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Código: PRO-IND-078

PROCEDIMENTO Aplicação: Corporativo


Revisão: 00
Boas Práticas de Lubrificação Data de Emissão: 03/2022
Data de Validade: 03/2025
Página: 1 de 14
Área de Emissão: Manutenção
Unidade de Aplicação: Corporativo Setor de Aplicação: Indústria
Industrial
Autorizador: Marcos Rossini, Marcos Túlio, Luciano
Autor: Marcelo Colomera, Deberson Luís
Souza

1. OBJETIVO

1.1 Estabelecer diretrizes e padrões, para os trabalhos, ferramental e consumíveis aplicados na lubrificação
industrial, tendo em vista a garantia da saúde dos ativos, disponibilidade de planta, redução dos custos de
manutenção.

2. AMPLITUDE

2.1 Manutenção industrial de todas as unidades

3. DEFINIÇÕES

3.1 BPL: Boas práticas de lubrificação


3.2 NLGI (National Grease Lubricating Institute): Determinar o grau padronizado de escoamento e viscosidade
de graxas
3.3 IV: Índice de viscosidade
3.4 ISO (international organization for standardization): Organização internacional de normalização
3.5 FIFO (First In First Out). Primeiro a entrar é o primeiro a sair (PEPS em português): É uma técnica de
organização de controle de estoques para evitar vencimento dos produtos mais antigos.
3.6 FISPQ: Ficha de identificação dos lubrificantes com medidas de prevenção e contingência
3.7 Caixa SÃO: Caixa de separação da água e do óleo
3.8 CMMS (Computerized Maintenance Management System): Sistema computadorizado de gestão da
manutenção
3.9 SharePoint: Sistema online da Microsoft onde os arquivos ficam lançados e arquivados em formato de
biblioteca digital para consulta.

4. RESPONSABILIDADES

4.1 Engenheiro de confiabilidade


4.1.1 Seguir o procedimento e entrar em contato em caso de dúvidas.

4.2 Corporativo de manutenção

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4.2.1 Manter sistema atualizado. Também deverá dar suporte ao engenheiro de confiabilidade local, e treiná-lo,
caso necessário
4.3 Gerente Industrial
4.3.1 Suporte ao engenheiro de confiabilidade no cumprimento desse procedimento.

5. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

5.1 Sobre Lubrificação e os Lubrificantes


5.1.1 Lubrificação é o processo ou técnica utilizada na aplicação de uma camada chamada lubrificante com a
finalidade de reduzir o atrito e o desgaste entre duas superfícies sólidas em movimento relativo, separando-as
parcialmente ou completamente. Além de separar as superfícies, a camada também tem a função de retirar do
sistema o calor e detritos gerados na interação das superfícies.
5.1.2 Existem três tipos de lubrificantes conforme figura a seguir:

Figura 01: Tipos Lubrificantes

5.1.3 O lubrificante líquido (óleo) é o mais comum na utilização e é formado pelo óleo base mais um pacote de
aditivos que determinam suas características principais e suas aplicações.
5.1.4 A graxa (lubrificante pastoso) tem níveis de viscosidade (consistência) categorizados pelo nível NLGI
(National Grease Lubricating Institute). A figura a seguir mostra os níveis NLGI após teste em laboratório.

Figura 02: Níveis NLGI

5.1.5 O que pode fazer uma graxa ressecar: Contaminação, Calor, Altas Temperaturas, Água, Graxa de baixa
qualidade, Graxa com NLGI incorreto para a aplicação, Vibração excessiva

