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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICACÃO OFICIAL DA REPÚBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE
2.° SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE M O Ç A M B I Q U E das atribuições conferidas pelo artigo 51 da Constituição
da República.
A V I S O 1. No domínio do estudo, investigação e exploração dos
A materia a publicar no «Boletim da Republica» deve ser remetida em
recursos minerais, através da Lei n.° 1 /88, de 29 de Janeiro,
cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além a Comissão Permanente da Assembleia Popular atribuiu
das indicações necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, ao Conselho de Ministros a competência para regulamentar
assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim da República». sobre a matéria relacionada com o fomento mineiro e com
o apoio financeiro às indústrias extractivas.
SUMARIO 2. Pela Lei n.° 2/88, de 29 de Janeiro, a Comissão Per-
manente da Assembleia Popular aprovou a introdução de
uma nota de cinco mil meticais na estrutura de notas com
Assembleia Popular; curso legal obrigatório no País, para responder à necessi-
dade de ter uma nota de valor facial mais elevado, resul-
Resolução n.° 8/88:
tante das medidas de reajustamento dos preços e dos salá-
Ratifica as Leis n.° 1, 2, 3 e 4/88, respectivamente de 29 rios operados no quadro do Programa de Reabilitação Eco-
de Janeiro c 12 de Malo.
nómica.
Resolução 9/88: 3. Com a aprovação da Lei n.° 3/88, de 12 de Maio, a
Ratifica a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, Comissão Permanente da Assembleia Popular alterou a Lei
cujo texto em anexo faz parte integrante deste diploma. n.° 3/88, de 19 de Janeiro, referente ao Imposto sobre
o Rendimento do Trabalho. A alteração consistiu, por um
Resolução n.° 10/88: íado, na fixação de uma taxa de imposto mais favorável
Ratifica a Convenção sobre a entrega de pessoas condenadas e mais suave para os rendimentos mais baixos e, por outro
â penas privativas de Fberdade a fim de as cumprirem no lado, isentou deste imposto os contribuintes com salário
Estado de que são cidadãos, cujo texto em anexo faz parte
integrante deste diploma. inferior a 13 000,00 MT.
4. Por último, pela Lei n.° 4/88, de 12 de Maio, a Co-
Resolução n.° 11/88: missão Permanente da Assembleia Popular alterou a Lei
Ratifica a Convenção da OUA relativa a aspectos específicos n.° 13/87, de 18 de Dezembro, relativa ao Orçamento do
dos problemas dos refugiados em África, de 10 de Setembro Estado para 1988.
de 1969, cujo texto em anexo faz parte integrante desta
resolução. Foram definidos novos montantes globais quer para as
despesas correntes quer para as despesas de investimentos,
Resolução n.° 12/88: aumentando os respectivos limites previstos anteriormente
Ratifica o Protocolo Adicional à Convenção de Genebra sobre no Orçamento do Estado para 1988 o que significou um
o Estatuto do Refugiado. de 31 de Janeiro dc 1967, cujo aumento do défice orçamental, justificado pela necessidade
texto em anexo faz parte integrante da presente resolução. de reforçar verbas para despesas com a alimentação e com
o alargamento das representações diplomáticas da Repú-
blica Popular de Moçambique no exterior.
ASSEMBLEIA POPULAR Assim assumindo as necessidades da presente fase do
processo de recuperação económica, a Comissão Perma-
R e s o l u ç ã o n.° 8 / 8 8 nent e da Assembleia Popular aprovou e veio agora subme-
ter a ratificação da 4.a Sessão da Assembleia Popular os
de 25 de Agosto
actos legislativos por ela praticados após a 3.a Sessão reali-
No período compreendido entre a 3.a Sessão e a presente zada em Dezembro de 1987.
4. a Sessão da Assembleia Popular, a Comissão Permanente Nestes termos, e fazendo uso da competência que lhe
da Assembleia Popular aprovou quatro leis. no exercicio é conferida pela alínea g) do artigo 44 da Constituição da
Republica, a Assembleia Popular, reunida na 4 a Sessão em Povos, prevendo nomeadamente a instituição de órgãos de
Agosto de 1988, determina a ratificação das seguintes leis promoção e de protecção dos direitos do Homem e dos
Lei n ° 1/88, de 29 de Janeiro — que atribui compe- Povos.
