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DIDÁTICA

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SUMÁRIO
AULA 01 E 02 – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA ................................................................................... 2
AULA 03 - LEI 8069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA) ..................................................... 6
AULA 04 – NOVO FUNDEB ................................................................................................................................................... 8
AULA 05 – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ............................................................................................................. 11
AULA 06 – PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ............................................................................................................. 15
AULA 07 – PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ............................................................................................................ 18
AULA 08 – EDUCAÇÃO INCLUSIVA E RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 04/09 .................................................................. 21
AULA 09 – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS.............................................................................................................. 25
AULA 10 E 11 – TEORIA DA APRENDIZAGEM ............................................................................................................... 27
AULA 12 E 13 – TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS .............................................................................................................. 29
AULA 14 – JEANPIAGET ..................................................................................................................................................... 32
AULA 15 - LEV SEMIONOVITCH VIGOTSKI ..................................................................................................................... 33
AULA 16 - CURRÍCULO........................................................................................................................................................ 34
AULA 17 – CURRÍCULO ....................................................................................................................................................... 37
AULA 18 - CURRÍCULO........................................................................................................................................................ 40
AULA 19 – FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA ...................................................................................................................... 43
AULA 20 – DIDÁTICA ........................................................................................................................................................... 45
AULA 21 – CURRÍCULOS OFICIAIS .................................................................................................................................. 48
AULA 22 – BASE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS ABNCC ...................................................................................... 50
AULA 24 E 25 – PENSADORES MODERNOS .................................................................................................................. 54
AULA 26 – LEI COMPLEMENTAR 169 DE 12 DE SETEMBRO DE 2014 ..................................................................... 60
AULA 27 – AVALIAÇÃO ....................................................................................................................................................... 62
AULA 28 – PLANEJAMENTO .............................................................................................................................................. 62

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AULA 01 e 02 – ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

• Constituição da República Federativa do Brasil (Art. 205 a 214).


• LEI nº 13415/17 (novo ensino médio)
• Lei nº 8.069/1990 e suas alterações (Estatuto da Criança e do Adolescente).
• FUNDEB – 2020

ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA

NÍVEIS

SUPERIOR

BÁSICO

Divisão em 3 etapas
Atendimento regular e obrigatório de 4 aos 17 anos
Oferta de educação infantil (Creche e Pré-escola)

ETAPA

ED. INFANTIL

Atendimento do 0 aos 5 anos ;

• Dividido em duas Fases;


• Sem objetivos de promoção para próxima etapa;

FUNDAMENTAL

• Dividido em duas fases: Anos iniciais (1 ao 5 ano); Anos Finais (6 ao 9 ano)


• Maior etapa da educação básica

MÉDIO

Fase única, organizado em séries, com mínimo de 3 anos de duração.

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FASES

CRECHE Atendimento de 0 aos 3 anos (Matrícula facultativa)

Atendimento de 4 aos 5 anos (Matrícula obrigatória a


PRÉ-ESCOLA
partir dos 4 anos, completos até 31 de março)

Anos INICIAIS Atendimento de 4 aos 5 anos (Matrícula obrigatória a


partir dos 4 anos, completos até 31 de março)

Anos FINAIS 6º ao 9º ano

MODALIDADES REGULAR Atendimento Educacional


de 4 aos 17 anos

PROFISSIONAL

EJAS

ESPECIAIS
INTINERANTES
DC
Previsto na LDB
QUILOMBOLA PRISIONAL NS

INDÍGENAS

CAMPO

EAD

Bilíngue Lei 14191/21

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REGIME

PARCIAL Oferta de efetivo trabalho pedagógico (Mínimo de 4 horas,


máximo de 6 horas)

INTEGRAL

Oferta de efetivo trabalho pedagógico (Mínimo de 7 horas, máximo de 9 horas)

NÍVEIS ETAPAS FASES MODALIDADES REGIME

BÁSICO ED. INFANTIL CRECHE EJAS PARCIAL

PROFISSIONAL
SUPERIOR FUNDAMENTAL INTEGRAL
PRÉ-ESCOLA
ESPECIAIS

MÉDIO SÉRIES INICIAIS QUILOMBOLA

SÉRIES FINAIS INDÍGENAS

CAMPO

PRISIONAL

INTINERANTES

EAD

BILÍNGUE

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Artigo 12º Art. 12. Fica instituída, no âmbito do Ministério da Educação, a Comissão Intergover-
namental de Financiamento para a Educação Básica de Qualidade, com a seguinte composição
(...) (Vide Lei nº 14.113, de 2020) Vigência

Definição geral:

O Fundeb é um fundo que fornece recursos para todas as etapas da Educação Básica – desde
creches, Pré-escola, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio até a Educação de
Jovens e Adultos. Ele entrou em vigor em janeiro de 2007 e agora passa a ser PERMANENTE.

Objetivo:
Aumentar os recursos na Educação Básica e distribuir melhor esse investimento no País.
Funcionamento:

- Cada estado e o Distrito Federal têm um fundo que funciona praticamente como uma conta ban-
cária.
- Os recursos dos municípios e dos estados são depositados nessas contas. Todo o dinheiro é
somado e a União inclui sua verba.
- Esse total é redistribuído conforme as necessidades de cada estado, sendo essa distribuição
feita de acordo com o número de alunos da Educação Básica Pública.
Distribuição dos recursos:

- Cada estado distribui os recursos de seu próprio fundo, de acordo com o número de estudantes
que estão matriculados em sua rede de Educação Básica.
O número de alunos é baseado nos dados do Censo Escolar do ano anterior.
- Esse método serve para distribuir melhor os recursos pelo País, já que leva em consideração o
tamanho das redes de ensino. Quanto maior a demanda de alunos, maior os recursos destinados.
Valor por aluno ano – VAA

Em 2021, o gasto mínimo por estudante foi fixado em de R$ 4.821,99.

Todas as etapas do ensino recebem o mesmo valor por aluno?


Não. O valor mínimo é multiplicado por um número chamado "fator de ponderação", que varia
conforme a etapa e a modalidade do ensino.

Tabela dos fatores de ponderação para o ano de 2021:

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• I - Creche em tempo integral: a) pública: 1,30; e b) conveniada: 1,10;
• II - Creche em tempo parcial:
• a) pública: 1,20; e b) conveniada: 0,80;
• III- Pré-escola em tempo integral: 1,30;
• IV - Pré-escola em tempo parcial: 1, 10;
• V -Anos iniciais do ensino fundamental urbano: 1,00;
• VI - Anos iniciais do ensino fundamental no campo: 1,15;
• VII - Anos finais do ensino fundamental urbano: 1,10;
• VIII -Anos finais do ensino fundamental no campo: 1,20;
• IX- Ensino fundamental em tempo integral: 1,30;
• X - Ensino médio urbano: 1,25;
• XI -Ensino médio no campo: 1,30;
• XII- Ensino médio em tempo integral: 1,30;
• XIII - Ensino médio articulado à educação profissional: 1,30;
• XIV -Educação especial: 1,20;
• XV - Educação indígena e quilombola: 1,20;
• XVI - Educação de jovens e adultos com avaliação no processo: 0,80;
• XVII - Educação de jovens e adultos integrada à educação profissional de nível mé-
dio, com avaliação no processo: 1,20;
• XVIII - Formação técnica e profissional prevista no inciso V do caput do art. 36 da
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: 1,30.

Complementação do fundo

- Se o estado não atingir o valor mínimo fixado para investimentos por estudante da rede pública,
ele recebe do governo federal o dinheiro necessário para completar o valor do seu fundo.
- Em 2020, nove estados brasileiros não devem alcançar esse valor mínimo e receberão ajuda da
União: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.

NOVA FÓRMULA :

- As novas regras aumentam a contribuição da União ao fundo.


- Antes: 10%; Agora: 23%, de maneira progressiva.
12% no primeiro ano;
15% no segundo;
17% no terceiro;
19% no quarto ano;
21% no quinto;

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23% nos demais anos seguintes.

NOVA FÓRMULA:

- A partir do sexto ano de vigência, o repasse de 23% por parte da União ao Fundeb deve ser feito
com base nas seguintes regras:
10% seguindo as regras atuais de calculo (VAA) x fator de ponderação x numero de alunos (do
fundo próprio);
10,5% será destinado, independente do Estado de origem, aos que não alcançarem o valor mínimo
(VAA);
2,5% baseado no s indicadores (atendimento, melhora na qualidade da aprendizagem).

Como pode ser aplicado o FUNDEB

- No financiamento de todos os níveis da Educação Básica. Deve ser aplicado no pagamento do


salário dos professores, diretores e orientadores educacionais (mínimo de 70%) e pode ser usado
também em atividades como o custeio de programas de melhora da qualidade da Educação, a
formação continuada dos professores, a aquisição de equipamentos, a construção e manutenção
das escolas (máximo de 30%).
- Lembrando que a LDB define o que é ou não interpretado como gasto com educação.

