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FACULDADE DE ENFERMAGEM

UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

NAYANE TRENTO RIBEIRO

CADERNO DE ROTEIROS PARA CONSULTA DE ENFERMAGEM

Professora. Elaine Miguel Delvivo Farao


Professora. Camila Lima Martins

JATAÍ - GO
2022
1.TABAGISMO

 O tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à


nicotina presente nos produtos à base de tabaco. De acordo com a Revisão da
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
[CID-11], ele integra o grupo de "transtornos mentais, comportamentais ou do
neurodesenvolvimento" em razão do uso da substância psicoativa (WHO, 2022). Ele
também é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces
em todo o mundo (Drope et al, 2018).

• Anamnese

• História tabagística

• Idade de início

• Número de cigarros fumados por dia

• Tentativas de cessação

• Tratamentos anteriores com ou sem sucesso

• Recaídas e prováveis causas

• Sintomas de abstinência

• Exposição passiva ao fumo

• Convivência com outros fumantes (casa/trabalho)

• Fatores associados (café, consumo de bebida alcoólica)

• Sinais e sintomas associados ao uso de tabaco

• Doenças prévias e atuais

• Medicamentos em usos

• Alergias

• Antecedentes familiares

• Avaliação do grau de dependência

• Teste de Fagerström para a dependência de nicotina


• Avaliação do grau de motivação para a mudança

• Modelo Prochaska e DiClemente

O rastreamento para tabagismo deve ser realizado em todos os adultos é realizado


através de um questionamento o “Questionário de Tolerância de Fagerström” por ser de
aplicação rápida e fácil, e fornecer um bom panorama sobre o quão dependente da
nicotina é o usuário. Além disso, auxilia na previsão dos usuários que precisarão de
tratamento auxiliar para o controle da síndrome de abstinência ao deixarem de fumar.

1. Quanto tempo após acordar você fuma seu primeiro cigarro?

1) Dentro de 5 minutos

2) Entre 6 e 30 minutos

3) Entre 31 e 60 minutos

4) Após 60 minutos

2. Você acha difícil não fumar em locais onde o fumo é proibido (lugares fechados, em
geral)? 1) Sim

2) Não

3. Qual o cigarro do dia que lhe traz mais satisfação (ou que mais detestaria deixar de
fumar)? 1) O primeiro da manhã

2) Outros

4. Quantos cigarros você fuma por dia?

1) 10 ou menos
2) 11 a 20

3) 21 a 30

4) 31 ou mais

5. Você fuma mais frequentemente nas primeiras horas após acordar do que no resto do
dia?

1) Sim

2) Não

6. Você fuma mesmo estando doente a ponto de ficar na cama a maior parte do tempo?

1) Sim

2) Não

TRATAMENTO

O tratamento do tabagismo envolve abordagem psicossocial incisiva. Deve-se ter


consciência que a maior parte dos tabagistas não irão cessar o hábito na primeira
tentativa, e que muitos dos que iniciam o tratamento terão a primeira recaída logo nos
primeiros dias sem o tabaco. Por isso é fundamental que seja dada especial atenção aos
usuários que expressam desejo de parar de fumar mais ainda não marcaram data para
fazê-lo (fase contemplativa). Nesse momento, devem ser enfatizadas as
recompensas/vantagens de se parar de fumar, bem como os riscos/desvantagens de se
continuar fumando. A partir da cessação do hábito de fumar, em várias ocasiões o
tabagista enfrentará momentos de fissura, identificados como um mal-estar e sensação
súbita de voltar a fumar. É fundamental que o fumante conheça algumas medidas
simples para controle/minimização desse quadro. Alguns destes podem ser encontrados
no quadro abaixo.
Além do manejo psicossocial, o enfermeiro poderá realizar o manejo farmacológico
para aliviar os sintomas da síndrome de abstinência através da reposição de nicotina,
que pode ser encontrada em três formas, todas contendo nicotina: adesivo, goma de
mascar e pastilha. É importante lembrar que o paciente deve parar de fumar ao iniciar a
terapia de reposição de nicotina (TRN). Para a prescrição da TRN pelo enfermeiro, as
seguintes condições devem ser satisfeitas:

 O paciente deve ser maior de 18 anos;

 Não ser gestante ou estar amamentando (encaminhar para médico se a paciente não
conseguir parar de fumar apenas com abordagem psicossocial);
 Se o paciente for idoso (> 60 anos), não deve ter doenças cardiovasculares
(encaminhar para atendimento médico, nesse caso);

 O enfermeiro deve prover, além do manejo farmacológico, manejo psicossocial a cada


encontro (seja em grupo ou individualmente) uma vez que o uso de medicação não é
substitutivo ao aconselhamento.

a) Adesivo de nicotina (7 mg, 14 mg e 21 mg): Os adesivos de nicotina são os mais


indicados pois fornecem uma liberação lenta da substância no organismo,
simulando o nível de nicotina no organismo proporcionado pelo uso regular do
tabaco ao longo do dia. Além disso, é o método que possui menos efeitos
colaterais. Devem ser colados em local que não tenha exposição ao sol. Podem
ser deixados por 24 horas até a troca, mas também podem ser utilizados colando
o adesivo ao acordar e retirando-o ao ir dormir. A dosagem deve ser
progressivamente diminuída, a cada 4 semanas. No caso de gestantes, avaliar
necessidade e utilizar a terapia de reposição com goma de marcar (vide abaixo)
ao invés do adesivo.

