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Ano XIV • nº 85

Publicação
Bimestral

EM FOCO A revista do negócio de lubrificantes

Nova geração de óleos para veículos híbridos


Cresce a necessidade de lubrificantes projetados especificamente
para operações híbridas especiais.
O desempenhodomercadobrasileiro em2021
Com uma recuperação de 9,39%, o mercado brasileiro de lubrificantes
surpreendeu no ano de 2021.
Foto: Pixabay

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Editorial
O mercado de lubrificantes está sempre surpreendendo, não só pela capacidade de recuperação
e desempenho, mas também, pelo dinamismo de seu desenvolvimento tecnológico, diante de um
mundo em acelerada transformação, no setor de energia. Quando a eletromobilidade já se torna
um fato consumado, e gera suspeitas sobre o futuro dos lubrificantes, as discussões sobre o tempo
de vida dos motores de combustão interna se aprofundam e fica aparente a diversidade entre as
soluções encontradas por países com grandes diferenças em suas bases econômicas e vocação
para geração de energia.
O Brasil é um exemplo dessa diversidade, com sua matriz energética privilegiando os
biocombustíveis, fazendo com que bons níveis de redução de gases do efeito estufa sejam atingidos
sem que se fale no banimento total dos motores de combustão interna. A própria hibridização, que
é um dos temas principais da mobilidade urbana, também considera a utilização de combustíveis
como o Etanol, o Biodiesel e o Gás Natural, trabalhando em harmonia com os motores elétricos.
O universo dos lubrificantes poderá sim sofrer algum abalo nos volumes globais, porém é
possível acreditar que em países com o potencial do Brasil, eles ainda deverão existir por muitos
anos mais. Considerando um sistema de operação bastante diferente do normalmente utilizado até
hoje, a motorização híbrida traz alguns desafios interessantes aos desenvolvedores de tecnologia
e também às padronizações de testes existentes pelo mundo, que ainda não contemplam esse tipo
de operação.
O que vemos é que, enquanto muito se fala sobre a entrada dos veículos elétricos, as modernas
tecnologias e os diferentes graus de hibridização veicular movimentam a área tecnológica das
empresas de aditivos e lubrificantes, que se reinventam a cada passo da indústria automotiva e
vão se adequando aos novos caminhos por ela traçados.
Dessa forma, é um dever dos veículos de mídia especializados em divulgar as informações
mais relevantes do setor manterem-se atentos e trabalharem diretamente com especialistas e as
melhores inteligências da indústria para atualizar continuamente seus leitores e colaboradores.

Os Editores

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Sumário
4 O mercado brasileiro der lubrificantes
Desempenho do mercado brasileiro de lubrificantes no
ano de 2021.

8 Nova geração de lubrificantes para veículos híbridos


Novos lubrificantes e métodos de teste padronizados serão
necessários para atender às necessidades deste segmento de
powertrain em expansão.

15
Importância dos lubrificantes sustentáveis
O desenvolvimento e aplicação de biolubrificantes
para uso industrial tem aumentado em popularidade
devido a preocupações ambientais.

21 Fluidos hidráulicos resistentes ao fogo


O risco de incêndio por vazamento de fluido hidráulico existe
em aplicações em que sistemas hidráulicos estejam localizados
próximos a operações comuso de calor.

28 O mercado em foco
Um resumo do mercado brasileiro de lubrificantes e a participa-
ção das empresas do setor.

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O Mercado
Brasileiro
Desempenho do
mercado nacional de
lubrificantes em 2021
Por: Pedro Nelson Belmiro

O desempenho do mercado brasileiro


de lubrificantes no ano de 2021 trouxe um
cenário de recuperação muito maior do que
o esperado pela maioria dos observadores,
incluindo aqueles mais otimistas. O
crescimento foi de 9,39%, quando comparado
ao ano anterior, que mesmo tendo sofrido
uma queda acentuada no segundo semestre
devido à pandemia da Covid-19, já vinha
mostrando uma for te recuperação no segundo
semestre.
O volume total de vendas de óleos
lubrificantes foi de 1.477.351 m3, ficando
historicamente atrás apenas dos anos de 2013
e 2014. Esse desempenho seguiu a tendência
apresentada pela indústria automobilística
que cresceu 11,6%, principalmente
nos segmentos de veículos comerciais,
envolvendo caminhões, picapes e furgões.
Os recordes de produção e expor tação

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obtidos no agronegócio, também tiveram subiram 7,0%, em consonância com o aumento
papel impor tante no cenário dos lubrificantes da atividade agrícola e de mineração. Chama
no ano de 2021. a atenção algumas variações que não
As variações mensais de volume também seguem as linhas de tendência do mercado
foram menos acentuadas, mantendo um da mesma for ma que os outros segmentos.
patamar elevado e constante ao longo do ano, Nesse par ticular, assistimos a publicação de
mesmo com a tradicional esperada queda números com caráter bastante peculiares,
nos dois últimos meses. Esse compor tamento como a variação negativa do segmento
se destacou dos dois anos anteriores que de Engrenagens e Sistemas Circulatórios
sofreram variações mais bruscas no decorrer em 23,8%, indo na contramão do resto do
dos períodos. mercado, e em contraste, uma variação
De acordo com os registros da Agência positiva também com esse mesmo elevado
Nacional do Petróleo, Gás Natural e percentual no segmento denominado Outros
Biocombustíveis – ANP, alguns segmentos do Óleos Lubrificantes Acabados.
mercado de lubrificantes tiveram variações O histórico do segmento de Engrenagens
impor tantes no ano de 2021, alguns deles e Sistemas Circulatórios mostra que houve
ainda sem uma explicação lógica, uma vez que um volume atípico de vendas iniciado em
a agência repor ta números infor mados pelas julho de 2019, com números em tor no do
empresas em seu Sistema de Infor mação de dobro da média histórica e retor nando ao
Movimentação de Produtos – SIMP, que sofre nor mal a par tir de junho de 2020, causando
constantes alterações e revisões por par te grande distorção na variação anual. Já o
das empresas, deixando a análise do mercado segmento denominado Outros Lubrificantes
com incômodas variações retroativas. Acabados, teve um aumento, em setembro de
O segmento de lubrificantes para o 2020, quando da recuperação do mercado,
ciclo cresceu 5,3%, enquanto o do ciclo de mais um terço de sua média em 2019,
Otto aumentou 3,9%, em relação a 2020, seguindo nesse alto patamar no ano de 2021,
confir mando a tendência apresentada pela com picos em março e agosto de cerca de
indústria automobilística, enquanto os óleos 50% daquela média. Esses movimentos de
para transmissões e sistemas hidráulicos mercado ainda não estão claros, mas sabemos

