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1. OBJETIVO
1.1 Estabelecer diretrizes e padrões, para os trabalhos, ferramental e consumíveis aplicados na lubrificação
industrial, tendo em vista a garantia da saúde dos ativos, disponibilidade de planta, redução dos custos de
manutenção.
2. AMPLITUDE
3. DEFINIÇÕES
4. RESPONSABILIDADES
4.2.1 Manter sistema atualizado. Também deverá dar suporte ao engenheiro de confiabilidade local, e treiná-lo,
caso necessário
4.3 Gerente Industrial
4.3.1 Suporte ao engenheiro de confiabilidade no cumprimento desse procedimento.
5. DESCRIÇÃO DO PROCESSO
5.1.3 O lubrificante líquido (óleo) é o mais comum na utilização e é formado pelo óleo base mais um pacote de
aditivos que determinam suas características principais e suas aplicações.
5.1.4 A graxa (lubrificante pastoso) tem níveis de viscosidade (consistência) categorizados pelo nível NLGI
(National Grease Lubricating Institute). A figura a seguir mostra os níveis NLGI após teste em laboratório.
5.1.5 O que pode fazer uma graxa ressecar: Contaminação, Calor, Altas Temperaturas, Água, Graxa de baixa
qualidade, Graxa com NLGI incorreto para a aplicação, Vibração excessiva
5.1.6 O lubrificante é de suma importância para garantir a saúde do equipamento, devemos ser categóricos
quanto a especificação, aquisição, recebimento, armazenagem e racionalização dos lubrificantes.
5.1.7 Lubrificantes devem ter suas características criteriosamente analisadas e dentro das normativas
relacionadas à lubricidade e contaminantes como partículas sólidas e água para serem aplicados.
5.1.8 Pesquisas na área industrial demonstram que a maioria das falhas são oriundas de problemas relacionados
à lubrificação dos equipamentos.
5.1.9 Na maioria dos casos uma máquina já vem com especificações de lubrificante indicadas pelo fabricante. No
entanto, a aplicação, o ambiente onde está instalada, a criticidade, regime de trabalho, comprometimento da
produção em caso de parada, etc., requerem revisão e modificação do lubrificante indicado pelo fabricante.
5.1.10 A viscosidade do lubrificante é a resistência do lubrificante ao escoamento, utilizando uma norma ISO para
determinar sua viscosidade.
5.1.11 Por exemplo, de acordo com a norma um óleo ISO VG 68 é testado a 40ºC com variação entre 61,2 e 74,8
cSt (centistokes), ou seja, 10% (dez porcento) de variação durante utilização.
5.1.12 Note que o teste para o óleo é feito a 40º, se a temperatura varia, a viscosidade vai variar também. A
inclinação da curva de variação pela temperatura chama-se índice de viscosidade.
5.1.13 A seguir uma figura demonstrando para um óleo exemplo o quanto a temperatura interfere na viscosidade
5.1.14 A seguir um comparativo real de dois lubrificantes com índice de viscosidade diferentes.
5.1.15 Note que as curvas de viscosidade são diferentes, portanto, em determinadas aplicações é possível que
seja especificado um óleo diferente por conta do seu índice de viscosidade (IV).
5.2.7 Todas as embalagens de lubrificantes armazenadas no almoxarifado devem estar identificadas com
etiquetas contendo: Tipo de lubrificante, nome comercial, data de validade, data de entrega, dados de aceitação
do recebimento;
5.2.8 Os tambores devem ser acondicionados em local contendo bacia de contenção fixa ou móvel, sobre pallets,
sem contato tambor-solo de acordo com a norma vigente para determinar a capacidade necessária de contenção,
sendo dimensionada para capacidade da soma de todo volume de todos os volumes contidos mais 10%.
5.2.9 Os tambores deverão ser armazenados na posição horizontal, não empilhando mais de dois, um sobre o
outro.
5.2.10 Os bujões deverão estar nas posições do relógio 3 horas e 15 minutos, conforme figura a seguir:
5.2.11 Setores de armazenamento, inclusive salas de lubrificação, devem conter todas as fichas técnicas e fichas
de segurança (FISPQ’s), além de chuveiro de emergência (lava olhos).
5.2.12 A seguir uma figura que representa o mal armazenamento de óleo e o quanto vai aumentando sua
contaminação por falhas de armazenamento e manuseio.
5.2.13 Os lubrificantes armazenados também deverão ser analisados conforme definido no procedimento de
“Manutenção Preditiva”.
5.2.14 Para as graxas, após utilização mantenha o máximo nivelado possível a graxa que ficou no tambor, caso
contrário inicia-se um processo de separação do óleo base com o sabão que formam a graxa, esse processo de
deterioração é chamado de exsudação conforme figura a seguir:
5.3.6 Todos os dispositivos utilizados para aplicar graxa e óleo devem estar identificados e dedicados a um único
de lubrificante.
5.3.7 Todos os dispositivos utilizados para aplicar graxa e óleo deverão ser armazenados limpos após o uso.
5.3.8 A limpeza deve ser realizada com panos sem fiapos. Não pode ser utilizado estopa.
5.3.9 Mantenha as mangueiras e conexões utilizadas para filtragem off-line, organizadas, limpas e identificadas.
5.3.10 Deve-se utilizar protetores para os bicos graxeiros, quando não estiverem em uso.
5.3.11 Os funis devem ser guardados limpos em vasilhames plásticos, envoltos em saquinhos tipo zip-lock ou
limpos antes de todas as utilizações.
5.3.12 Possuir bancada com superfície emborrachada.
5.3.13 Manter controle de acesso por chaves nas salas de lubrificação quando os lubrificadores estiverem
ausentes.