Tratamento:

 Pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia, ou que pontuaram entre 8 e 10
pontos no teste de Fagerström devem fazer o tratamento por 12 semanas da seguinte
maneira:

o Semanas 1 a 4 = adesivo de 21 mg o Semanas

5 a 8 = adesivo de 14 mg o Semanas

9 a 12 = adesivo de 7 mg

 Pessoas que fumam 10 ou mais cigarros por dia, ou que pontuaram entre 5 e 7 pontos
no teste de Fagerström devem fazer o tratamento por 8 semanas da seguinte maneira:

o Semanas 1 a 4 = adesivo de 14 mg o Semanas

5 a 8 = adesivo de 7 mg

 Pessoas que fumam menos que 10 cigarros por dia, ou que pontuaram menos de 5
pontos no teste de Fagerström podem fazer o uso do adesivo de nicotina, bem como
apenas da goma de mascar e/ou pastilha (decisão compartilhada entre profissional e
usuário). No caso de uso dos adesivos, iniciar com dose de 7 mg e fazer tratamento por
até 6 semanas

b) Goma de marcar (2 mg) c) Pastilha (2 mg)


 Pacientes que fumam até 20 cigarros por dia e fumam seu 1º cigarro nos primeiros 30
minutos após acordar, utilizar goma de mascar com o seguinte esquema:

o Semana 1 a 4: 1 tablete de 2 mg a cada 1 a 2 horas o Semana

5 a 8: 1 tablete de 2 mg a cada 2 a 4 horas o Semana

9 a 12: 1 tablete de 2 mg a cada 4 a 8 horas

 Pacientes que fumam mais de 20 cigarros por dia, utilizar o seguinte esquema:

o Semana 1 a 4: 2 tabletes de 2 mg a cada 1 a 2 horas o Semana

5 a 8: 1 tablete de 2 mg a cada 2 a 4 horas o Semana

9 a 12: 1 tablete de 2 mg a cada 4 a 8 horas

É importante destacar que a abordagem ao tabagista pode ser realizada tanto em grupo
quanto individualmente (em consultório ou no domicílio), a depender de fatores como a
aceitação do usuário à dinâmica do grupo, compatibilidade de horários (período do
grupo e agenda do usuário), facilidade ou dificuldade de se comunicas perante público,
dentre outros. O grupo de tabagismo não deve ser a única forma de tratamento sob o
risco de limitar o acesso do tabagista às possibilidades de intervenção para
cessação/diminuição do uso do tabaco.

O diagnóstico de dependência química, ainda segundo a Associação Americana de


Psiquiatria, ocorre quando o usuário de qualquer droga apresenta três ou mais sintomas
listados a seguir em um ano (12 meses):

• forte desejo ou compulsão para consumir a substância;

• dificuldade de controlar o uso em termos de início, término ou nível de consumo;

• na ausência ou diminuição, surgem reações físicas, como ansiedade, distúrbio do sono,


depressão e convulsões;

• necessidade de doses maiores (tolerância);

• abandono progressivo de outros prazeres e interesses e aumento de tempo para uso ou


para se recuperar dos efeitos;

• persistência no uso, apesar das consequências (APA, 2000).

Cloridrato de bupropiona
O cloridrato de bupropiona é um antidepressivo e fármaco de primeira linha para
tratamento de cessação de tabagismo para fumantes que necessitam de auxílio
farmacológico para abandonar o hábito. A bupropiona é um antidepressivo atípico, que
também pode ser utilizado por fumantes sem história clínica de depressão, nas doses
preconizadas. Ele é um inibidor da captação neuronal de dopamina e norepinefrina,
tendo atividade dopaminérgica e noradrenérgica. Em suma, a bupropiona aumenta os
níveis de dopamina no sangue e parece bloquear os efeitos da síndrome de abstinência.
Assim, ela simula a ação da nicotina, que é dar sensação de prazer aos fumantes por
meio da liberação de dopamina. Porém, o mecanismo de ação da bupropiona para a
cessação do fumo ainda é desconhecido. É possível que o fármaco atue por meio de
vários mecanismos diferentes (HENNINGFIELD et al, 2005; FOULDS et al, 2004).
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

 Dor aguda

 Amamentação ineficaz

 Risco de infecção

 Ansiedade

 Medo

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

 Realizar o exame físico céfalocaudal e detalhado na puérpera.

 Verificar sinais vitais da paciente e registrar adequadamente no impresso.

 Reduzir sua ansiedade e medo, identificando possíveis fatores de risco, com


intervenções eficazes e específicas para cada fator de risco.

 Estimular a deambulação quando não estiver contraindicada.

 Promover a interação social e estímulo à visita de familiares.

 Orientar durante toda a internação sobre o aleitamento materno, massagem e ordenha.

 Reduzir fatores que provocam a dor na puérpera, promovendo medidas de conforto e a


terapêutica adequada para a dor.
 Auxiliar e orientar nos cuidados ao recém-nascido.

 Disponibilizar–se a ouvir possíveis queixas e dúvidas.

2. Consulta de puerpério

Puerpério é o período após o parto até que o organismo da mulher volte às condições
normais (pré-gestação). Assim, ele se inicia com a saída da placenta e termina com a
primeira ovulação, que será seguida de menstruação. Sua duração costuma ser variável,
especialmente por conta da amamentação, uma vez que esta bloqueia a ovulação.
Assim, mulheres que amamentam têm puerpério mais duradouro. Alguns consideram o
período de 45 a 60 dias pós-parto, pois acredita-se que nesta fase todos os órgãos
(exceto as mamas) já retornaram às condições prévias, independentemente da
amamentação. 

