendo assim, fica justificada
a necessidade de uma ajuda externa para que a cura real da doença seja
alcançada. Para este tema, Albert Einstein disse: “você não pode resolver um
problema com o mesmo estado de consciência que o está criando.”

Pegamos o exemplo de um viciado em tabaco que deseja parar com o vício e


procura um desses adesivos de nicotina ou qualquer outro remédio. Fazendo
o tratamento, ele consegue parar de fumar, mas logo desenvolve um distúrbio
alimentar que o faz ganhar peso gerando outros problemas. Neste exemplo,
o vício de tabaco seria apenas um sintoma da ansiedade. Mesmo parando
com o cigarro, a ansiedade ainda estará lá e iria fazê-lo procurar outro hábito
para se ocupar, no caso a comida. Então, o que estaria gerando ansiedade?
Seria possível identificar, ou seria algo que ainda se apresenta inconsciente,
devido a um trauma antigo?

Sobre a minha interpretação do que Einstein disse, lembro a você que a mente
humana estará sempre limitada as experiências e crenças das quais ela teve
contato durante a sua vida. Algumas delas podem estar tão inconscientes
que não seria possível traçar sozinho a causa de um sintoma. Por isso, é
necessário que uma nova informação entre para quebrar o ciclo e isso será
representando pela abertura da pessoa frente a um terapeuta holístico e uma
técnica de cura, um xamã e suas orações, um curandeiro e uma receita de
erva medicinal, um médico receitando remédios, etc.

Ainda sim, estamos falando do corpo do qual estamos utilizando, o qual


habitamos como consciência. Um mínimo de observação interna, voltando
sua atenção para o que está sentindo, fará com que você saiba se a desordem
é caso de procurar ajuda ou processo de auto-reparação, por intuição.

6.1 Cura energética X frequências de cura

Existem muitas técnicas de curas energéticas amplamente difundidas pelo


mundo. O Reike, Johrei, o Passe Espírita, entre outras, são alguns exemplos.
Essas técnicas são conhecidas pela imposição das mãos sobre o paciente,
onde o terapeuta estaria gerando uma energia que faria o equilíbrio das
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desarmonias ali contidas. Todas são conhecidas como um tratamento


energético que, com algumas sessões, ajudam na cura e na harmonização.
Hoje, novas técnicas tem surgindo, mas trazendo em si um conceito diferente
em relação a sua utilização e efeito.

Imagine um carro antigo, da década de sessenta, setenta, como um Fusca.


Ele traz em si a mesma premissa de um veículo atual: locomover a pessoa do
ponto A ao ponto B. Quando se comparado com um carro modelo 2015, o
veículo de 1960 tem muitas diferenças: o carro novo tem mais segurança, mais
eficiência no consumo de combustível, maior conforto, etc. Esta é a mesma
analogia que fazemos com curas energéticas frente a curas de frequência.
Todas as duas têm a mesma premissa, que é a harmonização do paciente.
Porém, as técnicas atuais são mais eficientes em relação às técnicas antigas,
a começar pelo conceito básico do que entendemos pelo seu funcionamento.

Quando pensamos em energia, há conceitos intrínsecos: é necessário


um gerador (o terapeuta canaliza um energia e envia) e quanto maior a
intensidade, maior será o efeito. A energia funciona como um tratamento,
e podem ser necessárias várias sessões para se observar um efeito efetivo.
Todos esses conceitos estão atrelados ao que entendemos sobre energia.

Novas frequências de cura disponíveis

Nas últimas décadas, várias técnicas novas de cura surgiram no planeta


e elas trazem aspectos diferentes daquelas que já se encontravam aqui. O
conceito básico de energia dá lugar à frequências que têm outras formas
de ação. A frequência é um estado da matéria que está ao nosso redor e não
percebemos. Nesse exato momento, você está sendo atravessado por vários
tipos de frequências que são imperceptíveis aos sentidos físicos: frequências
de rádio AM e FM, de celular, internet WI-FI, televisão digital ou analógica,
etc.

