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MANUAL DE

ORIENTAÇÕES PARA O
MÉDICO EXAMINADOR
Atualizado em 10/04/2019

1
SUMÁRIO

PREENCHIMENTO DA FICHA CLÍNICA.............................................................. Pag. 03


IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO / EMPREGADO ........................................... Pag. 03
ANAMNESE OCUPACIONAL .............................................................................. Pag. 03
ANAMNESE CLÍNICA .......................................................................................... Pag. 03
EXAME CLÍNICO ................................................................................................. Pag. 04
CONCLUSÃO CLÍNICA ....................................................................................... Pag. 05
EXAME ADMISSIONAL .................................................................................. Pag. 05
EXAME MÉDICO PERIÓDICO ....................................................................... Pag. 06
EXAME MÉDICO DEMISSIONAL ................................................................... Pag. 06
FALTA DE EXAME COMPLEMENTAR OU AVALIAÇÃO ESPECIALIZADA Pag. 07
EXAME DE RETORNO AO TRABALHO ......................................................... Pag. 07
EXAME DE RETORNO AO TRABALHO COM EMPREGADO APTO
................
PELO INSS E INAPTO PELO MÉDICO DO TRABALHO .............................. Pag.
Pag. 07
07
EXAME DE RETORNO AO TRABALHO ANTES DA REALIZAÇÃO DA
PERÍCIA MÉDICA DO INSS .......................................................................... Pag. 08
EXAME DE RETORNO AO TRABALHO, SOLICITADO PELA EMPRESA
PARA LIBERAÇÃO PARA O TRABALHO NO 16º DIA DE AFASTAMENTO Pag. 08
EXAME SEMESTRAL .......................................................................................... Pag. 08
CASOS ESPECIAIS EM EXAMES OCUPACIONAIS .......................................... Pag. 08
Exames Ocupacionais de Frentistas ............................................................... Pag. 08
Exames Ocupacionais de Operadores de Tele atendimento .......................... Pag. 08
Exames Ocupacionais de Profissionais de Saúde .......................................... Pag. 09
Exames Ocupacionais de trabalhadores em frigoríficos ................................. Pag. 09
Exames Ocupacionais de trabalhadores expostos ao frio .............................. Pag. 09
Exames Ocupacionais de trabalhadores expostos ao manganês .................. Pag. 09
VACINAÇÃO ....................................................................................................... Pag. 09
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS EXAMES OCUPACIONAIS ............... Pag. 09
MOTIVOS DE INAPTIDÃO TEMPORÁRIA ......................................................... Pag. 10
MOTIVOS DE INAPTIDÃO ABSOLUTA .............................................................. Pag. 10
CONTESTAÇÃO DE ATESTADOS MÉDICOS DE AFASTAMENTO ................. Pag. 13
EXAME DE MEMBROS SUPERIORES .............................................................. Pag. 13

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1. PREENCHIMENTO DA FICHA CLÍNICA

O preenchimento da ficha clínica é de extrema importância. O prontuário médico


corretamente preenchido é, e efetivamente tem sido, a principal peça de defesa do médico
nos casos de denúncias por mal atendimento com indícios de imperícia, imprudência ou
negligência, ou seja, na presunção da existência de erro médico.
O prontuário médico é o primeiro documento que a Justiça e o próprio Conselho solicitam
aos médicos denunciados para apreciação dos fatos da denúncia. Também pode ser
solicitado em caso de processos trabalhistas.

Nos exames periódicos de saúde e demissionais não deixar de questionar sobre


intercorrências na saúde ou acidentes desde o último exame ocupacional. Não deixar de
anotar também a ausência destes eventos. O mesmo deve ser feito na Investigação Sobre
os Diversos Aparelhos.

2. IDENTIFICAÇÃO DO CANDIDATO / EMPREGADO

O trabalhador deverá ser identificado quanto ao nome, sexo, empresa a que pertence,
número de matrícula, data de nascimento e RG. Também deve-se preencher a data em
que o exame médico ocupacional está sendo realizado e o tipo de exame (admissional,
periódico, retorno ao trabalho, mudança de função, demissional ou outro).