Imediato: (1º ao 10º dia pós-parto);

Tardio: (11º ao 45º dia);

Remoto: (Após o 45º dia, com término imprevisto).

Consulta Puerperal na APS A mãe e o bebê devem retornar à unidade de saúde de


referência entre o 3º e o 5º dia após o nascimento da criança. Sempre que possível,
acompanhada do pai do bebê ou do(a) parceiro(a) ou um familiar. As orientações
sobre o retorno precoce à unidade de saúde no pós-parto devem ocorrer no pré-
natal, nas visitas dos ACS e na maternidade!!!

• Estado de alteração emocional essencial, provisório, em que existe maior


vulnerabilidade psíquica, tal como no bebê, e que, por certo grau de identificação,
permite às mães ligarem-se intensamente ao recém-nascido, adaptando-se ao contato
com ele e atendendo às suas necessidades básicas. A puérpera adolescente é mais
vulnerável ainda, portanto necessita de atenção especial nessa etapa;

• A relação inicial entre mãe e bebê é, ainda, pouco estruturada, com o predomínio de
uma comunicação não-verbal e, por isso, intensamente emocional e mobilizadora;

• A chegada do bebê desperta muitas ansiedades, e os sintomas depressivos são comuns;

• O bebê deixa de ser idealizado e passa a ser vivenciado como um ser real e diferente
da mãe;

• as necessidades próprias da mulher são postergadas em função das necessidades do


bebê;

• A mulher continua a precisar de amparo e proteção, assim como ao longo da gravidez;


• As alterações emocionais no puerpério manifestam-se basicamente das seguintes
formas:

– Materno ou baby blues: mais frequente, acometendo de 50 a 70% das puérperas. É


definido como estado depressivo mais brando, transitório, que aparece em geral no
terceiro dia do pós-parto e tem duração aproximada de duas semanas. Caracteriza-se por
fragilidade, hiperemotividade, alterações do humor, falta de confiança em si própria,
sentimentos de incapacidade;

– Depressão: menos frequente, manifestando-se em 10 a 15% das puérperas, e os


sintomas associados incluem perturbação do apetite, do sono, decréscimo de energia,
sentimento de desvalia ou culpa excessiva, pensamentos recorrentes de morte e ideação
suicida, sentimento de inadequação e rejeição ao bebê;

– Lutos vividos na transição entre a gravidez e a maternidade;

– Perda do corpo gravídico e não retorno imediato do corpo original;

– Separação entre mãe e bebê.

AÇÕES EM RELAÇÃO À PUÉRPERA

Anamnese

Verificar o cartão da gestante ou perguntar à mulher sobre:

• Condições da gestação;

• Condições do atendimento ao parto e ao recém-nascido;

• Dados do parto (data; tipo de parto; se cesárea, qual a indicação);

• Se houve alguma intercorrência na gestação, no parto ou no pós-parto (febre,


hemorragia, hipertensão, diabetes, convulsões, sensibilização Rh);

• Se recebeu aconselhamento e realizou testagem para sífilis ou HIV durante a gestação


e/ou parto;

• Uso de medicamentos (ferro, ácido fólico, vitamina A, outros). Perguntar como se


sente e indagar sobre:

• Aleitamento (frequência das mamadas – dia e noite –, dificuldades na amamentação,


satisfação do RN com as mamadas, condições das mamas);

• Alimentação, sono, atividades;


• Dor, fluxo vaginal, sangramento, queixas urinárias, febre;

• Planejamento familiar (desejo de ter mais filhos, desejo de usar método contraceptivo,
métodos já utilizados, método de preferência);

• Condições psicoemocionais (estado de humor, preocupações, desânimo, fadiga,


outros);

• Condições sociais (pessoas de apoio, enxoval do bebê, condições para atendimento de


necessidades básicas). Avaliação clínico-ginecológica:

• Verificar dados vitais;

• Avaliar o estado psíquico da mulher;

• Observar estado geral: pele, mucosas, presença de edema, cicatriz (parto normal com
episiotomia ou laceração/cesárea) e membros inferiores;

• Examinar mamas, verificando a presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios,


infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação;

• Examinar abdômen, verificando a condição do útero e se há dor à palpação;

• Examinar períneo e genitais externos (verificar sinais de infecção, presença e


características de lóquios);

• Verificar possíveis intercorrências: alterações emocionais, hipertensão, febre, dor em


baixo-ventre ou nas mamas, presença de corrimento com odor fétido, sangramentos
intensos. No caso de detecção de alguma dessas alterações, solicitar avaliação médica
imediata, caso o atendimento esteja sendo feito por outro profissional da equipe;

• Observar formação do vínculo entre mãe e filho;

• Observar e avaliar a mamada para garantia do adequado posicionamento e pega da


aréola. O posicionamento errado do bebê, além de dificultar a sucção, comprometendo a
quantidade de leite ingerido, é uma das causas mais frequentes de problemas nos
mamilos. Em caso de ingurgitamento mamário, mais comum entre o terceiro e o quinto
dia pós-parto, orientar quanto à ordenha manual, armazenamento e doação do leite
excedente a um Banco de Leite Humano (caso haja na região);

• Identificar problemas/necessidades da mulher e do recém-nascido, com base na


avaliação realizada. Condutas

• Orientar sobre: – higiene, alimentação, atividades físicas; – atividade sexual,


informando sobre prevenção de DST/Aids; – cuidado com as mamas, reforçando a
orientação sobre o aleitamento (considerando a situação das mulheres que não puderem
amamentar); – cuidados com o recém-nascido; – direitos da mulher (direitos
reprodutivos, sociais e trabalhistas).