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5.1.6 O lubrificante é de suma importância para garantir a saúde do equipamento, devemos ser categóricos
quanto a especificação, aquisição, recebimento, armazenagem e racionalização dos lubrificantes.
5.1.7 Lubrificantes devem ter suas características criteriosamente analisadas e dentro das normativas
relacionadas à lubricidade e contaminantes como partículas sólidas e água para serem aplicados.
5.1.8 Pesquisas na área industrial demonstram que a maioria das falhas são oriundas de problemas relacionados
à lubrificação dos equipamentos.
5.1.9 Na maioria dos casos uma máquina já vem com especificações de lubrificante indicadas pelo fabricante. No
entanto, a aplicação, o ambiente onde está instalada, a criticidade, regime de trabalho, comprometimento da
produção em caso de parada, etc., requerem revisão e modificação do lubrificante indicado pelo fabricante.
5.1.10 A viscosidade do lubrificante é a resistência do lubrificante ao escoamento, utilizando uma norma ISO para
determinar sua viscosidade.
5.1.11 Por exemplo, de acordo com a norma um óleo ISO VG 68 é testado a 40ºC com variação entre 61,2 e 74,8
cSt (centistokes), ou seja, 10% (dez porcento) de variação durante utilização.
5.1.12 Note que o teste para o óleo é feito a 40º, se a temperatura varia, a viscosidade vai variar também. A
inclinação da curva de variação pela temperatura chama-se índice de viscosidade.
5.1.13 A seguir uma figura demonstrando para um óleo exemplo o quanto a temperatura interfere na viscosidade

Figura 03: Viscosidade de Operação

5.1.14 A seguir um comparativo real de dois lubrificantes com índice de viscosidade diferentes.

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Figura 04: índice de Viscosidade Diferentes

5.1.15 Note que as curvas de viscosidade são diferentes, portanto, em determinadas aplicações é possível que
seja especificado um óleo diferente por conta do seu índice de viscosidade (IV).

5.2 Recebimento e Armazenagem


5.2.1 O processo de análise deve ser feito já no recebimento do lubrificante pelo almoxarifado, avaliar possíveis
pontos de contaminação como lacres, tampas e vedações indícios de vazamento em tambores e bombonas
5.2.2 O manuseio e armazenagem devem ser realizados de forma a impedir a contaminação e ou alteração de
suas características físico-químicas.
5.2.3 Para tal se faz necessário seguir as recomendações:
5.2.4 O local de armazenamento dos lubrificantes deve ser coberto, livre de contaminações, seco, arejado e
mantido com o mínimo de variações de temperatura;
5.2.5 Administração periódica do inventário de lubrificantes inspecionando a data de validade, condições da
embalagem, etc., no caso de lubrificantes fora de validade ou com embalagens danificadas, é responsabilidade do
lubrificador não aceitar o recebimento do material e do almoxarifado de realizar a devolução e substituição do
produto;
5.2.6 A entrega do lubrificante feita pelo almoxarifado deve respeitar a metodologia FIFO (em inglês) ou PEPS
(Primeiro que Entra Primeiro que sai), conforme figura a seguir:

Figura 05: Primeiro que Entra Primeiro que sai

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5.2.7 Todas as embalagens de lubrificantes armazenadas no almoxarifado devem estar identificadas com
etiquetas contendo: Tipo de lubrificante, nome comercial, data de validade, data de entrega, dados de aceitação
do recebimento;
5.2.8 Os tambores devem ser acondicionados em local contendo bacia de contenção fixa ou móvel, sobre pallets,
sem contato tambor-solo de acordo com a norma vigente para determinar a capacidade necessária de contenção,
sendo dimensionada para capacidade da soma de todo volume de todos os volumes contidos mais 10%.
5.2.9 Os tambores deverão ser armazenados na posição horizontal, não empilhando mais de dois, um sobre o
outro.
5.2.10 Os bujões deverão estar nas posições do relógio 3 horas e 15 minutos, conforme figura a seguir:

Figura 06: Posições do Relógio

5.2.11 Setores de armazenamento, inclusive salas de lubrificação, devem conter todas as fichas técnicas e fichas
de segurança (FISPQ’s), além de chuveiro de emergência (lava olhos).
5.2.12 A seguir uma figura que representa o mal armazenamento de óleo e o quanto vai aumentando sua
contaminação por falhas de armazenamento e manuseio.