Quase todas essas novas técnicas dividem a mesma base teórica, que são
as conclusões da física quântica sobre a realidade física. A citar, a Cura
Reconectiva do Dr. Eric Pearl, a ThetaHealing, cura quântica de Deepak
Chopra, entre outras. Podem ser aplicadas em humanos, animais ou vegetais.
Elas entendem que, se comprovamos que a matéria se comporta como
possibilidades frente a consciência, já existe uma versão completamente
curada, equilibrada e harmônica. Independente da possibilidade que esteja
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manifestando ser de desarmonia, basta direcionar sua atenção (abrir-se a


possibilidade) para uma variável onde já esteja manifestada a versão curada
e perfeita.

Retornando à analogia entre um carro antigo e um carro do ano, onde estaria


a maior eficiência destas novas técnicas de cura comparando com as antigas?
Aqui, quando falamos em frequência, o terapeuta não é um canalizador de
algo como entendemos no caso de energia. Ele está, na verdade, se tornando
consciente de algo que sempre esteve ao seu redor, mas não era percebido
antes. Isso faz com que o “curador” destas técnicas seja a frequência em si, e
não o terapeuta. As curas que acontecem diante das novas técnicas também
são mais eficientes em relação ao tempo, muitas vezes acontecendo com uma
única sessão, fugindo à idéia de tratamento.

O Dr. William A. Tiller, professor cientista da Universidade Stanford na


Califórnia, que participou do filme Quem Somos Nós, estudou profundamente
estas frequências.

“As novas frequências colocam a cura além do que foi


considerado clássico, no conhecimento de energias, para um
longo espectro de energia, luz e informação”.

Dr. William A. Tiller(7)

Segundo a interpretação da física quântica, luz, energia e informação


seriam as melhores definições que teríamos para um átomo, já que ele
está sempre em movimento e variando entre possibilidades. Os estudos
levaram a concluir que essas técnicas demonstram ter um efeito de banda
de frequências capazes de mudar o DNA de seres vivos de forma poderosa.
Isso equivale a um efeito de coerência e segundo a física, tal efeito se daria
pela capacidade da frequência de harmonizar e equilibrar tudo que entra em
contato com ela.

O Terapeuta não é importante

Neste ponto, fica imprescindível esclarecer algo. Quando falamos de efeito de


coerência, estamos levando em consideração que a frequência irá equilibrar
o alvo de acordo com a desarmonia ali contida. Mas isso não quer dizer que
isto será de acordo com a vontade do paciente, ou mesmo do terapeuta, mas
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sim da necessidade que o alvo (paciente) traz diante da frequência.

Isso indica que o terapeuta perde o status de “curador” que poderia haver
nas antigas técnicas de cura, porque ele não pode controlar o efeito da
frequência. De certa forma isto é mais inteligente, já que, em muitos casos,
não é possível saber a exata causa de o que poderia estar causando o sintoma.
Sendo assim, o terapeuta pode estar sendo apenas um facilitador da técnica
sem a necessidade de saber qual é a desordem que o paciente traz. Mas,
ainda sim, sem tal controle o terapeuta nunca poderá prometer uma cura
(apesar de que existem muitos casos comprovados e estudados onde curas
milagrosas foram realizadas diante de sessões com essas técnicas).

Pessoalmente, já presenciei curas inexplicáveis em meus cursos e em sessões


individuais. Das que mais me impressionaram, posso citar Thiago Augusto,
morador de Belo Horizonte. Em 2012, ele foi diagnosticado com hérnia
de disco considerada grave, que já se manifestava por 3 meses, vivendo de
remédios contra dor. No intervalo de um dia para o outro, durante um curso
presencial de cura quântica que ministrei, Thiago simplesmente levantou
da cama sem dor alguma (não mais se manifestando até os dias de hoje).
Margarida Dias, também de Belo Horizonte e ex-aluna, era portadora da
doença autoimune lúpus, sofrendo por 10 anos com muitas dores pelo corpo.
O lúpus provoca um desequilíbrio do sistema imunológico, em que as células
responsáveis pela defesa produzem anticorpos contra células do próprio
organismo. Margarida realizou algumas sessões e acabou não sentindo mais
dor alguma, diante de uma doença que acredita-se não ter cura.