• Orientar sobre planejamento familiar e ativação de método contraceptivo, se for o


caso: – informação geral sobre os métodos que podem ser utilizados no pós-parto; –
explicação de como funciona o método da LAM (amenorreia da lactação); – se a mulher
não deseja, ou não pode, usar a LAM, ajudar na escolha de outro método; –
disponibilização do método escolhido pela mulher com instruções para o uso, o que
deve ser feito se este apresentar efeitos adversos e instruções para o seguimento.

• Aplicar vacinas, dupla tipo adulto e tríplice viral, se necessário;

• Oferecer teste anti-HIV e VDRL, com aconselhamento pré e pós-teste, para as


puérperas não aconselhadas e testadas durante a gravidez e o parto;

• Prescrever suplementação de ferro: 40 mg/dia de ferro elementar, até três meses após o
parto, para mulheres sem anemia diagnosticada;

• Tratar possíveis intercorrências;

• Registrar informações em prontuário;

• Agendar consulta de puerpério até 42 dias após o parto.

AÇÕES EM RELAÇÃO AO RECÉM-NASCIDO

Na primeira consulta:

• Verificar a existência da Caderneta de Saúde da Criança e, caso não haja, providenciar


abertura imediata;

• Verificar se a Caderneta de Saúde da Criança está preenchida com os dados da


maternidade. Caso não esteja, procurar verificar se há alguma informação sobre o peso,
comprimento, apgar, idade gestacional e condições de vitalidade;

• Verificar as condições de alta da mulher e do RN;

• Observar e orientar a mamada reforçando as orientações dadas durante o pré-natal e na


maternidade, destacando a necessidade de aleitamento materno exclusivo até o sexto
mês de vida do bebê, não havendo necessidade de oferecer água, chá, ou qualquer outro
alimento;

• Observar e avaliar a mamada para garantia de adequado posicionamento e pega da


aréola;
• Observar a criança no geral: peso, postura, atividade espontânea, padrão respiratório,
estado de hidratação, eliminações e aleitamento materno, ectoscopia, características da
pele (presença de palidez, icterícia e cianose), crânio, orelhas, olhos, nariz, boca,
pescoço, tórax, abdômen (condições do coto umbilical), genitália, extremidades e
coluna vertebral. Caso seja detectada alguma alteração, solicitar avaliação médica
imediatamente;

• Identificar o RN de risco ao nascer Critérios principais:

– Baixo peso ao nascer (menor que 2.500 g)

– Recém-nascidos que tenham ficado internados por intercorrências após o nascimento


84 – História de morte de criança < 5 anos na família – RN de mãe HIV positivo
Critérios associados: Dois ou mais dos critérios abaixo:

– Família residente em área de risco – RN de mãe adolescente (<16 anos)

– RN de mãe analfabeta

– RN de mãe portadora de deficiência ou distúrbio psiquiátrico ou drogadição que


impeça o cuidado da criança

– RN de família sem fonte de renda

– RN manifestamente indesejado

• Realizar o teste do pezinho e registrar o resultado na caderneta da criança;

• Verificar se foram aplicadas, na maternidade, as vacinas BCG e de hepatite B. Caso


não tenham sido, aplicá-las na unidade e registrá-las no prontuário e na Caderneta de
Saúde da Criança.

• Agendar as próximas consultas de acordo com o calendário previsto para seguimento


da criança: 2º; 4º; 6º; 9º; 12; 18 e 24º mês de vida.

CONSULTA PUERPERAL (ATÉ 42 DIAS)

Atividades Caso a mulher e o recém-nascido já tenham comparecido para as ações da


primeira semana de saúde integral, realizar avaliação das condições de saúde da mulher
e do recém-nascido; registro das alterações; investigação e registro da amamentação;
retorno da menstruação e atividade sexual; realização das ações educativas e condução
das possíveis intercorrências. Passos para a consulta:

• Escutar a mulher, verificando como se sente, suas possíveis queixas e esclarecendo


dúvidas;
• Realizar avaliação clínico-ginecológica, incluindo exame das mamas;

• Avaliar o aleitamento;

• Orientar sobre:

– Higiene, alimentação, atividades físicas;

– Atividade sexual, informando sobre prevenção de DST/Aids;

– Cuidado com as mamas, reforçando a orientação sobre o aleitamento (considerando a


situação das mulheres que não puderem amamentar);

– Cuidados com o recém-nascido;

– Direitos da mulher (direitos reprodutivos, sociais e trabalhistas).

• Orientar sobre planejamento familiar e ativação de método contraceptivo se for o caso:

– Informação geral sobre os métodos que podem ser utilizados no pós-parto;

– Explicação de como funciona o método da LAM (amenorréia da lactação);

– Se a mulher não deseja, ou não pode, usar a LAM, ajudar na escolha de outro método;

– Disponibilização do método escolhido pela mulher com instruções para o uso, o que
deve ser feito se este apresentar efeitos adversos, e instruções para o seguimento

1.Pega incorreta do mamilo: A pega incorreta da região mamilo-areolar faz com que a
criança não consiga retirar leite suficiente, levando a agitação e choro. A pega errada, só
no mamilo, provoca dor e fissuras e faz com que a mãe fique tensa, ansiosa e perca a
autoconfiança, acreditando que o seu leite seja insuficiente e/ou fraco.