De onde vem o recurso do FUNDEB

- Nenhum dos impostos arrecadados pelos municípios faz parte do Fundeb. Os municípios já são
obrigados a investir no mínimo 25% de seus tributos na Educação, como manda o artigo 212 da
Constituição Federal.

- ATENÇÃO, a verba do FUNDEB não advém exclusivamente de receitas da UNIÃO.

AULA 05 – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

PNE – PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Definição:

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Determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional em uma década.

O PNE é uma legislação com 12 Artigos, 10 Diretrizes, 20 Metas com as respectivas Estratégias
Metas e Diretrizes amparadas num percentual de 7% do PIB.

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – Diretrizes

I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na er-
radicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que
se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção
do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com
padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade
socioambiental.

BLOCO 01 - Metas estruturantes para a garantia do direito à educação básica com qualidade,
universalização do acesso, à universalização da alfabetização e à ampliação da escolaridade e
das oportunidades educacionais.

Metas : 1, 2, 3, 5, 6, 7, 9, 10 e 11

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro)
a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender,
no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência
deste PNE.
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a
14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos con-
cluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a
17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de ma-
trículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

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Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fun-
damental.

Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das es-
colas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as)
da educação básica.

Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com me-
lhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para
o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental;
5,2 no ensino médio.

Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5%
(noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE,
erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabe-
tismo funcional.

Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jo-
vens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a
qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público

BLOCO 02 – Metas com foco especificamente à redução das desigualdades e à valorização da


diversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade.

Metas : 4 e 8

Meta 4: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a
14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos con-
cluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de


modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano,
para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e
cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declara-
dos à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

BLOCO 03 – Metas que tratam da valorização dos profissionais da educação, considerada estra-
tégica para que as metas anteriores sejam atingidas

Metas : 15, 16, 17 e 18

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Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educa-
ção básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na
área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da edu-
cação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais
da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessida-
des, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Meta 17: valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de
forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equi-
valente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as)
profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o
plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso
salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da
Constituição Federal.

BLOCO 04 – Metas que refere-se ao ensino superior, que, em geral, é de responsabilidade dos
governos federal e estaduais.
Metas : 12, 13 e 14

Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento)
e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e qua-
tro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por
cento) das novas matrículas, no segmento público.

Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores
do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75%
(setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo
a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

BLOCO 05 – Metas que refere-se ao fortalecimento da gestão democrática, com leis específicas
que a normatizem em cada rede ou sistema de ensino.

Metas: 19 e 20

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AULA 09 – CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

DIDÁTICA .

1. A didática é um ramo da ciência pedagógica. Por esta razão a didática está voltada, inten-
cionalmente, para a formação do aluno em função de finalidades educativas.
2. A didática tem como objeto de estudo o processo de ensino e aprendizagem, especifica-
mente os nexos e relações entre o ato de ensinar e o ato de aprender.
3. A didática aborda o ensino como atividade de mediação para promover o encontro forma-
tivo, educativo, entre o aluno e a matéria de ensino, explicitando o vínculo entre teoria do
ensino e teoria do conhecimento

DIDÁTICA COMO DEFINIÇÃO EM LIBÂNEO:

• A Didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os
objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se relacionam entre si de
modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem signifi-
cativa.
• A Didática, portanto, trata dos objetivos, condições e meios de realização do processo de
ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio- políticos.
• A Didática cuida dos objetivos, condições e modos de realização do processo de ensino.

SEGUNDO LIBÂNEO É PAPEL DO PROFESSOR:

• Planejar
• Selecionar
• Organizar conteúdos
• Programar atividades
• Criar condições de estudo dentro da sala de aula
• Incentivar os alunos
• SEGUNDO A LDB (9394/96) Artigo 13.

I. – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;


II. – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento
de ensino;
III. – zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV. – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V. – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI. – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
A natureza do trabalho docente é a mediação da relação cognoscitiva entre o aluno e os
conteúdos das disciplinas escolares.
Ensinar e aprender são duas facetas do mesmo processo.

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Aprendizagem

Atividade de mediação pela qual são providas as condições e os meios para os alunos se
tornarem sujeitos ativos na assimilação de conhecimentos.

Três funções inseparáveis:

• Organizar os conteúdos;
• Orientar os alunos;
• Dirigir e controlar a atividade docente para os objetivos da
aprendizagem.

Ensino-aprendizagem: unidade

• O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem;


• A unidade entre ensino e aprendizagem fica comprometida quando:
✓ O ensino se caracteriza pela memorização;
✓ Professor com postura de ‘detentor’ de todo conhecimento;
✓ Alunos são deixados sozinhos com o pretexto de que o professor somente deve
facilitar a aprendizagem e não ensinar.

Objetivos do trabalho docente

• Assegurar aos alunos o domínio dos conteúdos;


• Criar condições e os meios para que os alunos dominem métodos de estudos e trabalho
intelectual visando sua autonomia;
• Orientar as tarefas de ensino para objetivos educativos de formação.

Estrutura do trabalho docente

• Sequência de atos sucessivos e inter-relacionados para atingir os objetivos.


• O trabalho docente é uma atividade intencional, planejada conscientemente visando atingir
os objetivos previamente estabelecidos. Por isso precisa ser estruturado e ordenado.

Princípio Básico do Ensino

• Ter caráter científico e sistemático;


• Ser compreensível e possível de ser assimilado;
• Assegurar a relação conhecimento-prática;
• Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem;
• Garantir a solidez dos conhecimentos;
• Levar à vinculação trabalho coletivo – particularidades individuais.

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AULA 10 E 11 – TEORIA DA APRENDIZAGEM

TEORIAS DA APRENDIZAGEM:

- INATISTA
- EMPIRISTA

1. AMBIENTALISTA
2. COMPORTAMENTALISMO
3. BEHAVIORISMO
- HUMANISTAS
- COGNITIVISTAS

1. INTERACIONISTA
2. SÓCIOINTERACIONISTAS

TEORIA INATISTA

- Origem racionalista.
- Percepção do homem como algo fechado em sí.
- Saber inato (dons), onde a escola e a sociedade lhe possibilitará meios para acessa-los.
Saber: ação de dentro pra fora.

TEORIA EMPIRISTAS

- O homem nasce como uma “folha em branco”, “Tábula Rasa”.


- O conhecimento nasce da relação com o meio através do que experimentamos, sentimos
através dos sentidos.
- O meio como grande responsável pelo que a criança aprende.
- Forte influência determinista.
- Saber como forma passiva.
- Escola e professor como ativos nesse desenvolvimento.
- Enquadram-se aqui:

1. AMBIENTALISMO
2. COMPORTAMENTALISMO
3. BEHAVIORISMO

Saber: ação de fora para dentro.

AMBIENTALISMO (século XV ao XIX)

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-No ambientalismo o ser humano é considerado uma folha em branco, que será moldada
pelos estímulos do ambiente.
- Deve-se entender que o aluno, fruto de ambientes diferentes, deve ser ensinado por e para
esse ambiente
*Papel da escola (professor) entender o contexto, buscar estratégias e submeter o aluno a ações
empíricas.

COMPORTAMENTALISMO (Pavlvov; Watson; Skinner.)

-Não se pode conhecer o interior humano, senão, pelo observação do comportamento (ou
práticas de externação).
- A ação humana é uma resposta interna de um estímulo vindo do externo.
- TEORIA DO ESTÍMULO X RESPOSTA.
*Papel da escola (professor) é escolher os estímulos certos para obter respostas certas.

BEHAVIORISMO (Watson, Skinner)

- Inclui no estudo fenômenos não observáveis , mas passíveis de comprovação.


- Método de recompensa: premiação das respostas corretas. (reforço positivo)
*Papel da escola (professor) reforço positivo das respostas certas.

TEORIAS COGNITIVISTAS

- Teorias que levam em conta que o aluno não é passivo na aprendizagem, pois, diferente-
mente dos modelos empiristas, deixa de ser visto como o receptáculo dos conhecimentos
transmitidos pelo professor
- Leva-se em conta o desenvolvimento biopsicológico, bem como as relações culturais e so-
ciais, como fatores influenciadores do saber.
-
TEORIA INTERACIONISTA ou CONSTRUTIVISTA

- Aprendizagem como relação sujeito-objeto.


- Saber passa ser interpretado de forma ativa/ participativa.
- Construtivismo (Piaget) encontra-se nessa abordagem.