Estas frequências também podem ser aplicadas à distância, sem nenhuma


alteração em sua eficácia. Amália Tardelli foi uma morada de São Paulo que
me contactou via internet em agosto de 2013 para três sessões à distância.
Depois da sua última sessão, relatou que tinha uma artrite reumatoide há10
anos, sem conseguir abrir e fechar as mãos normalmente. Eu não tinha
conhecimento disso antes da aplicação e fiquei surpreso em saber que, agora,
ela conseguia movimentar os dedos normalmente e com ausência de dor.

Consciência Quântica

Se entendemos que a frequência é algo que está aqui entre nós, sempre
esteve e estará; nos permeia e que seu efeito é harmonizar a tudo que tem
contato, podemos concluir que, quanto mais consciente estivermos dela,
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mais presente será o efeito em nós e a nossa volta. Mas o que poderia estar
desviando nossa atenção para algo que está à nossa volta, tão próximo?
Novamente, nos vemos diante da identificação com nossos pensamentos nos
tirando a atenção preciosa.

Se uma pessoa consegue se manter totalmente presente, o máximo possível,


com a mente serena e focada no aqui e agora, qual poderia ser o resultado
disso em relação à frequência? Talvez a resposta possa ser observada na
atitude de grandes sábios que já alcançaram este estágio de paz e harmonia.
E esses exemplos de vida são acompanhados de depoimentos de pessoas que,
apenas entrando em contato com tais seres, algumas vezes simplesmente
estando na presença deles, já alcançavam curas milagrosas e inexplicáveis.
A vida de Jesus Cristo pode elucidar tal possibilidade para quem alcança um
alto grau de controle e consciência, quando curas aconteciam para pessoas
que apenas o viam.

6.2 Ativação prática

A imposição de mãos é uma prática de cura muito antiga e difundida


principalmente no continente asiático. Tem sido estudada já há alguns
anos também por universidades americanas, européias e brasileiras.
Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou uma
denominação especial para esses métodos: são as terapias integrativas.
Em 2006, o Ministério da Saúde brasileiro lançou a portaria nº 971, de 3
de maio, aprovando o incentivo das terapias no Sistema Único de Saúde
(SUS), complementares aos tratamentos convencionais. É bem verdade que
o ser humano traz consigo, através das mãos, capacidades de emitir ondas
curativas que causam efeitos que podem ser comprovados através de estudos
científicos em camundongos.

Pela visão da cura quântica, as mãos vão se tornar antenas para as frequências
de efeito coerente em um primeiro momento. Com a prática constante, as
mãos já não são necessárias, bastando apenas um movimento de consciência
para que as frequências sejam ativadas no ambiente. Essa capacidade está
latente em todos, bastando apenas o estímulo para que elas sejam utilizadas.
A sensibilidade das mãos para tais frequências é palpável, por isso irei propor
um exercício para ativar sua consciência para essa capacidade.
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Primeiramente, esfregue suas mãos, uma contra a outra, para estimulá-


las por alguns segundos. Feito isso, coloque as duas mãos, com as palmas
abertas e os dedos esticados, paralelas e na vertical, com aproximadamente
30 centímetros de distância uma da outra.

Lentamente, comece a aproximar as duas mãos, e observe o que possa estar


sentindo. Quando a distância entre elas tiver caído pela metade, faça o
inverso, afastando as mãos.

Faça esse “vai e vem” por algum tempo e observe as sensações sutis que
possa registrar através de sensações nas mãos.

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Os relatos são diversos dentro deste exercício: algumas pessoas sentem calor,
outras sentem uma “energia fria”, outras sentem como um imã (magnetismo)
entre as mãos. Comece a exercitar essa sensação de outras formas,
aumentando a velocidade, aumentando o espaço, diminuindo, seja livre para
exercitar. Quanto maior for a sua prática, maior será a sensibilidade, da
mesma forma que um músculo se torna mais forte conforme sua utilização.

Baseado na informação da cura quântica, utilizando-se de movimentos


constantes de emanação (como frequências de ondas que são emitidas em
uma cadência de intervalos), você pode utilizar essa técnica para aplicar a
cura sobre um machucado, sobre um amigo doente, sobre um animal ou até
mesmo sobre uma plantinha. E é nessa simplicidade que presenciei diversas
curas em meus pacientes e também com meus alunos, que após o curso
presencial, relataram também ter presenciado curas incríveis em parentes
e animais de estimação.

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7
A evolução e a nova era

“Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela.”

