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Frameworks ágeis:

7 principais metodologias na
prática

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Sumário

04 Introdução

06 7 principais frameworks ágeis


Scrum

Kanban

Feature Driven Development (FDD)

Extreme Programming (XP)

PDCA

Lean Startup

Scaled Agile Framework (SAFe)

40 Conclusão
Introdução
O sonho da maioria dos gestores é ter
uma equipe ágil. Mas ter um time ágil
significa que ele é rápido nas entregas? Não
necessariamente!

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Por definição, a palavra agilidade está ligada
à capacidade de resolução de impedimentos,
possibilitando maior fluidez para avançar com
objetivos. No âmbito dos métodos ágeis, a palavra
“ágil’’ está associada ao comportamento, ao
mindset.

Já os frameworks ágeis são “quadros de trabalho”,


que podem ser utilizados como referência para
adotar as metodologias na rotina de atividades da
empresa ou departamento.

E é através dos frameworks ágeis que podemos


vivenciar o mindset ágil na prática.

Neste material, vamos apresentar os 7 frameworks


ágeis mais conhecidos e utilizados nos mais diversos
contextos de negócio. Acompanhe!

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7 principais
frameworks ágeis

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1 Scrum

Conceito
Um dos mais conhecidos frameworks do modelo
ágil, o Scrum é ideal para acompanhar e executar
projetos em que haja a necessidade de mudanças
constantes e repriorização de requisitos.

O Scrum tem três papéis essenciais:

Scrum team: time responsável por executar as


demandas;

Scrum Master (SM): integrante do Scrum Team,


responsável por remover impedimentos, garantir
os ritos Scrum e facilitação do time;

Product Owner (PO): responsável pela definição,


priorização e validação das entregas.

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Os três principais pilares do Scrum são:
transparência, inspeção e adaptação. E
o objetivo principal da sua aplicação é
permitir que PO, Scrum Master e Scrum
Team trabalhem de forma colaborativa,
acompanhando o andamento das
demandas e decidindo as melhores formas
de adaptação.

Ao incorporar os valores do Scrum, a equipe


assume a responsabilidade compartilhada
pelo sucesso e evita as armadilhas de uma
mentalidade isolada.

Como funciona na prática


Apesar de ser usado com mais frequência
por equipes de desenvolvimento de software,
seus princípios e lições podem ser aplicados
a qualquer time. Essa é uma das razões pelas
quais o Scrum vem se tornando tão popular.

Normalmente considerado um framework


de gerenciamento de projetos ágeis, o
método descreve um conjunto de reuniões,
ferramentas e funções que trabalham em
conjunto para ajudar as equipes a estruturar
e gerenciar seu trabalho.

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Também é altamente aplicável para definir priorida-
des nos processos e otimizar o desenvolvimento de
gestão em diferentes segmentos – áreas de Consul-
toria, Tecnologia, RH, Telecomunicações, Marketing,
Engenharia, Seguros, Saúde, dentre outras.

Além disso, sua implementação requer uma série de


mudanças no dia a dia das empresas, que pode ser
iniciada seguindo os passos a seguir:

Fomente o mindset Scrum por toda a empresa;

Define bem os papéis, todo projeto deve ter um


Scrum Master, um Product Owner e o Scrum team;

Busque ajuda especializada se for necessário.

Cerimônias de Scrum

O segredo do Scrum é a simplicidade, mesmo diante


da complexidade. E embora seja simples pode
ser difícil de dominar, pois requer equipes auto-
organizadas, que podem resolver rapidamente
problemas em ambientes imprevisíveis.

E para fornecer transparência e comunicação


regular nesse contexto, são realizadas as chamadas
cerimônias de Scrum.

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Essas cerimônias garantem que todos
estejam sincronizados. Elas são divididas em:

Planejamento;
Scrum diário;
Revisão;
Retrospectiva.

A seguir, entenda cada uma!

Planning
Uma reunião de sprint planning
(planejamento de sprint) é realizada
antes do início de uma sprint. O objetivo
é determinar o plano que vai orientar a
sprint e, assim, começar a definir uma
meta.

Esse planejamento inclui concordar com


o número de itens da lista de pendências
da sprint e definir a meta para a atual
lista de demandas (backlog).

Durante a reunião de planejamento da


sprint, o proprietário do produto (Product
Owner) descreve os recursos de maior
prioridade para toda a equipe. Depois
disso, o time discute quais tarefas serão
realizadas.