TEORIA SÓCIO-INTERACIONISTAS ou SÓCIO-CONSTRUTIVISTAS ou CULTURALISTAS

-Aprendizagem dar-se-á pela relação com o objeto, mas também pela relações sociais do
sujeito.
- Abre-se o leque para entender a construção do saber como relação social, afetiva, motora
e cognitiva.
- Vygotsky e Wallon encontram-se nessa abordagem.

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AULA 12 e 13 – TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

TENDÊNCIA LIBERAL:

- LIBERAL: liberdade individual (política, religiosa, econômica, educacional) para livre articulação
e associação em detrimento ao ESTADO (Absolutista).
- CAPITALISMO: sistema social em que o capital está em mãos privadas ( empresas ou indivíduos)
onde esses, contratam força de trabalho em troca de salário.

LIBERAL TRADICIONAL

• Papel da Escola: Preparar o intelectual;


• Papel do aluno: Receptor passivo. Inserido em um mundo que irá conhecer pelo repasse
de informações;
• Relação professor-aluno: autoridade e disciplina;
• Conhecimento: Dedutivo. São apresentados apenas os resultados, para que sejam arma-
zenados;
• Metodologia: aulas expositivas, comparações, exercícios, lições/deveres de casa;
• Conteúdos: passados como verdades absolutas - separadas das experiências;
• Avaliação: centrada no produto do trabalho.

LIBRAL RENOVADA PROGRESSISTA (DIRETIVA OU PRAGMÁTICA)

• Papel da Escola: Adequar as necessidades individuais ao meio social, explorar o interesse


do aluno para reforçar suas capacidades sociais de forma PROGRESSISTA.
• Papel do aluno: Agente do processo educacional, estimulado por situações problemas de-
senvolvidos através de suas práticas cotidianas;
• Relação professor-aluno: Professor auxilia no desenvolvimento.
• Conhecimento: aprender se torna uma atividade de descoberta, é uma auto-prendizagem,
sendo o ambiente apenas o meio estimulador.
• Metodologia: Aprender fazendo; A motivação depende da força de estimulação do pro-
blema e das disposições internas e interesses do aluno.
• Teóricos: Dewey, Montessouri, De-crouly, Cousinet.

LIBRAL PROGRESSISTA NÃO DIRETIVA

• Papel da Escola: Formação de boas atitudes, escola preocupada com problemas psicoló-
gicos do que com os pedagógicos ou sociais.
• Papel do aluno: educação centrada no aluno; visa desenvolver características inerentes a
sua natureza (psicológica).
• Relação professor-aluno: O professor é um especialista em relações humanas, ao
garantir um bom clima de relacionamento interpessoal.
• Conhecimento: Os processos de ensino visam mais facilitar aos estudantes os meios

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para buscarem por si mesmos os conhecimentos que, no entanto, são dispensáveis.
• Metodologia: Os métodos usuais são dispensados, prevalecendo quase que exclusiva-
mente o esforço do professor em desenvolver um estilo próprio para facilitar a aprendiza-
gem dos alunos.
• Teóricos: Carl Rogers e Alexander Neill.

MÉTODO LANCASTER OU “LANCASTELIANO”:

Desenvolvido na França e executado com muito força no Brasil durante o período Imperial.
Cumpria a função de suprir a falta de capital humano para as aulas.
Utilização de “monitores replicadores”.

MANIFESTO DOS PIONEIROS:

Documento escrito por 26 educadores (em 1932), com o título A reconstrução educacional
no Brasil: ao povo e ao governo. Buscava instituir uma diretriz única para a política de educacional.
A escola deixaria de ensinar visando o local social do indivíduo e passaria a desenvolver o
indivíduo em prol da necessidade do coletivo da pátria.

ESCOLA NOVA (Educação Nova):

Movimento francês que buscava a modernização, a democratização, a industrialização e


urbanização da sociedade.
No Brasil os educadores que apoiavam suas ideias entendiam que a educação seria a res-
ponsável por inserir as pessoas na ordem social (Modernidade).
- Anysio Teixeira; Lourenço Filho; Fernando de Azevedo.
TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA:

• Papel da Escola: Produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho;


• Papel do aluno: copiar bem, reproduzir o que foi instruído fielmente;
• Relação professor-aluno: O Professor é o técnico e responsável pela eficiência do ensino
e o aluno é o treinando;
• Conhecimento: Experiência planejada, o conhecimento é o resultado da experiência;
• Metodologia: Excessivo uso da técnica para atingir objetivos instrucionais, aprender-fa-
zendo, cópia, repetição, treino;
• Conteúdos: Baseado nos princípios científicos, manuais e módulos de autoinstrução. Vis-
tos como verdades inquestionáveis;
• Avaliação: Uso de vários instrumentos de medição mais pouco fundamentada, confiança
apenas nas informações trazidas nos livros didáticos;

TENDÊNCIA PROGRESSISTA:

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- O termo "progressista” é usado para designar as tendências que, partindo de uma análise
crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da
educação.
- Evidentemente a pedagogia progressista, não tem como institucionalizar-se numa socie-
dade capitalista; daí ser ela um instrumento de movimentos sociais e luta ideológica dos
professores.

TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA:

• Papel da Escola: ênfase no não-formal. É uma escola crítica, que questiona as relações
do homem no seu meio;
• Papel do aluno: Refletir sobre sua realidade, sobre a opressão e suas causas, resultando
daí o engajamento do homem na luta por sua libertação;
• Relação professor-aluno: Relação horizontal, posicionamento como sujeitos do ato de
conhecer;
• Conhecimento: O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se nas condições
de seu contexto de vida, reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra;
• Metodologia: participativa, busca pela construção do conhecimento;
• Conteúdos: Temas geradores extraídos da vida dos alunos, saber do próprio aluno;
• Avaliação: Auto-avaliação ou avaliação mútua.
• Teórico: Paulo Freire.

TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA:

• Papel da Escola: Deve buscar transforma o aluno no sentido libertário e autogestionário,


como forma de resistência ao Estado e aos seus aparelhos ideológicos;
• Papel do aluno: Refletir sobre sua realidade, sobre a opressão e suas causas, resultando
daí o engajamento do homem na luta por sua libertação;
• Relação professor-aluno: o professor é o conselheiro, uma espécie de monitor à disposi-
ção do aluno;
• Conhecimento: reflexão sobre a cultura e busca de respostas aos desafios que encontra
• Metodologia: Livre-expressão. Contexto cultural. Educação estética;
• Conteúdos: São colocados para o aluno, mas não são exigidos. São resultantes das ne-
cessidades do grupo;
• Avaliação: auto-avaliação, sem caráter punitivo.
• Exemplo: Escola da Ponte (Portugal) - Zé Pacheco.

TENDÊNCIA PROGRESSISTA HISTÓRICO-CRÍTICO ou CRÍTICO-SOCIAIS DOS CONTEÚ-


DOS

• Papel da Escola: Parte integrante do todo social. Prepara o aluno para participação ativa
na sociedade;
• Papel do aluno: Sujeito no mundo e situado como ser social, ativo;

31
• Relação professor-aluno: Professor é o agente competente que direciona o processo en-
sino-aprendizagem. Mediador entre conteúdos e alunos;
• Conhecimento: construído pela experiência pessoal e subjetiva;
• Metodologia: Contexto cultural e social;
• Conteúdos: São culturais, universais, sempre reavaliados frente à realidade social;
• Avaliação: A experiência só pode ser julgada a partir de critérios internos do organismo, os
externos podem levar ao desajustamento.

AULA 14 – JEANPIAGET

JEAN PIAGET – Suíça


1896 - 1980
Biólogo, Psicólogo, Epistemólogo

- TEORIA PSICOGENÉTICA: Também conhecida como Construtivismo.


- O saber vem da interação entre o SER (aquele que quer conhecer) e o OBJETO (aquilo
que se quer conhecer).
- Esse interação dar-se através de uma esquematização constante chamada EQUILIBRA-
ÇÃO MAJORITÁRIA.

32
Fases desenvolvimento moral:

Fases Cognitivo:

1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos) Criança descobrindo suas “FERRAMENTAS


BIOLÓGICAS”

2º período: Pré-operatório (3 a 6 anos) Processo de consolidação do simbólico fala e


do entendimento.

3º período: Operações concretas (6 a 12 anos) Consolidação da ação mental;


egocentrismo intelectual e social.

4º período: Operações formais (12 anos em diante) Amplia as capacidades, formu-


lando suas próprias ideias e códigos.

AULA 15 - LEV SEMIONOVITCH VIGOTSKI

Lev Semionovitch Vigotski


Bielo-Rússia
1896 - 1934
Psicologia histórico-cultural

33
Características do Cognitivo

PROCESSOS ELEMENTARES: Processo de ordem biológica; Reações automáticas;


associações simples;

PSICOLÓGICO SUPERIOR: Ação consciente, voluntarismo, atenção, memória,


intencionalidade;

SÍNTESE: Todo saber passa a ser algo novo e buscado através da relação entre os
elementos

Plasticidade: Condição cerebral de condicionar-se de forma diferente de acordo


com o espaço-tempo-sociedade ao qual está ligado.

