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egradar,transformare/ouremovercontaminantesdeumama
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BIORREMEDIAÇÃO
MATERIAL AGRONÔMICO
SUMÁRIO
1. O que é Biorremediação? ...............................................................
2. A Biorremediação e suas aplicações ..........................................
3. A Biorremediação e a poluição do solo ......................................
4. A Biorremediação e a poluição das águas .................................
4.1. Biosurfactantes no processo de Biorremediação ..............
5. Tratamento de efluentes ................................................................
6. Fitorremediação ...............................................................................
7. Remoção de metais pesados do ambiente ...............................
7.1. Chromobacterium violaceum na degradação de metais pesados do solo
....................................................................................

Referências .............................................................................................

1 .O QUE É BIORREMEDIAÇÃO?
A biorremediação pode ser definida como sendo o uso de processos
biológicos para degradar, transformar ou remover contaminantes de
uma matriz ambiental, como água ou solo. Ela ocorre naturalmente
pela ação de micro-organismos capazes de utilizar substâncias
tóxicas como fonte de carbono e energia. A biorremediação é uma
técnica bastante promissora, já que busca a minimização dos
impactos antrópicos e a reestruturação dos habitats naturais.

Relativamente aplicabilidade depende das nova, essa técnica possui


grande e a otimização do seu processo

condições ambientais, do tipo de contaminante e da técnica


empregada. Os tratamentos se diferenciam por ser “in situ”, isto é,
quando realizado no próprio local, ou “ex situ”, quando há remoção
do contaminante para tratamento em outro ambiente.

Vale ressaltar que a biorremediação utiliza tanto os micro-organismos


do próprio ambiente quanto culturas geneticamente modificadas,
especialmente adaptadas para uma determinada situação.

In situ

O material contaminado é tratado no próprio local. Dessa forma,


não há necessidade de coletar e transportá-lo para outro lugar.
Por isso, esse tipo de remediação biológica apresenta um custo
menor e dá a possibilidade de cuidar de áreas maiores. Entre as
principais técnicas de biorremediação in situ, destacam-se:

atenuação natural: também é conhecida como

biorremediação intrínseca ou passiva. Nesse caso, a


recuperação da área ocorre mais lentamente, e o monitoramento
se arrasta por um bom tempo;

bioestimulação: a atividade dos organismos vivos

é incitada por introduzir nutrientes inorgânicos e orgânicos na


área;
landfarming: resumidamente, consiste na inserção de resíduo
oleoso com carbono orgânico concentrado na superfície do solo
contaminado para promover a biodegradação dos diferentes
constituintes do petróleo;

fitorremediação: a palavra fito (phyto) vem do

grego e significa plantas. Nessa técnica, são elas que


protagonizam a ação de estimular a atividade de pequenos
seres vivos responsáveis por degradar os poluentes — que,
nesse caso, geralmente são metais pesados, como zinco,
magnésio e cobre (em rejeitos de minério); bioaumentação: é
opção para áreas com alto grau de deterioração, uma vez que se
otimiza o poder de degradação por aumentar a população de
organismos específicos. Muitas vezes, esse termo também é
utilizado como sinônimo de biorremediação.

Ex situ

Já a técnica realizada ex situ necessita que o material seja


levado para um local diferente. Normalmente é a melhor escolha
em um cenário de alto potencial de propagação da
contaminação. Entre as diferentes técnicas, destacam-se:

compostagem: o solo é retirado do local original e


disposto em pilhas. Nesse caso, os organismos
inseridos/presentes nele serão responsáveis por metabolizar os
poluentes, transformando-os em água H²O, matéria orgânica e
gás carbônico (CO²); biorreatores: após a peneiração, o solo é
misturado com água em um reator normalmente vertical
(tanques). Forma-se uma lama com cerca de 10 a 40% de
partículas em suspensão. Por esse motivo, é mais indicado para
solos com partículas finas.