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Mercado Brasileiro de Lubrificantes ‐ Ano 2021

ICONIC
18,3%
BR
15,9% MOOVE
SHELL
23,1% PETRONAS
YPF
14,1%
Energis 8
Ultrax
11,3% Ingrax
1,4% 8,2%
1,5% CASTROL
1,6% Outros
2,0% 2,8%

que a grande maioria desses “Outros Óleos” O Brasil impor tou no ano de 2021 cerca de
são do segmento industrial que é bastante 61.896 m3 de lubrificantes acabados, sendo
diversificado e que apresentou crescimento per to de 35% desse volume de óleo para
de 3,9% no ano. transfor mador. As expor tações desses óleos
Existe uma questão crítica ainda, com trouxeram um montante de US$ 189 milhões
relação às interpretações dos números (FOB) para o país e acumularam um total de
apresentados pelo sistema da ANP, uma vez 98.495 m3, sendo 86% desse volume para
que são as próprias empresas que infor mam países da América do Sul, tendo Paraguai,
seus dados e muitas vezes têm dificuldades Argentina e Bolívia respondido por 63,1%.
de alocar seus números de for ma precisa,
gerando alguma distorção no conjunto. Óleos Básicos
Por exemplo, a publicação de um volume
dispensado de coleta superior ao volume Os preços inter nacionais se ajustaram
de vendas, o que não faz sentido em uma em 2021, após um período bastante crítico
análise sumária. Daí, a necessidade de haver, enfrentado no ano de 2020, quando a chamada
de alguma for ma, um aprofundamento sobre tempestade per feita juntou em poucos meses
como esses dados estão sendo inseridos no três grandes eventos disruptivos, como
sistema e a melhor maneira de mitigar as um super furacão na região produtora dos
possíveis distorções existentes. Estados Unidos, uma tempestade polar que
Com relação à par ticipação de mercado paralisou o Texas e a pandemia da Covid-19.
das empresas distribuidoras, o ano de 2021 O Brasil continua sendo um grande
apresentou a Iconic Lubrificantes em primeiro importador de óleos básicos, basicamente
lugar, com 18,3% de par ticipação, seguida da porque só produz produtos do grupo I, e um
Vibra Energia com 15,9%, a Moove (Cosan) com pouco do grupo II vindo do rerrefino, enquanto
14,1%, Shell com 11,3% e Petronas com 8,2%. o mercado demanda cada vez mais os grupos II
Completando a lista de Top 10 do mercado, e III, para atender às modernas tecnologias de
temos a YPF, Energis8, Quaker, Total e Castrol. lubrificantes, principalmente os automotivos.

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As impor tações brasileiras de óleos Proluminas com 13,7%, Petrolub com 13,1%,
básicos bateram o recorde histórico, atingindo Lubrasil com 12,9% e Tasa com 8,4%. A ANP
o volume de 868.050 m3, levando a um repor tou a existência de 12 agentes regulados
desembolso de mais de US$796.3 milhões, na para atuar nesse segmento.
categoria FOB. Os países que mais enviaram As metas de coleta foram todas atingidas,
óleos básicos para o Brasil, foram os Estados mostrando que o Brasil coletou em 2021,
Unidos com 68,5%, seguidos de Malásia de óleos usados ou contaminados (OLUC)
(6,2%), Coreia do Sul (6,0%), Suécia (2,8%), possíveis de serem coletados, cerca de
Rússia (2,4%), seguidos de Arábia Saudita, 46,87% de todo o volume anual de óleos
Barein e Catar com 2,2% cada. Índia, Grécia, lubrificantes comercializados no país, para
Espanha e Emirados Árabes aparecem a uma meta de 44% estabelecida pelo Ministério
seguir. Outros com volumes menores, como a de Minas e Energia.
Finlândia, Itália, Egito e mais alguns também As atenções continuam voltadas para as
par ticiparam desse volume de impor tações questões vitais de abastecimento, uma vez
brasileiras. que como impor tador de quase metade de
As refinarias nacionais, Reduc, Rlam e suas necessidades de óleos básicos, o Brasil
Lubnor, apresentaram uma produção total precisa estar atento a todo movimento do
de 621.622 m3, em 2021, e a indústria do mercado inter nacional, enquanto espera por
rerrefino contribuiu com 265.485 m3 para investimentos locais para suas necessidades.
o suprimento de óleos básicos ao mercado O anúncio sobre a retomada da marcha para
inter no. o antigo projeto do Comperj, hoje chamado
O quadro geral do abastecimento de óleos de Polo Gaslub, na cidade de Itaboraí no
básicos no Brasil é o seguinte: Estado do Rio de Janeiro, trouxe algum ânimo
ao mercado de lubrificantes, uma vez que a
facilidade de produção de hidrogênio local
Produção nas refinarias nacionais 35,4% e a implantação anunciada da unidade de
hidrocraqueamento, facilitará a produção
Produção da Indústria do Rerrefino 15,1% de óleo básico do grupo II, aproveitando a
proximidade e sinergia com a refinaria de
Importação 49,5% Duque de Caxias, a Reduc.
Esta revista continua com o compromisso
de trazer as melhores infor mações nacionais
Rerrefino e inter nacionais do setor para seus leitores,
e também promover eventos impor tantes
A indústria do rerrefino, tem se tor nado para as melhores tomadas de decisões dos
cada vez mais impor tante para o mercado de gestores do mercado de lubrificantes.
lubrificantes, uma vez que atua diretamente
no ponto mais crítico de toda a cadeia, que é
a coleta do óleo usado e o retor no ao mercado
de óleos básicos para alimentar a cadeia
produtiva, sendo um ator imprescindível no Pedro Nelson Belmiro é Engenheiro
desenvolvimento da Sustentabilidade do Químico, Editor da revista Lubes em
setor. Foco, Co-autor do livro Lubrificantes
Os principais agentes desse segmento, e Lubrificação Industrial e consultor
e que colocam os básicos disponíveis ao sênior da Comissão de Lubrificantes
mercado são Lwar t Soluções Ambientais e Lubrificação do IBP.
com 46,1% de par ticipação nas vendas,