Paulo Coelho

D
iante de toda a informação aqui exposta, façamos uma projeção
ao futuro. Usemos da capacidade da mente para imaginar o que
seria uma humanidade consciente do mecanismo de criação de
realidade que tem em mãos, e como usá-lo. Afinal, uma idade dourada é
o que foi previsto para nós por várias fontes e diferentes canais, quando
olhavam para o futuro como fazemos agora. O sonho é em relação a todas
as pessoas conscientes de que podem criar a felicidade que almejam para
si mesmas, realizar os projetos mais desejados, se curarem de dores que
lhe acompanharam por anos, dividir suas bençãos com quem ainda não
compreendeu. Uma vez criando a sua realidade ideal, seria automático olhar
a sua volta para quem ainda não atingiu a plenitude que você alcançou. Isso
é compaixão.

O primeiro maior impacto estaria nos desequilíbrios primários que causam


sofrimento às pessoas. Não há nada mais triste do que uma criança que perde
seu potencial de futuro devido ao meio ambiente que está crescendo (África,
favelas em guerra pelo tráfico, refugiados de países em conflitos, exemplos
coletivos). Também poderíamos citar a fome como uma realidade dolorosa
de ser vivida com formas simples de irradicá-la, se todos trabalharem juntos.
O ser humano estaria preocupado primeiro no bem estar do seu próximo,
pois esse garantiria o seu próprio bem estar.
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Veríamos um planeta onde não haveria competição por poder, pois todos
teriam recursos suficientes para realizar seus potenciais. As artes teriam um
papel universal, já que a criatividade teria mais espaço para ser expressada e
principalmente reconhecida como importante. O “ter” (material) daria lugar
ao “ser” (espiritual) valorizando pessoas por suas capacidades e não pelo
acúmulo.

Esta não é tão somente uma esperança utópica mas o que foi previsto para
essa civilização no início de seu terceiro milênio, e o que sinceramente, vejo
como possibilidade quando projetamos todos com acesso a essa informação:
a realidade de quem você é realmente. Durante uma década de pesquisas
que fiz, logo que comecei minha gradução em jornalismo no ano de 2004,
sempre lia sobre cataclismas e mudanças drásticas, a ponto de interpretarem
esses tempos como “o fim do mundo”. Partindo das minhas pesquisas,
naquela época nunca iria imaginar uma mudança onde seu âmago daria
interiormente, de cada ser humano. A maioria dos esotéricos aguardavam
uma mudança externa. A mudança está claramente acontecendo na forma
que enxergamos a realidade interna, e assim a realidade externa muda
automaticamente.

Outro aspecto inesperado é a ciência ajudar a responder perguntas que


a muito tempo estavam sem respostas. O planeta sempre esteve muito
polarizado em extremos: ocidente (material) e oriente (espiritual), partidos
de esquerda e direira, capitalismo e comunismo, machismo e feminismo, etc.
Com as respostas que você viu neste livro, temos uma inédita confluência
entre razão e intuição, ciência e espiritualidade; que é um passo importante
se queremos uma sociedade equilibrada e feliz.

Isso me faz crer que estamos em um momento de transição. Não só pelo que
foi dito, mas pelo que está sendo visto agora. Um novo passo na evolução
do ser humano, uma nova espécie. O que chamei aqui de “erro fundamental
da humanidade” está dando lugar a uma nova percepção, onde perde-se
força a identificação com o “falso eu”, o ego/personalidade que é a raízes da
separação.

“Embora sobre uma certa perspectiva o ego pode parecer insano,


sob uma perspectiva mais elevada ele é normal e parte do processo
evolutivo das espécies. É um estágio na evolução. Como estamos nos
aproximando de um novo estágio na evolução, estamos começando a

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ver que o ego está perdendo completamente sua utlidade. Mas ele tinha
sua utilidade. E só agora começamos a ver que ele é insano, porque
estamos nos aproximando de um novo estágio na evolução humana.”

