Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Brasil perdeu quase R$ 90 bilhões nos últimos dez anos em decorrência do contrabando de
cigarros. Hoje, quase metade (41-48%) dos cigarros consumidos no país é ilegal, segundo
levantamento do Ipec Inteligência, sendo que a maioria é contrabandeada principalmente do
Paraguai. O país vizinho é a principal origem desse mercado ilícito, com uma produção que
supera em seis vezes as vendas registradas pelas empresas do país (incluindo exportações
legais para nações vizinhas), de acordo com estudo realizado pelo Cadep (Centro de Análise e
Difusão da Economia Paraguaia), em 2021.
Sem pagar impostos, o produto ilegal atrai o consumidor brasileiro, especialmente o de baixa
renda, pelo preço, que chega a ser até 65% mais baixo que o produto legal, propiciando uma
elevada margem de lucro para os criminosos.
Além do impacto econômico, os cigarros contrabandeados não obedecem às normas e critérios
estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não havendo, portanto,
nenhum controle da sua composição. O resultado é que o consumidor brasileiro não sabe o que
está comprando. De acordo com estudos de universidades públicas brasileiras, o cigarro ilegal
chega a conter ácaros, fungos e até pelos de ratos, além de alta concentração de metais
pesados.
Após análises das 30 marcas de cigarros mais contrabandeadas no Brasil, a Universidade
Estadual de Ponta Grossa, entre 2012 e 2015, identificou que mais de 80% das marcas
apresentaram algum tipo de contaminação. Já a Universidade Estadual do Oeste do Paraná
(Unioeste) identificou plástico, restos de metais e, novamente, partes de insetos, em cigarros
ilegais.
Fonte: Os impactos do mercado ilegal de cigarros no Brasil | Exame
Problema: Receita a qualquer custo, a grande empresa produtora de cigarro que quer
faturar...
O mercado do tabaco é um mercado muito específico, altamente regulado e monitorado, mas
que, no entanto, afeta todos os segmentos da população mundial e brasileira (há a produção,
distribuição e venda de tabaco e seus subprodutos, tais como cigarros, charutos, cigarrilhas,
tabaco de enrolar, tabaco de mascar e rapé). O mercado do tabaco é dominado por alguns
líderes tais como a Philip Morris International (proprietária das marcas Malboro e Philip
Morris), Seita (proprietária da Fortuna, Gauloises e Gitanes), Altadis Imperial Tobacco, Japan
Tobacco International e British American Tobacco. Existem também diversos produtores
tabaco no Brasil, sendo a principal a Souza Cruz. A indústria de cigarros produz, no mundo,
cerca de 5,4 trilhões de unidades por ano. O Brasil é o maior mercado consumidor do produto
na América Latina, com consumo correspondente a 42% do total vendido no continente.
Apesar da importância do cultivo do tabaco para a economia brasileira, a sua cultura de tabaco.
O setor de produção do tabaco gera emprego e renda para mais de 600 mil pessoas em todo o
país. Não por acaso, o Brasil é o segundo maior produtor de tabaco em todo o mundo.
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (20) a Operação Effusus para
prender integrantes de uma organização criminosa com atuação na importação, no transporte e
na comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai. As ações ocorrem na região oeste
do Paraná.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso contava também com um braço financeiro,
formado por empresas de fachada utilizadas tanto para a lavagem de dinheiro proveniente das
atividades criminosas, como para o registro e transferência dos veículos empregados no
transporte dos carregamentos.
Entreposto logístico
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2023-07/policia-federal-combate-contrabando-de-cigarros-
do-paraguai
Os impactos do mercado ilegal de cigarros no Brasil
Nesse texto você vai entender algumas das principais consequências do contrabando de cigarros, que é o
produto mais apreendido pela Receita Federal e causa impactos tanto econômicos como sociais, refletindo
na segurança pública, na saúde e na geração de empregos formais.
Paraguai: produção voltada ao contrabando
O Brasil perdeu quase R$ 90 bilhões nos últimos dez anos em decorrência do contrabando de cigarros. Hoje,
quase metade (48%) dos cigarros consumidos no país é ilegal, segundo levantamento do Ipec Inteligência,
sendo que a maioria é contrabandeada principalmente do Paraguai. O país vizinho é a principal origem desse
mercado ilícito, com uma produção que supera em seis vezes as vendas registradas pelas empresas do país
(incluindo exportações legais para nações vizinhas), de acordo com estudo realizado pelo Cadep (Centro de
Análise e Difusão da Economia Paraguaia), em 2021.
