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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso
IV, da Constituição, e
DECRETA:
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 2º – Definições
[...]
CAPÍTULO II
DIREITOS E DEVERES
Artigo 9º – Garantia
[...]
CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 1º O Protocolo estará aberto para assinatura dos Estados que são Membros da
Organização do Comércio Eletrônico quando da sua Quarta Sessão e dos demais Estados
que participaram daquela Sessão.
§ 2º Ele será ratificado, aceito ou aprovado e os instrumentos de ratificação, aceitação ou
aprovação serão depositados junto ao Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da
Confederação Suíça, depositário do Protocolo.
§ 3º Qualquer outro Estado poderá aderir ao Protocolo após sua entrada em vigor, de
acordo com o artigo 44, parágrafo 1º.
§ 4º O instrumento de adesão será depositado junto ao depositário.
Artigo 45 – Reservas
[...]
QUESTÃO 1
Considerando as normas gerais em matéria de tratados e as disposições específicas do tratado em
questão, esclareça em que consiste o ato de ratificação e a que instituição, no caso em tela, o
diplomata transmitiu o instrumento de ratificação (2,0 pontos) [máximo de 10 linhas]
QUESTÃO 2
O que são, no Direito Internacional, as reservas e, no caso em exame, a reserva proposta pelo
Estado brasileiro é juridicamente possível? (2,0 pontos) [máximo de 10 linhas]
R: As reservas são dispositivos jurídicos previstos na Convenção de Viena (Art. 2.1) que
permitem a declaração unilateral de Estados que decidam por modificarem ou se eximirem de
uma ou mais disposições estabelecidas em um determinado tratado no qual visem participação
efetiva. Para o caso do Estado brasileiro acerca de reserva do Art. 3º do tratado proposto, é
juridicamente possível, uma vez que o tratado não proíbe a reserva para aquele artigo
especificamente.
QUESTÃO 3
Em que momentos o tratado em questão entrou em vigor para o Brasil? (2,0 pontos) [máximo
de 15 linhas]
R: Para tratados deve-se considerar dois momentos distintos de vigoração, um para o
contexto interno e o outro externamente.
Para efeitos internos, o tratado entra em vigor no dia 17 de dezembro de 2016, um dia após a
ratificação do tratado no DOU, a ser executada após aprovação de seu texto pelo congresso
nacional.
Ademais, o tratado entrara em vigor no primeiro dia do mês seguinte ao fim de um período de
quatro meses após o depósito de seu instrumento de ratificação (Art. 44 §2 do tratado),
portanto, tendo sido o depósito efetuado em junho de 2016, vigora o tratado a partir do dia 1
de novembro do mesmo ano.
QUESTÃO 4
Souza Participações Ltda, pessoa jurídica de direito privado registrada e com sede em São
Paulo, na condição de representante da Cybertraum GmbH, pessoa jurídica de direito privado
registrada e com sede em Berlim, ingressa em juízo contra Techplus S.A., pessoa jurídica de
direito privado registrada e com sede em São Paulo, requerendo anulação de cláusula do
contrato celebrado entre as empresas Cybertraum GmbH, tomadora de serviço, e Techplus
S.A., prestadora de serviço, em 2018. Com fundamento no artigo 4º da Lei nº 9999/2017,
Cybertraum GmbH alega que a cláusula contratual é nula porque estabelece garantia de reparo
de 30 (trinta) dias e, no Brasil, deve ser aplicada a norma mais recente, qual seja a Lei nº
9999/2017, mesmo porque se trata de norma hierarquicamente superior a mero decreto. Em
contestação, Techplus S.A. insiste que o Decreto nº 1234/2016 é a norma especial aplicável à
situação, que a República Federal da Alemanha é parte do Primeiro Protocolo ao Tratado
sobre Facilitação de Comércio Internacional de Serviços Cibernéticos e que o artigo 9º do
Protocolo autoriza a limitação da garantia a 30 (trinta) dias. Manifestando-se especificamente
sobre a questão da hierarquia dos tratados no Direito brasileiro (2,0 pontos), analise os
argumentos apresentados pelas partes e decida qual norma deve reger a cláusula contratual
(2,0 pontos). [máximo de 20 linhas].
R: Segundo a hierarquia normativa estabelecida para o sistema normativo brasileiro, as
obrigações dispostas por tratados ou convenções internacionais equiparam-se a leis ordinárias
promulgadas em esfera federal. Portanto, há um equívoco observado na constatação de
superioridade normativa da Lei nº 9999/2017 sobre o Decreto nº 1234/2016, uma vez que são
hierarquicamente equivalentes. Apesar disto, é correto o argumento cronológico proposto pela
representante legal da empresa Cybertraum GmbH, uma vez que uma das práticas adotadas
para resolução de conflitos entre leis de hierarquicamente equivalentes pode ser encontrada no
art. 2°, § 2° da LINDB, cabendo à lei posterior (lei n 9999/2017) revogar a lei anterior
(decreto nº 1234/2016) no dispositivo que a contrarie, sem causar, portanto, invalidar o
tratado já estabelecido. Entende-se, portanto, que a cláusula contratual a ser cumprida será
regida pela lei nº 9999/2017.