- O saber nasce interação entre os indivíduos e o meio (Sociedade) através do uso dos vários
mecanismos simbólicos.
- Para ocorrer a aprendizagem, a interação social deve acontecer dentro da zona de desen-
volvimento proximal (ZDP), que seria a distância existente entre aquilo que o sujeito já sabe,
seu conhecimento real, e aquilo que o sujeito possui potencialidade para aprender, seu
conhecimento potencial.

AULA 16 - CURRÍCULO

DEFINIÇÃO CURRÍCULO:

Conjunto das atividades organizadas por instituições escolares, entendido também nas ações
que não estão explicitados e nem sempre são claramente percebidos pela comunidade escolar.

DOCUMENTOS OFICIAIS:

34
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Diretrizes Curriculares Nacionais; Parâmetros
Curriculares Nacionais; Referênciais Curriculares; Orientações Curriculares; BNCC; Propostas
Curriculares Estaduais e Municipais.

POLITICAMENTE:

O currículo é o instrumento de viabilização do direito à educação.

PONTO DE PARTIDA DO CURRÍCULO:

Conhecimento escolar: saber ungido por construção específica para a escola porém, não deve
constituir uma simplificação de conhecimentos produzidos fora da escola.

CONHECIMENTO ESCOLAR?

Saberes e as práticas socialmente construídos através do diálogo e a reflexão dos seguintes ato-
res:

• Instituições produtoras do conhecimento científico (universidades e centros de pesquisa)

• Mundo do trabalho;

• Desenvolvimentos tecnológicos;

• Atividades desportivas e corporais;

• Produção artística;

• Campo da saúde;

• Formas diversas de exercício da cidadania;

• Movimentos sociais

TEORIAS CONCEITUAIS DO CURRÍCULO:

TEORIA TRADICIONAL

TEORIA CRÍTICA

TEORIA PÓS-TRADICIONAL

TEORIA TRADICIONAL:

35
ESCOLA: realizar a preparação moral e intelectual dos indivíduos para assumirem seu lugar na
sociedade de trabalho (e de consumo). Preocupação com aprendizagem, notas, mensuração.

CONTEÚDO: conhecimentos verdadeiros acumulados pela sociedade.

AVALIAÇÃO: aspectos quantitativos, memorização, produtividade.

PROFESSOR: centro do saber, relação autoritária, técnica e disciplina.

ALUNO: tábula rasa, passivo

TEORIA CRÍTICA:

ESCOLA: Espaço socializador dos conhecimentos e saberes universais; local de articulação en-
tre o ato político e o ato pedagógico

CONTEÚDO: conteúdos culturais universais que são incorporados pela humanidade frente à re-
alidade social

AVALIAÇÃO: meio de obter informações sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, para


a reformulação /intervenção dessa prática e dos processos de aprendizagem

PROFESSOR-ALUNO: relação interativa, ambos são sujeitos ativos na caminhada da aprendi-


zagem. Aluno é participante ativo.

TEORIA PÓS-CRÍTICA:

DESCONSTRUÇÃO DOS BINARISMOS QUE CONSTITUEM O CONHECIMENTO

MACHO / FÊMEA;

BRANCO / NEGRO;

CIENTÍFICO / NÃO CIENTÍFICO

DISCUSSÃO DAS ATUAIS E RÍGIDAS SEPARAÇÕES CURRICULARES

ENTRE AS DIVERSAS

ÁREAS DO CONHECIMENTO

TIPOS DE CURRÍCULO:

PRESCRITIVO

REAL
OCULTO AVALIADO

36
TIPOS DE CURRÍCULO:

FORMAL OU PRESCRITIVO: constitui-se em documentos que orientam o desenvolvimento da


educação em determinado ambiente, porém não a determina, por exemplo os Parâmetros Curri-
culares Nacionais (PCN´s), Projeto Político Pedagógico (PPP), entre outros.

REAL: forma como se concretiza no dia a dia o currículo prescrito. Por mais pormenorizado que
seja, o currículo prescrito não consegue “programar” completamente tudo o que será realizado
em sala de aula.

OCULTO: Conjunto de aprendizagens, que são obtidas no domínio do não-dito, constituem-se


nos conteúdos do currículo oculto ou escondido.

AVALIADO: evidencia as relações entre currículo e a avaliação, pois trata do currículo formulado
para atender as expectativas das avaliações (internas ou externas).

MULTIDISCIPLINARIDADE: Situação curricular mais comum. Disciplinas não dialogam e os re-


sultados são imediatos e estanques, sem a preocupação da contextualização.

INTERDISCIPLINARIDADE (Pedagogia de projetos): Busca resultado através da combinação


de várias disciplinas; Temporariamente um mesmo objeto é definido como foco e as disciplinas
cooperam, mantendo suas metodologias.

TRANSVERSALIDADE: Integração curricular com a quebra do conceito de disciplinaridade. O


saber é construído através da relação de vários saberes sem hierarquizações. Currículo visto
em ÁREAS DO CONHECIMENTO e não mais em COMPONENTES CURRICULARES. Ex.:
BNCC

AULA 17 – CURRÍCULO

PARÂMETROS CURRICULARES

• Definição:

- São pontos elaboradas pelo Governo Federal para a orientação dos educadores por meio da
normatização de alguns fatores fundamentais concernentes a cada disciplina.

• Objetivos:

- Ajudar o professor a criar os caminhos para atingir o objetivo de levar ao estudante conheci-
mentos capazes de torná-lo uma pessoa crítica, versátil e hábil para continuar aprendendo e se
adaptando às constantes exigências do mundo globalizado.

PARÂMETROS CURRICULARES

37
• Pressupostos dos PCNs :

- Visão orgânica do conhecimento, afinada com as mutações surpreendentes que o acesso à in-
formação está causando no modo de abordar, analisar, explicar e prever a realidade, que cada
vez mais entremeia o texto dos discursos, das falas e das construções conceituais.
- Disposição para perseguir essa visão, organizando e tratando os conteúdos do ensino e as si-
tuações de aprendizagem, de modo a destacar as múltiplas interações entre as disciplinas do
currículo;

PARÂMETROS CURRICULARES

• Pressupostos dos PCNs :

- Abertura e sensibilidade para identificar as relações que existem entre os conteúdos do ensino
e as situações de aprendizagem com os muitos contextos de vida social e pessoal, de modo a
estabelecer uma relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento e a desenvolver a capa-
cidade de relacionar o aprendido com o observado, a teoria com suas consequências e aplica-
ções práticas;
- Reconhecimento das linguagens como formas de constituição dos conhecimentos e das identi-
dades; reconhecimento e aceitação de que o conhecimento é uma construção coletiva e que a
aprendizagem mobiliza afetos, emoções e relações com seus pares, além das cognições e habi-
lidades intelectuais.

PCN's e os temas transversais: SEIS ÁREAS

1. Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo, Solidariedade), Orientação Sexual (Corpo: Matriz
da sexualidade, relações de gênero, prevenções das doenças sexualmente Transmissí-
veis) ,
2. Meio Ambiente (Os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conserva-
ção ambiental)
3. Saúde (autocuidado, vida coletiva)
4. Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a Vida das Crianças no Brasil, constituição
da pluralidade cultural no Brasil, o Ser Humano como agente social e produtor de cultura,
Pluralidade Cultural e Cidadania)
5. Trabalho e Consumo (Relações de Trabalho; Trabalho, Consumo, Meio Ambiente e Sa-
úde; Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas; Direitos Huma-
nos, Cidadania).
6. Temas Locais (Conhecimento vinculado a realidade social, buscando a construção de um
saber significativo).

BNCC – Base Nacional Comum Curricular

38
Documento normativo (força de lei) que versa sobre o conjunto de aprendizagens essenci-
ais para as etapas da Educação Básica.
O documento, em sua terceira e definitiva versão para Educação Infantil e Ensino Funda-
mental foi homologado em dezembro de 2017, sendo o homologado em dezembro de 2018 o
material pertinente ao Ensino Médio.
A BNCC, trás uma perspectiva de educação centrada no ensino por COMPETENCIAS E
HABILIDADES, bem como o desenvolvimento INTEGRAL do aluno (COGNITIVO, FÍSICO,
EMOCIONAL E CULTURAL).

