Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
doi 10.1590/SS2237-9622202200005.especial
1
Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Brasília, DF, Brasil
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva, Divisão de Pesquisa Populacional,
2
RESUMO
Objetivo: Descrever os indicadores de abandono do uso de tabaco, em 2013 e 2019, para o Brasil e as Unidades
da Federação, segundo variáveis sociodemográficas, coletadas na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Métodos:
Estudo transversal, populacional e descritivo realizado com dados da PNS 2013 e 2019, uma pesquisa domiciliar
coletada por entrevistadores treinados. Foram calculadas a prevalência de ex-fumantes e a proporção de
fumantes que tentaram parar de fumar nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data da entrevista, e
os respectivos intervalos de confiança (IC95%), segundo as variáveis sociodemográficas. Ademais, calculou-se a
variação percentual entre os anos estudados. Resultados: Em 2013, a prevalência de ex-fumantes foi 17,5% (IC95%
16,9;18,0) e, em 2019, 26,6% (IC95% 26,1;27,2). Tentaram parar de fumar 51,1% (IC95% 49,3;52,9), em 2013, e 46,6% (IC95%
45,0;48,3) em 2019. Conclusão: É importante o fortalecimento e manutenção de estratégias para enfrentamento
do uso de tabaco no país, de forma a aumentar a disposição e a capacidade do fumante atual de parar de fumar.
Palavras-chave: Abandono do Uso de Tabaco; Fumantes; Ex-fumantes; Inquéritos Epidemiológicos.
INTRODUÇÃO
ao ano, variando de 15,7%, em 2006, a 9,8% em O plano amostral da PNS 2013 foi organizado
2019. Entretanto, a diminuição de intensidade por conglomerados, em três estágios de sele-
dessa redução nos últimos anos é preocupante ção: setores censitários ou conjunto de setores
e pode indicar a estagnação das políticas atual- (unidades primárias), residências (unidades
mente implementadas.1 secundárias) e moradores adultos (≥ 18 anos)
Para avaliar as ações de controle do tabaco (unidades terciárias). Em 2019, o plano amostral
em uma população, além de identificar a pre- seguiu os mesmos critérios da edição de 2013,
valência de fumantes, é fundamental seguir o com diferença apenas no terceiro estágio de
abandono do uso de tabaco, ou outros indica- seleção, em que um(a) morador(a) foi seleciona-
dores que possam mensurar a prevalência de do(a) aleatoriamente entre aqueles com idade
ex-fumantes.9 Monitorar os dados nacionais de ≥ 15, com base na lista de moradores obtida no
fatores de risco para DCNTs é medida de grande momento da entrevista. Logo, com o intuito de
relevância na avaliação das políticas públicas, es- permitir a comparação entre as duas edições da
pecialmente diante dos compromissos globais PNS, este estudo analisou os dados de morado-
assumidos pelo Brasil para a redução da pre- res com 18 anos e mais de idade.11
valência do tabagismo2,10 no Plano Nacional de Para o cálculo do tamanho da amostra, foram
Enfrentamento de DCNT junto à Organização considerados os valores médios, as variâncias e
Mundial da Saúde (OMS) e à Organização das os efeitos do plano amostral, com taxa de não
Nações Unidas (ONU). resposta estimada em 20%. Em 2013, 69.994 do-
Este estudo objetivou descrever os indicado- micílios estavam ocupados e foram realizadas
res de abandono do uso de tabaco em 2013 e entrevistas válidas em 64.348 destes. Em 2019,
2019, para o Brasil e as Unidades da Federação foram visitados 108.525 domicílios e foram reali-
(UFs), segundo variáveis sociodemográficas co- zadas 94.114 entrevistas. As taxas de não resposta
letadas na PNS. foram, respectivamente, de 8,1% e 6,4%. Para rea-
lizar esta análise, foram considerados fatores de
MÉTODOS ponderação, de modo a atender efeitos do pro-
cesso de estratificação e da conglomeração na
estimativa dos indicadores. Os fatores de ponde-
Tipo de estudo
ração utilizados foram as unidades primárias de
Trata-se de estudo transversal, de base po- amostragem (UPAs), estrato e peso.11,13,14
pulacional e descritivo, que analisou os dados
das PNS realizadas em 2013 e 2019 pelo Instituto Variáveis do estudo
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em
O estudo analisou os dados do morador sele-
parceria com o Ministério da Saúde.