Figura 07: Representação do mal Armazenamento de Óleo

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5.2.13 Os lubrificantes armazenados também deverão ser analisados conforme definido no procedimento de
“Manutenção Preditiva”.
5.2.14 Para as graxas, após utilização mantenha o máximo nivelado possível a graxa que ficou no tambor, caso
contrário inicia-se um processo de separação do óleo base com o sabão que formam a graxa, esse processo de
deterioração é chamado de exsudação conforme figura a seguir:

Figura 08: Exsudação


5.3 Sala de Lubrificação
5.3.1 A sala de lubrificação deve estar localizada de forma estratégica para atender os equipamentos pensando
do lado logístico otimizando tempo do lubrificador e praticidade de atendimento das rotas de lubrificação.
5.3.2 A estrutura física da sala deve ser adequada para armazenar corretamente os lubrificantes, ferramentas,
equipamentos e dispositivos de lubrificação, evitando a contaminação do lubrificante no momento de aplicá-lo.
5.3.3 Deve ser um local arejado e bem iluminado, contendo uma bacia de contenção para vazamentos
emergenciais e caixa separadora de óleo e água.
5.3.4 O piso deve ser com vedação epóxi ou cerâmico para reduzir o pó e com textura antiderrapante.
5.3.5 Os tambores devem ser armazenados na posição horizontal sob dique de contenção, devendo ser
instalados respiros higroscópicos nos tambores em uso conforme figuras a seguir:

Figura 09: Filtro Higroscópico

5.3.6 Todos os dispositivos utilizados para aplicar graxa e óleo devem estar identificados e dedicados a um único
de lubrificante.
5.3.7 Todos os dispositivos utilizados para aplicar graxa e óleo deverão ser armazenados limpos após o uso.
5.3.8 A limpeza deve ser realizada com panos sem fiapos. Não pode ser utilizado estopa.
5.3.9 Mantenha as mangueiras e conexões utilizadas para filtragem off-line, organizadas, limpas e identificadas.

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5.3.10 Deve-se utilizar protetores para os bicos graxeiros, quando não estiverem em uso.
5.3.11 Os funis devem ser guardados limpos em vasilhames plásticos, envoltos em saquinhos tipo zip-lock ou
limpos antes de todas as utilizações.
5.3.12 Possuir bancada com superfície emborrachada.
5.3.13 Manter controle de acesso por chaves nas salas de lubrificação quando os lubrificadores estiverem
ausentes.
5.3.14 Utilizar dispositivos específicos para içar e movimentar os tambores, prezando pela ergonomia e segurança
dos lubrificadores.
5.3.15 O modelo da sala padrão de lubrificação deve ser estruturado conforme a seguir:

Figura 10: Sala Padrão de Lubrificação

5.4 Componentes e Acessórios de Lubrificação


5.4.1 Um dos principais motivos de falhas de lubrificação é o fato da contaminação do óleo lubrificante, portanto,
o armazenamento dos componentes e acessórios e sua utilização devem ser o mais limpo possível.

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5.4.2 Os pinos graxeiros, conexões e engates rápidos devem ser armazenados identificados e em sacos plásticos
limpos.
5.4.3 Os filtros de óleo devem ser armazenados identificados, em suas embalagens próprias ou em sacos
plásticos limpos.
5.4.4 Os respiros higroscópicos devem ser armazenados em embalagens totalmente vedadas.
5.4.5 Os visores de nível devem ser armazenados identificados e em embalagens próprias.
5.4.6 As mangueiras devem ser armazenadas com batoques protegendo contra a entrada de contaminantes e de
preferência protegidas nas extremidades por filme plástico;
5.4.7 Blocos de distribuição, válvulas e outros componentes de lubrificação centralizada devem ser armazenados
identificados e embalados, protegendo suas conexões dos contaminantes;
5.4.8 Os equipamentos para lubrificação como pistolas graxeiras, almotolias, etc., devem ser armazenados em
local próprio e identificados.