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O planejamento da sprint, para cada semana
de atividades, não deve ultrapassar duas horas.
Isso é chamado de “timeboxing” ou configuração
de um período máximo de tempo para a equipe
realizar uma tarefa. Nesse caso, planejar a sprint.

O scrum master é responsável por garantir que


a reunião aconteça e que a caixa de tempo seja
entendida. Se a equipe estiver satisfeita antes
que o timebox termine, o evento terminará.

Daily
Daily Scrum, ou diário do Scrum em português,
é uma pequena cerimônia que garante que
todos saibam o que está acontecendo durante
os dias da sprint. É uma maneira de garantir
transparência para toda a equipe.

A Daily Scrum é um espaço para cada membro


da equipe responder às seguintes perguntas:

“O que você concluiu ontem?”


“No que está trabalhando hoje?”
“Está bloqueado por alguma coisa?”

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A daily é diária e acontece em um horário
previamente combinado com a equipe,
o Scrum master e o P.O. A cerimônia é
curta, geralmente dura 15 minutos, e é por
isso que também é chamada de stand
up (reunião em pé).

Review
Após a conclusão da sprint, é hora de
reunir a equipe para demonstrar seu
trabalho. Cada membro analisa os
recursos desenvolvidos ou o que foi
realizado durante o período.

Isso fornece um espaço para a equipe se


felicitar por uma sprint bem-sucedida,
o que é importante para demonstrar o
trabalho finalizado e para que o time
possa fornecer e obter feedback das
partes interessadas no projeto.

Diferentemente de outras cerimônias, a


revisão pode durar o tempo necessário
para demonstrar todo o trabalho
realizado.

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Essas conversas não são parciais, mas uma
revisão completa do trabalho. Caso contrário, o
ponto da revisão da sprint será diminuído.

As revisões devem atender ao nível de


qualidade configurado pela equipe ou não
são consideradas completas e não devem ser
demonstradas na revisão da sprint.

Retrospective
Sprint Retrospective, a Retrospectiva da Sprint,
ocorre após a revisão e antes da próxima
Planning. O Scrum Master deve garantir que o
evento ocorra e que os participantes entendam
seu propósito.

A retrospectiva é a oportunidade para a equipe


Scrum melhorar e todos os membros devem
estar presentes.

Durante a Retrospective, a equipe discute:

O que correu bem na Sprint;


O que poderia ser melhorado;
O que nos comprometemos a melhorar na
próxima Sprint.

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O Scrum Master também incentiva
a equipe a melhorar seu processo e
práticas de desenvolvimento para
torná-los mais eficazes e agradáveis
para a próxima sprint. Durante cada
retrospectiva, a equipe planeja maneiras
de aumentar a qualidade do produto,
melhorando os processos de trabalho.

Case de sucesso: Marketing Ágil


Para finalizar, vamos contar como
implementamos o Marketing Ágil tendo o
Scrum como framework e aumentamos a
conversão das ações de Marketing em 115%.
Confira!

Desafio
Aqui na MJV enfrentávamos diversos desafios
simultaneamente em nosso marketing. O
atendimento de solicitações de vários setores
dificultava na hora de organizar e priorizar
demandas. Isso porque, muitas vezes, os
pedidos dos departamentos tornavam a
escolha das prioridades um pouco confusa.
Precisávamos mudar para acelerar nossos
resultados.

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Solução
Para lidar com esses desafios, escolhemos o Scrum
como framework ágil.

O marketing passou a ter um Scrum Master e um


Product Owner;

As cerimônias foram incluídas na rotina (Daily,


Planning e Retrospectiva);

As tarefas passaram a entrar na esteira de


prioridades — tanto as demandas do próprio setor,
quanto às solicitações de outros setores.

Resultados
A medida que as sprints aconteciam:

Aprendemos mais sobre como melhorar os


processos;

Passamos a priorizar demandas e entregar o que


realmente agrega valor ao negócio;

A equipe tornou-se extremamente ágil e capaz


de responder às mudanças e se adaptar
rapidamente;

Acabamos com o retrabalho!

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2 Kanban

Conceito
O Kanban é um quadro que pode ser físico
ou digital, utilizado para definir e controlar
o fluxo de execução das tarefas de um
time. Normalmente, são usados cartões de
diferentes cores e formatos para estimular a
percepção visual dos profissionais.