Comparando DCNs e PCNs:

1. PCNs são diretrizes separadas por disciplinas elaboradas pelo governo federal e não obri-
gatórias por lei.
2. PCNs visam subsidiar e orientar a elaboração ou revisão curricular; a formação inicial e
continuada dos professores; as discussões pedagógicas internas às escolas; a produção
de livros e outros materiais didáticos e a avaliação do sistema de Educação.
3. DCNs são normas obrigatórias para a Educação Básica que têm como objetivo orientar o
planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino, norteando seus currículos
e conteúdos mínimos.

DIRETRIZES CURRICULARES

• Definição:

- São normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular
das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo
Conselho Nacional de Educação (CNE).

• Histórico:

- Fruto da LDB 9394/96 que assinala ser incumbência da União "estabelecer, em colabora-
ção com os estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e
os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum".

DIRETRIZES CURRICULARES

• Objetivos:

- As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garantindo que conteúdos


básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar de levar em consideração os
diversos contextos nos quais eles estão inseridos.

39
- Visam a preservação da autonomia escolar e da proposta pedagógica, incentivando as
instituições a montar seu currículo, recortando, dentro das áreas de conhecimento, os
conteúdos que lhe convêm para a formação daquelas competências explícitas nas DCNs.

AULA 18 - CURRÍCULO1

BNCC – Base Nacional Comum Curricular

Dentro do desenho curricular nacional, a BNCC, diz respeito a 75% da carga horária, da etapa;

Sendo complementada pela Base Diversificada em 25%.

BNCC – Base Nacional Comum Curricular

BNCC – Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil

40
BNCC – Base Nacional Comum Curricular: Ensino Fundamental

Ens. Religioso

41
BNCC Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio

BNCC – Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio

42
AULA 19 – FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

43
44
AULA 20 – DIDÁTICA

DEFINIÇÃO:

• PEDAGOGIA: A ciência que investiga a teoria e a prática da educação dos seus vínculos
com a prática social e global é a Pedagogia.
• EDUCAÇÃO: Ato ou efeito do educar (-se). Processo de desenvolvimento da capacidade
física, intelectual e moral do ser humano.

45
DIDÁTICA .

1. A didática é um ramo da ciência pedagógica. Por esta razão a didática está voltada, inten-
cionalmente, para a formação do aluno em função de finalidades educativas.
2. A didática tem como objeto de estudo o processo de ensino e aprendizagem, especifica-
mente os nexos e relações entre o ato de ensinar e o ato de aprender.
3. A didática aborda o ensino como atividade de mediação para promover o encontro forma-
tivo, educativo, entre o aluno e a matéria de ensino, explicitando o vínculo entre teoria do
ensino e teoria do conhecimento

DIDÁTICA COMO DEFINIÇÃO EM LIBÂNEO:

• A Didática é uma disciplina que estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os
objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas da aula se relacionam entre si de
modo a criar as condições e os modos de garantir aos alunos uma aprendizagem signifi-
cativa.
• A Didática, portanto, trata dos objetivos, condições e meios de realização do processo de
ensino, ligando meios pedagógico-didáticos a objetivos sócio- políticos.
• A Didática cuida dos objetivos, condições e modos de realização do processo de ensino.

SEGUNDO LIBÂNEO É PAPEL DO PROFESSOR:

• Planejar
• Selecionar
• Organizar conteúdos
• Programar atividades
• Criar condições de estudo dentro da sala de aula
• Incentivar os alunos

SEGUNDO A LDB (9394/96) Artigo 13.

I. – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;


II. – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento
de ensino;
III. – zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV. – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
V. – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI. – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
A natureza do trabalho docente é a mediação da relação cognoscitiva entre o aluno e os
conteúdos das disciplinas escolares.
Ensinar e aprender são duas facetas do mesmo processo.

46
Aprendizagem

Ensino

Atividade de mediação pela qual são providas as condições e os meios para os alunos se
tornarem sujeitos ativos na assimilação de conhecimentos.

Três funções inseparáveis:

• Organizar os conteúdos;
• Orientar os alunos;
• Dirigir e controlar a atividade docente para os objetivos da
aprendizagem.

Ensino-aprendizagem: unidade

• O ensino não existe por si mesmo, mas na relação com a aprendizagem;


• A unidade entre ensino e aprendizagem fica comprometida quando:

✓ O ensino se caracteriza pela memorização;


✓ Professor com postura de ‘detentor’ de todo conhecimento;
✓ Alunos são deixados sozinhos com o pretexto de que o professor somente deve
facilitar a aprendizagem e não ensinar.

Objetivos do trabalho docente

• Assegurar aos alunos o domínio dos conteúdos;


• Criar condições e os meios para que os alunos dominem métodos de estudos e trabalho
intelectual visando sua autonomia;
• Orientar as tarefas de ensino para objetivos educativos de formação.

47
Estrutura do trabalho docente

• Sequência de atos sucessivos e inter-relacionados para atingir os objetivos.


• O trabalho docente é uma atividade intencional, planejada conscientemente visando atingir
os objetivos previamente estabelecidos. Por isso precisa ser estruturado e ordenado.

Princípio Básico do Ensino

• Ter caráter científico e sistemático;


• Ser compreensível e possível de ser assimilado;
• Assegurar a relação conhecimento-prática;
• Assentar-se na unidade ensino-aprendizagem;
• Garantir a solidez dos conhecimentos;
• Levar à vinculação trabalho coletivo –particularidades individuais.

AULA 21 – CURRÍCULOS OFICIAIS

PARÂMETROS CURRICULARES

• Definição:
- São pontos elaboradas pelo Governo Federal para a orientação dos educadores por meio
da normatização de alguns fatores fundamentais concernentes a cada disciplina.

• Objetivos:
- Ajudar o professor a criar os caminhos para atingir o objetivo de levar ao estudante conhe-
cimentos capazes de torná-lo uma pessoa crítica, versátil e hábil para continuar aprendendo
e se adaptando às constantes exigências do mundo globalizado.

PARÂMETROS CURRICULARES

• Pressupostos dos PCNs :

- Visão orgânica do conhecimento, afinada com as mutações surpreendentes que o acesso


à informação está causando no modo de abordar, analisar, explicar e prever a realidade,
que cada vez mais entremeia o texto dos discursos, das falas e das construções conceitu-
ais.
- Disposição para perseguir essa visão, organizando e tratando os conteúdos do ensino e as situ-
ações de aprendizagem, de modo a destacar as múltiplas interações entre as disciplinas do currí-
culo;

PARÂMETROS CURRICULARES

• Pressupostos dos PCNs :

48
- Abertura e sensibilidade para identificar as relações que existem entre os conteúdos do
ensino e as situações de aprendizagem com os muitos contextos de vida social e pessoal,
de modo a estabelecer uma relação ativa entre o aluno e o objeto do conhecimento e a
desenvolver a capacidade de relacionar o aprendido com o observado, a teoria com suas
consequências e aplicações práticas;
- Reconhecimento das linguagens como formas de constituição dos conhecimentos e das identi-
dades; reconhecimento e aceitação de que o conhecimento é uma construção coletiva e que a
aprendizagem mobiliza afetos, emoções e relações com seus pares, além das cognições e habili-
dades intelectuais.

PCN's e os temas transversais: SEIS ÁREAS

1. Ética (Respeito Mútuo, Justiça, Diálogo, Solidariedade), Orientação Sexual (Corpo: Matriz
da sexualidade, relações de gênero, prevenções das doenças sexualmente Transmissíveis)
,
2. Meio Ambiente (Os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação
ambiental)
3. Saúde (autocuidado, vida coletiva)
4. Pluralidade Cultural (Pluralidade Cultural e a Vida das Crianças no Brasil, constituição da
pluralidade cultural no Brasil, o Ser Humano como agente social e produtor de cultura, Plu-
ralidade Cultural e Cidadania)
5. Trabalho e Consumo (Relações de Trabalho; Trabalho, Consumo, Meio Ambiente e Sa-
úde; Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas; Direitos Huma-
nos, Cidadania).
6. Temas Locais (Conhecimento vinculado a realidade social, buscando a construção de um
saber significativo).

DIRETRIZES CURRICULARES

• Definição:
- São normas obrigatórias para a Educação Básica que orientam o planejamento curricular
das escolas e dos sistemas de ensino. Elas são discutidas, concebidas e fixadas pelo Con-
selho Nacional de Educação (CNE).
• Histórico:
- Fruto da LDB 9394/96 que assinala ser incumbência da União "estabelecer, em colabora-
ção com os estados, Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a
Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e
os seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar a formação básica comum".

DIRETRIZES CURRICULARES

• Objetivos:

49
- As diretrizes buscam promover a equidade de aprendizagem, garantindo que conteúdos
básicos sejam ensinados para todos os alunos, sem deixar de levar em consideração os
diversos contextos nos quais eles estão inseridos.
- Visam a preservação da autonomia escolar e da proposta pedagógica, incentivando as ins-
tituições a montar seu currículo, recortando, dentro das áreas de conhecimento, os conteú-
dos que lhe convêm para a formação daquelas competências explícitas nas DCNs.

