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REDENÇÃO DO GURGUÉIA – PI
2021
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REDENÇÃO DO GURGUÉIA – PI
2021
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Me. Paulo Ricardo Muniz Silva
Nome da instituição que pertence
(Orientador)
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Nome com Titulação
Nome da instituição a que pertence
(1º Examinador)
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Nome com Titulação
Nome da instituição a que pertence
(2º Examinador)
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus a minha família pelo total apoio assim como
o meu professor tutor Everaldo como os demais professores, agradeço também a
escola e meu primo Igor Felepe que também foi essencial para poder está chegando
hoje nessa reta final, pois, praticamente todo esse período de curso sempre estava
pronto pra me ajudar.
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LISTA DE ABREVIATURA
CF – Constituição Federal
CONAETI - Comissão Nacional para a Eliminação do Trabalho Infantil
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente
FNPETI - Fórum Nacional de Prevenção e Eliminação do Trabalho Infantil
FUNABEM - Fundação Nacional do Bem Estar do Menor
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
OIT - Organização Internacional do Trabalho
PETI - Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil
PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil
PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
PSB - Proteção Social Básica
PSE - Proteção Especial
SAM - Serviços de Atendimento ao Menor
SUAS - Sistema Único de Assistência Social
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RESUMO
ABSTRACT
In Brazil, the work done by children is illegal and recognized. Due to the occurrence
of child labor, it has become a global problem, even in poor and rich countries. The
growing loss of their rights affects dignity and has a strong impact on the child's
development, both physically and psychologically. With that, the problem of this work,
what impact did the preventive measures of programs to eradicate child labor have
caused in Brazil? In this sense, the purpose of this research was to analyze issues
related to child labor, with the general objective of investigating the development of
the childhood process and its integral protection, in order to identify the advances
and limitations of the process of eradicating Child Labor. in Brazil, and the specific
ones to identify and analyze the exploitations of child labor and to investigate the
instruments of protection against the exploitation of child labor. The present work is a
qualitative bibliographic research, for the consolidation of it, a bibliographic survey
was constituted, in which articles, scientific research and publications in magazines
and books were used, which approach the theme and present relevant citations for
better use of the theme under study. With this it can be concluded that child labor is a
comprehensive social phenomenon, determined by the economic model, by the
social conditions and influences and even by cultural factors followed by the country.
But, in a sense, the change will only happen if everyone contributes to changing the
history of these children and young people.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
2 DESENVOLVIMENTO 14
2.1 O TRABALHO INFANTIL: SUA GENESE 14
2.2 A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL 18
2.3 A HISTÓRIA DO TRABALHO INFANTIL NO BRASIL ATÉ A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988 19
2.3.1 O tratamento dado ao trabalho infantil após a Constituição Federal de 1988 24
2.4 OS INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DO
TRABALHO INFANTIL 25
2.4.1 Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI 27
2.4.2 Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao
Adolescente Trabalhador 30
2.5 TRABALHO INFANTIL NO BRASIL: CONSEQUÊNCIAS EM TEMPOS DE
PANDEMIA DA COVID-19. 31
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 35
REFERÊNCIAS 37
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1 INTRODUÇÃO
De acordo com a bibliografia estudada, nos faz perceber que tudo faz parte
da construção histórica e que a questão da violência e da exploração é patrimônio
cultural desde os primórdios da sociedade. Segundo nos afirma SCHERER;
Nas civilizações antigas, os maus-tratos à criança já se faziam presentes
por meio do infanticídio, utilizado para eliminar as crianças que nasciam
com defeitos físicos. Para equilíbrio dos sexos, por motivos religiosos, como
medida econômica nos grandes flagelos ou por não aguentarem longas
caminhadas, crianças também eram mortas ou abandonadas para
morrerem desnutridas ou devoradas por animais. Também era direito do pai
reconhecer ou não o direito de viver de seu filho.
Por trás das ações dos padres está um objetivo claro e definido, mesmo que
a criança caia em uma ideologia com características cristãs, usando o trabalho para
fazer da pessoa uma pessoa bondosa, honesta e obediente. Desta forma, o trabalho
trazido pelos padres jesuítas é algo que pode “salvar” a humanidade e levá-la para o
céu, porque eles realizarão coisas que são benéficas para a humanidade.
(CUSTÓDIO, 2009, p. 91).
Com o surgimento das operações de caráter assistencial no Brasil, foi
fundada em 1582 a Igreja de Santa Casa de Misericórdia, onde se estabeleceu a
missão de atender todas as crianças por meio da Roda dos Expostos, que só foi
extinta na década de 1950 (MARCÍLIO, 1999, p. 51).
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Para utilizar o PETI é preciso que a renda per capita da casa seja de até
meio salário mínimo, que tenha em casa crianças e adolescentes de 7 a 14 anos
trabalhando em atividades insalubre, perigosas, dolorosa ou degradante, onde tem
casos de até 15 anos sendo vítimas de exploração do trabalho em situações
extremamente perigosas
Ainda sobre a portaria nº 458, o padrão para manter famílias no PETI é
dispensar todas as crianças menores de 16 anos de atividades de trabalho e
exploração, dispensar todas as crianças menores de 18 anos de exploração sexual
e apoiar as crianças na escola para participar de atividades de educação social e
participar de programas e projetos relacionados à qualificação profissional e geração
de empregos e renda (Brasil, 2001).
