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SEMINÁRIO DE MEDICINA E COMUNIDADE V

TABAGISMO
André Colodette; Cassius Herrera; Fernando Almeida; Filipe Mendes; Gabriel Brito; Gabriela Gazzinelli; Isadora
Mund; Jairo Ferreira; Pedro Enrico Sant’Anna; Pietra Nóbrega; Rodrigo Correa; Victória Pagung
INTRODUÇÃO
● O tabagismo, antes visto como um estilo de vida, atualmente é reconhecido como uma doença crônica
causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco;
● Integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais em razão do uso de substância psicoativa
(Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - CID-10);
● Existem várias formas de consumo do tabaco e todas são nocivas à saúde: cigarro, charuto, cachimbo,
narguilé, rapé e uso oral do tabaco – tabaco sem fumaça (moído e mascado)
● Maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo (segundo a OMS);
● É fator de risco para 6 das 8 principais causas de morte no mundo (doença isquêmica do coração, AVC,
infecção respiratória baixa, DPOC, TB, câncer de sistema respiratório) e mata 1 pessoa a cada 6s (OMS, 2008)
● Há uma tendência de queda na prevalência de tabagistas na população brasileira nas últimas décadas,
podendo ser explicada como consequência de uma série de ações macrorregulatórias, que visam reduzir a
atratividade do cigarro
INTRODUÇÃO
● A cessação do tabagismo antes dos 40 anos está associada a um maior declínio de mortalidade prematura;
● O benefício de parar de fumar acontece mesmo após o desenvolvimento de doenças relacionadas ao cigarro,
como doenças cardiovasculares
(DCV) e DPOC;
● Após 16 anos de abstinência, de um
indivíduo que cessou o hábito antes dos
50 anos, provoca redução de 50% no
risco de morte por doenças relacionadas
ao tabagismo
○ O risco de morte por câncer de
pulmão sofre redução de 30% a
50% em ambos os sexos após 10
anos sem fumar (INCA, 2001). Fonte: Vigitel Brasil 2006 a 2018: Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças
Crônicas por Inquérito Telefônico
TABAGISMO PASSIVO
● Conceito: consiste na inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro, charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros
produtores de fumaça) por indivíduos não fumantes que convivem com fumantes em ambientes fechados. A
fumaça dos derivados do tabaco é denominada poluição tabagística ambiental (PTA).

● Efeitos deletérios da exposição à PTA não se limitam aos efeitos de curto prazo, como irritação nasal, ocular e na
garganta, cefaleia, náusea, vômito e tosse. Estudos de meta-análise mostram que pessoas expostas
cronicamente à PTA têm risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de desenvolver DCV do
que as não expostas.

● O tabagismo passivo já é a terceira maior causa de morte evitável no mundo, atrás apenas de tabagismo ativo e
alcoolismo.

● A fumaça expelida contém, em média, 3x mais nicotina, 3x mais monóxido de carbono e até 50x mais
cancerígenos do que a que entra na boca do fumante após passar pelo filtro do cigarro.
TABAGISMO PASSIVO
● Estima-se que 1/3 dos adultos e 40% das crianças, no mundo, estão expostos. Crianças, por terem a frequência
respiratória mais elevada que o adulto, são mais vulneráveis aos efeitos, principalmente porque muitas já
convivem com a fumaça do cigarro desde a vida intraútero. As evidências são suficientes para inferir a relação
causal entre tabagismo passivo e síndrome da morte súbita infantil e baixo peso ao nascer, além do aumento dos
problemas respiratórios na infância (asma, rinite, pneumonias, otites).

● Os dados do Vigitel apontam que 13,3% dos brasileiros não fumantes moram com pelo menos uma pessoa que
costuma fumar dentro de casa. Além disso, 12,8% das pessoas que não fumam convivem com ao menos um
colega que fuma no local de trabalho.
ABORDAGEM
● Aconselhamento breve está indicado para todos os pacientes tabagistas
● Inclui perguntar, avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar o paciente para que deixe de fumar
● Pode ser realizado por qualquer profissional de saúde
TESTE DE FAGERSTRÖM