Estima-se que essa produção excedente de cigarros das fábricas paraguaias abasteça o contrabando,
principalmente para o Brasil. Sem pagar impostos, o produto ilegal atrai o consumidor brasileiro,
especialmente o de baixa renda, pelo preço, que chega a ser até 65% mais baixo que o produto legal,
propiciando uma elevada margem de lucro para os criminosos.
Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), afirma que a
diferença tributária entre os dois países é um dos fatores determinantes para a problemática do contrabando,
uma vez que no Brasil os impostos para produção do cigarro vão de 70% a 90%, dependendo do Estado,
enquanto no Paraguai esse percentual é de apenas 20%, a menor carga tributária do mundo.
“A repressão ao mercado ilegal, por meio de ações das forças de segurança, é muito importante, mas é
necessário que sejam adotadas medidas que impactem a demanda do cigarro ilegal. Para isso, a questão
tributária é fundamental e deve ser colocada em discussão”, ressalta Vismona.
O barato sai caro
Além do impacto econômico, os cigarros contrabandeados não obedecem às normas e critérios
estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não havendo, portanto, nenhum
controle da sua composição. O resultado é que o consumidor brasileiro não sabe o que está comprando. De
acordo com estudos de universidades públicas brasileiras, o cigarro ilegal chega a conter ácaros, fungos e até
pelos de ratos, além de alta concentração de metais pesados.
Após análises das 30 marcas de cigarros mais contrabandeadas no Brasil, a Universidade Estadual de Ponta
Grossa, entre 2012 e 2015, identificou que mais de 80% das marcas apresentaram algum tipo de
contaminação. Já a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) identificou plástico, restos de
metais e, novamente, partes de insetos, em cigarros ilegais.
No Brasil, desde 1999, a Anvisa é a agência reguladora de todos os produtos cuja composição contenha
fumo, em especial os cigarros. Para terem a venda aprovada, os cigarros devem passar por uma série de
análises químicas e físicas, tais como composição da fumaça, níveis de metais e análise laboratorial da
presença e concentração de 162 diferentes ingredientes.
“Os protocolos da Anvisa são fundamentais para garantir o controle sanitário dos produtos que chegam ao
consumidor. O fato é que metade dos cigarros consumidos no país não obedecem a essas regras, posto que,
por serem produto do contrabando, não cumprem as exigências sanitárias”, diz o presidente da Comissão
Especial de Combate ao Mercado Ilegal da OAB, Juliano Rebelo Marques.
Um crime sem fronteiras
Nem só de cigarro paraguaio vive o contrabando no Brasil. Campeão mundial no consumo de cigarros
ilícitos, o mercado brasileiro é tão atrativo para o crime organizado que passou a despertar a atenção de
novos atores da ilegalidade.
Principalmente no Norte e Nordeste do país, marcas de cigarros vindas do Suriname, da Coreia do Sul, dos
Estados Unidos e até do Reino Unido já dividem o mercado clandestino com o produto paraguaio.
Com uma fronteira de 25 mil quilômetros, o país recebe, por terra, rio e mar, os mais diversos tipos de
mercadorias contrabandeadas, tornando o monitoramento completo da área uma missão quase impossível.
Um exemplo é que, apenas em 2021, foram apreendidos 5,4 bilhões de cigarros ilegais pelas forças de
segurança — ainda assim, esse montante representa apenas 10% do produto ilegal que é vendido no Brasil.
O cenário torna-se ainda mais complexo com a associação do contrabando com outras modalidades
criminosas, como lavagem de dinheiro, roubo de veículos, tráfico de drogas e armas e trabalho escravo,
contribuindo diretamente para o aumento da violência no país.
Mais contrabando, menos futuro
Além do impacto na segurança pública, o contrabando impacta diretamente na redução de oferta de vagas de
emprego e, com isso, ainda prejudica a ascensão social da população. É o que revela estudo da consultoria
Oxford Economics, que mostra que o Brasil perde cerca de 173 mil novos postos de trabalho apenas com o
mercado ilegal de cigarros.