Todos os filhos das famílias incluídas no PETI receberão bolsas todos os
meses, com idade entre 7 e 14 anos, que for retirado do trabalho e que as crianças e
adolescentes forem para as escolas, e que no período oposto participem da jornada
ampliada oferecida pelo programa. Nas seguintes circunstâncias, a bolsa pode ser
encerrada definitivamente quando: completar o limite de idade estabelecido pelo
PETI aos 15 ou 16 anos (para crianças e adolescentes explorados sexualmente) ou
quando atingir o prazo máximo para a família chegar à residência permanente do
PETI é de 4 anos, tempo calculado a partir da adesão ao programa e projeto que
gera trabalho e renda.
Em 2005, o PETI foi inserido no SUAS, que organiza ações de assistência
social em âmbito nacional por meio dos seguintes níveis de proteção social:
Proteção Social Básica (PSB) e Proteção Especial (PSE).
Assumir o compromisso de prevenir e eliminar o trabalho infantil no Brasil,
há uma integração importante entre os níveis de PSB e a PSE principalmente no
30
PETI, dessa forma, pode contribuir com os gestores de diversos órgãos de governo,
criando
uma rede para fortalecer a gestão do plano e criar ofertas de alta qualidade
dos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças e
adolescentes de idades entre 6 a 15 anos (BRASIL, 2010).
A Proteção Social Básica visa prevenir condições de risco e vulnerabilidade,
investir no desenvolvimento de potencialidades e fortalecer os vínculos familiares e
comunitários, e criar a possibilidade de aquisições coletivas e individuais.
De acordo com a Política Nacional de Assistência Social (2004), os serviços
de Proteção Básica de Assistência Social são os que reforçaram a família como
referência, sendo assim fortificando seus elos internos e externos de solidariedade,
onde seus membros ofertam serviços e locais que visam a socialização do amparo
as famílias, onde seus vínculos familiares e comunitários não são rompidos
(BRASIL, 2005).
Por outro lado, a Proteção Social Especial foi definida como nível de
proteção SUAS, Destinando-se a famílias e indivíduos que enfrentam riscos
pessoais e sociais devido a várias formas de violações dos direitos humanos,
abandono, abuso sexual, maus tratos, exploração do trabalho infantil, etc. Por se
tratar de vínculos já rompidos com as famílias, é necessária mais atenção para
evitar violações agravadas dos direitos das crianças e dos jovens e para salvar os
direitos que foram ameaçados ou violados.
A adesão de crianças e adolescentes retirados do trabalho infantil à
convivência e fortalecimento dos serviços de vínculo ou outras atividades de
educação social prestadas é considerada estratégia básica de prevenção e combate
ao trabalho infantil. Estes serviços são responsáveis por criar espaços de
convivência, formar participação e cidadania, e desenvolver o papel das crianças e
dos jovens.
O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do PETI, tem por
objetivo ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de
pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a
socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e
proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento
de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas
emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social. (BRASIL,
2004, Ministério do Desenvolvimento Social, p .14).
resultado do momento que vivemos (FIOCRUZ, 2020, p. 1). Desligou várias pessoas
do mercado de trabalho formal e informal, afetando todas as classes, mas afetando
gravemente os grupos mais vulneráveis. Em outras palavras, “as crianças mais
vulneráveis do mundo sentirão o impacto socioeconômico do COVID-19 mais
fortemente”. (FORE, 2020, p. 1).
De acordo com o último relatório da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), devido à crise da COVID-19, milhões de crianças correm o risco de serem
forçadas a ingressar no trabalho infantil, o que pode levar ao primeiro aumento do
trabalho infantil após 20 anos de desenvolvimento (YARDE, 2020).
Deste feito, as medidas tomadas pelos governos “traz desafios para todos
os atores sociais e políticos do Sistema de Garantia de Direitos, nas altas
taxas de desemprego, na pobreza e na exclusão escolar que se encontram
as raízes do trabalho infantil (DORNELLAS, 2020, p.1).
De acordo com Yarde (2020), as crianças que já trabalham podem ter que
trabalhar mais horas ou em piores condições. Muitos deles podem ser forçados a
fazer o pior trabalho, o que prejudicará seriamente sua saúde e segurança.
Uma das consequências da pandemia Covid-19 para a sociedade brasileira
é o aumento do risco de trabalho infantil, que é uma das formas mais nocivas de
exploração do trabalho humano, pois tem a capacidade de frustrar o
desenvolvimento geral de crianças e adolescentes e prejudicar a realização de seus
projetos de vida (SANTOS, 2020).
Dadas as graves consequências da pandemia sobre a renda familiar, muitos
delas, sem apoio algum, poderiam recorrer ao trabalho infantil. A proteção
social é essencial em tempos de crise, pois permite prestar assistência aos
mais vulneráveis (RYDER 2020, p.1).
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
adolescentes estão passando por uma fase em que se encontram em uma situação
especial de desenvolvimento, por isso devem os adultos podem realizar atividades
correspondentes à idade adulta, corpo adulto e personalidade adulta.
Artigo 227 da Constituição Federal de 1988, ECA-Lei 8.069 promulgada em
13 de julho de 1990 e UNICEF surgiram em sua forma mais diversa. Como
“prioridade absoluta”, subsidiar e proteger nossas crianças e jovens.
Tudo isso nos leva a concluir que o trabalho infantil é um fenômeno social
abrangente, determinado pelo modelo econômico, pelas condições e influências
sociais e mesmo por fatores culturais seguidos pelo país. Mas, em certo sentido, a
mudança só acontecerá se cada um der sua contribuição para mudar a história
dessas crianças e jovens.
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REFERÊNCIAS
PASSETTI, E. Crianças carentes e políticas públicas. In: PRIORE, Mary Del (Org).
História das Crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 1999.