2 . A BIORREMEDIAÇÃO E SUAS APLICAÇÕES


A biorremediação apresenta ampla diversidade de uso, sendo
considerada uma valiosa ferramenta para o controle da poluição e
contaminação ambiental. Entre as vantagens e limitações dessa
técnica, destacam-se:

VANTAGENS

Capacidade substâncias de microrganismos nocivas em vez


biodegradarem
de transferir o contaminante de um meio a outro; Baixo custo,
quando comparado a outras técnicas de remediação;
Elevada diversidade de ação, permitindo a incorporação dessa
técnica a uma variedade de agentes contaminantes e poluentes;
Capacidade de degradar substâncias perigosas em vez de apenas
transferir o contaminante de um meio para outro;
Produtos utilizados não apresentam risco ao meio ambiente e não
são tóxicos; Uso em áreas de proteção ambiental.

LIMITAÇÕES

Necessidade de um melhor entendimento em relação à ação


microbiológica sobre os resíduos a serem biorremediados;
Método em evolução no Brasil;
Necessidade processo;
de acompanhamento durante o

Muitas moléculas não são biodegradáveis;


Substâncias tóxicas ao microorganismo inviabilizam o tratamento.
3 . BIORREMEDIAÇÃO E POLUIÇÃO DO SOLO
A biorremediação surge como uma das principais técnicas
empregadas em solos poluídos e contaminados.

A compostagem é considerada umas das técnicas de maior


aplicabilidade nesses ambientes. A compostagem moderna foi
disseminada no Ocidente a par ir dos estudos do agrônomo inglês
Albert Howard, considerado o pai da agricultura orgânica. No início
do século XX, Howard inves igou por mais de 25 anos as práticas
tradicionais realizadas na Índia para o enriquecimento natural do
solo. Ele percebeu que, quando os elementos orgânicos se
decompõem juntos, formam um subproduto riquíssimo em nutrientes
(muito mais do que os fer ilizantes químicos vendidos pelas
indústrias). Esta união de elementos é gera o nome “composto”.
A compostagem abrange um conjunto de técnicas aplicadas
para a decomposição de materiais orgânicos, originando, ao
final do processo, um composto rico em nutrientes minerais e
antimicrobianos naturais, que pode ser empregado na adubação
de solos em atividades de reflorestamento, combate a erosões e
eliminação de organismos patogênicos.

Fatores que interferem na compostagem:

Tipo de microrganismo envolvido no processo; Disponibilidade de


água: o excesso de água pode desacelerar a compostagem;

Aeração: em ambientes aeróbios (com presença

de oxigênio), a compostagem ocorre mais rapidamente e não há


a geração de odores; Temperatura: cada microrganismo
apresenta uma faixa de temperatura ótima para seu
crescimento;

Preparação da matéria-prima: particulas muito


grande são menos expostas à decomposição, de modo que o
processo será mais demorado.

4 . BIORREMEDIAÇÃO E POLUIÇÃO DAS ÁGUAS


Tratamento de resíduos de petróleo

O derramamento de petróleo consiste em um dos mais sérios


problemas de contaminação e poluição dos ambientes
aquáticos. Os resíduos de petróleo contêm compostos tóxicos
que, quando despejados nesses ambientes, representam uma
grande ameaça à ecologia marinha e costeira, afetando todas as
formas de vida aquática e constituindo um risco para a saúde
humana. Diversas são as origens da contaminação e poluição
ambiental resultantes do vazamento e/ou derramamento de
petróleo, destacando-se, principalmente, os acidentes
envolvendo o transporte de combustíveis por navios,
caminhões, dutos ou ainda vazamentos provenientes de
tanques de armazenamento subterrâneos, os quais estão
sujeitos a fortes processos corrosivos.

Entre os principais impactos ambientais gerados pelo petróleo,


destacam-se:

I. Formação de uma película superficial que dificulta as trocas


gasosas entre o ar e a água, bloqueando os processos de
fotossínteses;

II. Destruição da vegetação costeira e ribeirinha, uma

vez que o óleo proveniente do petróleo interfere na absorção de


nutriente e na respiração vegetal; III. Ação de substâncias
tóxicas sobre os organismos vivos, intoxicando peixes e outros
organismos;

IV. Morte de aves marinhas, que ao mergulharem em

ambientes aquáticos poluídos, tem seus corpos impregnados


por óleos e outras substâncias as quais impedem a troca de ar
entre suas penas;

V.Risco de incêndio quando acumulados na superfície


da água.

