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“Uma voz de alegria!


Élder Kevin R. Duncan
Dos setenta

“Agora, o que ouvimos no evangelho que recebemos? Uma voz de alegria!


Uma voz de misericórdia do céu; e uma voz de verdade saindo da Terra; (…)
uma voz de alegria para os vivos e os mortos; boas novas de grande alegria.” 1
Irmãos e irmãs, é quase impossível ouvir essas palavras do profeta Joseph
Smith e não abrir um grande sorriso!
Essa expressão jubilosa de Joseph verdadeiramente captura a total e majestosa
alegria encontrada no grande plano de felicidade de Deus, nosso Pai Celestial,
pois, como Ele nos assegurou, “os homens existem para que tenham alegria”. 2
Todos nós nos alegramos3 na vida pré-mortal quando ouvimos o plano de
felicidade, e continuamos a nos alegrar aqui ao vivermos de acordo com Seu
plano. Mas qual era exatamente o contexto dessa alegre declaração do
profeta? O que despertou essas emoções profundas e sinceras?
O profeta Joseph Smith estava ensinando sobre o batismo pelos mortos.
Aquela foi verdadeiramente uma revelação gloriosa recebida com grande
alegria. Quando os membros da Igreja começaram a aprender que podiam ser
batizados em favor de seus entes queridos falecidos, eles ficaram muito
felizes. Wilford Woodruff disse: “No momento em que soube disso, fiquei
imensamente feliz!”4
O batismo por nossos entes queridos falecidos não era a única verdade que o
Senhor iria revelar e restaurar. Havia diversas outras dádivas ou investiduras
que Deus estava ansioso para conceder a Seus filhos e Suas filhas.
Essas dádivas incluem a autoridade do sacerdócio, os convênios e as
ordenanças, um casamento que poderia durar para sempre, o selamento dos
filhos aos pais dentro da família de Deus e, por fim, a bênção de voltar ao lar e
à presença de Deus, nosso Pai Celestial, e de Seu Filho, Jesus Cristo. Todas
essas bênçãos se tornaram possíveis devido à Expiação de Jesus Cristo.
Como Deus acreditava que essas coisas estavam entre Suas bênçãos mais
importantes e sagradas,5 Ele instruiu que edifícios sagrados fossem erigidos
onde Ele pudesse conferir essas preciosas dádivas a Seus filhos. 6 Esses
edifícios seriam Sua casa na Terra. Esses edifícios seriam templos nos quais
aqueles que fossem selados ou unidos na Terra em Seu nome, pela Sua
palavra e autoridade seriam unidos nos céus. 7
Como membros da Igreja hoje, alguns de nós podem acabar não dando o
devido valor a essas gloriosas verdades eternas. Elas se tornaram comuns para
nós. Às vezes será proveitoso olhar para elas pelos olhos daqueles que
aprendem sobre essas verdades pela primeira vez. Isso ficou evidente para
mim após uma experiência recente.
No ano passado, pouco antes da rededicação do Templo de Tóquio Japão,
muitos convidados que não são membros da Igreja visitaram o templo. Um
desses convidados era um atento líder de outra religião. Ensinamos a ele sobre
o plano de felicidade do Pai Celestial, o papel redentor de Jesus Cristo no
plano, e a doutrina de que as famílias podem ser unidas para a eternidade por
meio da ordenança de selamento.
Ao final da visita, pedi a nosso amigo que expressasse seus sentimentos. Com
relação à união das famílias — tanto no passado quanto no presente e no
futuro — aquele bom homem perguntou com toda sinceridade: “Os membros
de sua religião realmente compreendem quão profunda é essa doutrina?” Ele
acrescentou: “Esse pode muito bem ser um dos únicos ensinamentos que
consiga unir esse mundo tão dividido”. (Uma obra maravilhosa um assombro)
Que excelente observação! Aquele homem não se sentiu tocado apenas pela
fina arte do templo, mas pela maravilhosa e profunda doutrina de que as
famílias são unidas e seladas ao Pai Celestial e a Jesus Cristo para sempre. 8
Não deveríamos ficar surpresos, então, quando alguém que não é membro da
Igreja reconhece a majestade do que acontece no templo. Aquilo que poderia
ser comum e rotineiro para nós, às vezes é visto em seu esplendor e majestade
por aqueles que o ouvem ou sentem pela primeira vez.