cionado referentes às questões sobre abandono
do uso de tabaco, que foram semelhantes àque-
Fonte de dados
las aplicadas no estudo Global Adult Tabacco
A PNS é uma pesquisa domiciliar representa- Survey, conduzido em diversos países e coorde-
tiva da população brasileira e da população que nado pela OMS, o Centers for Disease Control and
reside no território brasileiro. Essa pesquisa in- Prevention (CDC) e a Organização Pan-Americana
cluiu pessoas com idade ≥ 15 anos e moradoras de Saúde (Opas).15 No Brasil, o questionário foi
de residências particulares. Foram excluídos os aplicado de forma completa na edição da Pnad
seguintes coletivos: indígenas, quartéis e bases 2008; e, de forma reduzida, nas edições da PNS
militares, alojamentos e acampamentos, todos 2013 e 2019.16 Em nosso estudo, foram privilegia-
os tipos de prisões e instituições de longa per- dos os seguintes indicadores: i) prevalência de
manência para idosos, dentre outros.11,12 ex-fumantes; e ii) proporção de fumantes que
tentaram parar de fumar nos 12 meses anteriores completo a médio incompleto; ensino
à data da entrevista. Para esse segundo indica- médio completo a superior incompleto;
dor foi utilizado o termo proporção, pois ele foi ensino superior completo);
calculado a partir de uma fração da amostra. O e) raça/cor da pele ([branca; preta; parda]; a
Quadro 1 descreve a operacionalização e os cál- raça/cor da pele amarela e indígena foram
culos dos indicadores avaliados. consideradas apenas no total, em função
As características sociodemográficas estuda- do pequeno número de observações e
das foram: elevado coeficiente de variação);
f) região (Norte; Nordeste; Sudeste; Sul; e
a) zona de residência (urbana; rural);
Centro-Oeste); e
b) sexo (masculino; feminino);
g) renda per capita (sem rendimento até
c) faixa etária (18 a 24 anos; 25 a 39 anos; 40 1/4 do salário mínimo [SM]; mais de 1/4 a
a 59 anos; e ≥ 60); 1/2 do SM; mais de 1/2 a 1 SM; mais de 1 a 2
d) escolaridade (sem instrução a ensino fun- SMs; mais de 2 a 3 SMs; mais de 3 a 5 SMs;
damental incompleto; ensino fundamental mais de 5 SMs).
Ex-fumantes
Variação (%)
Variáveis 2013 (n = 60.202) 2019 (n = 88.531)
2013/2019
%a IC95%b %a IC95%b
Zona de residência
Urbana 17,2 16,5;17,8 26,6 26,0;27,3 54,7
Rural 19,3 17,8;20,8 26,4 25,4;27,4 36,8
Sexo
Masculino 21,2 20,3;22,1 26,8 26,1;27,5 26,4
Feminino 14,1 13,4;14,8 26,5 25,7;27,2 87,9
Escolaridade
Sem instrução e fundamental
24,2 23,2;25,2 33,9 33,0;34,8 40,1
incompleto
Fundamental completo e médio
14,8 13,5;16,2 26,1 24,7;27,5 76,4
incompleto
Médio completo e superior
11,9 11,0;12,8 22,3 21,4;23,3 87,4
incompleto
Superior completo 14,4 12,9;15,8 20,7 19,6;21,8 43,8
Idade (anos completos)
18 a 24 5,6 4,8;6,5 18,6 17,0;20,2 232,1
25 a 39 11,5 10,6; -12,4 18,7 17,8;19,6 62,6
40 a 59 21,3 20,2;22,3 26,8 25,9;27,7 25,8
60 ou mais 31,1 29,6; -32,6 42,2 41,1;43,3 35,7
Região
Norte 16,6 15,3;17,9 23,2 22,0;24,4 39,8
Nordeste 18,1 17,1;19,0 27,0 26,2;27,8 49,2
Sudeste 17,1 16,1;18,2 27,5 26,5;28,6 60,8
Sul 18,3 16,9;19,7 26,7 25,6;27,9 45,9
Centro-Oeste 16,3 15,2;17,5 23,5 22,2;24,7 44,2
Raça/cor da pele c
a) %: Prevalência; b) IC95%: Intervalo de confiança de 95%; c) As demais categorias de raça/cor da pele (amarela e indígena) não foram in-
cluídas devido ao pequeno número de observações.
