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ENSAIO DE CORRENTES

PARASITAS

+ ROCarneval
Introdução
 Esse módulo pretende apresentar
informações básicas do método de inspeção
por correntes parasitas.
 O ensaio de correntes parasitas é um dos
vários métodos de inspeção que o usa o
princípio de eletromagnetismo como forma
para conduzir a inspeção. Vários outros
métodos como o Ensaio por Campo Remoto
(RFET), Método de Vazamento de Fluxo
(MFL) e Ruído Barkhausen também usam
esse princípio físico.
Índice
 Indução Eletromagnética
 Geração das Correntes Parasitas
 Aplicações da Inspeção
 Aparelhagem usados na inspeção por correntes
parasitas
 Sondas/Bobinas
 Instrumentos/Aparelhos
 Padrões de Calibração
 Vantagens e Limitações
 Glossário de Termos
Ensaios Eletromagnéticos
São ensaios não-destrutivos que se baseiam
na indução de campos magnéticos e/ou
elétricos no material e observação das reações
do material a esses campos induzidos.

Tipos:
 ENSAIOS POR CORRENTES PARASITAS - as
propriedades e/ou características do material são
avaliadas a partir das perturbações causadas nas
correntes parasitas induzidas.
 ENSAIOS MAGNÉTICOS - esses ensaios baseiam-
se no aparecimento de campos de fuga devido a
perturbação causada no campo magnético.
Aplicações
 detectar trincas separação de materiais e
superficiais em materiais ligas metálicas;
condutores elétricos; medição de espessura
 detectar trincas sub- de camadas de
superficiais em materiais revestimento:
condutores elétricos não-  isolantes elétrica sobre
magnéticos; bases condutoras elétrica;
 condutoras elétrica não-
 inspecionar tubos e
magnética sobre bases
barras na sua fabricação; condutoras elétrica
 inspeção em serviço de magnética;
tubos fabricados com  condutoras elétrica sobre
bases isolantes elétrica.
material condutor elétrico
não-magnético;
Aplicações
Vantagens e Limitações
 é extremamente rápido na  independe de habilidade
execução do inspetor
 não afeta a superfície do  indicações espúrias (ruído,
material mudanças metalúrgicas)
 permite a medição da  aplicável a materiais
propriedade que está sendo condutores de eletricidade
avaliada.]
 apresenta dificuldades de
 limitado a descontinuidades
superficiais e sub-superficiais aplicação em materiais
ferromagnéticos
 apresenta uma medida
relativa da profundidade (requer
curva de calibração)

 aplicável à geometrias
complexas
Indução Eletromagnética
 As correntes parasitas são geradas através de
um fenômeno chamado indução eletromagnética.
 Quando uma corrente alternada é aplicada a um
condutor, como um fio de cobre, um campo
magnético se desenvolve ao redor do condutor.
 Esse campo magnético aumenta até um máximo
com o aumento da instensidade de corrente
aplicada ao condutor e diminui com a diminuição
da corrente até um valor zero (campo variável).
Indução Eletromagnética (cont.)
Se outro condutor elétrico e trazido próximo desse
campo magnético variável, o efeito reverso ocorre.
O campo magnético cortando o segundo condutor
causará uma corrente “induzida” fluindo nele. As
correntes parasitas são uma forma de corrente
elétrica induzida!

Fluxo da Corrente
Geração das Correntes
Parasitas
Correntes Parasitas são correntes elétricas
induzidas que fluem em uma trajetória circular. Em
ingles o nome Eddy currents vem dos “eddies”
(redemoinhos) que são formados quando um
líquido ou gás flue formando círculos ao redor de
obstáculos.

Sonda de Ensaio

Correntes
Parasitas
Geração das Correntes Parasitas
(cont.)
De forma a gerar as correntes parasitas para a
inspeção uma sonda é utilizada. Dentro da sonda
está um certo comprimento de condutor elétrico
enrolados na forma espiralada formando uma
bobina.
Geração das Correntes Parasitas
(cont.)
Corrente alternada é feita circular por uma bobina a
frequência (variação da corrente életrica no tempo)
escolhida pelo inspetor para o tipo de teste em
questão.
Generation of Eddy Currents (cont.)
Um campo magnético que se expande e colapsa é
formado ao redor da bobina enquanto a corrente
elétrica flui através da bobina.
Geração das Correntes Parasitas
(cont.)
Quando um material eletrônicamente condutor é
colocado na área de atuação do campo magnético
eletromagneticamente dinâmico, a indução ocorrerá
e as correntes parasitas serão induzidas no material.
Geração das Correntes Parasitas
(cont.)
As correntes parasitas fluindo no material gerarão
seu próprio campo magnético “secundário” que se
opõe ao campo magnético “primário”.
Geração das Correntes Parasitas
(cont.)
O processo completo de indução eletromagnética
para produzir correntes parasitas pode ocorrer de
algumas centenas até muitos milhões de vezes por
segundo dependendo da frequência de inspeção.
Generation of Eddy Currents (cont.)
As correntes parasitas são mais fortes na superfície do
material e diminui de intensidade abaixo da superficie. Na
profundidade ba qual a intensidade é apenas 37% do valor na
superfície é conhecido como profundidade padrão de
penetração ou profundidade da pele. Essa profundidade
muda com a frequencia da sonda, condutividade e
permeabilidade do material sendo ensaiado.