No Kanban, divide-se as tarefas em colunas


relacionadas à fase da sua execução, como
to do (a fazer), doing (fazendo) e done (feito).
Esses são apenas exemplos, já que o
próprio time define quais serão as colunas
necessárias.

De acordo com as demandas a serem


entregues, é possível incluir outras colunas,
como “itens em aprovação” e “itens
bloqueados”.

Desta forma, o time inclui na coluna “To


Do” as demandas que precisam ser feitas
e, de acordo com a evolução, atualizam/
movem as demandas para as colunas
seguintes, permitindo que todos os envolvidos
acompanhem o projeto como um todo.

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O Kanban pode ser adaptado tanto para projetos
quanto em cenários onde há imprevisibilidade de
demandas. Dessa forma, todos os envolvidos se
organizam de maneira simples e rápida, obtendo
visibilidade e tracking das atividades executadas.

Como funciona na prática


O quadro Kanban pode estar pendurado na parede,
disponibilizado em formato digital, ser feito com
posts-its e fita adesiva ou até mesmo num quadro
branco. Isso não faz a menor diferença em termos de
eficácia.

Ou seja, na prática o Kanban pode ser aplicado


fisicamente ou através de ferramentas que
proporcionam a criação de quadros digitais.

Veja abaixo os principais elementos que devem


compor um quadro Kanban.

Quadro
É a estrutura, ou seja, o kanban propriamente dito.
Pode ser digital (utilizando um software ou aplicativo
específico para isso) ou físico (com posts-its, por
exemplo).

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Atualmente, o mais comum tem sido a
adoção do Kanban online. Isso proporciona
que toda equipe acesse o quadro de forma
muito mais simples, integrada e em tempo
real.

Um mesmo time pode utilizar mais de um


Kanban (separado por função, por projeto,
por processos) e várias equipes também
podem compartilhar o mesmo Kanban.

Coluna
As colunas caracterizam os status em que os
cards se encontram naquele determinado
momento, dentro do fluxo de trabalho da
equipe.

Por exemplo: “para fazer”, “fazendo” e “feito”.


Essas são as divisões de colunas mais
comuns, mas podem ser adaptadas de
acordo com o seu fluxo.

Para manter a eficácia do Kanban, o ideal é


que preservem a lógica de colunas iniciais à
esquerda e finais à direita.

Ao longo do projeto, os cards vão se

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movendo pelas colunas até chegar ao final do fluxo –
preferencialmente, sem que precisem voltar de uma
coluna para outra.

Isso facilita bastante o entendimento não somente


do time, como de outras pessoas que queiram
compreender o status do fluxo de trabalho.

Card
Também chamado de cartão, o card é o ponto
central do Kanban. Ele representa uma tarefa que
precisa ser concluída no fluxo de trabalho – seja
projeto ou processo.

Se precisar de ajuda para executar essa tarefa, não


deixe de sinalizar. Um Kanban mal construído pode
atrapalhar mais do que ajudar.

Um agilista pode auxiliar bastante nessa hora.


Muitos projetos confusos e aparentemente difíceis se
tornam muito mais simples com o uso de um Kanban
– e a expertise de um agilista, é claro!

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Principais ferramentas
Agora que você já entendeu o conceito e
como aplicar o Kanban na prática, vamos
listar as principais ferramentas que podem
te ajudar na hora de criar seu quadro em
formato digital.

Trello: é a ferramenta Kanban


mais popular, pois oferece funções
colaborativas, permitindo que os usuários
troquem informações e compartilhem
tarefas durante todo o processo, além
de se integrar com outras plataformas
conhecidas.

Jira: o principal diferencial é seu design


objetivo e com recursos colaborativos.
Existe a possibilidade de criar um quadro
do zero ou mesmo utilizar os modelos
disponibilizados.

Asana: é uma ferramenta de gestão e


produtividade bem completa, oferece uma
série de recursos e está constantemente
adicionando novas funcionalidades para
melhorar a experiência dos usuários.

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KanbanFlow: além de oferecer os recursos
necessários para a criação de quadros Kanban
de forma simples e objetiva, é possível controlar a
produtividade por meio da técnica Pomodoro que
já vem integrada.

Zoho Projects: essa ferramenta oferece uma


série de recursos, dentre eles a possibilidade de
criação de quadros Kanban baseado na nuvem.
Seu diferencial é separar os usuários com perfis
individuais.

