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IMPLICAÇÕES NA MEDIÇÂO DE CONDUTIVIDADE PELO

ENSAIO DE CORRENTES PARASITAS


Marcos Paulo V. de Souza , Ricardo de O. Carneval
IMPLICAÇÕES NA MEDIÇÂO DE CONDUTIVIDADE PELO ENSAIO DE
CORRENTES PARASITAS

Resumo
Uma utilização considerada muito simples e básica no ensaio de correntes
parasitas é a medição da condutividade elétrica de materiais metálicos e de
ligas metálicas. Procura-se mostrar nesse trabalho que embora a medição de
condutividade possa ser considerada simples, ela requer uma série de atenções
e de cuidados para que o valor de condutividade indicado pela técnica tenha a
precisão compatível com a aplicação a que se destina.
Introdução
• A Análise da Integridade de Equipamentos ou
Componentes Estruturais Metálicos depende do:
• Início dos mecanismos de acúmulo de dano
• Surgimento das descontinuidades
• Em muitos casos está associado a:
• Caracterização de materiais e ligas metálicas (definição da
composição química e/ou microestrutura)
• Detecção da presença de fases deletérias (detrimentais às
propriedades mecânicas ou anti corrosivas)
Introdução
• Propriedades eletromagnéticas influentes no resultado do
ensaio de Correntes Parasitas:
• Permeabilidade Magnéticas
• Condutividade Elétrica
• Condutividade Elétrica é a principal propriedade para
caracterização de materiais e a detecção de fases deletérias
• Medição de Condutividade no ensaio de CP equivale a
Mediçãode Espessura no ensaio de US
• Simples de execução, mas requerem cuidados
• Pode ser tanto executadas por aparelhos simples
(mostrador digital)como por aparelhos sofisticados
(tela)
Introdução
• Ensaios Não Destrutivos são eminentemente
comparativos
• Uso de blocos ou materiais (condutividade) de
calibração
• Ajuste do aparelho
• Contrução de “Curva de Calibração”
• Correlação entre o parâmetro de resposta do ensaio e a
propriedade de interesse de medição
• ESCOLHA DO TIPO DE CURVA DE CORRELAÇÃO
É DE SUMA IMPORTÂNCIA NO ENSAIO
Introdução
• Motivação para o trabalho
• erro na medição da Condutividade em Curso de
Formação
• 19% das medições fora do valor tabelado em mais de 20%
• Indicação dos fabricantes de aparelhos de CP
• Aparelho 1 - Leitura entre 1 e 102% IACS. Para frequências de ensaio
entre 60 e 120 kHz a pior precisão ocorre na faixa de 60 e 102% IACS e é de
±1%. Para frequências de ensaio entre 240 e 480 kHz a pior precisão
também ocorre na faixa de 60 a 102% IACS e é de ±2%;
• Aparelho 2 - Leitura entre 0.9 e 110% IACS. Independente da frequência
empregada (não está citada) as precisões citadas são ±0,5% para materiais
com condutividade menor que 62% IACS e ±1.0% para
materiais com condutividade
maior que 62% IACS.
Introdução
• Característica desse Trabalho:
• Estudo das variáveis de ensaio de correntes
parasitas:
• Aparelho, sonda, frequência de excitação
• Implicações dessas variáveis na medição de
condutividade de materiais
Medição de Condutividade em CP
Recursos Experimentais
• Padrões de Condutividade
• Material 1 - 3,520 %IACS
• Material 2 - 9,525 %IACS
• Material 3 - 16.63 %IACS
• Material 4 - 29.70 %IACS
• Material 5 - 32.41 %IACS
• Material 6 - 41.31 %IACS
• Material 7 - 48,64 %IACS
• Material 8 - 100.33 %IACS
Recursos Experimentais
• Aparelhos de CP
• Olympus ECT
• Tecnatom ECT/ECA
Recursos Experimentais
• Sondas de CP
• Olympus Spot Probe 2–200 kHz Ø 6.4 mm
• Zetec Spot Probe 5-50 kHz Ø 9.5 mm
• Zetec Spot Probe 500-1000 kHz Ø 9.5 mm
Metodologia de Coleta de Dados
• Medição da Condutividade dos 8 padrões nas
situações:
• Aparelho Olympus ECT e sonda Olympus Spot Probe 2-200
kHz, com as frequências 2; 10; 50; 100; 200 e 300 kHz;
• Aparelho Tecnatom ECT/ECA e sonda Zetec Spot Probe 5-50
kHz, com as frequências 2; 50; 100 e 200 kHz;
• Aparelho Tecnatom ECT/ECA e sonda Zetec Spot Probe 500-