Comparando DCNs e PCNs:

1. PCNs são diretrizes separadas por disciplinas elaboradas pelo governo federal e não obri-
gatórias por lei.
2. PCNs visam subsidiar e orientar a elaboração ou revisão curricular; a formação inicial e
continuada dos professores; as discussões pedagógicas internas às escolas; a produção
de livros e outros materiais didáticos e a avaliação do sistema de Educação.
3. DCNs são normas obrigatórias para a Educação Básica que têm como objetivo orientar o
planejamento curricular das escolas e dos sistemas de ensino, norteando seus currículos e
conteúdos mínimos.

AULA 22 – BASE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS ABNCC

Base Nacional Comum Curricular – BNCC

RESOLUÇÃO Nº 2, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017


(3º versão da base)
De caráter normativo, define o conjunto de aprendizagens essenciais como direito das
crianças, jovens e adultos no âmbito da Educação Básica escolar

• Essenciais: Capacidade de mobilizar, articular e integrar, expressando-se em competên-


cias:

- Conhecimentos;
- Habilidades,
- Atitudes,
- Valores;

• Essenciais: Capacidade de mobilizar, articular e integrar, expressando-se em competên-


cias:

- Conhecimentos;
- Habilidades,
- Atitudes,
- Valores;

50
Educação Infantil – Conceito

• TEORIA TRADICIONAL
• Conceito de criança, "sujeito histórico e de direitos, que interage, brinca, imagina, fantasia,
deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natu-
reza e a sociedade, produzindo cultura"

Base Nacional Comum Curricular – BNCC

• Educação Infantil – Crianças:


• Divisão por fases

Bebês

Crianças Bem pequenas

Crianças Pequenas

Educação Infantil – Direitos de Aprendizagem

51
Aprender Expressar-se

Brincar Explorar

Conhecer Participar

Campos de Experiência

• As atividades curriculares devem se organizar ao redor de experiências tomadas de modo


contextualizado, interrelacionadas e a serviço de significativas aprendizagens.
• Não ocorrem de modo isolado.

Campos de Experiência

Principais conceitos presentes:

Estrutura Curricular (Fundamental e Médio)

TEORIA TRADICIONAL

Áreas de conhecimento:

• I - linguagens e suas tecnologias;

52
• II - matemática e suas tecnologias;
• III - ciências da natureza e suas tecnologias;
• IV - ciências humanas e sociais aplicadas.

Estrutura Curricular (Fundamental e Médio)

TEORIA TRADICIONAL

Áreas de conhecimento:

• I - linguagens e suas tecnologias;


• II - matemática e suas tecnologias;
• III - ciências da natureza e suas tecnologias;
• IV - ciências humanas e sociais aplicadas.

Estrutura Curricular (Fundamental e Médio)

Itinerários Formativos

• I - linguagens e suas tecnologias;


• II - matemática e suas tecnologias;
• III - ciências da natureza e suas tecnologias;
• IV - ciências humanas e sociais aplicadas.
• V - formação técnica e profissional:

Competência segundo a BNCC:

“mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e


socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana”.
Trata-se de uma integração entre o saber e o ser.

Competência segundo a BNCC:

As habilidades que a BNCC espera dos alunos podem ser divididas em quatro frentes:

Cognitiva – Resolver problemas, planejar, tomar decisões, estabelecer conclusões lógicas, in-
vestigar e compreender problemas, pensar de forma criativa, fortalecer a memória, classificar e
seriar.
Emocional – Lidar com as emoções, com o ganhar e o perder, aprender com o erro, desenvolver
autoconfiança, autoavaliação e responsabilidade.
Social – Cooperar e colaborar, lidar com regras, trabalhar em equipe, comunicar-se com clareza
e coerência, resolver conflitos, atuar em um ambiente de competição saudável.
Ética – Respeitar, tolerar e viver a diferença, agir positivamente para o bem comum.

53
AULA 24 E 25 – PENSADORES MODERNOS

David Paul Ausubel

APRENDIZAGEM MECÂNICA:

54
Aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma relação com conceitos
relevantes na estrutura cognitiva do aluno. Não há relação entre a nova informação com aquela já
armazenada.

APRENDIZAGEM SIGNIFICANTE :

Interação entre o conhecimento prévio e os novos conhecimentos, sendo essa interação


não-literal e não-arbitrária.
Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significados para o sujeito e os velhos
conhecimentos são ressignificados de forma ainda mais forte.

Ideia central

“Se tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um só princípio, diria o seguinte: o fator
isolado mais importante influenciando a aprendizagem é aquilo que o aprendiz já sabe. Determine
isso e ensine-o de acordo.”

Estrutura cognitiva no contexto escolar :

É o conteúdo total e organizado de ideias de um da do indivíduo; ou, no contexto da aprendizagem


de certos assuntos, refere-se ao conteúdo e organização de suas ideias naquela área particular
de conhecimento. São enfatizadas a aquisição, armazenamento e organização das ideias no
cérebro do indivíduo.

Não literal (ou substantiva)

uma vez aprendido determinado conteúdo destaforma, o indivíduo conseguirá explicá-lo


com as suas próprias palavras. Assim, um mesmo conceito pode ser expresso em linguagem
sinônima e transmitir o mesmo significado.

Não-arbitrária

Existe uma relação lógica e explícita entre a nova ideia e algumas outras já existentes na
estrutura cognitiva do indivíduo.

Paulo Freire

55
• Na obra Pedagogia do Oprimido, afirma que a educação é sexista, racista e favorece os
poderosos.

MÉTODO DE IMERSÃO NA VIDA DO ALUNO

Método de ensino baseado na aprendizagem de palavras que são conhecidas pelo aluno,
sendo divididas em sílabas que podem ser recombinadas, originando a escrita de outras palavras.
A Educação é libertadora desde que o seu sujeito seja o povo oprimido, sendo a finalidade
da educação a libertação do povo.
A Educação é uma acção política.

Paulo Freire recusa o capitalismo liberal.

PROFESSOR:

Freire previa para o professor um papel diretivo e informativo - portanto, ele não pode
renunciar a exercer autoridade. Segundo o pensador pernambucano, o profissional de edu-
cação deve levar os alunos a conhecer conteúdos, mas não como verdade absoluta.

CULTURA

Ninguém ensina nada a ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas.
"Os homens se educam entre si mediados pelo mundo“.
Isso implica um princípio fundamental para Freire: o de que o aluno, alfabetizado ou não,
chega à escola levando uma cultura que não é melhor nem pior do que a do professor.

ALUNO:

A valorização da cultura do aluno é a chave para o processo de conscientização preconi-


zado por Paulo Freire e está no âmago de seu método de alfabetização, formulado inicialmente
para o ensino de adultos.

COLETIVIDADE

56
Em sala de aula, os dois lados aprenderão juntos, um com o outro - e para isso é necessário
que as relações sejam afetivas e democráticas, garantindo a todos a possibilidade de se expres-
sar.
Uma das grandes inovações da pedagogia freiriana é considerar que o sujeito da criação
cultural não é individual, mas coletivo.

MÉTODO:

Propõe a identificação e catalogação das palavras-chave do vocabulário dos alunos – as


chamadas palavras geradoras. Elas devem sugerir situações de vida comuns e significativas para
os integrantes da comunidade em que se atua.

Jacques Delors

Segundo Delors, a prática pedagógica deve preocupar-se em desenvolver quatro aprendi-


zagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento:

57
Philippe Perrenoud.

Competência:

“competência é a faculdade de MOBILIZAÇÃO de um conjunto de recursos cognitivos


como saberes, habilidades e informações para solucionar com pertinência e
eficácia uma série de situações”. (Perrenoud)

CONHECIMENTOS (saberes)
HABILIDADES(saber-fazer relacionado à prática do trabalho mental)
ATITUDES(saber- ser, aspectos éticos, cooperação, solidariedade, participação)

Habilidades:
Associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida.
Exemplos:

58
. identificar variáveis
. compreender fenômenos
. relacionar informações
. analisar situações- problema
. sintetizar
. julgar
. correlacionar

Jerome Bruner.

A espiral do aprendizado é uma estratégia pedagógica que propõe que um assunto seja
revisitado pelo estudante ao longo da sua vida escolar, trabalhando com diferentes níveis de com-
plexidade e, consequentemente, estimulando o aprofundamento dos conhecimentos.
É sempre possível apresentar os conteúdos aos alunos, desde que de forma adequada às
suas representações, retomando-os mais tarde, a níveis de representação mais elaborados a
aprendizagem, para cada aluno, pode e deve retomar-se sempre no ponto em que este se encon-
tre.