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3 Feature Driven
Development (FDD)

Conceito
O FDD é um framework orientado à
construção de funcionalidades complexas
de um sistema. Como seu nome indica,
desde o planejamento até a construção das
features, os entregáveis são agrupados por
similaridades e dependências técnicas.

O Feature Development Driven é uma


técnica de gerenciamento iterativo,
incremental e enxuto de projetos. É indicado
mais especificamente para times de
desenvolvimento e codificação e seu objetivo
é produzir resultados frequentes, tangíveis e
funcionais.

A metodologia é relativamente fácil de ser


assimilada pelos desenvolvedores e funciona
muito bem em conjunto com o Scrum.
Enquanto o FDD atua no desenvolvimento, o
Scrum foca no gerenciamento do projeto em
si.

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Como funciona na prática
Para trabalhar dentro do Feature Driven Development
é preciso seguir estes cinco passos:

1. Desenvolva um modelo abrangente: trata-se do


entendimento do domínio do projeto. Pode envolver,
por exemplo, a definição dos requisitos, análise
orientada por objetos e modelagem lógica dos
dados.

2. Construa uma lista de funcionalidades: este é o


momento de definir todas as funcionalidades que
serão construídas durante o projeto, priorizadas de
forma hierárquica, a partir da melhor composição
para o produto a ser construído.

3. Planeje a partir da funcionalidade: neste passo, é


criado um plano de desenvolvimento, voltado para
uma funcionalidade específica, sempre seguindo a
ordem de priorização. O time deve criar pacotes de
trabalho e estimar estes pontos, de acordo com a
complexidade prevista.

4. Produza um esquema: é nesta etapa que o time


define pontos que precisarão ser feitos e testados,
a nível técnico (código). O resultado deste passo
é um esquema daquela funcionalidade, com toda
a estrutura definida e pronta para ser, de fato,
desenvolvida.

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5. Construa e incremente: após planejar é
preciso definir critérios de aceitação. É neste
momento que o time desenvolve, de fato,
a funcionalidade planejada e entrega uma
funcionalidade (incremento) com potencial
de utilização para o usuário/cliente.

Papéis e responsabilidades
Existem alguns papéis e responsabilidades
no FDD, mas é importante ressaltar que eles
não são engessados e uma pessoa pode
desempenhar mais de um ao longo do
processo. Veja abaixo.

Gerente do projeto: gerencia o projeto


como um todo e cuida das questões
financeiras e administrativas;

Gerente de desenvolvimento: fica


focado nas tarefas relacionadas ao
desenvolvimento, priorizando-as e
resolvendo possíveis conflitos;

Arquiteto-chefe: guia os desenvolvedores


por meio de sua experiência com
modelagem de projetos;

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Programador-chefe: é responsável por coordenar
e distribuir as tarefas entre os programadores da
equipe e desenvolve novas funcionalidades;

Desenvolvedores: trabalham diretamente com


um programador-chefe no desenvolvimento das
funcionalidades;]

Especialistas do domínio: sua responsabilidade é


entender e transmitir informações relacionadas ao
funcionamento do sistema.

Esses são os papéis e responsabilidades principais,


mas dependendo do tamanho do projeto outros
papéis podem ser incluídos.

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4 Extreme Programming
(XP)

Conceito
O Extreme Programming é um framework
voltado ao desenvolvimento de software. Sua
definição é reconhecida como um conjunto
de boas práticas voltadas à codificação, pela
forte ênfase em padronizar códigos, refacto-
ring de código, programação em par, dentre
outras características.

O XP é uma forma de alcançar o máximo


em desenvolvimento de software, a partir de
interações curtas e com feedback contínuo
do cliente. Desta forma, é possível responder,
antecipadamente, a possíveis mudanças de
requisitos.

Como funciona na prática


A codificação é o coração desta abordagem
e a comunicação seu pilar mais forte. Desta
forma, as documentações dão suporte para o
processo, mas não são essenciais.

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Durante o projeto de desenvolvimento, é altamente
recomendável a priorização junto ao cliente das
funcionalidades que representam maior valor
possível para o negócio. Dessa forma, é possível
garantir eficiência ao antecipar mudanças para
reduzir custos.

Caso seja realmente necessário a diminuição de


escopo, as funcionalidades menos valiosas serão
adiadas ou canceladas.