Profundidade
Padrão de
Prof.

Prof.
Penetração
(Prof. da Pele)

1/e ou 37 %
da densidade
Densidade da CP na superfície Eddy Current Density
Alta Frequência Baixa Frequência
Alta Condutividade Baixa Condutividade
Alta Permeabilidade Baixa Permeabilidade
Decaimento e Defasagem das Correntes Parasitas
Dados da Inspeção
 Existem três características da peça que afetam a
intensidade das correntes parasitas induzidas.
– A condutividade elétrica do material
– A permeabilidade magnética do material
– A quantidade de material sólido na vizinhança
da bobina (proximidade a condutores – lift-off)
 Informações sôbre a intensidade das correntes
parasitas existentes através da amostra podem ser
obtidas pelo monitoramento das mudanças na
voltagens e/ou corrente que ocorrem na bobina.
 A intensidade das correntes parasitas muda a
impedância elétrica (Z) da bobina.
Dados da Inspeção (cont.)
A impedância (Z) de uma bobina do ensaio
de correntes parasitas representa a R Test
oposição total ao fluxo de corrente. Numa
~ Coil
XL
bobina, Z é a resultante da Resistência (R)
e Reatância Indutiva (XL).

Definições:
• Resistência – A oposição ao fluxo de
corrente, resultando na transformação
da energia elétrica em calor ou outra
forma de energia.
• Reatância Indutica (XL) – Resistância ao
fluxo de corrente alternada causada pela Em uma bobina CA, a indução
a partir do campo magnético
indutância eletromagnética na bobina. em uma espira causa uma
• Impedância (Z) – A oposição combinada corrente secundária nas outras
espiras. A corrente secundaria
ao fluxo de corrente causada pela se opõe a corrente primária..
reatância indutiva e resistência.
Ensaio de Correntes Parasitas
Circuito da Bobina de Ensaio
Aparelhagem
 Os aparelhos de correntes parasitas são muito
diversificados. A seleção do aparelho mais indicado
para uma aplicação particular é importante se o
requisito precisão é necessário.
 No mínimo, três componentes básicos são
necessários para qualquer ensaio com correntes
parasitas:
– aparelho
– sondas
– padrões de calibração
Instrumentos - Medidores
Os medidores são os
tipos mais simples de
aparelho de correntes
parasitas.