tência ao Conselho de Ministros para regular sobre Considerando a Carta da Organização da Unidade Afri-
o fomento mineiro; cana, nos termos da qual (a liberdade, a igualdade, a jus-
Lei n.° 2/88, de 29 de Janeiro — que introduz a nota tiça e a dignidade), são objectivos essenciais à realização
de cinco mil meticais, das aspirações legítimas dos povos africanos
Lei n ° 3/88, de 12 de Maio — que altera a Lei do Reafirmando o compromisso solenemente tomado no ar-
Imposto sobre o Rendimento do Trabalho; tigo 2 da referida Carta de eliminar sob todas as suas for-
Lei n.° 4/88, de 12 de Maio — que altera o défice mas o colonialismo em Africa, de coordenar e intensificar
do Orçamento do Estado para 1988 a sua cooperação e esforços a fim de oferecer melhores
condições de assistência aos povos de Africa, de favorecer
Aprovada pela Assembleia Popular a cooperação internacional tendo devidamente em conta
a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos
O Presidente da Assembleia Popular, Marcelino dos
Direitos do Homem.
Santos
Tendo em conta os valores de suas tradições históricas
Publique-se e da civilização africana que devem inspirar e caracterizar
as suas reflexões sobre a concepção dos direitos do Homem
O Presidente da República, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO e dos Povos;
Reconhecendo que por um lado, os direitos fundamentais
do ser humano baseiam-se nos atributos humanos, o que
justifica a sua protecção internacional e que por outro lado,
Resolução n.° 9/88 a realidade e o respeito dos direitos dos povos devem
d e 25 de Agosto necessariamente garantir os direitos do homem,
Considerando que o gozo dos direitos e liberdades im-
A X V I I I Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo plica o cumprimento dos deveres de cada um,
da Organização da Unidade Africana, reunida em Nairobi, Convictos de que é essencial conceder doravante, uma
Kénia, em Julho de 1981, aprovou a Carta Africana dos atenção particular ao direito do desenvolvimento que os
Direitos Humanos e dos Povos, também conhecida por direitos civis e políticos são indissociáveis dos direitos eco-
Carta de Banjul nómicos, sociais e culturais garante o gozo dos direitos civis
Este importante documento consagra os princípios uni- e politicos,
versais do respeito pela dignidade humana e do direito dos Conscientes do seu dever de libertar totalmente a Africa
povos ã sua autodeterminação, independência, paz e pro- cujos povos continuam a lutar pela sua verdadeira inde-
gresso pendência e dignidade e comprometendo-se a eliminar o
A Constituição da República Popular de Moçambique, colonialismo, o neocolomalismo, o apartheid, o sionismo, as
em muitas das suas disposições, reconhece e garante a apli- bases militares estrangeiras de agressão e de todas as formas
cação destes princípios que, já durante a Luta Armada de discriminação nomeadamente as que são baseadas na
de Libertação Nacional, haviam sido materializados e de- raça, etnia, cor, sexo, língua, religião ou opinião política,
senvolvidos pela Frente de libertação de Moçambique Reafirmando a sua dectsao is liberdades e aos direitos
(FRELIMO)
do Homem e dos Povos contidos nas declarações, conven-
Nestes termos, usando das faculdades que lhe são confe ções e outros instrumentos adoptados no quadro da Orga-
ridas pela alínea e) do artigo 44 da Constituição da Re- nização da Unidade Africana, do Movimento dos Países
pública, a Assembleia Popular determina Não-Alinhados e da Organização das Nações Unidas
Único É ratificada a Carta Africana dos Direitos Huma- Firmemente convencidos do seu dever de assegurar a
nos e dos Povos, cujo texto em anexo faz parte integrante promoção e a protecção dos direitos e liberdade do Homem
deste diploma. e dos Povos, tendo devidamente em conta a ímportânc
primordial tradicionalmente dispensada em Africa a estes
Aprovada pela Assembleia Popular direitos e liberdades convieram no seguinte
O Presidente da Assembleia Popular, Marcelino dos PRIMEIRA PARTE
Santos
Dos direitos e dos deveres
Publique-se
CAPITULO 1
O Presidente da República, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO Doa direitos do Homem e dos Povos
