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COMO O TOC É TRATADO

O tratamento em longo prazo mais eficaz para o TOC tem demonstrado ser a
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Esta é uma forma de treinar o
cérebro para pensar diferente sobre obsessões e resistir às compulsões. É um
processo longo e cansativo, mas pode ser bem-sucedido. Uma cura completa é
impossível, mas os indivíduos podem aprender a controlar seus sintomas do
TOC e viver vidas relativamente normais.
Às vezes, medicação também é receitada. O objetivo disso, em geral, é
aumentar a atividade das substancias químicas do cérebro
(neurotransmissores). Isso pode reduzir a ansiedade e permitir que o aluno
possa estudar melhor e se sentir mais capaz de lidar com a TCC. Aprender
técnicas de relaxamento ou ioga também pode ser útil para alguns indivíduos.

Tratar expondo gradualmente os pacientes a situações que desencadeiam as


obsessões e rituais que provocam ansiedade e, ao mesmo tempo, exigir que
eles não realizam seus rituais. A adição de abordagens cognitivas à exposição
e prevenção de respostas pode ser útil.

O uso de medicamentos no tratamento do TOC

Muitos medicamentos foram experimentadas no tratamento do TOC.


No entanto um fato tem ficado evidente: apenas os chamados
inibidores da recaptação da serotonina são efetivos em reduzir os
sintomas obsessivo-compulsivos. Esse grupo de medicamentos
juntamente com a terapia cognitivo-comportamental (TCC) são os
métodos de tratamento cuja eficácia no tratamento dos sintomas do
TOC foi comprovada de forma consistente e são considerados na
atualidade os tratamentos de primeira linha.

Os medicamentos utilizados no TOC


A clomipramina (Anafranil) foi o primeiro medicamento cujo efeito
antiobsessivo ficou comprovado, ainda na década de 1970, e até
hoje é muito utilizada no tratamento dos sintomas obsessivo-
compulsivos. Mais recentemente, verificou-se que outros
medicamentos também apresentam o mesmo efeito. Todas elas são
antidepressivos, que pertencem ao grupo dos inibidores seletivos
da recaptação da serotonina (ISRSs), como já comentamos. Fazem
parte desse grupo a fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram,
escitalopram e fluvoxamina. Para o seu uso, é necessário a prescrição
médica em receita carbonada.
Em geral, as doses administradas no tratamento dos sintomas do TOC
são mais elevadas do que as utilizadas na depressão. Os efeitos
podem demorar até três meses para se manifestar (na depressão, em
geral, o resultado é obtido mais rapidamente). O desaparecimento dos
sintomas é gradual (e não rápido, como em outras doenças, entre elas
a depressão ou o pânico), podendo progredir ao longo de vários
meses. Um dos problemas mais sérios dos medicamentos é que a
melhora tende a ser incompleta, isto é, a redução dos sintomas é
parcial. Embora entre 40 e 60% dos pacientes obtenham uma redução
significativa, dificilmente os sintomas desaparecem por completo.
Infelizmente, mesmo que sejam utilizadas as doses preconizadas ou
mesmo as doses máximas por tempo prolongado, muitas vezes os
sintomas continuam em níveis considerados graves.
Quando a resposta é parcial e insatisfatória é usual acrescentarem-se
outros medicamentos aos anti-obsessivos como o haloperidol, a
risperidona, a quetiapina e o aripriprazol. Mesmo durante o uso do
medicamento, embora seja mais raro, podem ocorrer recaídas ou
piora dos sintomas. Por estes motivos em geral se utiliza a medicação
por longo tempo.Como regra deve-se sempre associar aos
medicamentos a terapia-cognitivo-comportamental.