59
AULA 26 – LEI COMPLEMENTAR 169 DE 12 DE SETEMBRO DE 2014

Dispõe sobre a gestão democrática e participativa da Rede Pública Municipal de Ensino de


Fortaleza, institui o Programa Municipal de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
(PMDE), modifica o Estatuto do Magistério de Fortaleza, e dá outras providências.
Art. 1º. A gestão democrática da escola pública de Fortaleza, cuja finalidade é garantir a centrali-
dade da escola no sistema e seu caráter público quanto ao financiamento, à gestão e à destinação,
observará os seguintes princípios:
I – participação da comunidade na definição e na implementação de decisões pedagógicas, ad-
ministrativas e financeiras, por meio de órgãos colegiados;
II – respeito à pluralidade, à diversidade, ao caráter laico da escola pública e aos direitos humanos
em todas as instâncias da Rede Pública Municipal de Ensino de Fortaleza;
III – autonomia das unidades escolares, nos termos da legislação, nos aspectos pedagógicos,
administrativos e de gestão financeira;
IV – transparência da gestão da escola pública de Fortaleza, nos aspectos pedagógicos, adminis-
trativos e financeiros;
Art. 1º. (continuação) :
V – garantia de qualidade, traduzida pela busca constante do pleno desenvolvimento da pessoa,
do preparo para o exercício da cidadania e da elevação permanente do nível de aprendizagem
dos alunos;
VI – democratização das relações pedagógicas e de trabalho e criação de ambiente seguro e
propício ao aprendizado e à construção do conhecimento;
VII – valorização do profissional da educação;
VIII – escolha de Diretor Escolar, Vice-Diretor Escolar, Superintendente Escolar, Secretário Es-
colar e Coordenador Pedagógico através de Seleção Pública, garantida ampla publicidade.

DA AUTONOMIA PEDAGÓGICA

Art. 3º. Cada escola formulará e implementará seu projeto político-pedagógico, que deverá ser
revisto anualmente, em consonância com as políticas educacionais vigentes e com as normas e
diretrizes da Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza.
Parágrafo único Cabe à escola, considerada a sua identidade e a de sua comunidade, articular
o projeto político pedagógico com os planos nacional, estadual e municipal de educação, assegu-
rando a autonomia do professor na atividade docente.

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DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA
Art. 4º. A autonomia administrativa das unidades escolares de Fortaleza, observada a legislação
vigente, será garantida por:
I – formulação, aprovação e implementação do plano de gestão da escota;
II – gerenciamento dos recursos oriundos da descentralização financeira;
III – reorganização do seu calendário escolar nos casos de reposição de aulas.

DA AUTONOMIA FINANCEIRA

Art. 5º. A autonomia da gestão financeira das unidades escolares da Rede Pública Municipal de
Ensino de Fortaleza será assegurada pela administração dos recursos pela respectiva unidade
executora, nos termos de seu projeto político-pedagógico, do plano de gestão e da disponibili-
dade financeira nela alocada, conforme legislação vigente.
§ 1º Entende-se por unidade executora a pessoa jurídica de direito privado, de fins não econô-
micos, que tenha por finalidade apoiar as unidades escolares no cumprimento de suas respecti-
vas competências e atribuições.
§ 2º Para recebimento dos recursos destinados a unidade executora, a presidência da unidade
executora deverá ser exercida pelo diretor ou seu substituto da respectiva unidade escolar.

DA AUTONOMIA FINANCEIRA

Art. 6º. Constituem recursos das unidades executoras das unidades escolares os repasses e
descentralizações de recursos financeiros, as doações e subvenções que lhes forem concedidas
pela União, pelo Estado e pelo município de Fortaleza, por pessoas físicas e jurídicas, entidades
públicas e privadas, associações de classe e entes comunitários.
Parágrafo único O Executivo Municipal irá garantir e criar, caso seja necessário, mecanismos
de fortalecimento de controle social sobre a destinação e a aplicação de recursos públicos e so-
bre ações do governo na educação.
Art. 7º. Para garantir a implementação da gestão democrática, a Secretaria Municipal da Educa-
ção de Fortaleza – SME regulamentará, em normas específicas, a descentralização de recursos
necessários à administração das unidades escolares.
Parágrafo único As transferências de recursos financeiros às unidades escolares, por meio de
suas respectivas unidades executoras, terão seus critérios e valores publicados por meio do sítio
eletrônico da Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza – SME na internet ou pelo Diário
Oficial do Município.
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

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Art. 8º. A Gestão Democrática será efetivada por intermédio dos seguintes participação, a ser
regulamentados pelo Poder Executivo:

I – Órgãos colegiados:

a) Conferência Municipal de Educação;


b) Conselho Municipal de Educação de Fortaleza;
c) Assembleia Gerai Escolar;
d) Conselho Escolar;
e) Grêmio estudantil
f) Unidade Executora dos Recursos Financeiros (UERF) das unidades escolares.
II – Direção da unidade escolar

AULA 27 – PLANEJAMENTO

• PLANEJAMENTO:

O planejamento é um processo de sistematização e organização das ações do professor. É um


instrumento da racionalização do trabalho pedagógico que articula a atividade escolar com os
conteúdos do contexto social. (LIBÂNEO, 1991).
Planejamento é processo de reflexão, de tomada de decisão [...] enquanto processo, ele é per-
manente (VASCONCELOS, 1995).

- O planejamento da educação é composto por diferentes níveis de organização.

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Planejamento do sistema educacional: acontece em nível macro, refere-se ao planejamento
de todo o sistema educacional do país e diz respeito aos direcionamentos da política educacio-
nal e a melhor forma de alcançá-las. Reflete a visão que se tem de mundo, de homem, exigindo,
portanto, um compromisso com a construção da sociedade e deve atender tanto às necessida-
des de desenvolvimento do país quanto às do indivíduo (corresponde ao planejamento que é
feito em nível nacional, estadual ou municipal).

Planejar a educação no âmbito de sistemas e redes de ensino implica a tomada de decisões,


bem como a implementação de ações que compõem a esfera da política educacional propria-
mente dita.
Constitui, então, uma forma específica de intervenção dos entes federados (União, Estados, mu-
nicípios e o Distrito Federal) com a finalidade de levar o sistema educacional a cumprir funções
que lhe são atribuídas enquanto instrumento deste mesmo ente.

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Planejamento Escolar: realizado no âmbito da unidade escolar, caracteriza-se como o ato de
organizar as atividades de ensino e de aprendizagem, determinada por uma intencionalidade
educativa, envolvendo objetivos, valores, atitudes, conteúdos e o modo de agir dos educadores.
É um modo de dimensionar política, científica e tecnicamente a atividade escolar, portanto, deve
ser resultado das discussões e contribuições do coletivo da escola, além de constituir uma ativi-
dade permanente de reflexão e ação. Ou seja, deve ser materializada pelo Projeto Político Peda-
gógico.

Ocorre em nível micro, voltado mais especificamente às atividades a serem desenvolvidas pelos
professores e alunos no cotidiano escolar, dentro do recorte maior do ano escolar, tendo em
vista a aquisição do conhecimento. Deve partir da realidade concreta, tanto dos sujeitos quanto
do objeto do conhecimento e do contexto em que se dá a ação pedagógica. O planejamento de
ensino precisa estar em sintonia com o planejamento global do ensino, explicitado em seu Pro-
jeto Político Pedagógico (LIBÂNEO, 2003).

Como se trata da organização do trabalho pedagógico propriamente dito, implica definir os objeti-
vos considerando a elaboração e a produção do conhecimento; prever conteúdos que devem es-
tar intimamente relacionados à experiência de vida dos alunos, não como mera aplicabilidade
dos conteúdos no cotidiano, mas como possibilidade de conduzir a uma apropriação significativa
desse conteúdo; selecionar procedimentos metodológicos identificando qual a melhor forma de
desenvolver as atividades tendo em vista a aprendizagem dos alunos; por último, estabelecer cri-
térios e procedimentos de avaliação.

PARA UM BOM PLANEJAMENTO:

• DIMENSÃO POLÍTICA: a ação de planejar é carregada de intencionalidades, por isso, o


planejamento deve ser uma ação pedagógica comprometida e consciente.
• DIMENSÃO TÉCNICA: o saber técnico é aquele que permite viabilizar a execução do en-
sino, é o saber fazer a atividade profissional.

ETAPAS DO PLANEJAMENTO:

• DIAGNÓSTICO: Deve ser o mais sincero, prático e real para desencadear um panorama
aproximado: do meio social, da escola e dos alunos.
• SISTEMATIZAÇÃO DIDÁTICA: O que quero ensinar (Objetivo); Como vou ensinar (meto-
dologia e recursos); em quanto tempo (recorte de aula).
• AVALIAÇÃO: Que deve ser entendida como um “meio” e não como fim.