Um dos principais benefícios da adoção do XP é a


possibilidade de capacitação indireta dos times
envolvidos, já que as atividades (desde a estimativa
até a validação) são estimuladas para execução em
pares, equalizando assim competências técnicas e
níveis de senioridade que sejam discrepantes.

A adoção do XP requer um mindset onde existam


feedbacks constantes e resposta à mudanças,
fundamentais para alcançar melhoria contínua em
práticas no âmbito de programação.

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Princípios e valores do XP
Para que a produção seja otimizada e
funcione sem dificuldades, o Extreme
Programming possui uma série de princípios.
São eles:

Comunicação
Os elementos fundamentais da comuni-
cação são clareza e confiança. Por isso,
as decisões no Extreme Programming são
tomadas como resultado da conversa
pessoal entre o time de trabalho e cliente,
eliminando documentação desnecessá-
ria.

Algumas das técnicas mais eficientes


para troca de ideias e priorização de
tarefas no XP são histórias de usuários,
clientes on-site (CCC), programação em
pares e planning poker.

Simplicidade
Desenvolver o que somente será utilizado,
descartando comandos complexos.

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Feedback
Também muito utilizado nas cerimônias do
Scrum, o feedback é um precursor no Extreme
Programming, garantindo através de testes
como iterações curtas, incrementos e releases, o
funcionamento pleno do produto desenvolvido e
o atendimento no prazo.

Coragem
O cliente sempre deve estar ciente das barreiras
de desenvolvimento, dos pontos positivos e
da necessidade de mudanças no projeto. Por
isso, é preciso ter coragem para ser totalmente
transparente sobre os problemas que possam
surgir.

Coach
No XP, é fundamental que haja alguém
formalmente responsável por garantir que
a equipe siga, na prática, os princípios da
metodologia. O coach auxilia na implementação
e na fluidez do framework, monitorando todos os
processos.

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5 PDCA

Conceito
O PDCA é um acrônimo em inglês das pala-
vras plan, do, check e act. A sigla define um
método iterativo cíclico de controle e refina-
mento de processos em produtos e serviços.

Muito conhecido também no contexto de


produção enxuta (Lean Model), o PDCA é
utilizado para planejar mudanças, colocá-las
em prática, checar o efeito das soluções e
implementá-las.

Caso o efeito das soluções esteja abaixo


do esperado, é comum refazer o processo
para refinar as ações tomadas. O objetivo é
promover um ciclo de melhoria contínua.

Como funciona na prática


Na prática, o PDCA é uma ferramenta
baseada na repetição, aplicada
sucessivamente nos processos. Busca a
melhoria contínua para garantir o alcance
das metas necessárias à sobrevivência de
uma organização.

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Pode ser utilizada em qualquer ramo de atividade,
para alcançar um nível de gestão melhor a cada
dia. Seu principal objetivo é tornar os processos
da gestão de uma empresa mais ágeis, claros e
objetivos.

Não é exclusivamente adotado no âmbito de


tecnologia, mas também em múltiplos cenários onde
há a necessidade de repensar pontos de melhoria e
gaps de qualidade.

Para que funcione corretamente é preciso ter em


mente a sua principal função: identificar o objetivo
central de um plano/projeto e traçar estratégias para
alcançá-lo.

Com isso em mente, basta colocar em prática as


etapas do ciclo. Falaremos sobre elas abaixo.

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Etapas do ciclo
Para implementar o PDCA na prática, é
preciso seguir quatro passos:

1. PLAN (planejar): planeje o que quer


alcançar nessa iniciativa. Estime, mensure o
esforço e a complexidade. Com base nessa
definição, inicie o que precisa ser feito para
alcançar a meta estabelecida.

2. DO (desenvolver, executar, dirigir): execute


o plano pré-estabelecido para atingir as
metas e etapas hands on, ou seja, mãos à
obra.

3. CHECK (verificar, mensurar): analise os


resultados das entregas com base nas metas
estabelecidas. Caso a meta tenha sido
atingida, a próxima etapa não é fundamental
- e inicia-se um novo ciclo na etapa PLAN,
para um novo objetivo. Se a meta não foi
atingida, é necessário refinamento e ajustes,
que serão implementados na próxima etapa.

4. ACT (avançar, ajustar, atuar, agir): avance


com o refinamento da entrega, tendo como
base os resultados da etapa CHECK.