5.5 Blindagem de Equipamentos

5.5.1 Contaminação de lubrificante é algo que devemos nos preocupar sempre. Apenas 1.000 ppm de água
causa diminuição de até 80% da vida útil de um rolamento, como demonstrado a seguir:

Figura 11: Efeito do Óleo com Água na Vida dos Rolamentos


5.5.2 Equipamentos blindados são aqueles que possuem barreiras que não permitem a entrada de agentes
contaminantes do meio externo, para uma blindagem eficiente, se faz necessário a utilização de alguns itens
mínimos:
5.5.3 Conexões e vedações em excelente estado;
5.5.4 Visores de nível de óleo (preferencialmente do tipo 3D conforme figura a seguir);

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Figura 12: Visores de Nível de Óleo tipo 3D

5.5.5 Respiros Higroscópicos;


5.5.6 Tomadas para abastecimento e filtragem com engates rápidos, protegidos com batoques;
5.5.7 Tomada para coleta de amostra adequadas, conforme figura a seguir:

Figura 13: Tomada para Coleta de Amostras Adequadas


5.5.8 Respiros com elementos filtrantes e higroscópicos, conforme figura a seguir:

Figura 14: Respiros com elementos filtrantes e higroscópicos

5.6 Manuseio de Lubrificantes


5.6.1 O manuseio de graxas e óleo lubrificantes deve ser realizado sempre com acessórios limpos e adequados,
nunca com as mãos.
5.6.2 O transporte de pequenas quantidades de lubrificante da sala de lubrificação até o ponto de utilização deve
ser realizado utilizando dispositivos adequados, identificados, limpos e hermeticamente fechados, conforme figura
a seguir:

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Figura 15: Imagens Ilustrativa, dispositivos adequados, identificados, limpos e hermeticamente fechados

5.6.3 Todo o óleo lubrificante deve ser filtrado antes da utilização.


5.6.4 As bombas para transferência deverão ser dedicadas para cada tipo de lubrificante e armazenadas em local
limpo e arejado.
5.6.5 Para retirada de óleo do tambor, as melhores práticas são: utilização de respiros higroscópicos, bombas
rosqueadas firmemente, utilização de filtro para saída de óleo limpo, bombas dedicadas para cada tipo de óleo,
bico tem proteção contra pó.
5.6.6 A filtragem do óleo deve ocorrer passando 7 (sete) vezes pelos filtros. Para isso, o engenheiro deverá
calcular pelo volume do lubrificante e vazão da bomba, quanto tempo cada óleo deverá ficar com sistema de
filtragem ligado.

5.7 Plano de Lubrificação


5.7.1 Todas as tarefas realizadas pela equipe de lubrificação devem ser programadas e emitidas conforme
elaboradas previamente no “formulário do plano de lubrificação” e geridas dentro do software de manutenção
(CMMS). O formulário do plano de lubrificação está disponível em anexo no item “Documentos Associados” e no
SharePoint através no link: https://bpbungebio.sharepoint.com/sites/MCESGI/SGI_Formularios
5.7.2 Todo plano de lubrificação deve ser confeccionado através de cálculos das quantidades e frequências de
lubrificação, bem como procedimentos e lubrificação por condição.
5.7.3 Descreva os pontos de forma que a equipe de execução possa localizá-los fisicamente.
5.7.4 Todo e qualquer ponto de lubrificação deverá estar mapeado e inserido em plano de lubrificação contendo:
Tipo de lubrificante; Ponto de lubrificação; Quantidade de lubrificante (utilizar medidor de graxa digital); Frequência
de lubrificação;
5.7.5 Equipamentos identificados com deficiência de lubrificação deverão sofrer inspeção do plano de
lubrificação, considerando que ele foi cumprido respeitando os pontos citados acima, deve-se estudar a falha e
recalcular a frequência e quantidade de lubrificante a ser utilizado.
5.7.6 Como boa prática para equipamentos que demandem alta reincidência de lubrificação, ou seja, com uma
periodicidade baixa de retorno para lubrificação, recomenda-se o uso de lubrificadores automáticos, além disso,
para equipamentos que possuam vários pontos de lubrificação, o uso de blocos de distribuição acaba se tornando
um facilitador para economia de tempo de mão de obra.