3. ANAMNESE OCUPACIONAL

3.1. História ocupacional pregressa – Deverá ser preenchido apenas no caso de exame
ocupacional admissional. Deve-se identificar as últimas empresas com maior tempo de
duração do vínculo, a função exercida e o período de trabalho em cada uma delas. Se
identificado algum risco relevante em qualquer dessas funções, deve-se apontá-lo no
campo de observações.

3.2. História ocupacional atual – Preencher informações relevantes ao trabalho atual.


Ainda é necessário questionar a existência ou não de doença/acidente de trabalho.
Caso a resposta seja afirmativa, deve-se detalhar. É importante anotar o período da
ocorrência do acidente ou data em que a doença do trabalho foi diagnosticada, a
presença de afastamento e sua duração, o preenchimento do Comunicado de Acidente
de Trabalho (CAT) e se houve ou não encaminhamento ao Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), este último, no caso de afastamentos maiores que 15 dias.

4. ANAMNESE CLÍNICA

4.1. História clínica atual – Questionar o trabalhador sobre a presença ou não sintomas
no momento da consulta médica. Caso o trabalhador relate sintomas, é preciso
descrever e investigá-los, avaliar se já está sendo acompanhado por médico
assistente/especialista e o tratamento instituído, especificando-o.

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4.2. Antecedentes mórbidos – Faz-se necessário questionar o trabalhador sobre doenças
preexistentes, dentre elas as mais comuns como hipertensão arterial sistêmica,
diabetes mellitus, dislipidemias. Também deve-se questionar sobre o passado de
cirurgias, internações, tratamentos fisioterápicos e uso de medicamentos. Em caso
afirmativo para alguma dessas condições, o médico examinador deverá especificar o
motivo e/ou o tratamento adotado.

Nos exames periódicos deve-se questionar sobre ocorrências desde o último exame
ocupacional (patologias diagnosticadas, afastamentos por doença, acidentes).

4.3. Antecedentes Ginecológicos e Obstétricos – Perguntar se faz uso de algum método


contraceptivo e, em caso afirmativo, especificá-lo. Questionar sobre a data da última
menstruação (DUM) para avaliar possibilidade de gestação.

4.4. Hábitos de Vida – É de suma importância investigar sobre o uso de substâncias


prejudiciais à saúde e a falta da prática de exercícios físicos. Deve-se perguntar sobre
a frequência do uso de álcool e tabaco, e diante do uso de drogas ilícitas, quais são
utilizadas pelo trabalhador.

5. EXAME CLÍNICO

5.1. Dados Antropométricos: inicialmente, durante o exame físico do trabalhador, é


necessário avaliar seus dados vitais como frequência cardíaca (FC), pressão arterial
(PA). Sempre avaliar peso e altura em candidatos/empregados que têm atividades com
trabalho em altura e/ou espaço confinado.

5.2. Aspecto Geral: antes da abordagem dos aparelhos específicos, é importante avaliar
o estado geral do trabalhador, mucosas, pele e extremidades.

5.3. Aparelho Respiratório: além da inspeção do tórax, em que se avalia a forma, a


presença de deformidades e a simetria, é preciso realizar a ausculta torácica em busca
da presença de ruídos adventícios. Caso exista alguma outra anormalidade,
especificá-la.

5.4. Aparelho Cardiovascular: deve-se auscultar o paciente detalhadamente, avaliando o


ritmo e sons das bulhas, além da presença de sopros. Deve-se atentar para os
membros inferiores à procura da presença de varizes superficiais. Caso exista alguma
outra anormalidade, especificá-la.

5.5. Abdome: além da procura por massas ou visceromegalias, deve-se verificar a


presença de hérnias, seja ela inguinal ou umbilical. Em caso de suspeita da presença
de hérnias, realizar a manobra de Valsalva, com o paciente de pé, para confirmação.
Caso exista alguma outra anormalidade, especificá-la.