a) %: Proporção; b) IC95%: Intervalo de confiança de 95%; c) As demais categorias de raça/cor da pele (amarela e indígena) não foram incluídas
devido ao pequeno número de observações.
Para as regiões do país, houve redução no indi- oferta de tratamento do tabagismo, ademais
cador da região Sul, com variação de 15%. Em do fortalecimento da CQCT, o Brasil se tornou,
relação à raça/cor da pele, observou-se redução em 2019, referência mundial no controle do ta-
na tentativa de parar de fumar apenas entre os baco, alcançando o mais alto nível do pacote de
brancos (Tabela 2). medidas MPOWER, baseado na CQCT e parte in-
A Figura 1 apresenta a distribuição de ex-fu- tegral do Plano de Ação da OMS para Prevenção
mantes segundo as UFs. As maiores proporções e Controle de Doenças não Transmissíveis.
de ex-fumantes em 2013 foram verificadas no Rio Como medidas MPOWER, destacam-se: moni-
Grande do Norte, em Tocantins e em Rondônia. torar o uso do tabaco e as políticas de prevenção;
Já em 2019, as maiores proporções foram ob- proteger as pessoas contra o tabagismo; oferecer
servadas na Bahia, no Rio Grande do Sul, em ajuda para parar de fumar; avisar sobre os peri-
Minas Gerais e em São Paulo (Figura 1). A Figura gos do tabaco; aplicar proibições à publicidade,
2 mostra a distribuição de pessoas que tentaram promoção e patrocínio do tabaco e aumentar os
parar de fumar pelas UFs. Em 2013, as maiores impostos sobre o tabaco.19 Entretanto, a cessa-
proporções de pessoas que tentaram parar de ção do fumo ainda constitui um grande desafio
fumar foram no Maranhão e na Bahia; e em 2019 para a saúde pública.17
na Bahia e em Sergipe.
O tratamento para cessação de fumar é reco-
nhecido como uma das medidas médicas mais
DISCUSSÃO custo-efetivas, quando comparada com o trata-
Este estudo identificou uma mudança nos mento das doenças causadas pelo tabagismo.20
indicadores de abandono do uso de tabaco No entanto, seu alcance populacional ainda é um
entre os anos de 2013 e 2019, sendo observado grande desafio em relação às demais medidas da
um aumento de ex-fumantes para a população PNCT, pois é a única de abrangência individual
total e quando considerados todos os estratos e, deste modo, aquela que depende de maior
sociodemográficos. Por outro lado, os resultados investimento para se ampliar a cobertura do tra-
sugerem que houve redução da tentativa de tamento, através de aquisição de medicamentos
parar de fumar, apesar de a prevalências terem e formação de equipes capacitadas. Portanto, a
se mantido estáveis para a maioria dos estratos fim de aumentar seu alcance, a OMS tem atua-
estudados do ponto de vista da sobreposição do para que os países invistam em intervenções
dos IC95%. que estimulem e apoiem a cessação de fumar
através de aplicativos de celulares, com foco na
O apoio à cessação do tabagismo é um dos
população de menores renda e escolaridade.21
componentes do PNCT, em consonância com
o art. 14 da CQCT.17 O tratamento para cessação O sucesso na interrupção da prática de fumar
de fumar, também conhecido como tratamento depende de vários fatores. Porém, dois dos mais
da dependência de nicotina, é oferecido de for- importantes relacionam-se com o nível de de-
ma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pendência de nicotina e com a motivação do
desde 2004, constituindo-se numa importante fumante para deixar de fumar.22 Evidências mos-
medida para a redução da demanda do tabaco tram que um aconselhamento breve realizado por
e, portanto, uma ação fundamental para se atin- profissional de saúde e apoio comportamental