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METODOLOGIA(S):

Entende-se por método, a articulação de uma teoria de compreensão e interpretação da reali-


dade com uma prática específica.

Ex. Aula expositiva dialogada:

Lembre-se: Evite o tradicional; Evite o improviso; Toda aula deve ter: introdução; desenvolvi-
mento; conclusão (mesmo em apenas 50 minutos).

METODOLOGIA(S): Sala de aula reversa (Harvard; British Columbia).

AVALIAÇÃO: Avaliar é um ato de decisão e julgamento que deve ser crítico e consciente, tanto
do professor quando avalia, como do aluno quando realiza sua auto-avaliação.
Assim como a metodologia, a escolha pelos instrumentos de avaliação depende da concepção
de ensino que o professor carrega no seu referencial. (Hoffmann, 2005)

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AVALIAÇÕES:

Internas: A Avaliação Interna praticada pelo Professor em sala de aula com o intuito de verificar
a aprendizagem dos seus alunos, podendo, por este motivo, ser muitas vezes definida como
Avaliação da Aprendizagem. Vale salientar que esta concorre também para a definição dos tem-
pos pedagógicos necessários para organizar os conteúdos a serem trabalhados em cada etapa
de ensino, sendo seus resultados utilizados como uma forma de promoção do estudante.

AVALIAÇÕES:

Externas: As avaliações externas permitem o diagnóstico, o monitoramento do sistema educacio-


nal, e também, podem subsidiar o trabalho dos profissionais da educação, tornando-se mais uma
ferramenta para o acompanhamento e melhoria do processo ensino-aprendizagem, uma vez que
são aplicadas de modo a mensurar o conhecimento dos alunos, estabelecendo uma comparação
entre o desempenho esperado e o apresentado, por este motivo, denominada também de Avalia-
ção de Desempenho.

AVALIAÇÕES EXTERNAS:

Índice de desenvolvimento da educação básica – IDEB (SAEB + CENSO ESCOLAR)


Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB

• Aneb (SAEB)
• Anresc (PROVA BRASIL)
• ANA (PROVINHA BRASIL)

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO – ENEM


EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO ESTUDANTIL – ENADE

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EXAME NACIONAL PARA CERTIFICAÇÃO DE COMPETENCIA DE JOVENS E ADULTOS –
ENCCEJA

AULA 28 – AVALIAÇÃO

AVALIAÇÃO: Avaliar é um ato de decisão e julgamento que deve ser crítico e consciente, tanto
do professor quando avalia, como do aluno quando realiza sua auto-avaliação.
Assim como a metodologia, a escolha pelos instrumentos de avaliação depende da concepção de
ensino que o professor carrega no seu referencial. (Hoffmann, 2005)

LDB sobre Avaliação:


Art. 24, V
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qua-
litativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais;
Tipos de Avaliação conforme o foco:

Tipos de Avaliação conforme o foco:

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A avaliação institucional é vista como instrumento de melhoria e de qualidade para a política
pública. Ela busca uma compreensão global das instituições e redes escolares. Essa avaliação
tem como objetivo compreender e avaliar todos os processo produzidos por essas instituições,
intervindo criticamente para melhorar o atendimento.

Índice de desenvolvimento da educação básica – IDEB (SAEB + CENSO ESCOLAR)


Tipos de Avaliação conforme o foco:

A avaliação da aprendizagem deve fornecer informações precisas sobre o processo pedagógico,


permitindo aos docentes definir mudanças ou alterações no projeto educativo, a fim de garantir
que a educação ocorra de forma justa, igualitária e democrática. Portanto, a ferramenta deve ve-
rificar o que foi transmitido e se os objetivos propostos pelo currículo foram devidamente conduzi-
dos e atingidos.
Ela pode ser de pequena escala ou larga escala
Tipos de Avaliação conforme o foco:

Também conhecida como avaliação EXTERNA, é toda e qualquer avaliação concebida e formu-
lada por profissionais que não fazem parte do cotidiano da instituição escolar em que se dá a
avaliação.
Para ser considerada de larga escala, a avaliação deve, além disso, ser desenhada para aplica-
ção a uma grande quantidade de sujeitos – que extrapola o contingente de alunos de uma turma
ou mesmo de uma escola.

Dizemos ainda que uma avaliação é padronizada quando ela obedece a padrões que, geral-
mente, dizem respeito a três aspectos: objeto da avaliação, características dos instrumentos e
expressão dos resultados.
Tipos de Avaliação conforme o foco:

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Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB

• Aneb (SAEB)
• Anresc (PROVA BRASIL) Desde 2018 identificadas apenas como SAEB
• ANA (PROVINHA BRASIL)

EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO – ENEM


EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO ESTUDANTIL – ENADE
EXAME NACIONAL DE CERTIFICAÇÃO DE COMPETENCIA DE JOVENS E ADULTOS – EN-
CCEJA
Tipos de Avaliação conforme o foco:

Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará – SPAECE. Caracteriza-se como


avaliação externa em larga escala que avalia as competências e habilidades dos alunos do Ensino
Fundamental e do Ensino Médio, em Língua Portuguesa e Matemática. As informações coletadas
a cada avaliação identificam o nível de proficiência e a evolução do desempenho dos alunos.
Avaliação da Alfabetização – SPAECE-Alfa (2º ano);
Avaliação do Ensino Fundamental (5º e 9º anos);
Avaliação do Ensino Médio (3a séries).

Tipos de Avaliação conforme o foco:

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), oferece informações sobre o desem-


penho dos estudantes na faixa etária dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da esco-
laridade básica obrigatória na maioria dos países, vinculando dados sobre seus backgrounds e
suas atitudes em relação à aprendizagem, e também aos principais fatores que moldam sua apren-
dizagem, dentro e fora da escola.
O Pisa avalia três domínios – leitura, matemática e ciências – em todas as edições ou ciclos.

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Tipos de Avaliação conforme o foco:

Também conhecida como INTERNA, é praticada pelo Professor em sala de aula com o intuito de
verificar a aprendizagem dos seus alunos, podendo, por este motivo, ser muitas vezes definida
como Avaliação da Aprendizagem. Vale salientar que esta concorre também para a definição dos
tempos pedagógicos necessários para organizar os conteúdos a serem trabalhados em cada
etapa de ensino, sendo seus resultados utilizados como uma forma de promoção do estudante.

Tipos de Avaliação Intenção e momento:

Tipos de Avaliação Intenção e momento:

A avaliação diagnóstica OU INICIAL, é uma ferramenta que traz informações sobre o quanto os
alunos dominam determinados conhecimentos e habilidades, com o objetivo de verificar o que o
aluno já sabe e suas necessidades.
Após feita, é possível ter um panorama sobre as necessidades dos alunos, e a partir disso, esta-
belecer estratégias pedagógicas adequadas e trabalhar para desenvolvê-los.
Tipos de Avaliação Intenção e momento:

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Também conhecida como PROCESSUAL OU DE CONTROLE, tem objetivo de acompanhar a
evolução da aquisição de conhecimento do aluno, ao mesmo tempo em que fornece subsídios
para o professor compreender o quão eficiente está sendo seu processo de ensino. Permite a
coleta de evidências, pelo aluno e pelo professor, da eficiência do ensino-aprendizagem para a
correção rápida da rota. O conceito será mais amplamente explorado a seguir, inclusive com exem-
plos.
Tipos de Avaliação Intenção e momento:

Para Jussara Hoffmann a avaliação mediadora significa prestar atenção no aluno, conhecer suas
dificuldades, reconhecer seus pontos fortes e os que precisam ser melhorados, para a educadora
cada aluno é único. Segundo ela deve-se guiar o aluno procurando desafiar e leva-lo a conquistar
autonomia moral e intelectual.
Tipos de Avaliação Intenção e momento:

Também conhecida como FINAL OU CLASSIFICATÓRIA, é realizada comumente no fecha-


mento de um ciclo de aprendizado, seja ele anual, semestral, trimestral, etc.
Serve para quantificar e categorizar os resultados, por isso, as instituições de ensino estabele-
cem critérios como conceitos ou notas médias a serem atingidos pelos alunos.
A atribuição desses conceitos deve levar em consideração os componentes curriculares que se-
rão ensinados na escola, sendo estes definidos a partir da matriz curricular do Regimento e do
Projeto Político Pedagógico (PPP) .
Desta forma, ao final de um ciclo ou de um processo, a instituição poderá analisar o desempe-
nho de cada aluno verificando se os objetivos de aprendizagem foram atingidos, mas também
poderá analisar o desempenho de turmas e séries específicas.

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