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6 Lean Startup

Conceito
A filosofia Lean foi disseminada a partir da década
de 70 com a atuação da Toyota, na indústria
automobilística. O modelo ressignificou conceitos
como produtividade, qualidade e otimização de
tempo e custos no desenvolvimento da indústria.

Inspirado nessa ideia, o americano Eric Ries cunhou


o termo Lean Startup para representar uma
metodologia de negócios que elimina o desperdício e
aumenta a produção de valor.

Lean significa enxuto. Ou seja, na sua essência, o


modelo tem como objetivo entender, identificar
e eliminar desperdícios para criar um ciclo de
desenvolvimento enxuto, mensurável e contínuo.

Portanto, o framework Lean Startup oferece


oportunidades de melhoria para diversas áreas,
impactando substancialmente – e positivamente – a
equação dos negócios.

Através da criação de protótipos (Produto Mínimo


Viável), é possível validar funcionalidades, produtos

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ou serviços junto aos clientes, identificando
oportunidades de mercado e intensificando
a produção ou redirecionando os esforços de
desenvolvimento.

Como funciona na prática


O Lean Startup foi criado com o objetivo
de apoiar o desenvolvimento de projetos
enxutos, com redução de desperdícios.
O framework se baseia em criar um ciclo
de desenvolvimento enxuto, mensurável e
contínuo.

Os processos do Lean Startup


consistem em:

1. Construir: criar um produto


minimamente viável e de valor;

2. Mensurar: validar se os resultados


foram iguais, melhores ou piores do que o
esperado;

3. Aprender: com base nas métricas


levantadas, analisar se o produto terá
incremento e definir os próximos passos.

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O método é conhecido por três grandes benefícios.
O primeiro deles é a possibilidade de controlar
totalmente seus negócios através da criação de
novos modelos e produtos sem a necessidade de um
investidor.

Em segundo lugar, traz a possibilidade de


modificação dos projetos de forma ágil quando
há a percepção de que as suposições iniciais são
incorretas ou ineficientes. Ao realizar entregas
antecipadas e frequentes, o empreendedor pode
identificar problemas e promover ajustes.

O terceiro benefício significativo do Lean Startup é


o incremento nas margens de lucro por meio do
foco na redução drástica dos custos iniciais de
desenvolvimento de um novo produto ou serviço.

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Princípios do Lean Startup
Para obter os benefícios do Lean e
implementar as técnicas, é necessário ter em
mente seus três pilares:

Customer Development
É o processo contínuo de interação com
o consumidor para testar e validar suas
hipóteses sobre clientes, produto e mercado
através de pesquisas quantitativas e
qualitativas.

Ou seja, para descobrir o conceito de valor do


produto, é preciso deixar o poder de definição
nas mãos do cliente.

E a melhor forma de fazer isso é perguntando


quais são suas demandas e, a partir disso,
desenvolver o produto ou serviço.

Desenvolvimento Ágil
Aplicação de metodologias com foco no
indivíduo que sejam capazes de responder
rapidamente às mudanças, como XP e
Scrum.

Plataforma tecnológica de baixo custo


A redução de custos e desperdícios é
uma constante no Lean. E para otimizar
esse conceito, é indicada a utilização de

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ferramentas gratuitas (como WordPress, Basecamp,
Ruby, Rails, Trello, EC2 etc) que podem ajudar a criar
uma boa estrutura de tecnologia da informação
gastando pouco.

7 Scaled Agile Framework


(SAFe)

Conceito
O Scaled Agile Framework (SAFe) foi criado para
transcender os times de desenvolvimento e escalar o
ágil nas organizações. Diferente do Scrum e do Ex-
treme Programming, que são para equipes, o SAFe é
destinado ao gerenciamento de negócios como um
todo.

A metodologia é bem documentada, fornecendo um


panorama completo dos princípios de negócios e
técnicos a serem utilizados para escalar a empresa
de cima para baixo, indo ao encontro das evolução
bottom-up dos times.

Dessa forma, o SAFe ajudou a expandir o mercado


das metodologias ágeis, permitindo que os conceitos
Lean e Scrum chegassem em todas as estruturas das
organizações.

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Como funciona na prática
O framework tem como base o Scrum
e o Extreme Programming, e preza pela
experimentação. Assim, obtém sucesso na
empreitada de transformar uma empresa em
ágil.