de qualquer actividade apta a causar qualquer tensão entre Cooperaçâo das autoridades nacionais
os Estados Membros quer seja através do uso das armas com a Organização da Unidade Africana
ou através da imprensa ou da radio Com o fim de habilitar o Secretario Geral Administra
tivo da OUA a elaborar relatorios para os orgãos compe-
ARTIGO I V
tentes da Organizaçao da Unidade Africana, os Estados
Não-discriminação Membros comprometem se a prover o Secretario de forma
Os Estados Membros comprometem se a aplicar as re adequada com informações e dados estatísticos pedidos e
gras desta Convenção a todos os refugiados sem discrimi relativamente a
naçao de raça religião nacionalidade membro de qualquer a) Condição dos refugiados,
grupo social ou por causa das suas opinioes politicas b) Implementação desta Convenção, e
c) Leis regulamentos e decretos (ordens mandados)
ARTÍGO V que são ou podem ser relativos aos refugiados
Repatriação voluntaria
ARTIGO V I I I
1 O caracter essencialmente voluntário da repatriação Cooperação com o Alto-Comissanado das Nações Unidas
deve ser respeitado em todos os casos e nenhum refugiado para os Refugiados
sera repatriado contra a sua vontade 1 Os Estados Membros cooperarão com o Departamento
2 O Pais do asilo, em colaboração com o Pais de ori do Alio Comissariado das Nações Unidas para os Refu-
gem, deve tomar as providências adequadas para o regresso giados
seguro dos refugiados que peçam repatriação 2 A presente Convenção sera considerada como o efec-
3 O Pais de origem, ao receber os refugiados deve tivo complemento regional na África da Convenção das
facilitar a sua integração e garantir lhes todos os direitos Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, de 1951
e privilégios dos nacionais do Pais e submete los as mes
ARTIGO IX
mas obrigações
4 Os refugiados que voluntariamente regressam ao seu Decisão de conflitos
Pais, não deverão ser punidos por o terem deixado e por Qualquer conflito entre os Estados Signatarios desta
causas que dão origem as situações de refugiados Sempre Convenção, quanto a sua interpretação ou aplicação, que
que necessário poderá ser feito um pedido através dos não possa ser decidido por outros meios, sera levada a Co
orgaos nacionais de Informação e através do Secretario missão de Mediação, Conciliação e Arbitragem da OUA,
Geral Administrativo da OUA a convidar o refugiado a a pedido de qualquer das partes em litigio
regressar ao Pais e assegurando lhes que as novas circuns
tâncias prevalecentes no seu Pais de origem permitir lhes ARTIGO X
ao regressar sem qualquer risco e levar uma vida normal Assinatura e ratificação
pacifica, sem receio de poder ser incomodado ou punido,
e que o texto de tal pedido sera entregue ao refugiado e 1
claramente explicado pelo Pais de asilo adesão por todos os Estados Membros da Organização da
Unidade Africana e poderá ser ratificada pelos Estados
5 Aos refugiados que, livremente decidam regressar ao Signatários em conformidade com os respectivos procedi
seu Pais, como consequência de tais garantias ou por sua mentos constitucionais
livre iniciativa, sera prestada toda a assistência possível
Os instrumentos de ratificação serão depositados junto
pelo País do asilo, pelo Pais de ongem por Agências Vo
do Secretário-Geral Administrativo da OUA
luntarias e por Organizações Internacionais e Intergover-
2 O instrumento original, dado, se possível nas línguas
namentais de modo a facilitar o regresso
africanas, em inglês e francês, sendo todos os textos igual
mente autênticos, sera depositado junto do Secretario Geral
ARTIGO VI
Administrativo da OUA
Documentos de viagem 3 Qualquer Estado Membro Africano Independente,
1 Face ao exposto ao artigo I I I , os Estados Membros Membro da Organização da Unidade Africana pode, em
emitirão para os refugiados que se encontram legalmente qualquer altura, notificar o Secretario Geral Administrativo
aos seus territorios, documentos de viagem em conformi da OUA para adesão a esta Convenção
dade com a Convenção das Nações Unidas para os refu- ARTIGO XI
giados, a Lista e Anexo respectivos com o objectivo de
Entrada em vigor
viajar fora do seu terrtorio a menos que razões de segu-
rança nacional ou de ordem publica o impeçam Esta Convenção entrara em vigor após o deposito dos