Embora os templos já existissem no passado, com a restauração do evangelho
de Jesus Cristo a construção de templos tem sido uma das mais altas
prioridades de todos os profetas desde o profeta Joseph Smith. E é fácil
entender o motivo.
Quando o profeta Joseph foi ensinado sobre o batismo pelos mortos, ele
revelou outra grande verdade. Ele ensinou: “Eu vos asseguro que estes
princípios referentes aos mortos e aos vivos não podem ser negligenciados no
que tange a nossa salvação. Porque a sua salvação é necessária e essencial a
nossa salvação, (…) eles, sem nós, não podem ser aperfeiçoados — nem
podemos nós, sem nossos mortos, ser aperfeiçoados”. 9
Como podemos ver, a necessidade de termos templos e de realizar o trabalho
tanto pelos vivos quanto pelos mortos se torna muito clara.
O adversário está alerta. Seu poder é ameaçado pelas ordenanças e pelos
convênios realizados nos templos, e ele faz tudo o que pode para tentar parar
esse trabalho. Por quê? Porque ele conhece o poder que recebemos por meio
desse trabalho sagrado. ( Todas as vezes que um novo templo é dedicado, o
poder salvador de Jesus Cristo se expande por todo o mundo para combater os
esforços do adversário e para nos redimir à medida que nos achegamos a Ele.
À medida que o número de templos e de pessoas que cumprem convênios
aumenta, o adversário fica mais fraco.)
No início da Igreja, alguns se preocupavam quando um novo templo era
anunciado, pois diziam: “Jamais começamos a construir um templo sem que
os sinos do inferno começassem a soar”. Mas Brigham Young corajosamente
replicava: “Quero ouvi-los soar novamente”. 10
(Nesta vida mortal, não vamos escapar da guerra, mas podemos ter poder
sobre o inimigo. Esse poder e essa força vêm de Jesus Cristo ao fazermos e
cumprirmos os convênios do templo.)
O presidente Russell M. Nelson ensinou: “Está chegando o momento em que
aqueles que não obedecem ao Senhor serão separados daqueles que o fazem.
Nossa maior segurança é permanecermos dignos de entrar em Sua santa
casa”.11
Vejam algumas outras bênçãos que Deus nos prometeu por intermédio de Seu
profeta.
Vocês precisam de milagres? Nosso profeta disse: “Prometo-lhes que o
Senhor vai lhes proporcionar os milagres que Ele sabe que vocês precisam, se
fizerem sacrifícios para servir e adorar em Seus templos”. 12
(Vocês precisam do poder de cura e do poder fortalecedor do Salvador Jesus
Cristo? O presidente Russell M. Nelson nos assegura: “Tudo o que é ensinado
no templo (…) amplia nossa compreensão a respeito de Jesus Cristo. (…)
Então, à medida que cumprimos nossos convênios, Ele nos investe
com Seu poder de fortalecimento e cura. E, ah, como precisaremos de Seu
poder nos dias que estão por vir!”13)
No primeiro Domingo de Ramos, quando Jesus Cristo entrou triunfalmente
em Jerusalém, uma multidão de Seus discípulos se regozijou e louvou a Deus
em alta voz, dizendo: “Bendito o Rei que vem em nome do Senhor”. 14
Foi muito apropriado que o Templo de Kirtland fora dedicado em um
Domingo de Ramos em 1836! Naquela ocasião, os discípulos de Jesus Cristo
também ficaram muito felizes. E na oração dedicatória, o profeta Joseph
Smith declarou as seguintes palavras de louvor:
“Ó Senhor Deus Todo-Poderoso, [ouve-nos] (…) e responde-nos do céu, (…)
onde te assentas entronizado, com glória, honra, poder, majestade [e]
força. (…)
Ajuda-nos, pelo poder de teu Espírito, para que misturemos nossa voz aos
brilhantes e resplandecentes serafins que cercam teu trono com aclamações de
louvor, cantando: Hosana a Deus e ao Cordeiro!
E que estes (…) teus santos gritem de alegria.” 15
Irmãos e irmãs, hoje, neste Domingo de Ramos, que também possamos, como
discípulos de Jesus Cristo, louvar nosso santo Deus e nos regozijar por Sua
bondade para conosco. “O que ouvimos no evangelho que recebemos?”
Verdadeiramente “uma voz de alegria!” 16
(Testifico que vocês sentirão cada vez mais alegria ao entrarem no templo
sagrado do Senhor. Testifico que vocês sentirão a alegria que Ele sente por
vocês.) Em nome de Jesus Cristo, amém.

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