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Uma nova geração
de lubrificantes para
veículos híbridos
Novos lubrificantes e métodos de teste padronizados
serão necessários para atender às necessidades
deste segmento de powertrain em expansão.
Por: Andrew Ritchie
Caroline Laufer
Leandro H. Benvenutti
Infineum Industry Liaison Advisors

Na busca da indústria automotiva por “emissões- O fim do motor de combustão interna (ICE) e a mudança
zero”, o ritmo da eletrificação dos veículos está para a produção de veículos elétricos a bateria (BEV) é
acelerando e uma nova classe de tecnologias de motores certamente um resultado possível a longo prazo, já que a
de combustão interna com motorizações híbridas está indústria automotiva trabalha em direção à meta de zero
surgindo. Os autores desse artigo exploram como emissões. No entanto, no curto prazo, o mix de produção do
esses “motores de combustão interna eletrificados” trem de força do veículo se espalhará por muitos sistemas de
(e-ICEs) estão criando cada vez mais a necessidade propulsão; desde os convencionais apenas ICE, passando
de lubrificantes projetados especificamente para por vários graus de hibridização, até veículos elétricos BEV
proteger os equipamentos (hardware), incluindo novos e de células de combustível completos.
sistemas de pós-tratamento e para lidar com ciclos de A produção desses tipos de veículos híbridos está
operações híbridas especiais. projetada para crescer a um ritmo acelerado nesta
década. Adotando uma abordagem
Vehicle Electrification Architecture ICE Motor
holística para futuras motorizações
Stop/Start híbridas, com várias opções de
Micro Propulsion ICE Starting
Hybrid inovação para melhorar e otimizar
suas eficiências, incluindo o uso de
MHEV
Mild Propulsion ICE Assist grandes volumes de combustíveis
Hybrid sustentáveis de ​​ baixo carbono,
HEV eles podem representar um desafio
Full Propulsion Propulsion viável para o caso do BEV. Essa
Hybrid
nova classe de e-ICE cria cada vez
PHEV mais a necessidade de lubrificantes
Plug-In Propulsion Propulsion
Hybrid projetados especificamente para
proteger o hardware, incluindo
BEV
Battery None Propulsion novos sistemas de pós-tratamento e
Electric para lidar com os ciclos de trabalho
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operacionais híbridos especiais.
Figura 1 - Arquitetura de veículos elétricos Além disso, métodos padronizados

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de teste de lubrificante serão necessários para atender mais rígidas, serão combinados com ciclos de
às necessidades do segmento de powertrain e-ICE em trabalho híbridos.
expansão. À medida que o controle de contagens e tamanhos
Cinco tipos diferentes de arquiteturas de de partículas se torna mais importante, é dado como
eletrificação de veículos são considerados aqui, certo que os híbridos MFP exigirão dispositivos mistos
na figura 1, e compreendem diferentes misturas de de pós-tratamento compreendendo catalisadores
ICE e propulsão motora. de três vias, filtros de partículas de gasolina e
As previsões até 2029 variam muito quanto à aceitação possivelmente absorvedores de NOx e hidrocarbonetos
das várias arquiteturas, mas mostram rápidos aumentos (NOx e HCs Traps). Essas soluções inovadoras que
na produção de EV e dos principais motores híbridos. promovem a associação de motores de combustão
Até 2029, a produção anual combinada de BEV – sistemas híbridos – sistemas de pós tratamento,
e híbridos será superior a 65% do total, superando que chamaremos de e-ICE-HAT, precisarão justificar
significativamente as unidades somente ICE, que incluem uma maior comercialização sobre os BEVs, julgada
a categoria ICE Stop/Start (microhíbrida). Esta última por avaliações rigorosas do ciclo de vida (LCAs). A
categoria pode encolher ainda mais se a adoção de crescente produção de combustíveis renováveis e ​​
arquiteturas de trem de força de 48V expandir o segmento regenerativos para alimentar esses e-ICEs fortalecerá
híbrido leve, em detrimento do segmento Stop/Start. o caso dos e-ICE-HATs sobre os BEVs, colocando-
Essas projeções se traduzem no período de 2029 para os no centro dos futuros roteiros de tecnologia, que
um parque de veículos de quase 250 milhões de unidades incluem o ICE em vez de eliminá-lo. Um resumo das
de híbridos, que dependendo do grau de hibridização, inúmeras oportunidades para inovações de hardware
são chamados de Mild, Full e Plugin (MFP). Espera-se de powertrain híbrido ICE fornece um esboço para um
que os sistemas de veículos elétricos com células de roteiro de tecnologia futura (Figura 2).
combustível cresçam
muito lentamente.
Embora a As inovações do motor de combustão híbrido irão maximizar as melhorias na eficiência térmica

probabilidade de um
Increased Start – Stop Belt Starter - Generator [BSG]
caminho acelerado Low Viscosity Oil
Improved Thermal Efficiency Steel Pistons
para a eletrificação • Higher BMEP
48 Volt Systems Polymer Bearing
total ajude a consolidar Fuel
Economy Reduced Friction
Plasma Sprayed Liners
a visão de que o
Reduced Wear Full Map Lambda 1
ritmo das inovações Reliability
Reduce Parasitic Losses Water Injection
do ICE diminuirá Exhaust ICE Innovation
drasticamente, há um Emission Real World FE and Emissions Full Map EGR

• RDE
contra-argumento de Driveability
• Particulate size
Cooled EGR

Homogeneous Charge
que uma nova geração Maintain Brand Value Low Carbon Compression Ignition
Proposition Fuels
de trens de força e-ICE • Boosted GDI
Rapid Warm up & Thermal
Encapsulation
Alternative Fuels
(híbridos) surgirá. Isso • Advanced Plug In Hybrid Gas & Hydrogen Variable
Compression Ratio
• Diesel for large vehicles only
fornecerá melhores • Right-sized not Down-sized E-fuels Cylinder Deactivation

soluções para os
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segmentos híbridos
Figura 2 - Sistemas Inovadores de Motor de Combustão – Híbrido – Pós-tratamento (ICE-HAT) podem estar
MFP em crescimento, no centro de um futuro roteiro de tecnologia de trem de força
principalmente se os
segmentos somente ICE e e-ICE compartilharem Em resumo, a eletrificação permite avanços no ICE
essas tecnologias e explorarem sinergias. Alguns (e-ICE) e o papel do lubrificante é central para ampliar
e-ICEs inovadores para motores híbridos dedicados, os alvos de aplicação do LCA. Esta futura geração
oferecendo eficiências térmicas que podem se de lubrificantes MFP pode ser considerada como
aproximar de 50% e atender às metas de emissões e-Lubes, se isso ajudar a levar a discussão adiante.