Fissuras (rachaduras): Habitualmente, as fissuras ocorrem quando a amamentação é


praticada com o bebê posicionado errado ou quando a pega está incorreta. Manter as
mamas secas, não usar sabonetes, cremes ou pomadas, também ajuda na prevenção.
Recomenda-se tratar as fissuras com o leite materno do fim das mamadas, banho de sol
e correção da posição e da pega.

Mamas ingurgitadas: Acontecem, habitualmente, na maioria das mulheres, do terceiro


ao quinto dia após o parto. As mamas ingurgitadas são dolorosas, edemaciadas (pele
brilhante), às vezes, avermelhadas e a mulher pode ter febre. Para evitar ingurgitamento,
a pega e a posição para amamentação devem estar adequadas e, quando houver
produção de leite superior à demanda, as mamas devem ser ordenhadas manualmente.
Sempre que a mama estiver ingurgitada, a expressão manual do leite deve ser realizada
para facilitar a pega e evitar fissuras. O ingurgitamento mamário é transitório e
desaparece entre 24 e 48 horas.

Mastite: É um processo inflamatório ou infeccioso que pode ocorrer na mama lactante,


habitualmente a partir da segunda semana após o parto. Geralmente, é unilateral e pode
ser consequentes a um ingurgitamento indevidamente tratado. Essa situação exige
avaliação médica para o estabelecimento do tratamento medicamentoso apropriado. A
amamentação na mama afetada deve ser mantida, sempre que possível e, quando
necessário, a pega e a posição devem ser corrigidas.

Ordenha manual: É no pré-natal que o aprendizado da ordenha manual deve ser


iniciado. Para que haja retirada satisfatória de leite do peito, é preciso começar com
massagens circulares com as polpas dos dedos, indicador e médio, na região mamilo-
areolar, progredindo até as áreas mais afastadas e intensificando nos pontos mais
dolorosos. Para a retirada do leite, é importante garantir o posicionamento dos dedos,
indicador e polegar, no limite da região areolar, seguido por leve compressão do peito
em direção ao tórax ao mesmo tempo em que a compressão da região areolar deve ser
feita com a polpa dos dedos.

Contraindicações: São raras as situações, tanto maternas quanto neonatais, que


contraindicam a amamentação. Entre as maternas, encontram-se as mulheres com
câncer de mama que foram tratadas ou estão em tratamento, mulheres HIV+ ou
HTLV+, mulheres com distúrbios graves da consciência ou do comportamento. As
causas neonatais que podem contraindicar a amamentação são, na maioria, transitórias e
incluem alterações da consciência de qualquer natureza e prematuridade. São poucas as
medicações que contraindicam a amamentação. Nenhuma medicação deve ser utilizada,
sem orientação médica, pela puérpera que está amamentando. Na eventualidade da
medicação utilizada ser classificada como de uso criterioso ou contraindicada durante a
amamentação, o procedimento de escolha é optar por alternativas terapêuticas e não
suspender o aleitamento. Para mais detalhes, ver o Anexo 1 e o Manual de
Amamentação e Uso de Drogas (MS, 2000).

3- Consulta de Climatério

A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual, ou seja, a última menstruação.


Ocorre, em geral, entre os 45 e 55 anos. Quando ocorre por volta dos 40 anos, é
chamada de menopausa prematura ou precoce. O termo menopausa é, muitas vezes,
utilizado indevidamente para designar o climatério, que é a fase de transição do período
reprodutivo, ou fértil, para o não reprodutivo na vida da mulher. A principal
característica da menopausa é a parada das menstruações. Ao falar dos sintomas da
menopausa, algumas pessoas podem encará-la como como um problema de saúde.
Apesar de poder apresentar dificuldades, o climatério é um período importante e
inevitável na vida da mulher, devendo ser encarado como um processo natural, e não
como doença. Para muitas mulheres, a chegada da menopausa provoca irregularidades
menstruais, menstruações mais escassas, hemorragias, menstruações mais ou menos
frequentes. Outros sinais e sintomas característicos como ondas de calor (fogachos),
alterações do sono, da libido e do humor, bem como atrofia (enfraquecimento ou
definhamento) dos órgãos genitais, aparecem em seguida.

ENTREVISTA

• Data da primeira menstruação;

• Data da última menstruação;

• Orientação e hábitos sexuais;

• Antecedentes pessoais e familiares;

• Métodos contraceptivos;

• Hábitos alimentares;

• Hábitos de sono/repouso;

• Hábitos de atividades físicas;

• Histórico de quedas;

• Patologias existentes;

• Tabagismo e história familiar de câncer de mama;

• Última coleta de citopatológico do colo do útero – resultado;

• Sangramento genital pós-menopausa;

• Queixas;

• Realização de mamografia – último resultado;

• Medicamentos de rotina;

• Dados sobre alergias;

• Situação vacinal;

• Atentar-se para as vulnerabilidades – exemplo: violência*. *Atenção às mulheres em


situação de violência doméstica e sexual

Exame físico específico

• Questionar dificuldades visuais;

• Observar alterações na mucosa oral;


• Observar alterações tegumentares;

• Observar alterações no sistema cardiovascular;

• Verificar o índice de massa corporal e a circunferência abdominal;

• Examinar as mamas, com orientação para o autoexame e solicitação oportuna de


mamografia;

• Realizar exame ginecológico orientado para as queixas urogenitais, com coleta


oportuna de exame citopatológico de colo uterino;

• Observar as condições musculoesqueléticas com enfoque na perda de força e


equilíbrio.
*Terapia de reposição hormonal (TRH): O enfermeiro poderá prescrever apenas a
TRH tópica por via intravaginal e realizar a reavaliação semestral, respeitando os
limites de tempo e idade máximos de uso, desde que a mulher não apresente
contraindicações absolutas e/ou relativas ao método (COREN-SC, 2016). É importante
informar à paciente dos riscos associados ao uso da TRH (cardiovasculares, neoplasias,
dentre outras) e do acompanhamento a ser realizado caso seja necessário tal tratamento
(BRASIL, 2016).