1000 kHz, com as frequências 200; 400; 800 e 1200 kHz.
Metodologia de Coleta de Dados
• Para cada uma das situações (aparelho-sonda-
frequência) foram levantados os seguintes parâmetros
do sinal:
• Componente Horizontal, Componente Vertical, Ângulo de Fase e
Amplitude
• Para cada um desses parâmetros foram construidas as
seguintes “curvas de calibração” (com maior R2):
• Condutividade “versus” Componente Horizontal, Condutividade “versus”
Componente Vertical, Condutividade “versus” Ângulo de Fase, e
Condutividade “versus” Amplitude
• Todas curvas estão no anexo do trabalho
Análise e Discussão de Resultados
• Com base nas Curvas de Calibração
• Melhores resultados para ajuste exponencial (91% dos
casos) e Polinomial Grau 3 (9% dos casos)
• Ajuste Polinomial Grau 3 mais conveniente apenas para as
menores frequências de ensaio utilizadas com sondas de
menor frequência
• Aumento da Frequência de ensaio aumenta separação dos
pontos relativos a baixas condutividades e aproxima os
pontos de alta condutividade (TEORIA)
Análise e Discussão de Resultados
• Construção de Tabelas para as diversas situações de
ensaio com:
• Equações das Curvas de Calibração
• Coeficientes de Correlação
Análise e Discussão de Resultados
• Construção de Tabelas para as diversas situações de
ensaio com:
• Equações das Curvas de Calibração
• Coeficientes de Correlação
Análise e Discussão de Resultados
• Análise da Tabela com Curvas de Correlação:
• Das 56 (100%) situações de ensaio apenas 4 (7%) tiveram
R2 menor que 0,9 (parâmetro ΔHor.)
• Analisando as médias de R2 melhor parâmetro é ΔVer. E
pior é ΔHor. Parâmetros ΔØ e ΔZ apresentam R2
intermediários
• Obtidos maiores R2 para as menores frequências de ensaio.
Não “bate” com a teoria do ensaio. Mas amostras não
favorecem essa pesquisa pois a maioria têm baixa
condutividade
Análise e Discussão de Resultados
• Com base na estimativa da Condutividade dos
Padrões empregados por dois métodos:
• Empregando as Equações das Curvas de Calibração (se
justifica pois R2 foi maior que 0,9 em 93% dos casos)
• Empregando recomendação de procedimentos de ensaio.
• Empregar valores de condutividade vizinhos conhecidos para
estabelecer a condutividade desconhecida de material com
condutividade intermediária aos conhecidos
• Marcados na tabela erros maiores que 1%
Análise e Discussão de Resultados
• Com base na estimativa da Condutividade dos
Padrões empregados por dois métodos:
• Empregando as Equações das Curvas de Calibração
• Empregando recomendação de procedimentos de ensaio
Análise e Discussão de Resultados
• Com base na estimativa da Condutividade dos
Padrões empregados por dois métodos:
• As menores frequências de ensaio implicam nos menores
erros de estimativa da condutividade. Resultado conflitante
com teoria.
• Melhor estimativa para as 112 situações de ensaio se deu
quando empregando curva de calibração que usando
valores de amostras vizinhas.
• Comparando erros do curso de treinamento com os
encontrados nesse trabalho parece que no caso do curso se
deveu a inexperiência ou aflição dos alunos
durante a prova prática.
Conclusões e Recomendações
• Considera-se que as amostras empregadas têm
valores corretos de condutividade:
• Erros encontrados são maiores que os especificados pelos
fabricantes dos aparelhos
• Empregar ΔVer. na medição de condutividade elétrica de
materiais
• Empregar preferencialmente menores frequências de
ensaio nas medições
• Usar preferencialmente curvas de calibração para medir a
condutividade
AGRADECIMENTOS
• Instituições
• Centro de Pesquisas da PETROBRAS (CENPES)
• Laboratorio de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e
Soldagem da UFRJ (LABOEND)
• Universidade PETROBRAS (UP)
• Cessão de Laboratórios, Aparelhos, Sondas e Corpos
de Prova

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