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TEXTO I

No Brasil, 58% da energia consumida é de fontes não-renováveis, com destaque para o


petróleo que corresponde a cerca de 40% de nosso gasto energético, principalmente por
conta do consumo de combustíveis, como a gasolina, o diesel e o querosene. Logo, as
fontes renováveis correspondem a 42% do consumo nacional de energia. Se considerarmos
apenas a energia elétrica (sem contabilizar o gasto de combustíveis), cerca de 70% da
energia vem da força da água, ou seja, de usinas hidrelétricas. Portanto, percebe-se que o
Brasil tem uma matriz de energia bem mais limpa que a média mundial.

Porém, importantes mudanças têm ocorrido nos últimos anos envolvendo o uso de energia
do Brasil. Primeiramente, com o aumento da renda de grande parte da população, aumentou
o consumo e o gasto de energia. Para atender a essa demanda, o governo tem projetado
diversas novas hidrelétricas, e a maioria delas na Bacia Amazônica. Isso ocorre porque a
Bacia do Paraná, que é a mais utilizada para a geração de eletricidade, já não suporta mais
novas usinas de grande porte. Logo, utilizar o potencial amazônico (o maior do país)
torna-se uma necessidade, na perspectiva dos gestores do setor de energia. Estas usinas
são diferentes das antigas, pois usam a tecnologia fio d’água (ou seja, não tem reservatório).
A consequência é que há um menor impacto ambiental, com menos áreas alagadas.

Porém, caso haja um longo período de estiagem, diminui a vazão dos rios e a geração de
energia é menor. Por conta do aumento da demanda e da última estiagem entre 2012-2014,
houve a necessidade de ligar, de forma emergencial, todas as usinas termelétricas do país.
Estas usinas são movidas a carvão e óleo diesel, geram muito mais poluentes e produzem
energia com um custo maior. Portanto, apesar de ainda ter grande destaque no uso de
energias renováveis, aumentou ligeiramente o uso de fontes sujas no Brasil. Por fim, vale
destacar que há vários projetos previstos e outros em execução para a criação de novas
usinas nucleares e eólicas no Brasil.

A proposta que prevê a construção de mais usinas nucleares, um tipo de energia alternativa
(mas que não é renovável), enfrenta sérias resistências pelo medo de possíveis acidentes,
principalmente após o recente problema ocorrido no Japão. Inclusive, o acidente japonês
desencadeou um movimento em diversos países (como a Alemanha e o próprio Japão) em
prol da redução ou até mesmo eliminação total do uso desta fonte energética. Por enquanto,
o Brasil usa muito pouco dessa energia termonuclear (existem apenas duas usinas em
funcionamento e uma em construção). O mesmo não pode ser dito em relação ao petróleo,
que apesar de bastante poluente, é a fonte de energia mais usada no Brasil, situação que
tem se intensificado a partir da exploração das reservas existentes na área do pré-sal, no
litoral brasileiro.

As reservas de combustível do pré-sal podem futuramente colocar o Brasil na condição de


grande exportador de petróleo, mas também devem provocar um aumento no consumo
desta energia no Brasil. Por enquanto, o certo é que a disputa por esse recurso já faz com
que haja uma guerra entre os estados, que promoveram uma luta pela redistribuição dos
royalties da produção petrolífera alguns anos depois do anúncio da descoberta das novas
reservas.
Fonte: https://www.proenem.com.br/enem/geografia/fontes-de-energia-situacao-do-brasil/.
TEXTO II
O potencial energético do Brasil, ampliado com as recentes descobertas de petróleo e gás
na camada pré-sal e a produção de etanol, pode transformar o país em exportador de
energia nas próximas décadas. A mudança de status pode colocar o Brasil em posição de
destaque no cenário mundial. Entre os grandes emergentes que formam o grupo BRICA
(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), somente os russos, que têm grandes reservas
de gás e petróleo, são exportadores líquidos de energia.
Um relatório com projeções até 2030 elaborado em conjunto pela consultoria Ernst & Young
Brasil e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que o consumo doméstico de energia
poderá crescer a uma média de 3,3% ao ano, ante um aumento médio de 4,2% na
produção, o que geraria excedente de petróleo e etanol para o mercado externo.
Atualmente, o Brasil exporta parte do petróleo que produz e compra outro petróleo no
mercado internacional. Isso porque o petróleo exportado pelo Brasil é do tipo pesado, de
menor valor de mercado, e o país ainda precisa importar o petróleo leve, que é mais caro.
Fonte: https:// globo.com/

TEXTO IV
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal
da língua portuguesa sobre o tema Impactos do uso de energias não-renováveis no
Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.

SE LIGA:

1. Utilize caneta esferográfica preta;


2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas;
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

INSTRUÇÕES DE ENVIO:

- Vocês irão pegar o tema da semana;


- Escrever o seu texto na folha de redação disponibilizada na plataforma ou no link da BIO
do Instagram;
- Enviar o arquivo como foto ou pdf para o email (redacao@acelerenoenem.com.br) até
sexta (14/07) às 22h;
- torcer para ser um dos estudantes selecionados para a correção.
OBS: Não vamos divulgar o nome do estudante que for selecionado!!!!

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