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Claramente, a adoção mais ampla de soluções desejo de incorporar requisitos de especificação para
híbridas de MFP teria um impacto significativo nas proteger veículos híbridos em lubrificantes para carros
futuras inovações e níveis de produção de ICE. Isso, de passeio também é um tópico sério de discussão.
por sua vez, influenciaria a demanda de lubrificantes
de cárter e impulsionaria a necessidade de uma Ciclos de trabalho híbridos criam novos
próxima geração de formulações de lubrificantes desafios de lubrificantes
direcionadas a satisfazer as necessidades específicas
de um segmento ICE-HAT em rápido crescimento. Os sistemas híbridos são diferentes em seu padrão
de ciclos operacionais. Os modos de operação do
Desafio triplo para a próxima geração de lubrificantes híbridos
trem de força híbrido completo e plug-in podem se
Garantir proteção suficiente Lidar com ciclos de trabalho Manter a eficiência dos
para a inovações do motor
de combustão
especiais dos híbridos novos dispositivos de
pós-tratamento durante toda
enquadrar em duas categorias amplas: esgotamento
a vida útil dos veículos
de carga, onde o estado de carga da bateria (SOC)
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cai constantemente, e sustentação de carga, onde o


SOC da bateria geralmente está nivelado.
Requisitos atuais de lubrificação híbrida No modo de esgotamento de carga o ICE pode
ficar completamente desligado ou complementar a
Os OEMs nos EUA geralmente recomendam potência do motor sob certas condições de condução
graus de viscosidade mais baixos para suas (tipicamente alta aceleração). Neste último modo
ofertas híbridas de MFP, divididos entre SAE 0W- “combinado”, o motor realiza uma série de partidas
20 API ILSAC GF-6 e os mais recentes graus SAE a frio de alta potência (HPCS) que ocorrem quando o
0W-16 API ILSAC GF-6B e níveis de qualidade motor é ligado em uma condição de aceleração rápida
API. No entanto, nenhum dos testes ASTM de e, portanto, alta pressão na câmara de combustão.
motor usados para ​​ qualificar lubrificantes para As condições de operação do motor para HPCS
especificações API são projetados para simular são diferentes do número significativamente maior
os ciclos de trabalho
híbridos especiais As futuras tecnologias de motores para veículos híbridos, novos ciclos de trabalho
e uso adicional de dispositivos de pós-tratamento exigirão um novo lubrificante
(HDCs), sob os quais
específico para híbridos?
os MFPs geralmente
operam. • Os motores híbridos ficam
ligados por curtos
Na Europa, a ACEA períodos de tempo
atualizou recentemente • High Power-Cold Starts
State of Charge

Engine On Charge-Depleting Charge-Sustaining


(HPCS)
suas especificações • Diferente do anda e para
para serviços leves, tradicional do ciclo urbano
• A temperatura do óleo
que também não permanece baixa por
Blended type longos períodos de tempo
incluem testes híbridos em climas frios
Source: Adapted from
específicos. Entretanto, SAE 2020-01-0354 • Diluição de combustível
e água gera corrosão,
alguns OEMs europeus EV Mode Sustain Mode ferrugem e emulsão
• A contaminação do
reconheceram certos lubrificante e HPCS
DMS 500, WLTC cold starts, pre-catalyst measurements podem levar a falhas
problemas específicos catastróficas de
VEHICLE
SPEED

4000 componentes
dos híbridos e 3000
2000 • Picos de alta emissão,
construíram testes em 1000 incluindo pequenas
1000 0 partículas <23 nm
suas especificações
PARTICLE DIAMETER (nm)

500

mais recentes, 200


100
colocando-os em pauta 50

para consideração. 20
10

Enquanto isso, na 5
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 1,E+3 6,3E+4 4,E+6 2,5E+8 1,6E+10 1,E+12
#/s
China e no Japão, o Figura 3
Time (sec)

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10

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de partidas a frio urbanas de baixa velocidade e queimado podem se acumular no cárter e seus níveis
baixa potência (LPCS), criando muito mais estresse podem subir bem acima de 10% cada e promover a
no motor devido à aplicação rápida de uma alta formação de diferentes tipos de emulsões lubrificantes,
carga do motor. Uma preocupação crescente com exemplos dos quais são mostrados abaixo.
HPCSs é a ocorrência de picos de partículas, Esses impactos podem ser exacerbados quando
especialmente a concentração de partículas muito são utilizados combustíveis com alto teor de etanol,
pequenas <23nm (Figura 3). como pode acontecer no Brasil com o E27 (gasolina
Em ambos os tipos de partida a frio o motor opera com 27% de etanol) e o E100 (etanol hidratado). O
por curtos períodos, mantendo a temperatura do óleo ponto de ebulição do etanol (78°C) só é atingido
baixa, principalmente em climas frios. Por exemplo, sob durante o ciclo de rodovia, no final do WLTC, de modo
as condições de teste do Worldwide Harmonized Test que o acúmulo de etanol não queimado no reservatório
Cycle (WLTC), a temperatura do óleo para um veículo é mais um motivo de preocupação. Além disso, as
somente ICE geralmente sobe acima de 100°C até o características únicas de emulsão do lubrificante com
final da segunda parte do ciclo de teste. No entanto, água e etanol não queimado podem produzir outros
para testes WLTC simulados com veículos híbridos - efeitos inesperados no motor.
o estado de carga da bateria varia - a temperatura
do óleo permanece 20° a 40° C mais baixa, mesmo
após o ciclo final de alta potência, porque o e-ICE
fica desligado por um período significativo do ciclo
completo do teste WLTC.
Em condições de operação a frio no campo,
particularmente para híbridos Full e Plugin, a temperatura
do óleo permanecerá muito mais baixa por muitas
viagens curtas cobrindo dias ou até meses, talvez dentro Image: Southwest Research Institute (SwRI)

do retângulo cinza indicado no gráfico da figura 4.