Vantagens e desvantagens do uso dos


medicamentos no TOC
As principais vantagens dos medicamentos são a facilidade do uso, o
fato de serem obtidos em qualquer lugar e de não exigirem
treinamento especial por parte do médico para prescrevê-los, como
seria o caso da TCC. O ideal é que sejam utilizados em conjunto com
a TCC, já que a associação pode ser mais efetiva do que o uso
isolado de uma ou de outra modalidade de tratamento. A manutenção
do medicamento antiobsessivo parece exercer efeito protetor para
recaídas, especialmente se usado em doses elevadas e a longo
prazo.
O uso de medicamentos tem alguns inconvenientes. O maior deles é a
resposta incompleta: ao redor de 20% dos pacientes apena ficam
inteiramente livres dos sintomas e a maioria segue com sintomas
residuais, mesmo depois de longos períodos de tratamento. Muitos
não toleram os efeitos colaterais, que são bastante comuns, ou
simplesmente não aceitam usar medicamentos. Um outro
inconveniente são as recaídas, que são muito comuns após a
suspensão do tratamento. Uma pesquisa mostrou que elas ocorrem
em até 90% dos pacientes nos primeiros quatro meses após a
interrupção.

Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns da fluoxetina, da sertralina, da
paroxetina, da fluvoxamina do citalopram e escitalopram são náuseas,
dor abdominal, sonolência, eventualmente insônia, inquietude, dor de
cabeça e, sobretudo, disfunção sexual (diminuição do desejo,
dificuldades para atingir o orgasmo retardo na ejaculação). Mais
raramente podem provocar tremores das mãos.
A clomipramina (Anafranil) pode provocar tonturas, queda da pressão
arterial, boca seca, visão borrada, constipação intestinal, sonolência,
fadiga, ganho de peso, retardo na ejaculação, retenção urinária,
diminuição da libido e confusão mental. Mais raramente, provoca
tremores das mãos, suores noturnos e galactorréia (secreção de leite)
em mulheres. Em doses elevadas, pode provocar convulsões. A
clomipramina não deve ser usada em crianças, em obesos e
especialmente em pacientes com problemas cardíacos, como os
idosos, pois provoca tonturas e aumenta o risco de quedas e além de
provocar alterações na condução dos impulsos elétricos que regulam
os batimentos cardíacos. Outra razão para a clomipramina não ser
usada neste último grupo de pacientes é o fato de provocar confusão
mental, agravar a constipação intestinal ou provocar retenção urinária
o que pode acarretar dificuldades sérias em homens com problemas
de próstata. Fora essas limitações, pode ser um excelente
medicamento, especialmente para os mais jovens, que se adaptam
mais facilmente aos efeitos colaterais.
Em geral, os efeitos colaterais são mais fortes ao se iniciar a
medicação. Eles variam de pessoa para pessoa e tendem a ser mais
intensos em idosos e crianças. Os efeitos colaterais também atingem
pessoas muito sensíveis a medicamentos, que nunca os utilizaram ou
que estejam muito magras ou desnutridas. Os efeitos costumam se
atenuar após três a quatro semanas do início do uso do medicamento.

AJUDA INDIVIDUAL

Todo aluno com TOC precisara de cuidado apoio e monitoramento para que se
sinta valorizado e alcance todo o seu potencial na escola.

Um mentor adulto pode ser vital para o bem-estar e a felicidade de um aluno,


fornecendo apoio estável, encorajamento e elogios. Depressão e falta de
autoestima são problemas comuns no TOC, e por isso é importante reconhecer
o sucesso e o progresso.
O mentor pode se comunicar com os pais do aluno e, desde que concordem,
atualizar o corpo docente relevante sobre o tratamento e a gravidade dos
sintomas do TOC, pois estes podem oscilar.

Um professor de apoio pode ajudar um aluno a elaborar estratégias de


enfrentamento para acompanhar as aulas e passar o dia na escola. O aluno
pode então se sentir, valorizado e apoiado em sua batalha contra o TOC.

Professores sensíveis e solidários podem fazer uma grande diferença na vida


de um aluno que convive com o TOC.

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