Diagnósticos de enfermagem:

Conforto prejudicado

Ansiedade

Termorregulação ineficaz

Padrão de sexualidade ineficaz

Intervenções de enfermagem

• Proporcionar o apoio espiritual;

• Auxiliar a busca para redução da ansiedade.

• Ensinar técnicas para acalmar;

• Ensinar técnicas para relaxamento.


• Explicar as mudanças relacionadas à fase do climatério/menopausa;

• Promover ingesta adequada de líquidos;

• Oferecer chá de folhas de sálvia em infusão.

• Discutir a qualidade da lubrificação vaginal e o uso de lubrificantes, se necessário.

4- Consulta da criança- crescimento e desenvolvimento infantil

• Dados pessoais de identificação da criança e dos pais.

• Endereço completo, com referência.

• Dados socioeconômicos, sanitários e de habitação

• Composição de antecedentes familiares de saúde.

• História pré-natal e perinatal.

• Motivo da Consulta e das queixas.

• Hábitos de vida da criança: alimentação, eliminações, sono e repouso, atividades,


recreação e lazer.

PERGUNTAS A SE FAZER

• Como está se sentindo?

• Como passou a criança desde a última consulta?

• Como a família está se organizando com a chegada do bebê?

• O que gostaria de perguntar?

• Poderia repetir o que lhe disse sobre....

• Poderia me contar como aconteceu?

Anotar:

- Peso: ganhos ponderais por trimestre no primeiro ano de vida.

- Altura

Perímetros:

- Perímetro Cefálico

- Perímetro Torácico
- Perímetro Abdominal

Avaliar no desenvolvimento:

Avaliação dos Reflexos

Considerar o desaparecimento no primeiro ano de vida

Sensório Motor: Fino e Grosso

Cognitivo Linguagem Psicossocial

Por fim, os principais objetivos da primeira visita domiciliar ao recém-nascido e à sua


família são os seguintes:

• Observar as relações familiares;

• Facilitar o acesso ao serviço de saúde;

• Possibilitar ou fortalecer o vínculo das famílias com as equipes de saúde;

• Escutar e oferecer suporte emocional nessa etapa de crise vital da família (nascimento
de um filho);

• Estimular o desenvolvimento da parentalidade;

• Orientar a família sobre os cuidados com o bebê;

• Identificar sinais de depressão puerperal;

• Promover o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida;

• Prevenir lesões não intencionais; e

• Identificar sinais de perigo à saúde da criança.

ALIMENTAÇÃO

– Aleitamento Materno: AME

– Aleitamento Materno Exclusivo AMP

– Aleitamento Materno Predominante AMC

– Aleitamento Materno Complementado AMM

– Aleitamento Materno Misto ou Parcial

PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Por faixa etária

Decorrentes das habilidades do Desenvolvimento

A partir da anamnese, procura-se avaliar principalmente as:

- Condições do nascimento da criança (tipo de parto, local do parto, peso ao nascer,


idade gestacional;

- índice de Apgar

- Intercorrências clínicas na gestação, no parto, no período neonatal e nos tratamentos


realizados;

- Os antecedentes familiares (as condições de saúde dos pais e dos irmãos, o número de
gestações anteriores, o número de irmãos).

Para estabelecer grupos de risco, prognóstico e ações profiláticas específicas, o RN deve


ser classificado de acordo com a idade gestacional (IG):

 Pré-termo ou prematuro (RNPT) – IG até 36 semanas e seis dias;

 Termo – IG de 37 a 41 semanas e 6 dias;

 Pós-termo ou pós-maturo – IG de 42 semanas ou mais (MINAS GERAIS, 2004 p.47).


E conforme o peso de nascimento (PN).

 RN de baixo peso (RNBP) – PN menor que 2.500g;

 RN de peso elevado – PN igual ou maior a 4.500g; 9

 Adequado para a idade gestacional (AIG) – PN entre os percentis 10 e 90 para a IG;

 Pequeno para a idade gestacional (PIG) – PN menor que o percentil 10 para a IG;

 Grande para a idade gestacional (GIG) – PN maior que o percentil 90 para a IG


(MINAS GERAIS, 2004 p.47).

O cálculo do IMC deverá ser realizado a partir da aplicação da fórmula a seguir, após
realizada a mensuração de peso e altura ou de comprimento da criança. As crianças
menores de 2 anos deverão ser mensuradas deitadas em superfície lisa (comprimento) e
as crianças maiores de 2 anos deverão ser mensuradas em pé (altura). A Caderneta de
Saúde da Criança apresenta as tabelas de IMC calculadas e orienta as pessoas sobre o
seu uso.
VACINAÇÃO:

• A carteira deve ser verificada sempre, anotando se está em dia pela verificação direta
ou “SIC” (segundo a informação do cuidador).