Os Estados Membros podem emitir igualmente um do- instrumentos de ratificação por um terço dos Estados Mem
cumento de viagem para qualquer outro refugiado no seu bros da Organização da Unidade Africana
território
ARTIGO XII
2 Quando um Pais Africano concede o asilo pela se
Emendas
gunda vez a um refugiado proveniente de um Pais que
concedeu o primeiro asilo o Pais do primeiro asilo pode Esta Convenção pode ser emendada, se algum Estado
ser dispensado de emitir um documento com uma cláusula Membro fizer um pedido escrito ao Secretario Gerai Admi
de retorno nistrativo, para tal efeito, ficando estabelecido, no entanto
3 Os documentos de viagem emitidos para os refugiados que a emenda proposta não poderá ser submetida a Confe
ao abrigo de acordos prévios internacionais pelos Estados rência dos Chefes de Estado e de Governo para conside
Membros também deverão ser reconhecidos e considerados ração, sem que todos os Estados Membros tenham sido
como se tivessem sido emitidos para refugiados nos termos notificados, e dentro do período de um ano Qualquer
deste artigo emenda não se tornará efectiva sem a aprovação de pelo
menos dois terços dos Estados Membros subscritores da Protocolo Adicional à Convenção de Genebra
presente Convenção
sobre o Estatuto do Refugiado, de 31 de Janeiro de 1947
Denúncia Os Estados Pai es no presente Protocolo, considerando
que a Convenção relativa ao Estatuto do Refugiado, assi-
1. Qualquer Estado Membro desta Convenção pode de-
nunciar as suas disposições através de uma notificação nada em Genebr em 28 de Julho de 1951 (daqui em
escrita ao Secretário-Geral Administrativo diante referida coao a Convenção), apenas se aplica àque-
2 Decorrido um ano após a data de tal notificação, se las pessoas que tornaram refugiados em resultado de
não tiver sido retirada, a Convenção deixará de ser apli- acontecimentosoccorridosantes de 1 de Janeiro de 1951
cada em relação ao Estado denunciante. Considerando cie novas categorias de refugiados apare-
ceram a partir da data em que a Convenção foi adoptada
ARtigo XIV e que, como tal, os refugiados em causa não podem cair
Registo no âmbito da Covenção
Considerando due é desejável que todos os refugiados
Após a entrada em vigor desta Convenção, o Secretário- abrangidos na definição da Convenção, independentemente
-Geral Administrativo da OUA registá-la-á junto da Secre- do prazo de 1 de Janeiro de 1951, possam gozar de igual
taria-Geral das Nações Unidas, de acordo com o artigo 102 estatuto,
da Carta das Nações Unidas Concordam no seguinte
ARTIgO XV ARTIGO l
Notificação pelo Secratário-Geral Administrativo da OUA Disposições gerais
O Secretário-Geral Administrativo da OUA deverá infor- 1 Os Estados 'artes no presente Protocolo obngam-se
mar todos os Membros da Organização a aplicar os artigos 2 a 34, inclusive, da Convenção aos
a) Das assinaturas, ratificações e adesões em confor- refugiados, nos temos a seguir definidos
midade com o artigo X, 2 Para os efeitas do presente Protocolo, o termo «refu-
b) Da entrada em vigor, de acordo com o artigo XI, giado» deverá, ex epto no que respeita a aplicação do § 3
c) Dos pedidos de emendas feitos, nos termos do deste artigo, significar qualquer pessoa que caiba na defi-
artigo XII; nição do artigo 1 como se fossem omitidas as palavras
d) Das denúncias, em conformidade com o arti- «como resultado le acontecimentos ocorridos antes de 1
go XIII b) Da Entrada em vigor, de acotrdo de Janeiro de 195 e » e as palavras « como resultado
com o artigo XI. de tais acontecim ntos», no artigo 1-A (2)
3 O presente Protocolo será aplicado pelos Estados
Partes sem qualquer limitação geográfica, com a excepção
Resoluçao n.° 12/88 de que as declara ões existentes feitas por Estados já par-
da 25deAgosto tes da Convenção de acordo com o artigo 1-B (1) (a) da
Convenção deverao, salvo se alargadas nos termos do ar-
Em 22 de Outubro de 1983, a República Popular de tigo 1-B (2) da 1 esma, ser aplicadas também sob o pre-
Moçambique comunicou à Organização das Nações Unidas sente Protocolo
a sua adesão à Convenção de Genebra relativa ao Estatuto ARTIGO 2
do Refugiado, de 28 de Julho de 1951. Cooperaçao das a toridades nacionais com as Nações Unidas