● Mede o grau de dependência a nicotina e, portanto,


identifica pacientes com maior chance de apresentar
sintomas de abstinência;
● Auxilia na tomada de decisão sobre o tratamento
farmacológico a ser oferecido;
● Fornece uma medida quantitativa de 0 a 10 pontos; na
medida em que, quanto maior o escore obtido, maior o
grau de dependência física
AVALIAÇÃO QUALITATIVA

● A Avaliação Qualitativa busca identificar em quais situações o fumante usa o cigarro,


relacionando-se não só com a dependência física mas também com a dependência psicológica e
o condicionamento.
● No Brasil o instrumento usado é a Escala de Razoes para Fumar Modificada.
● A escala pode ser usada na primeira abordagem e, também, como instrumento de
acompanhamento do processo do usuário após algumas intervenções.
● As razões para fumar são agrupadas em nove fatores principais, sendo eles: dependência,
prazer de fumar, redução da tensão, estimulação, automatismo, manuseio, tabagismo social,
controle de peso e associação estreita.
TABAGISMO E ALGUMAS DOENÇAS

● Um dos maiores fatores de risco para as doenças cardiovasculares (DCV) e a maior causa de
doença coronariana. DCV é a causa de morte mais comum entre fumantes
● Mais de 20 cigarros por semana aumenta em até 5 vezes o risco de morte súbita.
● Mulheres tabagistas + anticoncepcionais orais = 10 vezes mais chance de ter IAM, TEP e
tromboflebite.
● Papel de fator de risco na HAS, eleva a pressão por até 2 horas (em geral 20 minutos) após o uso.
● Aumentam a resistencia a drogas anti-hipertensivas.
● O tabagismo tem relação com vários tipos de câncer é responsável por cerca de 90% das mortes
por câncer de pulmão.
INTERVENÇÕES
● A dependência da nicotina compreende três componentes:
○ Dependência física: pode causar síndrome de abstinência.
○ Dependência psicológica: sensação de ter o cigarro como um apoio ou mecanismo de
adaptação para lidar com diversas situações.
○ Condicionamento: associações habituais com o ato de fumar (ex: fumar e tomar café).

● As estratégias usadas para o tratamento para cessação do tabagismo podem ser divididas em
intervenções psicossociais e tratamento medicamentoso. As intervenções psicossociais incluem
aconselhamento, materiais de autoajuda e abordagem cognitivo-comportamental.
INTERVENÇÕES

● Entrevista Motivacional: um diálogo entre usuário e profissional da Saúde, que por meio de
estratégias bem definidas, traz o indivíduo para o foco do tratamento em questão. Possui quatro
orientadores - (1) resistir ao reflexo de consertar as coisas; (2) entender e explorar as motivações
do usuário; (3) escutar com empatia e (4) fortalecer o usuário, estimulando a esperança e o
otimismo.

● Método clínico centrado na Pessoa: são identificados seis componentes inter-relacionados: 1)


explorar a doença e o adoecimento; 2) compreender a pessoa como um todo; 3) negociar um
terreno comum; 4) incorporar prevenção e promoção; 5) incrementar a relação médico-paciente;
6) ser realista.
INTERVENÇÕES
Método clínico centrado na Pessoa:
INTERVENÇÕES
● Abordagem Cognitivo-comportamental:
○ O acompanhamento para cessação do tabagismo embasa-se principalmente na abordagem
cognitivo-comportamental, que combina intervenções cognitivas com treinamento de habilidades
comportamentais. Os dois principais componentes dessa abordagem são: (1) detecção de situações de risco de
recaída e (2) desenvolvimento de estratégias de enfrentamento.
○ Estudos demonstraram que a combinação do aconselhamento com uso de medicamentos foi mais efetivo que a
utilização de um deles de forma isolada
○ As abordagens para cessação de tabagismo são classificadas como (1) Mínima (ou Breve), (2) Básica ou (3)
Intensiva, a partir do tempo investido no contato entre a pessoa e o profi ssional de saúde – respectivamente
menor que 3 minutos, entre 3 e 10 minutos, e maior que 10 minutos.
■ A abordagem mínima é resumida no mnemônico PAAP: perguntar e avaliar, aconselhar e preparar o fumante para a
cessação, sem haver um acompanhamento posterior.
■ A abordagem básica é resumida no mnemônico PAAPA: perguntar e avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar.
INTERVENÇÕES
● A abordagem intensiva (também denominada específica) é definida como o contato profissional-usuário
superior a 10 minutos de duração para cada encontro. Mnemônico PAAPA: Perguntar, avaliar, aconselhar,
preparar e acompanhar sistematicamente.
○ Pode ser realizada individualmente ou em grupo.
○ Abordagem individual (16,8%) possui uma taxa de cessação discretamente maior que a em grupo (13,9%)
○ A abordagem em grupo pode trazer uma melhor relação custo/efetiva, uma vez que um mesmo
profissional trata um maior número de pessoas de uma vez.
○ O tempo ideal é de 90 minutos, não há evidência que o aumento do tempo aumente substancialmente as
taxas de cessação do tabagismo.
○ Há uma forte dose-resposta entre o número de sessões e a efetividade do tratamento, sendo o mínimo de
4 sessões para se ter bons resultados.
ORGANIZANDO UM GRUPO PARA CESSAÇÃO DO
TABAGISMO:

● A organização de grupos para cessação de tabagismo proposta pelo Consenso de Abordagem e


Tratamento do Fumante (2001) e adotada no Caderno de Atenção Básica é de quatro sessões
estruturadas de duração de 90 minutos cada, com periodicidade semanal.

● O caderno sugere que cada grupo seja conduzido por dois profissionais, para que, enquanto um
exerce a função de coordenador, o outro desempenha o papel de observador. O papel do
coordenador do grupo não é o de um professor e não há a necessidade de que seja especialista
em todos os aspectos do tabagismo.

● Cada profissional e equipe devem adaptar o método à sua realidade e às necessidades da sua
comunidade: pode ser necessário aumentar o número de sessões ou condensar as sessões, para
garantir mais acesso.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
● O tratamento medicamentoso aumenta significativamente as chances de o fumante alcançar a
cessação completa, mas desempenha um papel auxiliar no acompanhamento do indivíduo.
● O uso de fármacos aumenta de duas a três vezes a chance de sucesso de acordo com a medicação
prescrita (U.S. DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES, 2008)
● CANDIDATOS APTOS:
○ + mais 20 cigarros/dia ou
○ primeiro cigarro do dia até 30 minutos após acordar e que fuma no mínimo dez cigarros/dia ou
○ teste de Fagerström maior do que 5 ou
○ já tentou parar de fumar somente com abordagem cognitivo comportamental; sem êxito devido a
sintomas de abstinência.
○ Necessário que não existam contraindicações ao medicamento.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
● Inicialmente: monoterapia.
● Escolha do fármaco: disponibilidade, segurança, preferências e custo.

● Goma de mascar de nicotina (2 e 4 mg):


○ contraindicada em pacientes com arritmias e angina grave.

● Adesivo de nicotina (7, 14 e 21 mg):


○ quando a dependência muito alta.

● Bupropiona:
○ iniciada uma semana antes da data programada para cessação.

● Vareniclina:
○ Alto custo.
POSTURA DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

● O sucesso do tratamento está ligado à interação que se estabelece entre o usuário, a equipe profissional e o apoio
sociofamiliar. Os seguintes aspectos relacionados a atitudes e posturas do profissional de saúde são fundamentais
durante todo o tratamento:
○ Acolhimento e Empatia;
○ Estimular a Mudança de Atitude;
○ Sempre Informar o Usuário sobre a realidade da sua dependência;
○ Estimular que o usuário defina uma meta de parada (DIA D);
○ Alertar o usuário sobre os riscos da recaída;
○ Destacar que é importante que o usuário permaneça fazendo acompanhamento;
○ Havendo recaída, o profissional não deve se sentir fracassado, e sim entender as dificuldades da manutenção da
abstinência devido à síndrome de abstinência e, a partir, daí estimular o usuário a tentar novamente.
CASO FICTÍCIO

População adulta sedentária, com poucos espaços para lazer e atividade física; sobrepeso de 56%
em adultos de 18 a 59 anos; tabagismo entre jovens; baixo consumo de alimentos naturais, vegetais,
legumes e frutas; baixa escolaridade e 89% SUS dependente; aumento do registro de morte
violenta;e alto índice de desemprego na população adulta.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO
DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