5.3.14 Utilizar dispositivos específicos para içar e movimentar os tambores, prezando pela ergonomia e segurança
dos lubrificadores.
5.3.15 O modelo da sala padrão de lubrificação deve ser estruturado conforme a seguir:
5.4.2 Os pinos graxeiros, conexões e engates rápidos devem ser armazenados identificados e em sacos plásticos
limpos.
5.4.3 Os filtros de óleo devem ser armazenados identificados, em suas embalagens próprias ou em sacos
plásticos limpos.
5.4.4 Os respiros higroscópicos devem ser armazenados em embalagens totalmente vedadas.
5.4.5 Os visores de nível devem ser armazenados identificados e em embalagens próprias.
5.4.6 As mangueiras devem ser armazenadas com batoques protegendo contra a entrada de contaminantes e de
preferência protegidas nas extremidades por filme plástico;
5.4.7 Blocos de distribuição, válvulas e outros componentes de lubrificação centralizada devem ser armazenados
identificados e embalados, protegendo suas conexões dos contaminantes;
5.4.8 Os equipamentos para lubrificação como pistolas graxeiras, almotolias, etc., devem ser armazenados em
local próprio e identificados.
5.5.1 Contaminação de lubrificante é algo que devemos nos preocupar sempre. Apenas 1.000 ppm de água
causa diminuição de até 80% da vida útil de um rolamento, como demonstrado a seguir:
Figura 15: Imagens Ilustrativa, dispositivos adequados, identificados, limpos e hermeticamente fechados
a) A amostra de óleo preferencialmente deve ser coletada quando o equipamento estiver operando. Isto significa
que a tomada de amostra deve ser realizada quando o equipamento estiver em temperatura, pressão de trabalho,
carga, velocidade etc., condições normais de operação;
b) Sempre colete a amostra antes dos filtros e depois dos componentes das máquinas que queremos monitorar o
desgaste como: rolamentos, engrenagens, pistões, válvulas hidráulicas, etc.; Preferencialmente instalar acessórios
para que seja coletado óleo o mais próximo do ponto de trabalho.
c) Esteja seguro de que a amostra não irá se contaminar durante o processo de coleta;
d) Certificar-se que o ponto onde estamos coletando a amostra é representativo;
e) Nunca reutilizar frascos e mangueiras de amostra;
f) Deixe sempre ¼ do frasco sem lubrificante;
g) Nunca permita que o lubrificante contamine a bomba;
h) Utilize sempre frascos adequados, limpos e isentos de contaminantes;
5.9.5 Para tomada de amostras através de válvulas e mangueiras, deve-se abrir o registro e desprezar uma
pequena quantidade de lubrificante antes de iniciar a tomada de amostra;
5.9.6 Nunca retirar amostras com o lubrificante frio ou com o equipamento desligado;
5.9.7 Para reservatórios como caixas de engrenagens, compressores, sistemas circulatórios e motores a diesel
onde não existam linhas de retorno, a amostra de lubrificante deve ser coletada logo após a bomba e antes do
filtro de circulação;
5.9.8 O preenchimento correto da etiqueta de identificação do frasco de coleta deve ser realizado em sua
totalidade. Todas as informações devem ser preenchidas: última troca de fluido, última adição de fluido e
quantidade, entre outras;
5.9.9 Coletar óleo a partir de drenos apenas em último caso, descartando uma quantidade de óleo que deva
conter a maior parte dos sólidos depositados no fundo do equipamento, tendo sempre em vista ações necessárias
para que a amostra seja retirada de pontos mais significativos.
Figura 16: Tabela de relação entre as duas Normas e os parâmetros para determinação do grau ISO
5.11.2 Para cada tipo de equipamento e fornecedor existe uma quantidade de contaminantes considerada
aceitável, quantidade esta que deverá ser informada pelos fabricantes. Para sistemas hidráulicos, a tabela abaixo
informa parâmetros aceitáveis de contaminação por tipo de sistema.
Classe de
Classe de
Contaminação Tipo de Sistema
Contaminação ISO
NAS
4 15/13/10 Sistemas Sensíveis de alta confiabilidade
5 16/14/11 Servo válvulas e válvulas proporcionais
6 17/15/12 Sistemas de alta pressão
7 18/16/13 Bombas de volume
variável pistões e
8 19/17/14 palhetas
9 20/18/15 Eletroválvulas, válvulas de pressão e
10 21/19/16 bombas fixas
Sistemas de baixa pressão com grandes
11 22/20/17
folgas
12 23/21/18 Óleo hidráulico no fornecimento Ex: VG68
Figura 17: Tabela Parâmetros Aceitáveis de Contaminação por Tipo de Sistema
5.12 Auditorias
5.12.1 Serão realizadas auditorias periódicas nas unidades, conduzidas pela equipe de manutenção corporativa e
acompanhadas pelo engenheiro de confiabilidade, com a finalidade de analisar e pontuar a aplicabilidade das
boas práticas de lubrificação aqui informadas, assim como identificar e auxiliar nos pontos de melhorias.
5.12.2 O engenheiro de confiabilidade deverá executar a auditoria na sua própria planta 2 (duas) vezes ao ano,
para antecipar aos resultados do corporativo.
5.12.3 A planilha de auditoria feita pelo engenheiro de confiabilidade deverá ser lançada no SharePoint
corporativo pelo engenheiro assim que finalizada.
6. DOCUMENTOS ASSOCIADOS
7. HISTÓRICO DE REVISÕES
8. ANEXOS
Descrição Anexo