Tendo os Estados Partes naquela Convenção subscrito
em 31 de Janeiro de 1967 um Protocolo Adicional, que 1 Os Estados artes no presente Protocolo obrigam-se
teve como objectivo essencial alargar o âmbito de apli- a cooperar com o Alto-Comissário das Nações Unidas para
cação da mesma Convenção, nela abarcando grupos de os Refugiados, ou com qualquer Outra agência das Nações
pessoas que reúnam os requisitos para beneficiar do Esta- Unidas que lhe p ssa vir a suceder no exercício das suas
tuto do Refugiado, independentemente da data limite de funções, e deverao, em especial, facilitar o desempenho
1 de Janeiro de 1951, e em relação aos acontecimentos do seu dever de v a g a r a aplicação das disposições do pre-
ocorridos antes desta data. sente Protocolo
Considerando que a República Popular de Moçambique 2 Com vista a habilitar o Alto-Comissário, ou qualquer
não anunciou ainda a sua adesão ao referido Protocolo outra agência das dações Unidas que lhe possa vir a suce-
Adicional, mostrando-se conveniente e necessário fazê-lo der, a elaborar re atórios para os órgãos competentes das
Nestes termas, a Assembleia Popular, no aso da compe- Nações Unidas, c Estados Partes no presente Protocolo
tência que lhe é atribuída pela alínea e) do artigo 44 da obrigam-se a forn cer-Ihes as informações e dados estatís-
Constituição da República, determina' ticos requeridos, a forma apropriada e relativos
Único É ratificado o Protocolo Adicional à Convenção a) A condiçao dos refugiados,
de Genebra sobre o Estatuto do Refugiado, de 31 de Ja- b) A aplicaçao do presente Protocolo,
neiro de 1967, cujo texto em anexo faz parte integrante c) As leis, regulamentos e decretos que são ou pos-
da presente resolução sam vi a ser aplicáveis em relação aos refu-
giados
Aprovada pela Assembleia Popular ARTIGO 3
O Presidente da Assembleia Popular, Marcelino dos Inform cão sobre legislação nacional
Santos
Os Estados Pares no presente Protocolo deverão comu-
Publique-se nicar ao Secretário Geral das Nações Unidas as leis e regu-
lamentos que pos an vir a adoptar para assegurar a apli-
O Presidente da República, JOAQUIM ALBERTO CHISSANO cação do presente Protocolo
ARTIGO 4 quaisquer disposições da Convenção alem das contidas nos
Resolução de diferendos artigos 1, 3, 4, 16 (1) e 33, desde que, no caso de um
Estado Parte na Convenção, as reservas feitas ao abrigo
Qualquer diferendo entre Estados Partes no presente deste artigo não abranjam os refugiados aos quais se aplica
Protocolo que esteja relacionado com a sua interpretação a Convenção
ou aplicação e que nao possa set resolvido por outros 2 As reservas formuladas por Estados Partes na Con
meios devera ser submetido ao Tribunal Internacional de venção de acordo com o seu artigo 42 aplicar se ão, a me
Justiça a pedido de qualquer das partes no diferendo nos que sejam retiradas em relação às suas obrigações
decorrentes do presente Protocolo
ARTIGO 5
3 Qualquer Estado que formula uma reserva nos termos
Adesão do § 1 deste artigo poderá, a qualquer tempo, retirar tal
reserva por mero de uma comunicação dirigida para esse
O ao Secretario Geral das Nações Unidas presente Protocolo liçara aberto a adesao de
efeito
os Estados Partes na Convenção ou qualquer outro Es
4 As declarações feitas nos termos dos §§ 1 e 2 do ar-
tado Membro das Nacoes Unidas ou Membro de qualquer
tigo 40 da Convenção, por um Estado que nela seja Parte
das agências especializadas ou de. qualquer Estado ao qual
e que adira ao presente Protocolo considerar se ão aplica-
tenha sido enviado pela Assembleia Geral das Nacoes Uni
veis sob o regime do presente Protocolo, salvo se, no mo-
das um convite para adetir ao Protocolo A adesao sera
mento de adesão, o Estado Parte interessado enviar uma
efectuada pelo deposito de um instrumento de adesao junto
notificação em contrario pelo Estado Parte interessado ao
do Secretario Geral das Nacoes Unidas
Secretario Geral das Nações Unidas As disposições do
ARTIGO 6
artigo 40, §§ 2 e 3, e do artigo 44 § 3, da Convenção
considerar-se ão aplicaveis, mutatis mutandis ao presente
Clausula Federal
Protocolo
No caso de um Estado Federal ou nao unitário aplicar ARTIGO 8