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5.6. Aparelho locomotor e coluna: durante a avaliação do aparelho locomotor deve-se
proceder a avaliação voltada para a queixa do paciente. Caso não existam queixas,
especial atenção deve ser voltada para o exame da coluna lombar. Solicitar que o
trabalhador, em posição ortostática, realize os movimentos de flexão, extensão,
inclinação lateral e rotação para avaliar a presença de dor ou alterações na amplitude
de movimento. Outros testes poderão ser realizados de acordo com a queixa do
trabalhador.

5.7. Aparelho neurológico: ao avaliar o aparelho neurológico, deve-se considerar


principalmente exames que priorizem a avaliação do equilíbrio e da coordenação
motora, que podem ser verificadas de maneira geral através da marcha. Outros exames
simples devem ser priorizados, como o Teste de Romberg e Prova dedo-nariz.

5.8. Pele e fâneros: Atenção especial nos manipuladores de alimentos, trabalhadores com
risco ocupacional de cimento, óleo ou graxa.

6. CONCLUSÃO CLÍNICA

Considerando os achados na anamnese e exame físico do trabalhador e considerando os


riscos existentes em sua função, o médico examinador deverá atestar o trabalhador como:

6.1. EXAME ADMISSIONAL

Apto clinicamente quando apresentar condições clínicas que não o incapacitem para
sua função. Se o candidato apresenta exame(s) complementar(es) alterado(s) que não
impede(m) o trabalho e não significa(m) contaminação ocupacional: liberar o ASO e
encaminhar ao especialista. Não é necessário fazer controle deste encaminhamento.

Inapto quando apresentar alterações que o incapacite para exercer plenamente suas
funções ou que sua função prejudique alguma condição clínica encontrada. Ver motivos
de inaptidão, específicos para determinadas atividades, nos itens 7 e 8.

6.1.1. Candidato com inaptidão temporária no exame admissional

Condição caracterizada pela presença de alterações sugestivas de patologia(s) que


possivelmente impeça(m) o candidato de exercer as atividades laborais propostas no
momento da avaliação clínica e dos exames complementares, podendo ser(em)
passível(eis) de tratamento, controle ou cura, de forma tal que, após a efetivação do
procedimento adequado e no tempo necessário, devolva ao candidato a condição
laboral para a aptidão. A inaptidão no exame admissional não pressupõe
incapacidade laboral; indica apenas que o avaliado não atendeu, à época do exame,
aos parâmetros exigidos para o exercício da função proposta. Nestes casos, por
razões éticas, o Médico do Trabalho deve informar os motivos da inaptidão,
orientando-o sobre a necessidade de investigação diagnóstica complementar,
tratamento e acompanhamento, através de assistência médica própria, até o retorno
de sua capacidade laboral para a atividade proposta, se possível. Neste caso a
Empresa poderá solicitar novo Exame Médico Admissional. A partir do momento da
emissão do ASO com a avaliação de inapto, até o retorno para este novo exame
admissional, cabe ao candidato, por seus meios e às suas expensas, procurar auxílio
médico, tendo em vista o seu diagnóstico e tratamento.

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6.2. EXAME PERIÓDICO

6.2.1. No caso da necessidade de avaliação especializada para a liberação do Atestado de


Saúde Ocupacional (ASO), por suspeita de doença profissional ou do trabalho,
a empresa deve arcar com o custo desta avaliação.

6.2.2. Apto quando apresentar condições clínicas que não o incapacitem para sua função.
Se o empregado apresenta exame(s) complementar(es) alterado(s) que não
impede(m) o trabalho e não significa(m) contaminação ocupacional: liberar o ASO e
encaminhar ao especialista. Não é necessário fazer controle deste encaminhamento.

6.2.2.1. Apto com restrições se apresentar alguma condição que o incapacite


temporariamente a exercer alguma tarefa dentre as prescritas para o exercício
pleno de seu trabalho. Anotar como Apto e no campo “Observações” descrever as
atividades que não podem ser executadas, por quanto tempo e se deve retornar
para reexame após este período para liberação sem restrições. Se a empresa não
aceitar o empregado com restrições deve ser emitido um atestado de afastamento
pelo tempo necessário para a recuperação. Quando houver a necessidade de
considerar o trabalhador “apto com restrições” o caso deve ser repassado ao
médico coordenador do PCMSO para orientação de conduta.