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5.7.7 O engenheiro de confiabilidade é o responsável por elaborar o plano de lubrificação, fornecendo


informações como frequência do plano, equipamentos a serem lubrificados, quantidade do lubrificante (graxa ou
óleo), quantidade do lubrificante.
5.7.8 Ele também é responsável por garantir que o plano de lubrificação seja cumprido. Quanto mais informações
de inspeções o lubrificador puder fazer durante a lubrificação melhor, portanto, o engenheiro de confiabilidade
deve inserir essas informações no plano. Exemplo: Se há um plano para inspecionar nível de óleo de
equipamentos rotativos em determinado setor, no plano, já insira também uma inspeção visual para procurar
vazamentos.
5.7.9 É responsabilidade do engenheiro de confiabilidade mapear as pessoas que devem ser treinadas e
capacitadas para trabalhos com lubrificação, inclusive buscar junto com ao corporativo as certificações em
técnicas de lubrificação.

5.8 Lubrificantes Padronizados


5.8.1 Os tipos de lubrificantes utilizados devem ser padronizados em todas as unidades, atendendo as
especificações técnicas cadastradas e o contrato vigente com fabricante.
5.8.2 Os lubrificantes em contrato devem estar dispostos numa lista contendo número do item, especificações
técnicas cadastradas e nome comercial do lubrificante referente às especificações. Itens solicitados fora do
contrato, ficarão sujeitos a recebimento de fabricantes variados conforme critério de negociação do setor de
suprimentos.
5.8.3 Novas necessidades de lubrificantes devem ser previamente solicitadas, justificadas, analisadas e
aprovadas junto à equipe de manutenção corporativa.

5.9 Coleta de Amostras


5.9.1 Monitorar e controlar a qualidade e níveis de contaminação dos lubrificantes é um passo crucial no processo
de construção da confiabilidade através da lubrificação, pois é a base da confiabilidade e auxilia na garantia da
disponibilidade operacional dos equipamentos industriais.
5.9.2 É importante ressaltar que através deste programa poderemos garantir a qualidade do lubrificante em uso,
bem como acompanhar e intervir nos processos de desgaste do equipamento através da análise do laudo do
lubrificante.
5.9.3 Para garantir a qualidade da amostra coletada e consequentemente a confiabilidade e saúde do
equipamento se faz necessário cumprirmos:
a) Identificar o ponto onde será realizada a coleta (pontos primários e secundários);
b) Verificar qual procedimento será utilizado para coletar a amostra (bomba de sucção, minimess, entre outros);
c) Verificar se os acessórios e conexões atuais atendem ao procedimento de coleta determinado;
d) Em caso negativo, levantar as alterações necessárias;
e) Adquirir os itens necessários para a adequação;
5.9.4 Para uma coleta de amostra realmente representativa, deveremos observar com muito critério os seguintes
passos:

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a) A amostra de óleo preferencialmente deve ser coletada quando o equipamento estiver operando. Isto significa
que a tomada de amostra deve ser realizada quando o equipamento estiver em temperatura, pressão de trabalho,
carga, velocidade etc., condições normais de operação;
b) Sempre colete a amostra antes dos filtros e depois dos componentes das máquinas que queremos monitorar o
desgaste como: rolamentos, engrenagens, pistões, válvulas hidráulicas, etc.; Preferencialmente instalar acessórios
para que seja coletado óleo o mais próximo do ponto de trabalho.
c) Esteja seguro de que a amostra não irá se contaminar durante o processo de coleta;
d) Certificar-se que o ponto onde estamos coletando a amostra é representativo;
e) Nunca reutilizar frascos e mangueiras de amostra;
f) Deixe sempre ¼ do frasco sem lubrificante;
g) Nunca permita que o lubrificante contamine a bomba;
h) Utilize sempre frascos adequados, limpos e isentos de contaminantes;
5.9.5 Para tomada de amostras através de válvulas e mangueiras, deve-se abrir o registro e desprezar uma
pequena quantidade de lubrificante antes de iniciar a tomada de amostra;
5.9.6 Nunca retirar amostras com o lubrificante frio ou com o equipamento desligado;
5.9.7 Para reservatórios como caixas de engrenagens, compressores, sistemas circulatórios e motores a diesel
onde não existam linhas de retorno, a amostra de lubrificante deve ser coletada logo após a bomba e antes do
filtro de circulação;
5.9.8 O preenchimento correto da etiqueta de identificação do frasco de coleta deve ser realizado em sua
totalidade. Todas as informações devem ser preenchidas: última troca de fluido, última adição de fluido e
quantidade, entre outras;
5.9.9 Coletar óleo a partir de drenos apenas em último caso, descartando uma quantidade de óleo que deva
conter a maior parte dos sólidos depositados no fundo do equipamento, tendo sempre em vista ações necessárias
para que a amostra seja retirada de pontos mais significativos.