gir a meta global.17 Essa medida é reforçada pela são efetivos para motivar fumantes a deixarem
oferta de aconselhamento para deixar de fumar o vício, e que intervenções mais intensivas são
por meio do Disque Saúde, divulgado obriga- mais efetivas em motivar e ajudar fumantes
toriamente junto às advertências sanitárias nas a pararem de fumar, quando comparadas às
embalagens de cigarros.18 Com a implementa- intervenções mínimas, principalmente para
ção de leis antifumo, de políticas públicas e da aqueles que apresentam níveis mais elevados
Figura 2 – Proporção de fumantes de tabaco que tentaram parar de fumar nos últimos 12
meses anteriores à data da entrevista, segundo Unidades da Federação e regiões, Pesquisa
Nacional de Saúde 2013 e 2019, Brasil
Oliveira PPV, Stopa SR, Szklo AS e Malta DC participaram da concepção e delineamento do estudo, da
análise e interpretação dos dados e redação do manuscrito. Pereira VOM, Freitas PC, Cavalcante TM, Andrade
FMD e Gomes CS participaram do delineamento do estudo, da análise e interpretação dos dados e redação
do manuscrito. Todos os autores participaram da revisão crítica do manuscrito e aprovaram a versão final.
CONFLITOS DE INTERESSE
REFERÊNCIAS
1. Maia EG, Stopa SR, Santos RO de, Claro RM. Trends in prevalence of cigarette smoking in Brazil: 2006-
2019. Am J Public Health 2021 Apr;111(4):730-8. doi: 10.2105/AJPH.2020.306102.
2. Malta DC, Stopa SR, Santos MAS, Andrade SSC de A, Oliveira TP, Cristo EB, et al. Evolução de
indicadores do tabagismo segundo inquéritos de telefone, 2006-2014. Cad Saude Publica [Internet]
2017 Sep 21 [acesso 2021 Apr 6]; 33(Suppl 3). doi: 10.1590/0102-311X00134915.
3. World Health Organization (WHO). WHO report on the global tobacco epidemic: monitoring tobacco
use and prevention policies. 2017. Disponível em: https://apps.who.int/iris/handle/10665/255874.
4. Tobacco Use and Dependence Guideline Panel. Treating tobacco use and dependence: 2008 update.
Rockville (MD): US Department of Health and Human Services. 2008. Disponível em: https://www.
ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK63952/.
5. Mathers CD, Loncar D. Projections of global mortality and burden of disease from 2002 to 2030. PLOS
Med [Internet] 2006 Nov 28;3(11):e442. doi: 10.1371/journal.pmed.0030442.
6. Malta DC, Silva Jr JB da. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas
Não Transmissíveis no Brasil e a definição das metas globais para o enfrentamento dessas doenças
até 2025: uma revisão. Epidemiol e Serviços Saude [Internet] 2013 Mar [acesso 2021 Jul 26]; 22(1):151-64.
doi: 10.5123/S1679-49742013000100016.
7. World Bank. Tobacco Tax Reform: at the crossroads of health and development [Internet]. 2017.
Disponível em: http://documents1.worldbank.org/curated/en/491661505803109617/pdf/119792-REVISED-
v2-OctFINALWBGTobaccoTaxReformFullReportweb.pdf.
8. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
[Internet]; [acesso 2018 Sep 3]. Disponível em: https://ods.ibge.gov.br/.
9. Monteiro CA, Cavalcante TM, Moura EC, Claro RM, Szwarcwald CL. Population-based evidence of
a strong decline in the prevalence of smokers in Brazil (1989-2003). Bull World Health Organ 2007
Jul;85(7):527-34. doi: 10.2471/blt.06.039073.
10. Malta DC, Vieira ML, Szwarcwald CL, Caixeta R, Brito SMF, Reis AAC dos. Tendência de fumantes na
população Brasileira segundo a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios 2008 e a Pesquisa
Nacional de Saúde 2013. Rev Bras Epidemiol [Internet] 2015 Dec [acesso 2021 Apr 7]; 18(Suppl 2):45-56.