6.2.3. Inapto quando apresentar alterações que o incapacite para exercer suas funções ou
que sua função prejudique alguma condição clínica encontrada. Deve ser emitido um
atestado de afastamento pelo tempo necessário para a recuperação ou de 15
(quinze) dias e encaminhamento ao INSS.

6.2.4. Outras considerações a respeito do exame médico periódico

Quando houver a necessidade de considerar o trabalhador “inapto” o caso deve ser


repassado ao médico coordenador do PCMSO para orientação de conduta.
Sendo verificada alguma perturbação à saúde do trabalhador decorrente de sua
exposição a agentes ambientais e/ou da condição de trabalho e na forma da sua
execução, sempre relacionados com sua atividade ou local de trabalho, o caso deve
ser repassado ao médico coordenador do PCMSO para orientação de conduta.

Posteriormente, o médico que realizou a consulta médica assim como o trabalhador


examinado, deverão assinar a ficha da consulta clínica.

O médico examinador que fizer a avaliação final do trabalhador deverá analisar o


exame clínico e os exames complementares especificados, assinando a ficha clínica
padrão no local pertinente.

6.3. EXAME DEMISSIONAL

6.3.1. Apto quando apresentar condições clínicas que não o incapacitem para sua função
Não existe Apto com restrições no exame demissional. Neste caso o resultado é
Inapto

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6.4. FALTA DE EXAME COMPLEMENTAR OU AVALIAÇÃO ESPECIALIZADA

6.4.1. Em casos que o funcionário não trouxer o material para exame complementar a
recepção comunicará formalmente à empresa e o empregado terá o prazo de 5 dias
úteis para concluir os exames. Se neste período de 5 dias úteis o empregado não
comparecer ao Censo para colheita de material ou agendar a avaliação especializada
o ASO deverá ser liberado como Inapto. Dúvidas ao Coordenador

6.4.2. Para as empresas que não são coordenação Censo qualquer caso de inaptidão ou
restrição de atividade deve ser encaminhado, formalmente, ao coordenador da
empresa e se o mesmo não retornar dentro do prazo de 5 dias úteis, deverá ser
concluído o parecer como Inapto ou apto com observações das restrições das
atividades que forem contra indicadas pela alteração e encaminhar relatório ao
Coordenador.

6.4.3. Nunca resolver parecer apenas por telefone, sempre formalizar.

6.5. EXAME DE RETORNO AO TRABALHO

6.5.1. Os exames de retorno ao trabalho devem ser realizados no primeiro dia útil após a
liberação pela Perícia Médica do INSS, em afastamentos superiores a 30 (trinta) dias.

6.5.2. Apto quando apresentar condições clínicas que não o incapacitem para sua função,
ou seja, não há qualquer restrição.

6.5.3. Não há resultado INAPTO no Exame de Retorno ao Trabalho pela hierarquia legal
de atestados médicos.

6.6. EXAME DE RETORNO AO TRABALHO COM EMPREGADO APTO PELO INSS E


INAPTO PELO MÉDICO DO TRABALHO

6.6.1. O Médico Examinador deve acatar a liberação da Perícia Médica do INSS. O ASO
deve ser preenchido como Apto ao Trabalho e Inapto para a Função, com o texto
abaixo em “Observações”: “O empregado ____, RG _____, teve o pedido de
prorrogação (PP) indeferido ou pedido de reconsideração (PR) indeferido, e/ou
término de seu auxílio-doença em __/__/__ (escolher um destes). Diante do
exposto, com fulcro no Artigo 482, alínea “i” da CLT, combinado com Súmulas 15
e 32 do TST, e nas Leis 11.907 / 09 (art. 30, parágrafo 3, inciso I) e 605 / 49 (art. 6,
parágrafo 2), sem outra alternativa de conduta, me submeto à decisão do INSS, e o
qualifico como apto para retorno ao trabalho, com as devidas recomendações,
enquanto se aguarda resposta ao pedido de reconsideração (PR) / Recurso à Junta
de Recursos da Previdência Social/ nova perícia / decisão judicial (escolher um
destes).
Recomendações: ___________________ (todas as atividades da função que
não poderão ser realizadas).