Echkart Tolle

7.1 O Supra humano

É possível que esse novo estágio da evolução que Echkart Tolle cita pode
colocar as capacidades humanas extra-sensoriais como uma regra e não uma
exceção, como vemos hoje. Se não gastássemos toda a energia que gastamos
com pensamentos destrutivos, negativos, separadores e inconscientes, para
onde toda essa energia seria direcionada? Veja algumas das capacidades que
são reconhecidamente presentes em alguns seres humanos e a ciência não
nega sua existência, apesar de não serem capacidades dominados por todos:

• Percepção Extra-sensorial: de acordo com os estudiosos,


essa é a capacidade humana de adquirir informações sem usar
nenhum dos cinco sentidos conhecidos (visão, audição, olfato,
paladar e tato). Portanto, uma espécie de “sexto sentido”
(também pode ser chamado de intuição). Há várias teorias
científicas para tentar explicar como isso seria possível e uma
delas diz que as pessoas podem sentir as descargas elétricas
que transportam informações através do cérebro.

• Premonição: capacidade que envolve casos de pessoas que


obtêm informações sobre o futuro sem dispor de dados do
presente que lhes permitam deduzir o que vai acontecer. Ela
pode se manifestar por meio de sonhos, mas também visões
acordadas como flashes. Um dos registros mais famosos de uma
premonição é o de um homem que cancelou sua viagem no
Titanic dois dias antes da partida, por ter sonhado que o navio
iria naufragar.

• Telepatia: É a interação entre duas mentes, com a


transmissão de pensamentos, imagens e memórias. Pode ser
responsável por experiências como ouvir “vozes do além” –
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algumas delas teriam sido registradas eletronicamente e são


conhecidas como fenômenos da voz eletrônica (ou EVP, sua
sigla em inglês). Outras manifestações de telepatia seriam os
casos de reencarnação, em que uma pessoa diz ter recordações
de vidas passadas e as experiências de quase-morte (EQM), nas
quais alguém que esteve na fronteira entre a vida e a morte
relata coisas relacionadas ao seu passado ou mesmo ao suposto
futuro. A técnica mais sofisticada para estudar a telepatia
é o experimento de Ganzfeld. Esses testes começaram a ser
aplicados na década de 70 e, até o momento, segundo alguns
estudiosos, tiveram êxito em demonstrar, pelo menos, a
possibilidade de existência da telepatia.

• BIO-PK: É a energia psíquica aplicada diretamente num


ser vivo. Um exemplo de sua manifestação seria o aumento
temporário da condutividade elétrica na pele. Pode ser um dos
componentes das chamadas curas mediúnicas. A sensação de
estar sendo observado, mesmo sem ninguém por perto, pode
ser resultado de uma ação de bio-PK. Há também relatos de
pessoas que seriam capazes de secar folhas de plantas sem tocar
nelas.

Esses são alguns dos exemplos de capacidades psíquicas que são reconhecidas
e até estudadas pela ciência e com suas devidas nomenclaturas. Temos
na América do Norte até uma profissão de “investigador paranormal”,
comprovação de reconhecimento destas capacidades como existentes.
Noreen Renier é uma detetive paranormal “de verdade”, que já participou
da investigação de mais de 600 casos nos últimos 30 anos por todo o mundo.
Ela ajudou a polícia a encontrar assassinos foragidos, crianças sequestradas
e até um avião desaparecido.

Existem Escolas Iniciáticas ancestrais e muito sérias dedicadas a treinamentos


específicos para você desenvolver essas funções. O conhecimento que é
ensinado ali você não encontrará publicamente pela internet ou em livros.
Normalmente, é feita uma entrevista para você ingressar, onde será analisada
sua pureza de intenção. A citar, conheço a mundialmente famosa “Antiga e
Mística Ordem Rosa Cruz – AMORC” e a brasileira Pró-Vida, criada pelo
Dr. Celso Charuri.

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De todas essas capacidades, eu tenho um carinho especial pela telepatia. Para


mim, em um mundo utópico, se todos dominássemos a telepatia, viveríamos
de forma que não poderíamos esconder os pensamentos uns dos outros.
Simplesmente não haveria mais mentira. Seria um mundo totalmente
transparente, onde cada ser humano estaria emanando o que é e o que pensa,
obrigando um respeito automático das pessoas pelas opiniões. Não haveria
falsidade. E se você não ficasse satisfeito com algo, isso estaria estampado
em você, deixando claro para a outra pessoa que aquela atitude não o agrada,
fazendo-a refletir sobre seus atos e posturas. Isso não é muito parecido com
o comportamento de uma criança? Puro e natural? Transparente em relação
ao que está sentindo e pensando?

