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Correntes Parasitas

CORRENTES PARASITAS

INTRODUÇÃO:
É um método de ensaio não destrutivo fundamentado
na indução de correntes elétricas no material que está
sendo inspecionado e na observação dos sinais
originados da interação dessas correntes com o
material. As correntes parasitas são induzidas no
material por campos magnéticos variáveis, produzidos
por bobinas.
CORRENTES PARASITAS

Aplicações deste ensaio?


Através da monitoração da variação da impedância elétrica
dessas bobinas é possível avaliar o material sob inspeção
quanto:
- Detecção de descontinuidades em metais ferrosos e não
ferrosos.
- Medição de condutividade elétrica em metais não
magnéticos.
- Medição de espessuras de camadas não condutivas sobre
metais condutores não magnéticos.
- Medição de espessuras de camadas não magnéticas sobre
metais magnéticos.
- Diferenciação de materiais quanto à composição química,
dureza, microestrutura, tratamentos térmicos, etc..
CORRENTES PARASITAS

Princípios do Ensaio
CORRENTES PARASITAS

Fundamentos do Ensaio por Correntes Parasitas


A peça a ser ensaiada é disposta dentro de uma bobina
(ou em contato com uma sonda), pela qual circula uma
corrente alternada, chamada corrente de excitação (vide
figura abaixo). Como conseqüência, nas proximidades
da bobina é gerado um campo eletromagnético chamado
de campo primário (Hp), o qual induz um fluxo de
correntes parasitas na peça sendo ensaiada.
As correntes parasitas induzidas na peça geram um
segundo campo eletromagnético, chamado de campo
secundário (Hs), o qual tem sentido contrário ao
primário. Desta maneira obtém-se um campo magnético
resultante Hp - Hs.
CORRENTES PARASITAS

Fundamentos do Ensaio por Correntes Parasitas


CORRENTES PARASITAS

Fundamentos do Ensaio por Correntes Parasitas


Variações nas características do material sendo
ensaiado, tais como composição química, dureza,
espessura de camadas endurecidas, condição do
tratamento térmico, descontinuidades, geometria,
dimensões, etc., produzem uma mudança no fluxo de
correntes parasitas e, como conseqüência, uma variação
do campo secundário (Hs), do campo resultante (Hp -
Hs) e da impedância e da tensão induzida da bobina.
Esta variação da impedância ou da tensão induzida da
bobina, ao ser processada, pode ser mostrada num
instrumento analógico ou digital, num aparelho com
tubo de raios catódicos, num registrador gráfico, etc..
CORRENTES PARASITAS

Fundamentos do Ensaio por Correntes Parasitas


A figura 2 mostra a distorção do fluxo de correntes
parasitas numa peça de superfície plana e numa barra,
devido à presença de descontinuidades.
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Vantagens do Ensaio
- Ótima sensibilidade na detecção de descontinuidades
superficiais;
- Aplica-se tanto em metais ferrosos como em não ferrosos;
- As indicações são imediatas;
- Na maioria das aplicações, não existe contato direto entre a
sonda (ou bobina) e a superfície da peça sendo ensaiada;
- Não há necessidade de materiais de consumo;
- O método possibilita um alto grau de automatização e
elevadas velocidades de inspeção;
- Não exige uma preparação superficial rigorosa das peças a
serem ensaiadas;
- A grande versatilidade do método, permite que o mesmo
seja utilizado com sucesso em inúmeras aplicações.
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Limitações do Ensaio

- A profundidade de penetração do ensaio é limitada e


depende da freqüência e do material ensaiado;
- Mais de uma variável afeta simultaneamente ao
ensaio;
- As indicações não são produzidas diretamente na
superfície da peça em ensaio;
- Em várias aplicações, os resultados são qualitativos
e não quantitativos;
- Em algumas aplicações, o investimento inicial torna-
se elevado;
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Limitações do Ensaio

- Apresenta algumas dificuldades na obtenção de


registros permanentes;
- Em algumas aplicações para detectar
descontinuidades em materiais ferromagnéticos, é
necessário saturar magneticamente o material antes do
ensaio;
- Em algumas aplicações, as peças a serem ensaiadas
precisam ter geometria uniforme.
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Variáveis do Ensaio

Nos ensaios por correntes parasitas há cinco variáveis


principais, a saber:

• impedância da bobina (ou sonda);


• condutividade elétrica;
• permeabilidade magnética;
• acoplamento eletromagnético entre a bobina e a peça
e efeito pelicular.
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Escolha da Freqüência Adequada


As freqüências usualmente utilizadas nos ensaios por
correntes parasitas se encontram numa faixa entre
100Hz a 6MHz.
A escolha da freqüência a ser utilizada num certo ensaio
depende dos seguintes fatores:
- espessura do material a ser ensaiado
- profundidade de penetração desejada
- sensibilidade necessária
- tipo de aplicação (detecção de descontinuidades,
diferenciação de materiais, etc.)
- velocidade de passagem do material pela sonda ou
bobina.
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Escolha da Freqüência Adequada