● Foi elaborado pelo Ministério da Saúde e visa promover o desenvolvimento e a implementação de


políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o
controle das DCNT e seus fatores de risco e apoiar os serviços de saúde voltados às doenças crônicas
● Aborda os quatro principais grupos de doenças crônicas não transmissíveis (circulatórias, câncer,
respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de risco em comum modificáveis (tabagismo, álcool,
inatividade física, alimentação não saudável e obesidade)
● Foram estabelecidas algumas metas, dentre as quais está a redução do tabagismo
● Possui 3 eixos:
○ Vigilância, informação, avaliação e monitoramento
○ Promoção de Saúde
○ Cuidado integral
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO
DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

● Vigilância, informação, avaliação e monitoramento: são compostos por


○ Monitoramento dos fatores de risco
○ Monitoramento da mortalidade e morbidade
○ Resposta do sistema de saúde
Com isso, foi formulada três principais ações para a vigilância
1) Realizar pesquisa nacional de saúde: temas como acesso ao serviço de saúde e sua utilização, morbidade,
fator de risco, etc.
2) Estudo sobre o DCNT: análises sobre morbidade e realizar inquéritos sobre desigualdade na saúde
(população vulnerável), intervenção em saúde e custos do DCNT.
3) Portal para o plano do DCNT: sistema de gestão em DCNT e criar um portal para monitorar e avaliar a
criação do referido plano.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO
DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

● Promoção de Saúde
○ Foram definidas ações envolvendo diversas parcerias
○ Atividade física: Programas Academia da Saúde e Saúde na
Escola, Praças do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), Espaços Urbanos Saudáveis e Campanhas de
Comunicação
○ Alimentação Saudável: Programa Nacional de Alimentação
Escolar, parcerias com a indústria para redução de sal e açúcar
○ Envelhecimento Ativo: Incentivo aos idosos prática da
atividade física regular, criação de programas para formação
do cuidador da pessoa idosa e com condições crônicas.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO
DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

● Promoção de Saúde
○ Tabagismo
a. Adequação da legislação nacional que regula o ato de fumar em recintos coletivos: ampliação das
ações de prevenção e de cessação do tabagismo
b. Fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos produtos
derivados do tabaco, com o objetivo de reduzir o consumo.
c. Fortalecimento das ações educativas voltadas à prevenção e à redução do uso do tabaco, pelo
programa 'Saúde na Escola'.
PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS PARA O ENFRENTAMENTO
DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

● Cuidado Integral
○ Linha de cuidado de DCNT: definição e implementação de protocolos e diretrizes clínicas das DCNT com
base em evidências de custo-efetividade, vinculando os portadores ao cuidador e à equipe da Atenção
Primária, garantindo a referência e contrar-referência para a rede de especialidades e hospitalar, e
favorecendo a continuidade do cuidado e a integralidade na atenção.
○ Capacitação e Telemedicina: Capacitação das equipes da Atenção Básica em Saúde, expandindo
recursos de telemedicina, segunda opinião e cursos a distância, qualificando a resposta às DCNT.
○ Medicamentos gratuitos
○ Aperfeiçoamento do rastreamento do câncer do colo do útero e de mama
○ Programa Saúde Toda Hora: Atendimento de Urgência, Atenção domiciliar, Unidades Coronarianas e
de AVE
TABAGISMO NO ESTADO
● O tratamento ao fumante é ofertado em 52 municípios capixabas, por meio de uma equipe
multidisciplinar. O paciente que procura a unidade de saúde municipal participa das sessões em grupo e
dependendo do grau de dependência é disponibilizada a medicação (adesivos, gomas, pastilhas e
bupropiona).

● Em Vitória todas as 29 unidade de saúde estão aptas a realizar ações para enfrentar o tabagismo em
dois eixos: na prevenção e no tratamento dos tabagistas, com a oferta de Grupos de Apoio Terapêutico
ao Tabagismo (GATT).

● Dados de 2018: 516 pessoas buscaram ajuda nas unidades de saúde de Vitória. Dessas, 165 participaram
do tratamento, que pode ser feito em sessões de abordagem intensiva individual ou no GATT. No total,
90 pessoas deixaram de fumar após participar do grupo, o que representa um percentual de 60% na
taxa de cessação.
VIGILÂNCIA
● Os três componentes essenciais da vigilância de DCNT são:
a) Monitoramento dos fatores de risco;
b) Monitoramento da morbidade e mortalidade das DCNT;
c) Monitoramento e avaliação das ações de assistência e promoção da saúde.