Por outro lado, este mundo utópico do qual sonho nos leva a pensar: será
que se existisse esse mundo onde os pensamentos seriam emanados e vistos,
onde todos estaríamos nus diante uns dos outros e poderiamos viver com a
nossa consciência tranquila? Não tendo nada a esconder ou a omitir? Agora,
sabia que já vivemos neste mundo? Nossos pensamentos já são emanados e
todos sentem, independente se acreditamos ou não na mentira que contamos
para nós mesmos. Tudo aqui exposto é para te deixar consciente de que
seus movimentos internos fazem total e completa diferença no seu mundo
externo. Talvez você só não estava consciente disso.

Viva o seu sonho!

Hoje é o primeiro dia do resto de sua vida. Independente da realidade que


chegou até aqui, esse livro é o manual para que uma nova realidade se
manifeste. Leia e aprofunde sobre os temas que viu aqui. Não sou o único
que está guiando sua atenção para esses assuntos. Faça sua experiência e tire
sua conclusão sobre o que leu.

Todas essas informações são um marco em sua vida para que finalmente
seja quem você nunca deixou de Ser. Não há mais necessidade de buscar
algo para te completar, algo para lhe preencher. Você já é completo, já é
perfeito. Se há ainda um pensamento de que “ainda falta algo”, é porque
vem do seu “falso eu”. Vem da identificação de sua mente diante de algum
pensamento viciado de que você ainda precisa fazer algo para completar o
que já é completo.

Fazer o que, para se tornar algo que você já é, aqui e agora? Se caso pense
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assim, respire... volte para o agora, lembre-se que isso é apenas um erro de
identificação com uma parte sua que é humana, biológica. Você é tudo aquilo
que sua mente tenta se tornar. Você É! Eu sou.

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Citações

(1) Extração e interpretação retirada do documentário “Crossing The


Event Horizon ‘Rise To The Equation’” em DVD, disponível no website:
http://theresonanceproject.org

(2) Leia mais em: “As Cartas de Cristo: A consciência crística manifestada”,
ed. Alimenara Editorial, 2007

(3) Maya ou maiá é um termo filosófico hindu que significa: conceito da


ilusão que constituiria a natureza do universo. Maya deriva da contração de
ma, que significa “medir, marcar, formar, construir”, denotando o poder do
deus ou demônio de criar ilusão, e ya, que significa “aquilo”

(4) Possíveis respostas aos questionamentos trazidos por Mooji: 1 - Tudo


o que existe, existe apenas para um “eu”, para “mim”. 2 - Este “eu” não é
concreto; é apenas um pensamento, apenas a idéia que eu tenho de mim
mesmo, minha identidade; não é real. 3 - Eu sou aquele espaço impessoal de
Consciência; eu estou consciente do “eu”, mas não sou uma entidade, uma
pessoa . 4 - Silêncio

(5) Esta experiência demonstra que, pela primeira vez na história, podemos
filmar a mecânica quântica – e sua natureza paradoxal – diretamente”, disse
Fabrizio Carbone, pesquisador. Escola Politécnica Federal de Lausana,
suíça, Março 2015

(6) revista Veja. Site http://veja.abril.com.br/noticia/saude/meditacao-


ganha-enfim-aval-cientifico/ - acessado em 09/09/2015

(7) Livro: Siencie Confirms Reconnective Healing, autor Dr. Konstantin


Korotkov, p. 5)

Mais informação sobre os cursos do autor no site:


www.ceudealegria.com.br

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A Conexão Quântica - Cura Quântica é


a transmissão de um conhecimento dire-
cionado ao despertar da consciência.

Hoje, a física quântica é capaz de expli-


car a relação entre nosso pensamento
e a realidade que vivemos: seja de saúde
ou de doença, seja de abundância ou de
escassez.

O despertar está relacionado com o uso


do nosso pensamento consciente em di-
reção a uma vida mais feliz e equilibra-
da. Temos um potencial criativo oriundo
desde nossa origem, que só espera sua
ação consciente para desenvolver-se.
Capacidades latentes que, como semen-
tes, vão crescer e dar frutos.

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