• Aproveitar qualquer vinda da criança à UBS para regularizar as vacinas (acolhimento,


grupos, consultas médicas ou de enfermagem).

• Evitar atrasos por IVAS: desde que a criança esteja bem e afebril, deve ser vacinada.
DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR (DNPM):

• Deverá ser observada e questionada a evolução neurológica céfalo-caudal, ou seja:

– Se sorri espontaneamente no 2º mês;

– Se a criança apresenta lalação ou balbucio e rola no berço no 3º mês; – o sorriso


social deve estar presente entre o final do 2º mês e início do 3º (revela acuidade visual e
capacidade de comunicação).

– Ao final do 4º mês de vida todas as crianças nascidas de termo conseguirão firmar a


cabeça de modo completo;

– Pega objetos e os leva à boca em torno do 4º e 5º mês;

– Firma ombros e dorso no 5º mês;

– Senta-se com apoio a partir do 6º mês;


– Ao final de 9 meses a criança nascida de termo já deve ficar sentada sem apoio com a
cabeça e o tronco erétil;

– Põe-se de pé apoiada no 11º ou 12º mês.

– Aos 18 meses já deve estar andando sozinha.

– Incentivar adequada estimulação de criança;

– Observar com atenção os marcos de desenvolvimento, e

– Não tardar o encaminhamento para avaliação da equipe a menor suspeita de


anormalidade.

– Em toda consulta medir o perímetro cefálico (PC).


Situações de vulnerabilidade:

• Criança residente em área de risco;

• Baixo peso ao nascer (inferior a 2.500g);


• Prematuridade (menos de 37 semanas gestacionais);

• Asfixia grave ou Apgar menor do que 7 no 5º minuto;

• Internações/intercorrências;

• Mãe com menos de 18 anos de idade;

SAÚDE DA CRIANÇA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

• Mãe com baixa escolaridade (menos de oito anos de estudo);

• História familiar de morte de criança com menos de 5 anos de idade.

Realização do teste do pezinho

O teste do pezinho, feito na criança logo após o seu nascimento, conforme estabelece o
Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) (BRASIL, 2004b), permite a detecção
da fenilcetonúria e do hipotireoidismo congênito (fase 1 do programa) e de
hemoglobinopatias (fase 2), doenças que podem ser tratadas, prevenindo o retardo
mental (que as duas primeiras enfermidades podem ocasionar) e as infecções e outras
complicações que frequentemente podem ocasionar a morte de crianças com
hemoglobinopatias. A pesquisa de hemoglobinopatias inclui a detecção de anemia
falciforme e do traço falciforme, que, mesmo assintomático, traz implicação genética
para a família. A fase 3 do PNTN acrescentará a triagem da fibrose cística (ou
mucoviscidose).

Orientações para o calendário de imunizações

É importante verificar se o recém-nascido recebeu a 1a dose da vacina contra hepatite


B e da BCG na maternidade e se será necessário indicar a aplicação dessas vacinas na
unidade de saúde. Para mais informações, veja o capítulo 6, sobre imunizações.

A frequência de consultas por faixa etária

O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na
1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas
no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais,
próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque
representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde
e prevenção de doenças. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas
com maior frequência.

Ausculta cardíaca
EXAME FÍSICO:

• O exame físico deve ser sempre detalhado.

• Lembrar peculiaridades do RN.

• Estar atento para hipoatividade ou abatimento da criança, assim como irritabilidade ou


choro excessivo.

• Sempre observar sinais de maus tratos, má higiene, abandono ou negligência. Deve-se


deixar anotado no prontuário qualquer suspeita e tomar as providências que estiverem
ao alcance da equipe.

Exame físico geral e específico

• Cabeça: observar e registrar formato e simetria do crânio, da face e integridade do


couro cabeludo. • Fontanelas: a fontanela anterior (bregmática) mede ao nascer de 4 a 6
cm e fecha entre 4 e 26 meses. A posterior (lâmbdia) mede 1 a 2 cm e costuma fechar
por volta de 2 meses.

• Olhos: avaliar presença e aspecto de secreção, lacrimejamento, fotofobia, anisocoria,


exoftalmia, microftalmia, cor da esclerótica, estrabismo, entre outros.

• Visão: avaliar aspecto e simetria dos olhos, alinhamento pelo teste do reflexo
vermelho, presença da visão através da observação de reflexos visuais, constrição visual
direta e consensual à luz.

• Ouvidos: observar a forma, alterações, implantação das orelhas.

• Acuidade auditiva: observar pestanejamento dos olhos, susto ou direcionamento da


cabeça em resposta ao estímulo sonoro, em crianças maiores sussurrar a uma distância
de aproximadamente de 3 metros.

• Nariz: verificar presença e aspecto de secreção. Inspeção e palpação, pesquisar desvio


de septo nasal.
– Observar porção interna anterior do nariz com iluminação empurrando a ponta para
cima.

– Observar coloração da mucosa, condições de cornetos, calibres da via aérea e


secreção.

• Boca e faringe: iniciar pela inspeção dos dentes, gengivas, face interna das bochechas,
língua e palatina. Observar tamanho e aspecto das amígdalas, hiperemia, petéquias,
gota.

 Pós-nasal e placa de secreção.

• Pescoço: inspeção e palpação dos gânglios cervicais, submandibulares e


retroauriculares. Descrever características: tamanho, consistência, dor, mobilidade,
aderência, avaliar rigidez da nuca.

• Tórax: observar forma, simetria, sinais de raquitismo e mamas.