● TABAGISMO- FATOR DE RISCO:


○ Permanece como líder global entre as causas de mortes evitáveis.
○ Mudança epidemiológica: Brasil tem-se destacado como o país que vem reduzindo
progressivamente a prevalência de tabagismo, Em 1989, a prevalência de fumantes era de
34,8%; em 2003, foi de 22,4%; em 2008, reduziu para 17,2% na população de 15 anos ou
mais. Por região, o maior valor foi encontrado na região Sul (16,1%); e por UF a maior
prevalência foi no estado do Acre com 19,3%.”
VIGILÂNCIA
● Dados da última edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada em 2015,
mostraram que 5,6% dos estudantes do 9º ano relataram ter fumado cigarro nos 30 dias
anteriores à entrevista. O percentual foi menor na região Nordeste (4,0%), e similar nas demais
regiões, variando de 6,0% no Sudeste a 7,0% no Sul.

● Quanto à experimentação de cigarro, 18,4% dos adolescentes referiram já ter fumado alguma vez
na vida. Essa prevalência foi maior na Região Sul (24,9%) e menor na região Nordeste (14,2%).

● A análise dos dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por
Inquérito Telefônico (VIGITEL) é de suma importância para entender o tabagismo como fator de
risco.
VIGILÂNCIA

FUMANTES PASSIVOS NO LOCAL DE TRABALHO


● HOMENS
○ Maiores frequências: Observadas em Rio Branco (15,5%) e
Recife (15,2%).
○ Menores frequências: Observadas em Vitória (5,9%) e
Florianópolis (6,2%).
● MULHERES
○ Maiores frequências: Observadas em Belo Horizonte (6,4%) e
no Distrito Federal (5,9%).
○ Menores frequências: Observadas em Palmas (1,9%), Fortaleza
e Vitória (2,5%).
● No panorama geral Vitória aparece como a capital de menor
porcentagem de adultos fumantes passivos no local de trabalho
com 4,1%. Fonte: Vigitel Brasil 2018: vigilância de fatores de risco e proteção para
doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.
METAS
● Redução de 35% da prevalência de fumantes nas capitais brasileiras nos últimos 10 anos.

● O Brasil foi um dos países que conseguiu cumprir as metas da OMS em relação ao
tabagismo, tais como:
1. Monitoramento de políticas de uso e de prevenção do
tabaco;
2. Proteção dos fumantes passivos;
3. Oferecimento de tratamento para quem deseja parar
de fumar;
4. Divulgação dos perigos de se fumar;
5. Proibição de publicidade, promoção e patrocínio do
tabaco;
6. Aumento de impostos sobre o produto.
REFERÊNCIAS
● Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo. Link: https://saude.es.gov.br/tabagismo
● CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA. O Cuidado da Pessoa Tabagista. 2015.
Link: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/caderno_40.pdf
● MALTA, Deborah Carvalho; MORAIS NETO, Otaliba Libânio de e SILVA JUNIOR, Jarbas Barbosa da.
Apresentação do plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não
transmissíveis no Brasil, 2011 a 2022. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2011, vol.20, n.4,
pp.425-438. ISSN 1679-4974. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742011000400002
OBRIGADO!
André Louzada Colodette Isadora Mund
andre.colodette@gmail.com isadoramund@gmail.com

Cassius Herrera Jairo Ferreira de Farias Junior


cassiusherrera2768@gmail.com jairoffjr@gmail.com

Fernando Almeida Lima Júnior Pedro Enrico Cyprestes Sant’Anna


fernandoalimajunior@gmail.com pedroenrico0400@gmail.com

Filipe Toribio Mendes Pietra Luciene Nóbrega


filipe.tmendes85@gmal.com pietranobrega2@gmail.com

Gabriel Barroso Silva Brito Rodrigo Correa Silveira


gabrielbsale@gmail.com correarodrigo05@gmail.com

Gabriela Seguro Gazzinelli Victória Pagung


gabrielasgazzinelli@gmail.com pagungvictoria@gmail.com

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