Dessa forma, a abordagem consiste em


testar as práticas que fizeram sentido nos
times e adotá-las ou não em nível gerencial
de acordo com a receptividade.

Não é errado dizer que bebendo de tantas


fontes, o SAFe absorve o que melhor funciona
no ágil.

Ele permite que as organizações visualizem


o “quadro geral”, mapeando funções,
responsabilidades e atividades necessárias
para o desenvolvimento de software.

Também facilita a medição do sucesso


e a identificação de oportunidades para
melhorar o fluxo de trabalho.

O ímpeto por trás do SAFe é tornar os


princípios ágeis escaláveis para grandes
empresas, e isso é possível por meio da
capacidade do framework de centralizar a

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tomada de decisões e trazer uma mentalidade de
cima para baixo para um processo tipicamente de
baixo para cima.

Princípios do SAFe
O Scaled Agile Framework possui três níveis de imple-
mentação, são eles:

Equipe: fornece um modelo de processo baseado


em Scrum e XP para os times;

Programa: os esforços das equipes que já rodam


o ágil com consistência são integradas para gerar
maior valor para a empresa;

Portfólio: é o objetivo final da implantação do


SAFe. Nesse momento a empresa atinge um grau
de maturidade ágil e todas as iniciativas estão
alinhadas à estratégia de negócios.

A equipe representa o trabalho do dia a dia, e os


métodos usados para garantir que as entregas
possam variar entre uma série de outros frameworks;
o programa refere-se à estratégia organizacional
para que metas coletivas sejam atingidas; e o
portfólio se relaciona com a qualidade e o fluxo de
geração de valor para o cliente.

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Conclusão
Como foi possível notar ao longo desse
conteúdo, os frameworks proporcionam
fluidez nas demandas de projetos com
base em organização, planejamento,
transparência e entregas incrementais.

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É importante analisar cada um para escolher
aqueles que melhor se enquadram na necessidade
e realidade de cada projeto ou negócio. Também
é necessário que a rotina e o bem-estar do time
estejam em harmonia.

Tudo pode ser adaptado, desde que os pilares


que regem o mindset ágil, e cada framework,
especificamente, sejam respeitados.

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Acreditamos no trabalho colaborativo e aplicamos


o Design Thinking e a Metodologia Ágil como um
guia para todos os projetos que desenvolvemos.

Mauricio Vianna Ysmar Vianna

CEO, PhD Chairman, PhD

mvianna@mjvinnovation.com yvianna@mjvinnovation.com

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A MJV é composta por cinco pilares,
estruturados em completa sinergia:

INNOVAÇÃO EM NEGÓCIOS:

Desenvolvimento e implementação de soluções


inovadoras para reduzir custos, aumentar lucros e
gerar novos modelos de negócios.

CONSULTORIA EM TECNOLOGIA:

Desenvolvimento e implementação de serviços


personalizados de Business Intelligence (BI), IT e
Internet das Coisas (Internet of Things).

ESTRATÉGIA DIGITAL:

Desenvolvimento e implementação de estratégia


corporativa e experiência do utilizador de forma
que o “ser digital” e o “pensar digital” se tornem
intrínsecos ao modelo de negócio.

OUTSOURCING DE PERFIS PROFISSIONAIS:

Alocação de profissionais de UX, UI, Marketing


e IT contando com o apoio total da MJV no que
diz respeito ao trabalho realizado e controle de
qualidade.

SUSTENTABILIDADE:

Desenvolvimento e implementação de
soluções de impacto positivo considerando
aspectos de todo o seu ecossistema, olhando
para o negócio, as pessoas e o planeta.

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AMÉRICA DO NORTE: EUROPA:

ESTADOS UNIDOS REINO UNIDO

Atlanta Londres
atl@mjvinnovation.com ldn@mjvinnovation.com

PORTUGAL
AMÉRICA DO SUL:
Lisboa
BRASIL
lis@mjvinnovation.com
Rio de Janeiro
rio@mjvinnovation.com ITÁLIA

Roma
São Paulo
rom@mjvinnovation.com
spo@mjvinnovation.com

FRANÇA
SP Alphaville
alp@mjvinnovation.com Paris
par@mjvinnovation.com

Curitiba
cwb@mjvinnovation.com

COLÔMBIA

Bogotá
bgt@mjvinnovation.com

www.mjvinnovation.com

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