O estudo considerou os dados da indústria nacional do tabaco de 2019, o último ano antes da pandemia de
covid-19, para estimar o tamanho do impacto econômico do mercado de cigarros ilícitos no Brasil. Caso os
mais de 53 bilhões de cigarros ilegais vendidos no país tivessem circulado na legalidade, esse comércio teria
adicionado R$ 6 bilhões ao PIB do Brasil, contribuído com R$ 12,7 bilhões em tributos federais e estaduais,
além de mais R$ 1,3 bilhão em receitas fiscais associadas ao emprego e à atividade sustentada.
“Hoje, o desemprego atinge cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil – um dos índices mais altos do mundo.
Num cenário sem contrabando, teríamos certamente muito mais empregos, inovação e investimentos da
indústria, alavancando a retomada econômica", afirma o presidente do FNCP.
Setor do tabaco representado no ENAI 2022
Evento realizado em Brasília, pela CNI, vai debater temas que impactam a indústria.
Por: AGROLINK & ASSESSORIA
Publicado em 28/06/2022 às 09:13h.
https://www.agrolink.com.br/noticias/setor-do-tabaco-representado-no-enai-2022_467163.html
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, participa, nos
dias 29 e 30 de junho, do Encontro Nacional da Indústria, o ENAI 2022. Schünke integra a comissão de
diretores da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) que participam do evento
realizado anualmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A programação inicia no dia 29 de junho, com o evento Diálogo da Indústria com os Pré-Candidatos à
Presidência da República, um encontro entre os presidenciáveis e os dirigentes do setor industrial, quando a
CNI apresentará aos presidenciáveis as propostas da indústria para as eleições 2022. Os pré-candidatos terão
a oportunidade de debater os estudos elaborados pela CNI e apresentar medidas que adotarão em seus
governos para aumentar a produtividade das empresas e estimular o crescimento sustentado da economia
brasileira.
“Temos sempre uma grande expectativa em relação ao ENAI, especialmente em um ano eleitoral. Será um
momento de reflexão sobre os rumos que queremos para o País e qual plano de governo pode promover
políticas que desamarrem a indústria de uma série de entraves burocráticos e que resolvam questões
tributárias que se arrastam há muitos anos, dificultando a competitividade de alguns setores, como é o caso
do tabaco”, avalia Schünke.
Já no dia 30 de junho serão realizados debates sobre temas que impactam a indústria, tais como: Inovação e
Indústria 4.0, Economia de Baixo Carbono, Reformulação das Cadeias globais de valor e integração
internacional, A volta da Política Industrial, Educação: juventude e empregabilidade e Capitalismo de
stakeholders e ESG.
INDÚSTRIA DO TABACO – O Brasil é hoje o segundo maior produtor de tabaco do mundo e o maior
exportador já há 29 anos, respondendo por 21% dos negócios no mundo. A indústria de tabaco do Sul do
Brasil está entre as mais sofisticadas do gênero, utilizando modernos conceitos de produção e equipamentos
de industrialização de última geração. Os municípios de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires, no Rio Grande
do Sul, concentram o maior número de empresas, constituindo o maior complexo de processamento de
tabaco do mundo. Em Santa Catarina e no Paraná, as indústrias de beneficiamento e industrialização de
tabaco estão localizadas nas cidades de Rio Negro (PR) e Araranguá (SC). A renda gerada a partir da
indústria é decisiva nos municípios em que atua por proporcionar, além dos 40 mil postos diretos em suas
unidades industriais, diversos empregos indiretos, além da receita gerada aos 138 mil produtores integrados
(R6,6 bilhões na safra 2020/21), de impostos arrecadados (R$ 14,2 bilhões anualmente) e divisas (US$ 1,4
bilhão em 2021).
Geral: O mundo do tabaco
Nessas últimas duas décadas, a evolução do consumo mundial de tabaco vem sendo intensamente condicionada por variáveis como:
as normas e dispositivos legais governamentais de responsabilização das empresas fabricantes de produtos do tabaco em
razão dos efeitos advindos do tabagismo contrários à saúde pública;