Neste caso repassar o caso para o médico coordenador do PCMSO para conhecimento.

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6.7. EXAME DE RETORNO AO TRABALHO ANTES DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA
MÉDICA DO INSS

6.7.1. Se o atestado de afastamento apresentado pelo empregado for superior a 15 dias e


ainda não tenha realizado a Perícia Médica do INSS, é necessário que procure o
médico assistente para nova avaliação clínica. Nesta avaliação o médico deverá
prorrogar o afastamento até a data de agendamento da perícia ou emitir relatório
liberando para o trabalho.

6.8. EXAME DE RETORNO AO TRABALHO, SOLICITADO PELA EMPRESA, PARA


LIBERAÇÃO PARA O TRABALHO NO 16º DIA DE AFASTAMENTO

6.8.1. No caso de atestado de 15 dias somente liberar para o trabalho em caso de aptidão
para a função sem restrições. Caso contrário o empregado deve ser encaminhado à
Perícia Médica do INSS.

6.9. EXAME SEMESTRAL

6.9.1. Quando há necessidade de audiometria após 6 meses da admissão e/ou exames


complementares semestrais deverá ser realizado um exame clínico.

6.10. CASOS ESPECIAIS EM EXAMES OCUPACIONAIS

6.10.1. Exames ocupacionais em Frentistas


Nestes exames dos frentistas, pela exposição ocupacional ao benzeno, deve-se
observar, rigorosamente:
No hemograma:
• Anemia;
• Eosinofilia;
• Neutropenia;
• Linfocitopenia;
• Plaquetopenia;
• Reticulopenia (abaixo de 25000).
Em caso de ocorrência de alguma destas alterações os ASO não devem ser
liberados e as fichas clínicas encaminhadas ao coordenador do PCMSO.

6.10.2. Exames ocupacionais de Operadores de Tele atendimento


O Médico Examinador deve colher dados sobre sintomas psíquicos,
osteomusculares, vocais, visuais e auditivos ocorridos desde o último exame
ocupacional (Exame Admissional ou Exame Periódico de Saúde), anotando as
alterações, períodos de ocorrência, número e duração de afastamentos por estes
motivos. Estes dados devem ser encaminhados ao médico coordenador do PCMSO;
são importantes para o relatório anual do PCMSO.

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6.10.3. Exames ocupacionais em Profissionais de Saúde
Por ocasião da admissão deve ser exigido o cartão de vacinação e uma cópia deve
ser anexada ao prontuário
Vacinas exigidas:
 Difteria;
 Tétano;
 Hepatite B.
 Realizar testes sorológicos após 1 a 2 meses da aplicação da vacina:
 Níveis de anti-HBs ≥10mIU/ml - considerar como imunes;
 Níveis de anti-HBs <10mIU/ml – revacinar.

Os que mantiverem o anti-HBs após revacinação são considerados suscetíveis à


infecção pelo VHB e devem ser orientados sobre precauções para prevenção contra
a infecção pelo VHB e sobre a necessidade de utilização de imunoglobulina contra
hepatite B (IGHB) para qualquer pós-exposição conhecida a sangue com HBsAg
positivo.
Profissionais previamente expostos ao VHB que são HBsAg positivos não devem ser
excluídos do trabalho e devem ser encaminhados para acompanhamento
especializado.

Em cada Exame Médico Periódico de Saúde deve ser verificado o período de


validade da vacinação contra difteria e tétano.

6.10.4. Exames ocupacionais de trabalhadores em frigoríficos


As alterações encontradas em avaliações clínicas devem ser encaminhados ao
Médico Coordenador pois estes dados são necessários para a elaboração do
Relatório Anual do PCMSO.