Essas temperaturas baixas e persistentes do óleo
criam uma série de problemas para o lubrificante Embora a presença de emulsões seja indesejável,
que podem prejudicar sua capacidade de proteger o a separação da água do lubrificante cria um risco
motor. Nessas condições, a água e o combustível não adicional para o motor. Não só a água dessa separação
pode resultar em corrosão e ferrugem, mas também, em
condições prolongadas de temperatura abaixo de zero,
Temperatura do óleo a água pode se acumular no fundo do motor, no cárter
120 de óleo e formar um bloco de gelo ao redor da tela de
coleta de óleo. Na partida isso deixará o motor sem óleo
100
e causará uma falha catastrófica.
Além desses problemas de alto impacto, a água no
Oil Temperature (ºC)

80

60
lubrificante pode causar uma redução na viscosidade
do lubrificante e perda de lubrificação limítrofe. Essa
40
pode ser uma preocupação particular com os graus
20 de viscosidade ultrabaixos, como SAE 0W-12s e 0W-
8s, que os OEMs estão cada vez mais recomendando
0
0 500 1000 1500 para essas aplicações. Além disso, como resultado do
Time (s)
acúmulo de depósitos de ferrugem e corrosão, podem
WLTC WLTC Mild Hybrid* WLTC Full Hybrid*
= Condições em campo com curtos
surgir problemas relacionados ao aumento de ruído,
períodos de motor ligado
*Simulated cycle
vibração e aspereza (NVH).
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Finalmente, além dos muitos problemas potenciais de
Figura 4 contaminação do lubrificante, altos picos de emissões

12

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Propulsion system design

40 40

35 35
Production (millions)

30 30

25 25

20 20

15 15

10 10

5 5

0 0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029

2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2025
2026
2027
2028
2029
Year Year

Electric Mild Hybrid / 48V Full Hybrid Plug-in Hybrid

Source: IHS Markit, Powertrain forecast, January 2022

© 2022 Infineum International Limited. All rights reserved

também podem ocorrer com as partidas a frio de alta de perto os HDCs. Em particular, os efeitos da
pressão (HPCS), que incluem um aumento na emissão contaminação significativa da água do lubrificante
de partículas muito pequenas com menos de 23 nm. e do combustível, o potencial de maior desgaste e
falha de peças críticas, bem como o risco de altas
emissões com partidas a frio, devem ser medidos
DMS 500, WLTC cold starts, pre-catalyst measurements VEHICLE
SPEED

4000
usando métodos de teste representativos.
Em todo o mundo, os OEMs estão reconhecendo
3000
2000
1000
1000 0 que os ciclos de trabalho híbridos criam problemas
PARTICLE DIAMETER (nm)

500

200 específicos que precisarão ser resolvidos com a


100
50 introdução de novos testes em suas especificações mais
20
10 recentes. O desenvolvedor de tecnologia de aditivos
5
0 200 400 600 800 1000
Time (sec)
1200 1400 1600 1800
tem um forte conhecimento prático dos parâmetros
que influenciam o desempenho em tais especificações
© 2021 Infineum International Limited. All rights reserved
1,E+3 6,3E+4 4,E+6 2,5E+8 1,6E+10 1,E+12
#/s e já está trabalhando com os OEMs para compartilhar
seus insights. Os melhores lubrificantes surgirão dessas
Olhando para frente parcerias estreitas e a equipe da Infineum espera
trabalhar em estreita colaboração com os OEMs à
Claramente, os ciclos de trabalho híbridos medida que novos desafios de lubrificação do trem de
(HDCs) apresentam desafios únicos para o força e-ICE se apresentarem.
lubrificante e os futuros lubrificantes para MFPs
serão mais profundamente incorporados no
processo de desenvolvimento de hardware e-ICE.
No entanto, como já observado, os veículos Andrew Ritchie, PhD
híbridos de hoje dependem de lubrificantes que Caroline Laufer, PhD
atendem às especificações desenvolvidas para Leandro Benvenutti, PhD
Infineum Industry Liaison Advisors
ciclos de trabalho somente para ICE. Existe agora
um argumento convincente para o desenvolvimento
de métodos de teste que possam simular mais

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Revista Lubes em Foco - edição185_pt.indd 14 19/07/2022
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A Importância
Econômica e Ambiental
dos Lubrificantes Sustentáveis
por: Raj Shah, Mathias Woydt e Stanley Zhang

Este artigo foi traduzido e sintetizado pela revista Lubes em Foco, a partir do trabalho intitulado “The Economic
and Environmental Significance of Sustainable Lubricants”, publicado no site de artigos científicos MDPI em
fevereiro de 2021 no endereço da Internet https://doi.org/10.3390/lubricants9020021

A energia é o principal motor de praticamente Os lubrificantes são produtos altamente


todas as atividades da existência, e contribui funcionalizados que atendem a uma infinidade de
para a prosperidade e tira bilhões de pessoas da requisitos simultaneamente. Hoje, eles atendem a
pobreza. Por outro lado, isso leva a uma demanda exigentes especificações orientadas tecnicamente.
implacável por recursos naturais. No futuro, critérios não técnicos, como propriedades
Tem havido muitas tentativas, algumas mais bem ecotoxicológicas e/ou sustentabilidade, serão colocados
sucedidas do que outras, de preencher a lacuna acima dos requisitos atuais que já são exigentes.
entre nossa demanda por energia e os efeitos Compostos por uma grande variedade de
perniciosos que podem resultar da concepção de produtos, os lubrificantes industriais podem
máquinas e instrumentos que ainda são capazes possuir propriedades físicas e químicas muito
de atender às necessidades da sociedade e, diferentes, dependendo de sua aplicação
ao mesmo tempo, diminuir nossa dependência tribológica. Lubrificantes líquidos, como óleo de
de combustíveis fósseis para esta energia. Um petróleo, hidrocarbonetos sintéticos, poliglicóis,
componente principal para atingir esse objetivo é a ésteres, silicones e ésteres fosfatados, são
redução de perdas sistêmicas desnecessárias por normalmente combinados com vários aditivos para
desgaste e atrito, que prejudicam substancialmente melhorar as propriedades químicas desejáveis.
o desempenho dessas máquinas. Identificar os O óleo de petróleo, especialmente, tem um sucesso
componentes de uma tecnologia que têm o efeito comercial proeminente como lubrificante devido à sua
mais pronunciado no ecossistema é um caminho disponibilidade em uma ampla faixa de viscosidade e
alternativo para tentar diminuir ou compensar boas características na relação viscosidade-pressão.
completamente esse impacto. Por outro lado, lubrificantes sólidos, como grafite e
O desenvolvimento de uma tecnologia de dissulfeto de molibdênio, são comumente usados​​
lubrificante adequada é vital para proteger as em circunstâncias severas de temperatura elevada,
máquinas do desgaste por fricção e consequente carga pesada, temperatura ultrabaixa, vácuo ultra
perda de energia. alto, oxidação forte e radiação extrema.

