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LUTA AO TABAGISMO

Mais de oito milhões de pessoas morrem por ano devido ao tabaco

Massoxi Paxe

Mais de oito milhões de pessoas morrem por ano devido ao tabaco, segundo dados
apresentados, ontem, em Luanda, na Conferência Nacional sobre Políticas e Estratégias do
Comércio, Consumo e Combate ao Tabaco em Angola.

De acordo com a Secretária de Estado para a Cultura, Maria da Piedade, que proferiu o discurso
de abertura da Conferência Nacional sobre Políticas e Estratégias do Comércio, Consumo e
Combate ao Tabaco em Angola, decorrido sob lema " Todos na Luta Contra o Tabaco", em
Angola o uso do tabaco vai crescendo, conforme indica o relatório do INE, feito em 2018, com
principal incidência entre menores de 15 anos ou mais, cuja a percentagem ronda cerca de 14,3
% do consumo total. Além disso, também é referido que 9% dos homens e 1% das mulheres
fumam diariamente, sendo que 1,8% de homens e de mulheres estão na faixa etária dos 15 aos
49 anos.

Angola tem registado avanços contra o tabaco, com a realização de acções eficazes que visam
combater o uso deste produto comercializado.

Para a Secretária de Estado para a Cultura, Angola deve visar a criação de programas de
políticas de combate ao tabaco, acelerar a continuidade da adopção e a implementação de leis e
políticas de controle do tabaco, já aplicadas no nosso país, bem como incentivar a partilha de
boas práticas como membro da Convenção Quadro da OMS.

"A epidemia do tabaco é uma das ameaças à saúde pública que o mundo já enfrentou, sendo
responsável pela morte de mais de oito milhões de pessoas por ano, mais de 7 milhões dessas
mortes são resultado do uso directo do tabaco, enquanto que, cerca de 1, 2 milhões de mortes
são resultado de não-fumadores passivos", disse.

Quase 80% dos mais de um mil milhões em todo mundo, vivem em países de media e baixa
renda, onde a carga de doenças e mortalidade relacionada é a mais chegada.

Para o representante da OMS, no certame, e especialista em Doenças Tropicais Negligenciadas,


Nzuzi Katendi, os riscos ambientais contribuem para uma carga global de doenças e ameaça a
saúde da população mundial. Cerca de 24 % das mortes no mundo são atribuídas aos riscos
ambientais e poderia em certas medidas serem evitadas.

O especialista defendeu que a melhoria da qualidade do meio ambiente pode evitar doenças,
favorecer à saúde hormonal, como impacto directo na redução de até 20% de casos de acidentes
vasculares cerebral, 21% de cancro, 55% de infecções respiratória, 61% de doenças diarreicas e
40% dos acidentes de viação.

O representante da OMS sugeriu os Estados a redobrarem os esforços para controlarem o


tabagismo adoptando e aplicando políticas que promovam o aumento dos impostos a substância,
a abolição da promoção do tabagismo, o apoio aos produtores de tabaco a mudar para cultura
sustentável, bem como a garantia do tratamento adequado à dependência do tabaco, fiscalizando
de forma actuante as leis, por forma a evitar o consumo em espaços públic
A Responsável da área de Promoção da Saúde da Direcção Nacional de Saúde e coordenadora
do evento, Josete Sousa, salientou que, as doenças não transmissíveis em Angola representam
cerca de 70% das causas de óbitos, entre elas o cancro, , as doenças respiratórias e
cardiovascular.

A coordenadora do evento fez saber também, que desde o período de 2016, desde a adesão à
"Convenção sobre o Tabaco", Angola tem estado a implementar medidas e políticas, bem como
combater a problemática do consumo do tabaco.

A Josete Sousa, destacou, ainda que, os objectivos da conferência é contribuir para a reeducação
do consumo e controle do tabaco, desenvolvendo acções, políticas e medidas de combate ao uso
do tabaco.

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