A biorremediação surge, portanto, como um método alternativo


para controlar e/ou reduzir a poluição de solos e águas poluídas
com resíduos de petróleo.

O petróleo é constituído, essencialmente, de carbono e


hidrogênio (sobretudo, alcanos e hidrocarbonetos), que
representam aproximadamente 90% da sua composição, tendo
ainda concentrações relativamente baixas de compostos
orgânicos a base de enxofre, nitrogênio e oxigênio.

A biodegradação do petróleo a partir de técnicas de biorremediação


tem se mostrado eficiente em áreas impactadas. O princípio básico
das técnicas de biorremediação aplicadas nessas áreas consiste no
uso de microrganismos que atuam diretamente na biodegradação de
uma substância que representa grande parte da composição do
petróleo, os hidrocarbonetos.

Os hidrocarbonetos são substratos adequados para diversos


microrganismos, os quais utilizam enzimas da classe das oxigenases
para degradar e utilizar estes compostos como sua fonte de carbono.
Ademais, quase todos os hidrocarbonetos do petróleo são
biodegradados em presença de oxigênio.

De maneira geral, as técnicas de biorremediação em vazamentos


acidentais de petróleo e a biorremediação “in situ” é a mais usada. A
adição de nutrientes inorgânicos em ambientes impactados pelo
petróleo promove um aumento da biomassa de microrganismos
nativos os quais biodegradam os resíduos de hidrocarboneto.
4.1 BIOSSURFACTANTES NO PROCESSO DE
BIORREMEDIAÇÃO
Surfactantes ou agentes de superfície (surface active agents)
são moléculas com propriedades tensoativas que possuem
grupos hidrofílicos e hidrofóbicos. São poderosas moléculas
anfipáticas ou anfifílicas, que se particionam, preferencialmente,
na interface entre fases fluidas. Possuem diferentes graus de
polaridade e pontes de hidrogênio, como interfaces óleo/água
ou ar/água por serem ativas de superfície, determinando
propriedades como adsorção, formação de micelas, formação
de macro e micro emulsões, lubrificação, ação espumante ou
antiespumante, capacidade molhante, solubilização e
detergência. Essas moléculas podem ser produzidas por
(surfactantes sintéticos) (biossurfactantes).
síntese química

ou biológica

Os biossurfactantes, também chamados tensoativos de origem


microbiana, têm sido uma alternativa viável aos tensoativos
sintéticos, apresentando como vantagens a biodegradabilidade,
baixa toxicidade e capacidade de atuar em condições mais
drásticas de temperatura, salinidade ou pH.

São aplicados em sistemas de controle de poluição do meio


ambiente por derramamento de petróleo e seus derivados, visto que
aumentam a biodisponibilidade dos contaminantes e, também,
incrementam a produção de poços de petróleo, limpeza de tanques,
fabricação de películas ultrafinas, processamento químico de papel,
etc.
5. TRATAMENTO DE EFLUENTES
Outra importante aplicação da biorremediação está no tratamento de
efluentes domésticos e industriais. Nesses locais de descarga de
resíduos, é comum a ocorrência de desequilíbrios ambientais, em
função, por exemplo, do depósito de gorduras, odores
desagradáveis, acúmulo de sólidos, entre outros, os quais além de
provocar alterações na biodiversidade, acabam comprometendo a
eficiência dos sistemas utilizados para limpeza desses resíduos.

Diante disso, uma das técnicas frequentemente empregadas tem


sido a biorremediação in situ, através, sobretudo, da biodegradação
natural, ou ainda do biaumento e bioestimulação, aplicando
microrganismos nativos ou selecionados, os quais aceleram o
processo de biodegradação da matéria orgânica e, desse modo,
recuperam e/ou aumentam a eficiência dos processos biológicos.