6.10.5. Exames ocupacionais de trabalhadores expostos ao Manganês


Devem ser pesquisados e anotados na ficha clínica, mesmo negativos:
 Teste de Romberg;
 Marcha;
 Parestesias.

6.11. VACINAÇÃO

6.11.1. Em todos os exames médicos ocupacionais os empregados serão orientados a


comparecerem ao Posto de Saúde da rede básica de saúde para atualizações de
vacinas, conforme o programa oficial de vacinação.

6.12. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE OS EXAMES OCUPACIONAIS

6.12.1. O médico examinador não deve fornecer atestados de aptidão para atividade
física se solicitados pelo examinando.

6.12.2. O médico examinador não deve tratar patologias evidenciadas no exame médico
ocupacional. Deve encaminhar para tratamento nas Unidades Básicas de Saúde
ou pelos convênios médicos das empresas. Deve sempre anotar este
encaminhamento.

6.12.3. Se houver suspeita de nexo com o trabalho o médico coordenador deve ser
comunicado.
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7. MOTIVOS DE INAPTIDÃO TEMPORÁRIA – em qualquer atendimento médico

7.1. Para qualquer candidato / empregado


Valor da pressão arterial sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastólica igual
ou superior a 110 mmHg.

7.2. Atividades com Trabalhos em Altura


Anemias;
Diabetes mellitus tipo II descontrolada;
Gestantes;
Valor da pressão arterial sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastólica igual
ou superior a 110 mmHg.
Obesidade (IMC ≥ 35) ou peso acima de 110 kg no caso de atividade com uso de
escada móvel.

7.3. Atividades em Espaço Confinado


Anemias;
Diabetes mellitus tipo II descontrolada;
Gestantes;
Valor da pressão arterial sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastólica igual
ou superior a 110 mmHg.
Obesidade (IMC ≥ 35).

7.4. Atividades com Eletricidade


Anemias;
Diabetes mellitus tipo II descontrolada;
Valor da pressão arterial sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastólica igual
ou superior a 110 mmHg

7.5. Atividades com Manipulação de alimentos


Coprocultura positiva;
Dentes em mal estado;
Micoses cutâneas.

7.6. Motoristas
Acuidade visual inferior a 20/30 (equivalente a 0,66) em cada um dos olhos.
Valor da pressão arterial sistólica igual ou superior a 180 mmHg e/ou diastólica igual
ou superior a 110 mmHg.

8. MOTIVOS DE INAPTIDÃO ABSOLUTA

Os menores de 18 anos são inaptos para qualquer atividade com exposição a


agentes agressivos ou de risco à sua integridade física.

8.1. Atendente de Tele atendimento


Doenças crônicas ou crises frequentes agudas de patologias de vias aéreas;
História de LER/DORT anterior;
Testes para membros superiores alterados.

8.2. Atividades com Exposição ao Frio


Menores de 18 anos;
Doença de Raynaud;
Sinusites agudas de repetição;
Sinusites crônicas.

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8.3. Atividades com. Exposição a fumos, gases e poeiras
Menores de 18 anos;
Asma brônquica.

8.4. Atividades com. Exposição ao Manganês


Menores de 18 anos;
Portadores de lesões respiratórias orgânicas;
Portadores de lesões do sistema nervoso central;
Portadores de disfunções sanguíneas.

8.5. Atividades com Movimentos Repetitivos


Menores de 18 anos;
História de LER/DORT anterior;
Testes para membros superiores alterados.

8.6. Atividades com Trabalhos em Altura


Menores de 18 anos;
Anemias hemolíticas, falciforme, talassemia maior;
Cardiopatias e/ou outras patologias que repercutem com alterações hemodinâmicas
e repercussão funcional;
Convulsão – Epilepsia (mesmo assintomático em uso de medicamento);
Crises de ausência (mesmo assintomático em uso de medicamento);
Deficiência visual, auditiva, mental ou múltipla (Dec. 5.296 de 02/12/2004;
Diabetes mellitus insulino-dependente;
Distúrbios do equilíbrio;
Distúrbios de marcha e da coordenação motora;
Etilismo e/ou outras drogas;
Fobia de altura (acrofobia);
Uso contínuo de medicamentos que interferem com a cognição;
Patologias psiquiátricas;
Visão monocular como menos de 6 meses.