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Em particular, o grafeno possui alta inércia Apenas 34% da energia total fornecida por uma
química, extrema resistência e fácil capacidade fonte de combustível é utilizada para movimentar
de cisalhamento em sua superfície densamente fisicamente o veículo, enquanto 66% dessa
compactada e atomicamente lisa, o que permite sua energia é perdida para o entorno, seja como
aplicação tribológica em sistemas de nanoescala ou perdas térmicas ou através dos componentes
microescala. Biolubrificante, o foco principal de nossa mencionados. Consequentemente, a aplicação
discussão, é uma classificação que se aplica a todos do conhecimento tribológico na fabricação de
os lubrificantes que são facilmente biodegradáveis e ​​ veículos pesados pode ter profundos benefícios
não tóxicos ao meio ambiente e aos seres humanos. econômicos e eficiência de combustível. De acordo
Os produtos biolubrificantes contêm óleos com Holmberg (2014), atingir um coeficiente de
vegetais/gorduras animais naturais ou ésteres atrito de rolamento de aproximadamente 0,01 em
sintéticos derivados de modificações químicas pneus de veículos pesados dentro de uma década
e diferentes processos catalíticos. Estratégias levará a uma redução de 13,8% no consumo de
comuns para modificar óleos vegetais incluem combustível (2,7 milhões de TJ/a). Isso equivale
reações de transesterificação, epoxidação, a uma economia global de 104.500 milhões de
hidrogenação e formação de estolídeos, com Euros por ano.
ênfase em melhorar as propriedades físico- Muitos países, como os da Europa, têm mais
químicas e minimizar os custos de produção. incentivos econômicos para a introdução no mercado
de biolubrificantes. Isenções fiscais sobre lubrificantes
Incentivo Econômico ambientalmente aceitáveis ​​ (EALs), subsídios aos
consumidores para cobrir a diferença de preço entre
Em veículos pesados, as perdas por atrito EALs e lubrificantes minerais e programas de compra
no motor, transmissão e outros componentes preferencial que exigem que um percentual do produto
compreendem a maior parte do perfil de consumo seja feito de recursos renováveis, ajudam a aliviar os
de energia dos veículos (veja a Figura 1). custos mais altos associados aos biolubrificantes.

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Figura 1. Consumo de energia percentual por atrito em veículos pesados

Lubrificantes Ecologicamente Corretos A certificação ambiental oficial da União


Europeia “Eco-label” está se tornando o rótulo
Por volta de 1990 na Europa surgiram os mais aceito para EALs, consistindo em sete
primeiros lubrificantes ambientalmente aceitáveis​​ critérios que abrangem biodegradabilidade,
“EAL” (de preferência óleos hidráulicos e de toxicidade aquática, bioacumulação e a
motor de 2 tempos), que também apresentavam presença de certas substâncias restritas. Este
propriedades ecotoxicológicas. esquema de rotulagem foi estabelecido para
A questão do respeito ao meio ambiente avaliar fluidos hidráulicos, graxas e óleos de
é hoje resolvida por legislações, métodos de dois tempos.
teste e diretrizes. Os biolubrificantes estão hoje
disponíveis para todas as classes de lubrificantes Biodegradabilidade e outros benefícios dos
e operam com segurança. biolubrificantes
Embora os EALs atualmente representem apenas
uma pequena porcentagem do mercado total de O desenvolvimento e aplicação de
lubrificantes, o uso de biolubrificantes em embarcações biolubrificantes para uso industrial tem aumentado
tem sido fortemente incentivado para minimizar os em popularidade devido a preocupações
danos aos ecossistemas aquáticos causados pelos ​​​​ ambientais. Lubrificantes e derivados à base de
lubrificantes perdidos no meio ambiente. Em particular, óleo vegetal são muito superiores aos óleos minerais
os óleos básicos derivados de óleos vegetais e ésteres tradicionais em termos de biodegradabilidade.
sintéticos têm mostrado altas taxas de biodegradação, Um estudo que avaliou a biodegradabilidade de
baixo potencial de bioacumulação e toxicidade mínima lubrificantes sintéticos de base biológica usando um
para animais marinhos. modelo biocinético sem microorganismos produziu

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resultados favoráveis comparativamente
​​ ao óleo parcialmente limitado pelos maiores pontos de
mineral. Além disso, uma grande disparidade fusão dos óleos e baixa estabilidade oxidativa.
foi observada ao comparar a biodegradação em Felizmente, esses problemas podem ser
função do tempo dos biolubrificantes sintéticos remediados através do uso de modificação
com a do óleo mineral. Além de apresentarem química e aditivos para alterar propriedades
menor risco toxicológico, os lubrificantes à base problemáticas.
de óleo vegetal têm maior lubricidade e índices Regulamentos ambientais rigorosos em
de viscosidade mais elevados, resultando em relação ao uso de lubrificantes convencionais à
menores perdas por atrito e melhor economia de base de óleo mineral criaram uma nova classe
combustível [22]. Outras vantagens incluem: de lubrificantes com um mercado na Europa de
3% a 3,5% [25]. Atualmente, os biolubrificantes,
• maior estabilidade ao cisalhamento; classificados como ecologicamente corretos
• maior detergência, eliminando a e não tóxicos, estão abrindo caminho para
• necessidade de aditivos detergentes; uma tribologia mais verde e sustentável,
• menor volatilidade, resultando em menos mas seus benefícios não se limitam a isso.
emissões de escape; A implementação contínua de legislação
• maior dispersão; relevante que aumente as demandas futuras de
• ponto de fulgor mais alto. lubrificação e incentive o uso de lubrificantes
biodegradáveis provavelmente
​​ será o principal
No entanto, o uso de óleos vegetais para fator determinante para o sucesso dos
aplicações baseadas em lubrificação é biolubrificantes.