6. FITORREMEDIAÇÃO
A fitorremediação é uma tecnologia que se utiliza de espécies
vegetais para a recuperação de solos degradados. Também pode ser
conceituada como o uso de plantas e seus microorganismos
associados, para tratamento de solo, água ou ar contaminado.
Surgiu recentemente com potencial para tratamento eficaz de uma
larga escala de poluentes orgânicos e inorgânicos. A fitorremediação
em solos degradados pode auxiliar na melhoria de características
físicas e químicas do local, inclusive em solos poluídos por
hidrocarbonetos de petróleo.

A remediação pode ser feita através de cinco maneiras. A primeira


delas é a fitoextração, na qual as espécies são plantadas e
posteriormente colhidas, com o intuito de deixar o local livre de
substâncias tóxicas. De maneira geral, essa técnica é utilizada para
remediação de metais com o uso de plantas que podem acumular
mais metais em seus tecidos do que outras. Trata-se de plantas
hiperacumuladoras, que podem acumular metais em níveis até cem
vezes superiores a uma planta comum.
A fitotransformação ou fitodegradação é processo pelo qual o
poluente é absorvido e metabolizado, sofrendo bioconversão no
interior das plantas. Essa forma de fitorremediação é empregada,
principalmente, na remediação de compostos orgânicos. A
assimilação e degradação de metanos, propanos, etanos, butanos e
pentanos é um atributo de plantas como o feijão (Phaseolus
coccineus L.) e o milho (seedlings).

O processo de fitovolatilização é aquele em que as plantas e/ ou


organismos a elas associados ajudam a remover os poluentes do
meio pela volatilização destes. Há o sequestro e remoção do
poluente, que passa para a atmosfera através do vapor de água
volatilizado A volatilização pode ocorrer pela biodegradação na
rizosfera ou após a passagem na própria planta. No caso da
absorção do poluente, este pode passar por diversos internos, sendo
liberado a processos metabólicos

parti da superfície das folhas. Os poluentes podem ser


transformados em gases através do processo de respiração das
plantas. A vantagem de tal técnica é que remove o contaminante do
ecossistema, devendo ser utilizada com cuidado para que as plantas
não liberem concentrações altas de poluentes na atmosfera.
A fitoestimulação é um mecanismo no qual os microorganismos
associados e/ou beneficiados pela presença vegetal estão
envolvidos, direta ou indiretamente, na degradação de
contaminantes. A rizodegradação é quando essa estimulação ocorre
nas raízes das plantas mudando as condições do solo e aumentando
sua aeração, ajustando sua umidade e produzindo exsudatos que
favorecem o crescimento de microorganismos e, por consequência, a
biodegradação de contaminantes.

Por fim, a fitoestabilização pode ser entendida como um conjunto de


mecanismos físicos, físico-químicos. No processo físico químicos ou

os vegetais protegem o solo da incidência direta dos ventos e da


chuva, reduzindo o efeito da desagregação do solo e o seu
transporte contaminado. Já o processo químico ocorre por meio da
mudança química e/ou microbiológica da zona das raízes e, ainda,
pela alteração química do contaminante.
Baseia-se na mudança da solubilidade e da mobilidade do metal e na
dissolução de compostos orgânicos, por intermédio do pH de solo
pela exsudação de substâncias pelas raízes ou mediante produção
de gás carbônico. Nesse processo, o poluente é imobilizado,
sofrendo a estabilização por meio de sua lignificação ou humificação.

Essas são as formas que a fitorremediação pode atuar para remover


os hidrocarbonetos de petróleo do solo. Em alguns casos, pode
ocorrer a mineralização do poluente. É importante ressaltar que a
fitorremediação do solo acontece em consonância com os nutrientes
presentes neles, além da influencia dos fatores presentes no local da
contaminação, como o solo, ar, água e nível de fertilidade do solo. E
para que a tecnologia seja aplicada com sucesso é preciso identificar
e eliminar os fatores que venham a interferir negativamente no
processo de remediação.
Para o sucesso da técnica, é preciso estudar a caracterização do
local contaminado e do contaminante. Em relação ao local, deve-se
investiga-lo bastante, procurando saber quais atividades foram
desenvolvidas lá há alguns anos. Além de conhecer também as suas
características físicas e químicas, que devem ser favoráveis ao
crescimento das plantas, e haver uma investigação do terreno, o que
envolve coleta de amostra do solo e água, para que possa ser feito
uma análise, a fim de identificar fatores como o tipo de
contaminação, a concentração dos poluentes e onde se encontram.