Esta escolha de freqüência é sempre um compromisso
entre a profundidade de penetração e a sensibilidade.
Isto é, se existe a necessidade de detectar
descontinuidades sub-superficiais até uma certa
profundidade, deve-se previamente calcular qual é a
freqüência máxima que consegue atingir essa
profundidade.
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Escolha da Freqüência Adequada


Quanto menor é a freqüência, maior é a profundidade
de penetração das correntes parasitas. Isto não
significa que o ideal é a utilização de baixas
freqüências, desde que a freqüência é diretamente
proporcional à sensibilidade obtida no ensaio (quanto
maior é a freqüência, maior é a sensibilidade).
Portanto, deve-se escolher a maior freqüência
possível, que seja compatível com a profundidade de
ensaio desejada.
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Tipos de Sondas e Bobinas


•SONDA UTILIZADA EM INSPEÇÃO MANUAL
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Tipos de Sondas e Bobinas


•SONDA UTILIZADA EM INSPEÇÃO AUTOMÁTICA DE
MATERIAL CILÍNDRICO
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Tipos de Sondas e Bobinas


•BOBINA EXTERNA (OU ENVOLVENTE)
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Tipos de Sondas e Bobinas


•BOBINA INTERNA
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Tipos de Sondas e Bobinas


•ENSAIO COM UMA BOBINA SIMPLES (ABSOLUTO)
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Tipos de Sondas e Bobinas


•ENSAIO COM DUAS BOBINA SIMPLES (ABSOLUTO)
CORRENTES PARASITAS

Tipos de Sondas e Bobinas


•ENSAIO COM UMA BOBINA DUPLA (ABSOLUTA)
CORRENTES PARASITAS

Tipos de Sondas e Bobinas


•BOBINAS DUPLAS DIFERENCIAIS
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Tipos de Sondas e Bobinas


•BOBINA DUPLA DIFERENCIAL (SECUNDÁRIO
FORMADO POR TRÊS ENROLAMENTOS)
CORRENTES PARASITAS

Tipos de Sondas e Bobinas


•BOBINA DIFERENCIAL (SECUNDÁRIO FORMADO
POR QUATRO ENROLAMENTOS)
CORRENTES PARASITAS

Ajuste da Sensibilidade
Uma necessidade fundamental no caso de detecção de
descontinuidades por correntes parasitas, é a
utilização de peças contendo descontinuidades
padronizadas, de forma a ajustar a sensibilidade do
instrumento. Estas descontinuidades padrões devem
fundamentalmente cumprir os seguintes requisitos:
- devem ser facilmente produzidas e reproduzidas.
- devem produzir uma indicação similar à produzida
por descontinuidades naturais.
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Ajuste da Sensibilidade
A figura abaixo mostra os quatro tipos mais comuns
de descontinuidades padronizadas, usadas na inspeção
de tubos. Dentre eles, o furo passante é o mais
amplamente utilizado por cumprir facilmente com os
requisitos anteriores.
CORRENTES PARASITAS

Aplicações
a) Medição de condutividade elétrica (e diferenciação
de materiais não magnéticos):
A maioria dos metais não magnéticos em estado
puro (não ligados), pode ser diferenciada por meio
da sua condutividade elétrica. A medição de
condutividade elétrica em materiais não magnéticos
é uma excelente maneira de controlar
características tais como composição química,
dureza, tratamento térmico, etc., ou de ainda
separar material misturado quanto às características
anteriores.
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Aplicações
b) Medição de espessuras de camadas:
- Medição de camadas não condutivas sobre metais
condutores não magnéticos (Ex.: camadas de
anodização, vernizes e plásticos, sobre alumínio,
cobre, latão, etc.), através do efeito da distância
sonda - peça (lift-off).
- Medição de camadas não magnéticas sobre materiais
magnéticos (Ex.: camadas de tinta, plásticos,
cromo, cádmio, zinco, borracha, vernizes, esmalte,
papel, cobre, latão, sobre aços, níquel, etc.).
CORRENTES PARASITAS

Aplicações
c) Medição de espessuras de materiais não
condutores:
Através do efeito distância sonda-peça (lift-off), é
também possível medir a espessura de materiais
não condutores até um limite máximo de
aproximadamente 50 mm, colocando o material
não condutor sobre uma chapa de material
condutor. Ao colocar a sonda acima do material a
ser medido, a espessura do mesmo será igual à
distância da sonda até a superfície da chapa de
material condutor.
CORRENTES PARASITAS

Aplicações
d) Diferenciação de materiais:
Com duas bobinas (modo diferencial)
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Aplicações
d) Diferenciação de materiais:
- Com uma bobina (modo absoluto).
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Aplicações
e) Detecção de descontinuidades:
- Ensaios manuais;
- Ensaios em tubos;
- Ensaios em barras e arames.

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