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A importância econômica, as propriedades sustentabilidade estende a lista de requisitos
ambientais e a sustentabilidade dos além da biodegradação e toxicidade, que
lubrificantes são pontos integrais de podem ser cumpridas pelos lubrificantes.
discussão ao vislumbrar o futuro da tribologia. Os lubrificantes devem atender às demandas
As evidências demonstram uma conclusão da sociedade e evoluirão de um cumprimento
decisiva de que a redução da energia perdida de funções puramente técnico, ao qual serão
por atrito melhora significativamente a acrescentadas propriedades ecotoxicológicas
economia de combustível, reduz as emissões e/ou critérios de sustentabilidade. Isso
de gases de efeito estufa e gera economias promoverá novos desenvolvimentos percebidos
econômicas. As potenciais repercussões por alguns como disruptivos, mas basicamente
ambientais resultantes de vazamentos e as formulações devem mudar e abrir as portas
derramamentos de lubrificantes exigem o para óleos básicos alternativos e conceitos de
desenvolvimento de opções ecologicamente aditivos.
corretas e não tóxicas.
Os biolubrificantes atendem
adequadamente aos critérios ambientais
devido à sua natureza biodegradável e
Dr. Raj Shah is the Director at Koehler Instrument
renovável, além de possuírem lubricidade
Company - USA
superior e outras propriedades químicas
Mathias Woydt is the Managing Director at Matrilub–
em relação aos lubrificantes tradicionais
Germany
à base de petróleo. Nor malmente, ésteres
Stanley Zhang is Chemical Engineer at Stony Brook
saturados e óleos básicos sintéticos
University, - USA
(polialquilenoglicóis, bioolefinas) dominam
o mercado de biolubrificantes. O ter mo

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LUBRIFICAÇÃO

Fluidos hidráulicos
Resistentes ao fogo:
Uso e aplicações

Por: Marcos Thadeu Giacomini Lobo

1. OBJETO
fundição contínua,
Quando houver a possibilidade de um fluido laminação de aço,
para uso em sistemas hidráulicos entrar em contato fornos, prensas de
com uma fonte de ignição ou superfície metálica forjamento etc.
muito quente de um equipamento, pode-se utilizar, Controles eletro-
nestas situações, fluidos hidráulicos resistentes ao -hidráulicos (EHC)
fogo. O risco potencial de incêndio por vazamento utilizados para re-
de fluido hidráulico existe em aplicações em gular o fornecimento
que sistemas hidráulicos estejam localizados de vapor para tur-
próximos a operações de fundição sob pressão, bo-geradores são
aplicações em que
altas pressões e ele-
vadas temperaturas
demandam o uso de
fluidos resistentes ao
fogo como forma de
reduzir-se o poten-
Figura 2 - EHC utilizados em cial de perigosos e
turbinas a vapor demandam fluidos
Figura 1 - Uso típico para fluidos resistentes ao fogo resistentes ao fogo custosos incêndios.

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Ésteres fosfatados são os fluidos mais tipos de fluidos resistentes ao fogo podem ser
comumente utilizados em controles eletro- usados em variados tipo de aplicações. Visto
hidráulicos (EHC) em sistemas de regulagem que nem todos os fluidos resistentes ao fogo
de turbinas a vapor. Porém, muitos outros são compatíveis uns com os outros, cuidados
especiais devem ser tomados quando houver
a substituição de um fluido resistente ao fogo
por outro.
Mas, o que é um fluido resistente ao fogo?
Fluidos resistentes ao fogo são lubrificantes
especialmente for mulados de for ma a resistir
muito melhor a entrar em ignição e a não
propagar uma chama a par tir de uma fonte
de ignição. Fluidos resistentes ao fogo não
devem ser confundidos, porém, com fluidos
à prova de fogo visto que podem entrar em
ignição e manter uma chama sob condições
específicas.
Existem vários tipos de fluidos resistentes ao
fogo e eles são classificados, de forma geral,
da seguinte maneira:

Figuras 3/4 - Fluidos resistentes ao fogo: resistência a entrar em


ignição e a propagar chama Figura 5 - Há variadas opções de fluidos resistentes ao fogo

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1. Emulsões óleo em água. de água, também conhecidos soluções de
2. Soluções polímero e água. glicol, soluções de polialquileno glicol ou
3. Anidros sintéticos. soluções de água e glicóis.
5. HFDR: fluidos anidros sintéticos
A International Standards Organization (ISO) compostos de ésteres fosfatados.
classifica os fluidos resistentes ao fogo da 6. HFDU: fluidos anidros sintéticos que
seguinte maneira: não sejam ésteres fosfatados (ex. polióis
ésteres, polialquilienos glicóis etc.).
1. HFAE: emulsões água em óleo com típicos
mais de 80% de conteúdo de água. E se houver a necessidade de se efetuar a
2. HFAS: fluidos aquosos sintéticos com conversão para fluidos resistentes ao fogo ? Há
típicos mais de 80% de conteúdo de água. procedimentos detalhados disponíveis para a
3. HFB: emulsões água em óleo com típicos maioria das situações.
mais que 40% de conteúdo de água. A International Standards Organization
4. HFC: soluções de polímeros em água (ISO) descreve, em particular, a conversão
com típicos mais que 35% de conteúdo para 04 situações:

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Mercado tem de lubrificantes surperou todas as re.
sileiro do semest
O mercado bra rado no segun
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expectativas, com vidro sorprendente
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ria do recuperación
Mercado tienede lubricantes surperó todas las expectativ
as,
ry
Lubrificantes ante ideal para uma indústria tão . azing Recove
El mercado brasile
ño s Market: Am
Brazilian Lubents market surpassed all expectations,
e.
A escolha do
lubrific específico segundo semestr
ento bastante inesperado en el
r um conhecim con un volumen de l vidrio rica
peculiar reque du st ria The Brazilian lub in the second
half.
ra la in ected volume
Lubricantes pa al pa ra una industria
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4. Enchimento do reservatório, monitoramento
na qualidade do fluido resistente ao fogo
em uso através de análises laboratoriais
e verificação de quaisquer anormalidades
que se apresentem no sistema tal como a
elevação da pressão diferencial no filtro
de fluido resistente ao fogo, em face de
obstrução, se houver a conversão para
produtos da classe HFC, face à sua
elevada detergência que pode ocasionar
a remoção de depósitos previamente
Figura 6 - Algumas vezes serão necessárias conversões ou
mudanças nos fluidos resistentes ao fogo existentes.