• Pulmão: observar presença de tiragem, tipo respiratório, ritmo, expansibilidade


torácica e uso de músculos acessórios. Percutir face anterior, lateral e posterior do tórax.

Auscultar procurando alterações dos sons respiratórios e sua localização.

• Coração: verificar pulso apical, observar criança quanto à presença de cianose e


edema. Ausculta: frequência, intensidade, ritmo e qualidade deverão ser avaliados,
procurando alterações e sua localização.

• Abdômen: observar alterações globais de forma e volume e abaulamento localizado,


presença de hérnias umbilicais, ventrais e diástases.

– As hérnias costumam fechar espontaneamente até os dois anos de idade.

– Examinar o coto umbilical observando a presença de secreção e hiperemia. A


mumificação completa ocorre aproximadamente entre o 7º e 10º dia de vida.

– Realizar palpação geral, superficial e profunda, e fígado e baço. Observar presença de


dor abdominal e sua localização, defesa ou rigidez da parede.

• Percussão: delimitar o tamanho do fígado. • Ausculta: buscar sons intestinais em cada


quadrante

Pele e mucosas: observar elasticidade, coloração, lesões e hidratação. A pele do RN


deve estar lisa, macia, rósea e opaca. A presença de cor amarelada significa icterícia, e é
visível após as primeiras 24 horas de vida e quando 22 aparece antes disto, pode
significar incompatibilidade de grupo sanguíneo ou infecção do RN.

• Genitália e reto:

 Meninos: observar presença de fimose e testículos na bolsa escrotal (criptorquidia),


pesquisar reflexos cremastéricos, hidrocele, hipospadia ou epispadia.
 Meninas: observar o hímen e presença de secreção vaginal pode ocorrer presença de
secreção mucoide ou às vezes sanguinolenta nos primeiros dias de vida.

• Extremidades: observar deformidades, valgismo/varismo, paralisias, edemas, alteração


de temperatura, assimetria e marcha.

– Palpar pulsos radial, femoral e pedioso;

– Realizar manobra de Ortolani;

– Observar dedos extra numéricos, baqueteamento digital, polidactilia;

– Examinar coluna vertebral em diversas posições, rigidez, postura, mobilidade e


curvatura.

– Registrar presença de espinha bífida, tufos de pelos e hipersensibilidade.

• Exame neurológico: observar os comportamentos das crianças comparados ao


comportamento habitual e esperado para fase de desenvolvimento. Avaliar nível de
consciência, atividade normal ou habitual, hipoativa ou com diminuição do padrão
próprio de atividade.

• Avaliação dos reflexos: estão descritos a seguir alguns reflexos que podem ser
avaliados, sendo necessária às vezes a procura de muitos outros durante a consulta de
enfermagem, que podem ser encontrados através de pesquisa bibliográfica pelo
profissional.

• Reação de Moro: utilizar estimulação de queda de cabeça ou som. Não usar


estimulação intensa. A criança deve abrir e fechar os braços.

• Preensão Palmar: colocar o dedo do examinador na palma da mão da criança no nível


do metacarpo falangiano. A criança responde com flexão de todos os dedos, flexão e
adução do polegar, simultaneamente.

• Reflexos de Sucção: é provocado tocando-se os lábios, o que desencadeia movimentos


de sucção dos lábios e da língua. Este reflexo não deve ser pesquisado imediatamente
após a mamada. Este reflexo está presente até os três meses de vida. 23

• Reflexo Cutaneopalmar: imobilize o membro inferior com a mão apoiada na porção


média da perna, realizando pequenas e sucessivas excitações na borda externa do pé, na
região inframaleolar. A resposta será de extensão do hálux (sem ser lenta ou majestosa),
com ou sem abertura em leque dos dedos

• Reflexo de Marcha: em suspensão vertical, numa superfície dura, segurando o bebê


pelas axilas, realizar o contato da planta dos pés com a superfície, a criança estenderá os
joelhos, que se mantinham semifletidos.
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

Amamentação ineficaz

Atraso no crescimento e no desenvolvimento

INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

 Auxiliar os pais a identificar os indícios de mudança no desenvolvimento do bebê


como oportunidades para praticar o aleitamento;

 Orientar sobre o armazenamento e aquecimento do leite materno;

 Orientar a mãe sobre as características normais da urina e das fezes do bebê;

 Observar o bebê ao seio para determinar a posição certa, a deglutição audível, e o


padrão sucção/deglutição. Educação dos PAIS: bebê

 Orientar a mãe para monitorar a sucção do bebê;

 Orientar a mãe sobre a forma de fazer o bebê eructar;

 Orientar a mãe sobre os cuidados com os mamilos;


 Encorajar a mãe a beber líquidos para satisfazer a sede;

 Dar informações sobre o acréscimo de alimentos sólidos à dieta durante o primeiro


ano.

 Determinar o nível de conhecimento do cuidador/acompanhante.

 Determinar a aceitação do papel por parte do cuidador/acompanhante.

 Agir em lugar do cuidador/acompanhante caso a sobrecarga se torne aparente.


Controle da NUTRIÇÃO

 Confirmar as preferências alimentares da criança

 Monitorar aceitação da alimentação.

 Discutir ações estratégicas com o serviço de nutrição e dietética

REFERÊNCIAS

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
saude_crianca_crescimento_desenvolvimento.pdf

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
protocolos_atencao_basica_saude_mulheres.pdf

https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13959/1/TABAGISMO_LIVRO.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/menopausa-e-climaterio/

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