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1º ponto:

Países desenvolvidos caminham para a 4ª Revolução Industrial, uma etapa do processo


produtivo que demanda recursos naturais específicos, abundantes em países latino-
americanos.

2º ponto:

Concomitantemente, aprofunda-se a crise do capitalismo e como consequência se aprofunda


também a guerra de mercado e influência entre China e EUA.

O projeto de desenvolvimento e de 4º Revolução Industrial chinês é diferente do norte-


americano e dos demais países que compõem a OTAN – incluindo a Austrália.

Países atlanticistas.

3º ponto:

Para tentar quebrar as pernas do mercado chinês, a cúpula de bilionários sediados no


Ocidente, estão forçando uma mudança no sistema de produção.

O discurso, vindo com eventos de âmbito global e propagado pelas redes sociais e Mídia
Corporativa, é de que os países devem mudar imediatamente a sua matriz energética – de
energia baseada em combustíveis fósseis para energia sustentável, que até o momento é mais
cara e pouco segura.

Essa mudança no sistema produtivo também promove uma maior dependência dos países do
Sul-Global com os países desenvolvidos, visto que os países desenvolvidos já queimaram muita
lenha e os países do Sul-Global pouco exploraram (soberanamente) seus recursos naturais.

É o velho capitalismo predatório de saqueamento de riquezas, só que indiretamente.


Denominado pelos próprios bilionários baseados no Ocidente, de Great Reset, Agenda 2030
(ONU).

4º ponto:

Mês passado, Ursula Von der Leyen esteve no Brasil em palestra e reuniões com o Lula.

Ursula Von der Leyen apresentou a Lei de Embargo Econômico Ambiental, lei essa que proíbe
os países europeus de importarem produtos de desmatamento ilegal ou de qualquer origem
prejudicial à natureza.

Lula criticou essa lei e ressaltou que é uma lei que visa estrangular os países. Uma lei para
atingir o sistema produtivo dos países.

Enxergou o óbvio, o Brasil, atualmente, independente da administração, não tem capacidade


para inspecionar todos os produtos que são comercializados. É um país com muita influência
estrangeira, com diversos polos de interesses e com muita falta de fiscalização –
principalmente na área ambiental.

Além do mais, as exigências da União Europeia são muito genéricas e podem atingir diversos
eixos do setor produtivo brasileiro.

4º ponto:

Na última COP, Nicolás Maduro participou e foi muito assediado por várias lideranças que
promovem esses projetos. A Venezuela é um país rico em petróleo e matérias-primas
necessárias para a 4ª Revolução Industrial.

5º ponto:

A COP30 acontecerá em 2025, no Pará, em Belém, e já podemos notar a influência dos países
atlanticistas.

O Banco Mundial investirá 6 bilhões no Pará, como “auxílio” para desenvolver o Estado sede da
COP.

Em troca, o Governo do Pará deu poder para o Banco Mundial elaborar discussões que serão
apresentadas durante a COP30.

6º ponto: No Pará, um estado que é potência em recursos naturais, empresas europeias atuam
na extração de recursos naturais (agressão ao solo) e também na produção de Hidrogênio
Verde (Empresa Hydro).

O Governador do Pará agora está vendendo a tese de que o Pará terá 100% de energia solar
em órgãos públicos até a COP30 – só estando aqui para ver a manutenção dos espaços públicos
que o governo faz... Um cenário de guerra.

O clima do Estado do Pará é composto por 6 meses de chuva intensa e 6 meses de sol tórrido.
Quero ver como vai ficar o governo do Pará nos 6 meses de chuva... De lampião.

7º ponto:

Saindo do contexto urbano e indo para as terras indígenas.

Dentro das terras indígenas, há aldeias que ainda mantêm uma forma de civilização que tem
muito a desenvolver. Atualmente os indígenas se tornaram dependentes do comércio tal qual
nós vivemos.

Dentro das terras indígenas, há riquezas incalculáveis no solo e na floresta. Por isso, há uma
invasão por diversos ângulos, seja pelo garimpo e desmatamento ilegal, seja por entidades que
estão promovendo um monitoramento da Amazônia, levando parabólicas da Starlink (SpaceX)
para as aldeias e interesses do Vale do Silício e do setor de semicondutores (Fundação Betty e
Gordon).

8º ponto:

Há um projeto, das próprias lideranças indígenas, de criarem mais aldeias.

Se atualmente, as parabólicas da Starlink são levadas para as aldeias com o discurso de dar aos
indígenas a possibilidade de eles terem uma comunicação mútua, assim que forem criadas
novas aldeias, mais parabólicas serão levadas para dentro da Amazônia. Constituindo uma rede
de monitoramento via satélite e via dados gerados pelos próprios indígenas.

Atua o monitoramento e atua o mercado predatório.

9º ponto: Com a dependência que os indígenas estão tendo do mercado, ONGs e Institutos
estão injetando uma lógica liberal de mercado nas aldeias, por meio dos artesanatos.

Os indígenas já falam que os jovens não querem mais produzir artesanato, porque eles estão
produzindo demais e está ficando tudo parado e apodrecendo (mas porque fazem tanto
artesanato, se a aldeia é pequena¿).

Pra solucionar isso, querem inserir os indígenas mais dentro do mercado, transformando-os em
trabalhadores de mão-de-obra barata, que produzem “artigos de luxo”.

Assim como já são usados na Castanha do Pará, recebendo uma média de 30-50$ por caixa de
castanha. A Natura compra muita castanha para fazer os cremes que devem estar na pele de
alguém que vocês conhecem, ou de algum de vocês aí.

Junto com essa questão prática de inserção do indígena no mercado liberal tal qual
conhecemos, existe a ideologia, o espetáculo, a ostentação e o consumismo que o capitalismo
promove em todo mundo. E isso não é diferente com os indígenas, é normal ver indígenas
querendo andar (e andando!) de Dodge RAM, ter o Iphone do ano, vestir roupas caras, usar
relógio de marcas renomadas...

Tal situação não seria problemática, se não fosse tão descontrolado e se não tivessem tantos
interesses estrangeiros influenciando isso.

Se fosse um projeto de governo, de desenvolvimento de uma nação como um todo, com


conscientização concreta nas aldeias.

10º ponto:

Por fim, e não menos pior, os Governadores dos estados que compõem a Floresta Amazônica
em solo brasileiro, vão enviar uma carta para a COP30 exigindo total autonomia do Executivo
na forma como esses estados atuam na Amazônia.

Querem que o executivo e toda a sua abrangência não influencie nas decisões desses estados.

É uma etapa de entrega do território brasileiro. Uma atuação de lesa-patria. “É que se aparecer
mais um Bolsonaro, nós podemos cuidar da Amazônia”... . .. . . . .
Daqui alguns dias, subo o rio para a aldeia Kassawá, AM.

Um esboço do trajeto que deve ser feito para chegar até a aldeia.
Até chegar à aldeia, dormirei em outras aldeias que existem por meio do caminho.

Uma mistura de nervosismo e empolgação!

0832abaf17

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