1. Conversão de um óleo de base mineral


para um fluido resistente ao fogo à base
de água (HFAE, HFB ou HFC).
2. Conversão de um óleo de base mineral
para fluido resistente ao fogo anidro
sintético (HFDR ou HFDU).
3. De um fluido resistente ao fogo à base de
água (HFAE, HFB ou HFC) para fluidos
resistentes ao fogo anidros sintéticos
Figura 7 - Alguns cuidados precisam ser tomados quando da
(HFDR ou HFDU). necessidade de se substituir fluidos resistentes ao fogo por outros
4. De fluidos resistentes ao fogo de bases similares ou diferentes
anidros sintéticos (HFDR ou HFDU)
para fluidos resistentes ao fogo à
base de água (HFAE, HFB ou HFC). 2. CONVERSÃO DE UM ÓLEO DE BASE
MINERAL PARA FLUIDOS RESISTENTES AO
Para se efetuar, de forma bem sucedida, FOGO À BASE DE ÁGUA (HFAE, HFAS, HFB ou
conversões de óleos de base mineral para HFC) OU ANIDROS SINTÉTICOS (HFDR, HFDU)
fluidos resistentes ao fogo ou mudanças
entre fluidos resistentes ao fogo de diferentes Especiais cuidados deve ser tomados,
composições é necessário atentar-se a: mesmo quando os fluidos são compatíveis, visto
que pequenas quantidades remanescentes de
1. Compatibilidade dos componentes do óleos minerais podem diminuir a resistência
circuito com o fluido resistente ao fogo ao fogo e a estabilidade de fluidos resistentes
que será introduzido no sistema como ao fogo à base de água (HFAE, HFAS, HFB ou
substituto ao produto existente (retentores, HFC) que serão utilizados na substituição.
vedações, mangueiras e revestimentos). Similarmente, visto haver um mínimo de
2. Drenagem e limpeza do sistema miscibilidade entre óleos de base mineral e
(tubulações, válvulas, reservatórios, filtros fluidos resistentes ao fogo anidros sintéticos
de tela na sucção ou recalque, filtros e (HFDR e HFDU) pequena quantidade de óleo
carcaças do fluido resistente ao fogo, de base mineral residual não deverá alterar o
bombas etc.). desempenho operacional se houver mistura
3. Flushing completo do sistema. (HFDR e HFDU) mas poderia haver diminuição

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4. RESUMO DAS DIFERENTES CATEGORIAS DE FLUIDOS RESISTENTES AO FOGO E
TEMPERATURAS DE OPERAÇÃO

ISO Sub- Composição Contéudo Faixa de Comentários


categoria de água Temperatura
Típica (ºC)

HFA HFAE Emulsões óleo > 80% + 5 ºC A + 50 ºC Temperatura de


em água (~ 95%) armazenamento
> 0 ºC
HFAS Fluidos > 80% + 5 ºC A + 50 ºC
sintéticos (~ 95%)
aquosos
HFB -------------- Emulsões > 40% + 5 ºC A + 50 ºC Temperatura de
água em óleo armazenamento
invertidas > 0 ºC

HFC -------------- Soluções de > 35% -20 ºC A + 50 ºC -------------------------


polímeros
em água
HFD HFDR Ésteres Nenhum -20 ºC A + 70 ºC Utilizado, em
fosfatados alguns casos, até
150 ºC. Nestas
HFDU Fluidos anidros Nenhum -20 ºC A + 70 ºC temperaturas,
sintéticos porém, o fluido
que não estará sujeito à
sejam ésteres rápida deterioração
fosfatados (ex. e deverá,
Pag/poliol éster) frequentemente,
ser monitorado.

O uso do fluido
a temperaturas
superiores a 150
ºC deve ocorrer,
apenas, por curtos
períodos de tempo.

- Circuitos operando
a temperaturas
> 100 ºC, talvez,
tenham que utilizar
materiais especiais
(vedações,
retentores,
mangueiras etc.).

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Figuras 10/11 - Cada situação deve ser estudada minuciosamente

resultar na formação de 02 fases no sistema


(fases separadas de óleo e água) com risco de
potenciais falhas em bombas de recalque.
Não se recomenda, também, a mistura de
fluidos resistentes ao fogo de mesma categoria
de diferentes fornecedores antes que sejam
realizados testes de compatibilidade entre os
Figuras 8/9 - Risco de formação de fases e avarias em
bombas de recalque produtos. É importante que o fluido resistente
ao fogo seja compatível com retentores,
superfícies metálicas, revestimentos protetivos,
das propriedades de resistência ao fogo. pinturas etc. visto que estas características
variam grandemente de um fluido resistente
3. MUDANÇA ENTRE DIFERENTES FLUIDOS ao fogo para outro de acordo com a sua
RESISTENTES AO FOGO composição química.
Quando se efetuar a conversão em um
sistema de fluido resistente ao fogo de uma
determinada categoria por outro de categoria
diferente é recomendável que não haja mistura
sendo necessário o flushing do sistema. Marcos Thadeu Giacomini Lobo é
Por exemplo, qualquer mistura de fluidos Engenheiro Mecânico especializado

resistentes ao fogo à base de água (HFAE, em Lubrificação e Consultor


associado da QU4TTUOR Consultoria.
HFAS, HFB ou HFC) com fluidos resistentes ao
fogo anidros sintéticos (HFDR ou HFDU) poderá

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Revista Lubes em Foco - edição 85_pt.indd 27 19/07/2022 17:51:30


O mercado em foco
agora no Portal Lubes
O Portal Lubes, no endereço https://portallubes.com.br, publica os principais números do mer-
cado, com análise e comentários especializados, na velocidade que a mídia digital oferece.
Apresentamos aqui um resumo dos números do mercado brasileiro de lubrificantes.

Mercado brasileiro de lubrificantes - ano de 2021


Vendas totais de óleos lubrificantes: 1.477.351 m3 Mercado total de óleos básicos: 1.743.789 m3

Variação relativa ao ano anterior: +9,4% Produção nas refinarias: 621.621 m3


Indústria de Rerrefino: 265.485 m3
Importação de óleos acabados: 98.495 m3
Exportação de óleos acabados: 61.896 m3 Importações de básicos: 868.050 m3
Exportações de básicos: 11.368 m3

Participação de Mercado de óleos lubrificantes


Ano 2020 Ano 2021
Participação de Mercado - 2020 Participação de Mercado - 2021

OUTROS , 23,00% ICONIC , 18,55% OUTROS , 23,05% ICONIC , 18,30%

CASTROL , 1,45%
CASTROL , 1,42%
ULTRAX , 1,70%
QUAKER , 1,59%
INGRAX , 1,53%
TOTAL , 1,48%
ENERGIS 8 , 1,74% BR , 18,32% BR , 15,88%
YPF , 2,15% ENERGIS 8 , 1,95%
YPF , 2,75%

PETRONAS , 8,06%

PETRONAS , 8,17%
SHELL , 9,85% MOOVE , 13,66%
MOOVE , 14,12%
SHELL , 11,28%

Obs: Valores consolidados pela revista Lubes em Foco de informações obtidas diretamente de fontes oficiais do mercado.

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