5.10 Análise de Óleo


5.10.1 A análise de óleo tem o intuito de:
5.10.2 Determinar a vida útil do lubrificante: Importante para planejar uma troca de lubrificante, principalmente em
ambientes com paradas sazonais
5.10.3 Nível de contaminação (partículas ou água): Indica possível entrada de contaminantes e ajuda a evitar
desgaste prematuro das partes mecânicas
5.10.4 Desgaste do equipamento: Ajuda a determinar desgastes específicos pelo tipo de partícula encontrada.
Isso ajuda a prever falhas catastróficas
5.10.5 A análise de óleo deve ser feita em equipamentos conforme periodicidade definida no manual de práticas
preditivas.

5.11 Grau de Contaminação


5.11.1 Para análise do grau de contaminação de lubrificantes, são utilizadas duas normas que tem por princípio
indicar a quantidade de contaminantes por quantidade de lubrificante, a Norma ISO, e é usual utilização da Norma
NAS, abaixo segue tabela de relação entre as duas e os parâmetros para determinação do grau ISO.

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Figura 16: Tabela de relação entre as duas Normas e os parâmetros para determinação do grau ISO

5.11.2 Para cada tipo de equipamento e fornecedor existe uma quantidade de contaminantes considerada
aceitável, quantidade esta que deverá ser informada pelos fabricantes. Para sistemas hidráulicos, a tabela abaixo
informa parâmetros aceitáveis de contaminação por tipo de sistema.
Classe de
Classe de
Contaminação Tipo de Sistema
Contaminação ISO
NAS
4 15/13/10 Sistemas Sensíveis de alta confiabilidade
5 16/14/11 Servo válvulas e válvulas proporcionais
6 17/15/12 Sistemas de alta pressão
7 18/16/13 Bombas de volume
variável pistões e
8 19/17/14 palhetas
9 20/18/15 Eletroválvulas, válvulas de pressão e
10 21/19/16 bombas fixas
Sistemas de baixa pressão com grandes
11 22/20/17
folgas
12 23/21/18 Óleo hidráulico no fornecimento Ex: VG68
Figura 17: Tabela Parâmetros Aceitáveis de Contaminação por Tipo de Sistema

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5.12 Auditorias
5.12.1 Serão realizadas auditorias periódicas nas unidades, conduzidas pela equipe de manutenção corporativa e
acompanhadas pelo engenheiro de confiabilidade, com a finalidade de analisar e pontuar a aplicabilidade das
boas práticas de lubrificação aqui informadas, assim como identificar e auxiliar nos pontos de melhorias.
5.12.2 O engenheiro de confiabilidade deverá executar a auditoria na sua própria planta 2 (duas) vezes ao ano,
para antecipar aos resultados do corporativo.
5.12.3 A planilha de auditoria feita pelo engenheiro de confiabilidade deverá ser lançada no SharePoint
corporativo pelo engenheiro assim que finalizada.

6. DOCUMENTOS ASSOCIADOS

6.1 Template plano de lubrificação


6.2 Template auditoria de lubrificação industrial
6.3 Template planilha de lubrificantes corporativos (planilha mãe)

7. HISTÓRICO DE REVISÕES

Revisão Data Alterações Realizadas Revisor

8. ANEXOS

Descrição Anexo

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