É incrível que os acidentes de trânsito no Brasil nunca tenham tido
um tratamento preventivo à altura dos males que causam. São cerca de
40 mil vidas perdidas por ano, o que, por si só, já deveria ser uma tragédia, especialmente para as famílias que perdem seus entes queridos. Como podemos ver no gráfico a seguir, as taxas de morte continuam altas ao longo dos anos.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS),
cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem, no mundo, por ano em acidentes de trânsito, e desse total metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas. São Paulo é o Estado com maior número de óbitos no trânsito e dirigir alcoolizado é a segunda maior causa. Pensando em diminuir o número de acidentes, foi publicada no ano passado a Lei Ordinária 13.546, do Código de Trânsito Brasileiro, que aumenta a punição para o motorista que causar morte dirigindo alcoolizado. Dirigir alcoolizado é a segunda maior causa de morte no trânsito. Um homem morreu e outras duas pessoas ficaram feridas em uma batida entre um carro e duas motos em Paraty (RJ). O acidente aconteceu na noite de quinta-feira (3), no km 562 da Rodovia Rio-Santos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista do carro perdeu o controle da direção na altura do bairro Graúna. Ele invadiu a faixa contrária e atingiu as duas motos. O motorista do carro fez o teste do etilômetro, que confirmou o uso de bebida alcoólica. Ele foi levado para a delegacia e foi preso por embriaguez.
Dirigir alcoolizado é a segunda maior causa de morte no trânsito.
No caso de ingerir álcool antes de dirigir algum veículo, o mesmo pode diminuir a atividade do cérebro, alterando a ação de neurotransmissores, como o ácido gama-aminobutírico, o glutamato e a serotonina. Conforme a pessoa ingere a bebida, o organismo reage de uma determinada forma, seguindo alguns estágios. Quando a concentração de álcool no sangue é baixa, o indivíduo tende a ficar desinibido, relaxado e eufórico. À medida que essa quantidade aumenta, outras reações aparecem, como lentidão dos reflexos, problemas de atenção, perda de memória, alterações na capacidade de raciocínio e falta de equilíbrio, assim os deixando mais propensos a algum acidente. As principais causas do acidente de trânsito são: Posição Causas Números de acidentes 1 Falta de atenção 24.102 2 Desobediência à sinalização 9.219 3 Velocidade incompatível . 5.878 4 Ingestão de álcool. 5.434 5 Defeito mecânico em veículo 3.748 6 Não guardar distância de segurança 3.617 7 Dormindo. 2.109 8 Animais na Pista. 1.405 9 Ultrapassagem indevida. 1.081 10 Defeito na via 966
Os prejuízos de todo tipo causados por essa verdadeira doença: a
falta de segurança no trânsito brasileiro. É por isso que o Observatório Nacional de Segurança Viária, o ONSV, com o apoio de entidades e empresas, como a Anfavea e a Honda, realiza em maio de cada ano o Maio Amarelo. Um mês inteiro para discutir e conscientizar sobre o problema. Apontar o motorista como o maior responsável pelos acidentes é fácil no Brasil, um país onde as pessoas carregam crianças e animais soltos no carro, não usam cinto de segurança, bebem e dirigem, fazem ultrapassagens proibidas e toda sorte de barbaridade ao volante. Dirigir de modo responsável já faria com que os acidentes caíssem drasticamente no país, No caso de um acidente de carro, além do óbito, pode ocorrer traumatismo craniano, também a quebra diversos ossos, como a caixa torácica, o pescoço, a costela, etc. Principalmente sem o uso de cinto de segurança, a pessoa dentro do carro pode receber um impacto tão grande que pode causar a sua morte facilmente
Algumas das lesões mais comuns em acidentes de trânsito são:
Traumatismo craniano: são fraturas causadas no crânio, estrutura óssea que protege, entre outras estruturas, o cérebro. Dependendo da intensidade da batida, as lesões podem ser graves e, às vezes, até irreversíveis. Fratura exposta: Com o impacto da batida, tecidos do corpo como os músculos e a pele podem arrebentar e o osso fica exposto. Este tipo de fratura possui um grau de gravidade mais elevado por dois motivos principals: o tempo de recuperação é maior porque mais tecidos foram envolvidos e as fibras musculares rompidas. O outro motivo é o elevado risco de contaminação e infecção dos tecidos devido a exposição ao meio externo. Hemorragia interna: Este tipo de lesão ocorre quando há sangramento interno por rompimento capilar ou venoso. Porém, devido à adrenalina envolvida nos acidentes de carro, é comum que muitas vezes, a pessoa nem sinta o ferimento. Outro motivo é que, por ser interna, não é aparente e pode não ser dada a atenção necessária no momento mais critico, minutos depois do acidente. Portanto, esses sangramentos são considerados os mais graves, pois caso não sejam identificados e tratados imediatamente, a vitima pode sangrar até a morte sem perceber ou, quando perceber, pode não mais ser possivel reverter o caso. Fratura na bacia: A bacia é o nome dado a porção óssea da pelve: Devido à posição "sentado" no banco do carro, há uma pressão elevada nos quadris e a região da pelve pode ser afetada. Essa parte do corpo pode apresentar inchaço e hematoma, bem como na região genital. Esse tipo de fratura é muito comum em acidentes de carros em alta velocidade. Ela pode causar hemorragia interna, o que pode ser fatal em poucas horas. Fratura na coluna vertebral: Esse tipo de fratura pode lesionar a espinha dorsal, o que pode causar sérias sequelas, muitas vezes irreversíveis, como perda do controle da bexiga e do intestino, perda de movimentos de todos ou alguns membros do corpo e perda ou significativa redução na sensibilidade tópica. Diante do que foi exposto, podemos afirmar que o maio amarelo é fundamental para uma maior conscientização de todos