8.7. Atividades em Espaço Confinado


Menores de 18 anos;
Asma brônquica;
Cardiopatias e/ou outras patologias que repercutem com alterações hemodinâmicas
e repercussão funcional;
Convulsão – Epilepsia (mesmo assintomático em uso de medicamento);
Crises de ausência (mesmo assintomático em uso de medicamento);
Deficiência visual, auditiva, mental ou múltipla (Dec. 5.296 de 02/12/2004;
Etilismo e/ou outras drogas;
Fobia de locais fechados (claustrofobia);
Patologias psiquiátricas;
Uso contínuo de medicamentos que interferem com a cognição.

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8.8. Atividades com Eletricidade
Menores de 18 anos;
Anemias hemolíticas, falciforme, talassemia maior;
Cardiopatias e/ou outras patologias que repercutem com alterações hemodinâmicas
e repercussão funcional;
Convulsão - Epilepsia;
Crises de ausência;
Deficiência visual, auditiva, mental ou múltipla (Dec. 5.296 de 02/12/2004);
Distúrbios do equilíbrio;
Etilismo e/ou outras drogas;
Patologias psiquiátricas;
Uso contínuo de medicamentos que interferem com a cognição;
Visão monocular como menos de 6 meses.

8.9. Atividades com Levantamento e/ou Carregamento Manual de Cargas


Menores de 18 anos;
Alterações na radiografia lombo-sacra: sacralização de L5, diminuição de
espaço intervertebral, espondilólise, espondilolistese e/ou osteofitose;
Cifose e/ou escoliose pronunciada;
Histórico de afastamentos prolongados por lombalgias.

8.10. Manipuladores de Alimentos


Rinite alérgica.

8.11. Motoristas
Acuidade visual inferior a 20/30 (equivalente a 0,66) em cada um dos olhos, com
correção;
Alterações na radiografia lombo-sacra: diminuição de espaço intervertebral, fissura do
disco intervetebral, espondilólise, espondilolistese, osteofitose e/ou sacralização de
L5, mega apófises em L5 articuladas com o sacro;
Cardiopatias e/ou outras patologias que repercutem com alterações hemodinâmicas
e repercussão funcional;
Cifose e/ou escoliose pronunciada;
Crises de ausência;
Deficiência visual, auditiva, mental ou múltipla (Dec. 5.296 de 02/12/2004);
Etilismo e/ou outras drogas;
Epilepsia;
Hérnias discais;
Histórico de afastamentos prolongados por lombalgias, cervicalgias;
Patologias psiquiátricas, sem parecer favorável do especialista;
Uso contínuo de medicamentos que interferem com a cognição.

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9. CONTESTAÇÃO DE ATESTADOS MÉDICOS DE AFASTAMENTO

9.1. Só pode ocorrer se o atestado apresentar rasura, ausência de informação:


 Carimbo (se não for emitido em receituário do próprio médico onde conste seu
nome e CRM);
 Assinatura do médico;
 Data início do afastamento;
 Período em dias do afastamento concedido;
 Ou comprovar atestado falso (por exemplo: atestado apresenta um diagnóstico
que não é comprovado pela história do empregado). Neste caso pedir um
relatório ao médico assistente, pois ele pode ter enganado ao colocar o CID10.
Caso o atestado não apresente estas incoerências, a empresa deve acatar o atestado
e, se o afastamento for superior a 15 dias, agendar perícia no INSS.

10. EXAMES DE MEMBROS SUPERIORES

Na rede, em Medicina/MEDICO/Medicina do Trabalho/ DORT Testes Membros Superiores,


há uma descrição dos exames mais comuns dos membros superiores.
Abrir o arquivo “Abrir este arquivo TESTES DO MEMBRO SUPERIOR” e neste arquivo há
hiperlinks para sintomas, testes e patologias que algumas posturas podem ocasionar.

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