7. REMOÇÃO DE METAIS PESADOS DO


AMBIENTE
O comprometimento na qualidade dos ecossistemas, em grande
parte, associa-se à ação humana proveniente do despejo de agentes
contaminantes e poluentes nesses locais. Dentre esses agentes
contaminantes e poluentes, os metais pesados têm gerado grande
preocupação, uma vez que consistem em elementos persistentes,
não degradáveis, teratogênicos, mutagênicos e carcinogênicos que,
além de afetar a saúde e qualidade de vida dos seres humanos,
geram grandes consequências ao equilíbrio do meio ambiente.

Diante dessa biorremediação de problemática, técnicas de


áreas impactadas por metais pesados têm sido desenvolvidas com o
objetivo de reduzir de forma parcial ou total esses elementos, através
do uso de microrganismos resistentes e com capacidades de
biodegradação. Vários são os mecanismos pelos quais os
microrganismos interagem com os metais, destacando-se dois: a
mobilização e a imobilização.
A mobilização dos metais consiste na ação de microrganismos com
capacidades de converter um metal de um estado insolúvel inicial,
correspondente a uma fase sólida, para um estado solúvel fi nal em
fase aquosa. Essa ação microbiana pode levar a uma dissolução
parcial ou completa de componentes metálicos e minerais insolúveis
presentes no meio ambiente.

Já a imobilização, por sua vez, consiste na ação de microrganismos


estado solúvel, que irão converter um metal em

em fase aquosa, para um estágio insolúvel, em fase sólida. Apesar


desse método não remover totalmente os metais pesados lançados
no ambiente, ele é considerado uma das principais formas de
proteger lençóis freáticos e cadeias alimentares da ação nociva dos
metais pesados. Na imobilização, se destacam dois mecanismos
básicos: a biossorção e a bioacumulação.
Na biossorção, os microrganismos interagem como o metal pesado
presente no meio ambiente através de componentes da sua parede
celular, ou ainda outras estruturas externas da sua membrana, sem,
no entanto, gastar energia, podendo assim ocorrer tanto com o uso
de organismos vivos ou mortos. Dessa forma, o metal associase a
estrutura do microrganismo, tendo sua concentração reduzida no
meio ambiente.

Já na bioacumulação, ocorre um transporte no metal de fora para


dentro do microrganismo através da sua membrana celular, sendo
necessário um gasto de energia e
organismos
acumulação
reduzindo,
ocorrendo, desse modo, somente em
vivos. Ao fi nal do processo, há uma do metal dentro do
portanto, os impactos
microrganismo, ambientes da poluição e contaminação por esses
elementos. 7.1 Chromobacterium violaceum na degradação de
metais pesados do solo

Esta bactéria é chamada de Chromobacterium violaceum e trata-


se de um microrganismo saprófi ta de vida livre, ou seja, pode
ser encontrado em praticamente todos os locais do planeta,
habitando principalmente regiões de clima quente subtropicas).
(tropicais ou

Diversos estudos destacam a grande importância

dessa bactéria para a biotecnologia, com aplicações industriais,


farmacêuticas e ecológicas. Dentre as principais importâncias
desse microrganismo, tem-se suas aplicações em técnicas de
biorremediação de ambientes impactados por metais pesados. A
C. violaceum possui informações genéticas as quais permitem a
produção de diversos tipos de proteínas relacionadas à
resistência, tolerância e biodegradação de metais pesados.

Estas importantes características vêm sendo estudadas em várias


partes do mundo, e resultados promissores apontam esse organismo
como uma valiosa ferramenta para o controle e/ ou contaminação
ambiental pesados.
combate da poluição e
provada pelos metais

IMAGENS DA
CHROMOBACTERIUM VIOLACEUM.

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