10.1590/1980-5497201500060005.
11. Stopa SR, Szwarcwald CL, Oliveira MM de, Gouvea E de CDP, Vieira MLFP, Freitas MPS de, et al.
Pesquisa Nacional de Saúde 2019: histórico, métodos e perspectivas. Epidemiol e Serviços Saude
[Internet] 2020 [acesso 2021 Apr 8];29(5). doi: 10.1590/S1679-49742020000500004.
12. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde 2019 :
percepção do estado de saúde, estilos de vida, doenças crônicas e saúde bucal . Brasil e grandes
regiões [Internet]. 2020. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101764.pdf.
13. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua [Internet]. IBGE: Rio de Janeiro; 2019. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/
estatisticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.
html?=&t=o-que-e.
14. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional de Saúde 2013:
percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas. Brasil, grandes regiões e unidades
da federação. IBGE: Rio de Janeiro; 2014. 180 p. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/
biblioteca-catalogo?id=291110&view=detalhes.
15. Giovino GA, Mirza SA, Samet JM, Gupta PC, Jarvis MJ, Bhala N, et al. Tobacco use in 3 billion individuals
from 16 countries: an analysis of nationally representative cross-sectional household surveys. Lancet
[Internet] 2012 Aug 18;380(9842):668-79. doi: 10.1016/S0140-6736(12)61085-X.
16. Malta DC, Oliveira TP, Vieira ML, Almeida L, Szwarcwald CL. Uso e exposição à fumaça do tabaco no
Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiol e Serviços Saude [Internet] 2015 Jun
[acesso 2021 Apr 9]; 24(2):239-48. doi: 10.5123/S1679-49742015000200006.
17. Portes LH, Machado CV, Turci SRB, Figueiredo VC, Cavalcante TM, Silva VL da C e. A Política de
Controle do Tabaco no Brasil: um balanço de 30 anos. Cien Saude Colet [Internet] 2018 Jun [acesso
2021 Apr 16];23(6):1837-48. doi: 10.1590/1413-81232018236.05202018.
18. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Secretaria de Ciência,
Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. Portaria Conjunta no 10, de 16 de abril de
2020. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Tabagismo. [Internet] 2020. Disponível
em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//protocolo-clinico-e-
diretrizes-terapeuticas-do-tabagismo.pdf
19. World Health Organization (WHO). MPOWER: um plano para reverter a epidemia de tabagismo
[Internet] 2008. Disponível em: https://www.paho.org/bra/dmdocuments/Tabaco%20ebook.pdf
20. Ekpu VU, Brown AK. The Economic Impact of Smoking and of Reducing Smoking Prevalence: review
of evidence. Tob use insights 2015;8:1-35. doi: 10.4137/TUI.S15628.
21. Daly AT, Deshmukh AA, Vidrine DJ, Prokhorov AV, Frank SG, Tahay PD, et al. Cost-effectiveness analysis
of smoking cessation interventions using cell phones in a low-income population. Tob Control 2019
Jan;28(1):88-94. doi: 10.1136/tobaccocontrol-2017-054229.
22. Cox LS, Wick JA, Nazir N, Cupertino AP, Mussulman LM, Ahluwalia JS, et al. Predictors of early versus
late smoking abstinence within a 24-month disease management program. Nicotine Tob Res
[Internet] 2011 Mar 1;13(3):215-20. doi:10.1093/ntr/ntq227.
23. World Health Organization (WHO). Tobacco Free Initiative (TFI) [Internet]. Disponível em: http://www.
emro.who.int/entity/tobacco-free-initiative/index.html
24. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas). Pesquisa Especial de Tabagismo – PETab: relatório Brasil [Internet].
Rio de Janeiro: Inca, 2011; [acesso em ???] Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
pesquisa_especial_tabagismo_petab.pdf.
25. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Secretaria-
Executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro da Organização
Mundial da Saúde para o Controle do Tabaco. Notas Técnicas para o Controle do Tabagismo. Medidas
relacionadas a preços e impostos para reduzir a demanda de tabaco. Rio de Janeiro: Inca, 2017.
Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//nota-tecnica-
controle-tabagismo-medidas-relacionadas-precos-impostos-para-reduzir-demanda.pdf.
26. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca). Observatório
da Política Nacional de Controle do Tabaco. Preços e Impostos [Internet]. 2020 Fev 20. Disponível em:
https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/precos-e-impostos.
27. Oliveira GMM de, Mendes M, Dutra OP, Achutti A, Fernandes M, Azevedo V, et al. 2019:
Recommendations for Reducing Tobacco Consumption in Portuguese-Speaking Countries -
Positioning of the Federation of Portuguese Language Cardiology Societies. Arq Bras Cardiol
[Internet] 2019 [acesso 2021 Apr 16];112(4):477-86. doi: 10.5935/abc.20190071.
28. Jiménez-Ruiz CA, Martín V, Alsina-Restoy X, de Granda-Orive JI, de Higes-Martínez E, García-Rueda M,
et al. Cost-benefit analysis of funding smoking cessation before surgery. Br J Surg 2020 Jul;107(8):978-
94. doi: 10.1002/bjs.11506.
29. Silva AG, Azeredo RT, Prates EJS, Malta DC. Monitoramento e projeções das metas de fatores de risco e
proteção para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis nas capitais brasileiras. Cienc
Saude Colet 2021 Abr; 26(4). doi: 10.1590/1413-81232021264.42322020.
30. Szklo AS, de Souza MC, Szklo M, de Almeida LM. Smokers in Brazil: who are they? Tob Control 2016
Sep;25(5):564-70. doi: 10.1136/tobaccocontrol-2015-052324.
ABSTRACT
Objective: To describe the indicators of smoking cessation in 2013 and 2019 for Brazil and federative units,
according to sociodemographic variables, collected in the National Health Survey (PNS). Methods: Cross-
sectional, population-based and descriptive study with data from the 2013 and 2019 PNS, a household survey
collected by trained interviewers. The prevalence of ex-smokers and the proportion of smokers who tried to quit
smoking in the 12 months prior to the interview, and respective confidence intervals (95%CI) were calculated,
according to sociodemographic variables. Additionally, the percentage variation between the years was
calculated. Results: In 2013, the prevalence of ex-smokers was 17.5% (95%CI 16.9;18.0) and, in 2019, 26.6% (95%CI
26.1;27.2). In 2013, 51.1% tried to quit smoking (95%CI 49.3;52.9) and, in 2019, 46.6% (95%CI 45.0;48.3). Conclusion:
It is important to strengthen and maintain strategies for coping with tobacco use in Brazil, to increase the
current smoker's willingness and ability to quit smoking.
Keywords: Tobacco Use Cessation; Smokers; Ex-Smokers; Health Surveys.
RESUMEN
Objetivo: Describir los indicadores de abandono del hábito tabáquico en 2013 y 2019 para Brasil y Unidades
Federadas, según variables sociodemográficas, recogidas en la Encuesta Nacional de Salud (PNS). Métodos:
Estudio transversal, poblacional y descriptivo con datos de las PNS, 2013 y 2019, una encuesta de hogares
recolectada por entrevistadores capacitados. Se calculó la prevalencia de exfumadores y proporción de
fumadores que intentaron dejar de fumar en los últimos 12 meses y respectivos intervalos de confianza (IC95%),
según variables sociodemográficas. Además, se calculó la variación porcentual entre los años. Resultados: En
2013, la prevalencia de exfumadores fue de 17,5% (IC95% 16,9;18,0), en 2019, 26,6% (IC95% 26,1;27,2). En 2013, el 51,1%
intentó dejar de fumar (IC95% 49,3;52,9), y, en 2019, el 46,6% (IC95% 45,0;48,3). Conclusión: Es importante fortalecer
y mantener las estrategias de afrontamiento del tabaquismo, para incrementar la disposición y capacidad
del fumador actual para dejar de fumar.
Palabras clave: Abandono del Consumo de Tabaco; Fumadores; Ex-Fumadores; Encuestas Epidemiológicas.