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a questão deve ser considerada como um problema nacional de saúde pública encorajado pela
grande quantidade da oferta e pelo baixo preço dos produtos. As consequências para
sociedade angolana são inúmeras podendo a condicionar o desenvolvimento do país.
Para alguns cidadãos consumir bebidas alcoólicas todos os dias e em grandes quantidades
passou a ser normal, seja em ambientes festivos, momentos de lazer\recreação ou mesmo no
seu local de trabalho. Nem mesmo o perigo de contrair uma doença grave em consequência
do exagero na ingestão de álcool constitui um obstáculo.
resulta em desestruturação de muitas famílias e a degradação dos valores morais que norteia
a socieade.
O Jurista M´bote André salienta que do ponto de vista legal o ilícito cível ou criminal cometido
sob influência de bebidas alcoólicas não constitui razão para se retirar a responsabilidade
criminal a quem terá eventualmente cometido um púnível pela lei. O indivíduo responde na
mesma por este facto. As normas rodoviárias tipificam como contravenção a condução sob
forte influencia do álcool, disse o Jurista.
A idade legal para consumo de bebidas feitas a base de álcool é uma questão muito discutida,
e varia de país para país dependendo do local onde o consumo é efectuado ou se a pessoa está
acompanhada por um adulto, entre outras condições.
Em Angola é proibida apenas a venda à menores, mas nada está regulamentado sobre a idade
para o consumo de bebidas alcoólicas diferente de países como Namíbia, Africa do Sul e
Zimbabwe onde só a partir dos 18 anos o indivíduo está autorizado a consumir determinadas
espécies de bebidas alcoólicas.
O Jurista M´bote André entende ser urgente a criação de normas jurídicas que ponham cobro
a esta situação, mas explica que a solução do problema não passa apenas pela legislação que
regula a venda e o consumo de álcool. O imde toda sociedade para por cobro a situação, na
medida em que este fenómeno resulta da ausência de ocupações dos tempos livres de muitos
cidadãos. M´bote defende a criação de mais espaços de lazer, recreação, actividades culturais
e desportivas.
Alguns jovens consumidores de bebidas alcoólicas sabem das consequências, mas nem por isso
conseguem largar o vício e pegar um novo rumo para vida. Porém à nossa reportagem
prometeram colocar um “basta” no consumo de álcool.
Constumam a me dizer que bebida dá cabo do fígado e da pele da pessoa fica toda danificada,
disse um dos entrevistados. Mas o conselho que eu deixo para os outros é que param de
beber, frisou um outro nosso interlocutor.
Por sua vez a Revista Exame, na sua edição 26, revelou que nos últimos cinco anos, investiu-se
cerca 700 milhões de dólares em quatro novas fábricas de cerveja e em breve, haverá mais
quatro em Luanda. Bebe-se,segundo estimativas, 9 milhões de hectolitros de cerveja por ano,
sendo 7500 fabricados no nosso país e 1500 provenientes do exterior .
A actual geração consome mais cerveja em relação aos outros tipos de bebidas alcoólicas e
têm como preferência a proveniente da CUCA, Companhia União de Cervejas de Angola, a
detentora das marcas nacionais Nocal, Eka, 33 Ex port e Tchizo, e internacionais Castel e
Doppel Munich (preta) .
Fazendo recurso as estatísticas de Setembro de 2013, Adrino Martins assegurou que o país
gastou perto de quatrocentos milhões de dólares na impoprtação de bebidas.
Para o Jurista M´bote André o consumo excessivo de bebidas está ligado a sua oferta e ao
preço praticado na venda. Para ele o negócio é rentável, mas prejudicial para muitos usuários
que vêm a sua esperança de vida reduzida. Mbote olha para a questão como um problema de
saúde pública que requer a intervenção não apenas do Executivo´, mas dos vários actores
sociais: escolas, igrejas e organizações não governamentais.