As duas categorias
de medidores são os
analógicos e os
digitais.
Medidores Digitais
Os medidores digitais tipicamente são projetados e
empregados para o ensaio/medição de um atributo
específicio do componente testado, tal como
condutividade ou espessura de revestimento não
condutor. Esses medidores tendem a ter uma
precisão ligeiramente superior aos analógicos.
Medidores Analógicos
Os medidores analógicos
são empregados para
muitas aplicações de
inspeção diferentes tais
como a detecção de
trincas, medição de
espessura do material,
medição de espessura de
revestimentos não
condutores, ou a medição
de espessura de
revestimentos condutores.
Medidores Analógicos (cont.)
A leitura do mostrador encontrado na maioria dos
medidores analógicos pode ser numa escala
calibrada ou não calibrada.
• A escala calibrada apresenta um
fator de escala inerente que
corresponde a propriedade que o
aparelho foi projetado para medir
tal como a condutividade.
• A escala não calibrada é mais
flexível numa variedade de
testes possíveis que podem ser
realizados. Esses tipos de
aparelhos, entretanto,
requerem o uso de
interpolação de dados se
valores quantitativos da
medida são requeridos.
Osciloscópios de Correntes
Parasitas Portáteis
Osciloscópios de Correntes
Parasitas Portáteis (cont.)
Osciloscópios de correntes parasitas portáteis são
outra categoria de aparelhos que apresentam os
resultados da inspeção (indicação) na forma de um
diagrama no plano de impedância.
• No diagrama do plano de
impedância, a impedância
total (resultante) é
apresentada pela plotagem
das componentes
resistência ohmica e
reatância indutiva nos eixos
ordenados (x e y ou h e v).
• Essa forma de apresentação
é muito útil para a separação
e identificação das variáveis
influentes no resultado do
ensaio.
Osciloscópios de Correntes
Parasitas Portáteis (cont.)
Os “osciloscópios” (na realidade hoje são os/as
monitores/telas de instrumentos microprocessados) dos
modernos aparelhos digitais de correntes parasitas.
Podem apresentar resultados de uma ou duas frequências
de teste. Aparelhos com duas frequencias são capazes de
excitar sequencialmente a sonda com duas frequencias de
inspeção diferentes (ou duas sondas com a mesma
frequência).
Osciloscópios de Correntes
Parasitas Portáteis (cont.)
Aparelhos digitais geralmente tem uma conexão (Serial
– RS232 ou USB, Lan – RJ45) para “interfacear” o
instrumento com uma impressora ou computador, ou
mesmo para disponibilizar os sinais para dispositivos
de gravação como registrador em papel. Esses
aparelhos normalmente possuem uma pequena
memória RAM para armazenar os ajustes (setup) e
imagens da tela para verificação futura.
Aparelhos de Correntes
Parasitas Multifrequência
Aparelhos de Correntes
Parasitas Multifrequência (cont.)
• O têrmo aparelhos multifrequencia normalmente
refere-se a instrumentos que podem excitar as
bobinas de inspeção com mais que duas
frequências tanto sequencialmente (multiplexing)
ou simultâneamente.
• Esse tipo de instrumentação é usado
extensivamente para inspeção de tubos nas
industrias de geração de energia, química e
petroquímica.
• Esses aparelhos são frequentemente capazes de
conexão a rede de computadores e podem estar
empregando até quatro sondas ao mesmo tempo.
Aparelhos de Correntes
Parasitas Multifrequência (cont.)
Vantagens da inspeção multifrequência:

 Permitir o aumento na informação coletada


(resultados da inspeção) com apenas uma varredura
(passagem da sonda).
 Fornecem a possibilidade de comparação dos
resultados (sinal) da inspeção de uma mesma
descontinuidade a diferentes frequências.
 Permite a mistura/combinação (mixagem) dos sinais
nas diferentes frequências o que ajuda a reduzir ou
eliminar fontes de ruído na inspeção.
 Geralmente aumenta a detecção, a interpletação e a
capacidade de dimensionamento das
descontinuidades.
Aparelhos de Correntes
Parasitas Multifrequência (cont.)
Tela de aparelho multifrequência durante a inspeção.
Sondas de Correntes Parasitas
Sondas de Correntes Parasitas
(cont.)
• A seleção da sonda é critica para permitir dados
adequados na inspeção.
• Vários fatores devem ser considerados, inclusive:
– Requisito de penetração no material (superficial vs.
subsuperficial)
– Requisito de sensibilidade
– Tipo de conector da sonda no aparelho de correntes
parasitas (existem muitas variações)
– Casamento da inspedância da sonda e do aparelho
(sonda trabalha realmente com o aparelho?)
– Dimensão da sonda (pequenas sondas são mais
sensíveis, mas penetram menos e requerem um
tempo de cobertura maior)
– Tipo de sonda (absoluta, diferencial, reflexiva ou
hibrida)
Sondas de Correntes Parasitas
(cont.)
• Devido a grande variedade de sondas existentes no
ensaio de correntes parasitasexistem muitas formas
de classificação.
• As três formas mais comumente usadas para
classificalas, quanto a forma, são:
– Sondas superficiais
– Sondas internas (Inside Diameter (I.D.) or Bobbin
Probes)
– Sondas externas ou envolventes (Outside
Diameter (O.D.) or Encircling probes)
Sondas de Correntes Parasitas
(cont.)
As sondas superficiais são aquelas tipicamente
montadas próximas a extremidade de um envoltório
de proteção (plastic housing). Como o próprio
nome diz, o técnico move a extremidade da bobina
sobre a superfície do componente sendo testado.

Acoplamento ≡ distância sonda-peça (lift off)


Sondas de Correntes Parasitas
(cont.)
Algumas sondas superficiais são especialmente
projetadas para detecção de trincas em orificios de
fuselagem de aviões. Cita-se as sondas deslizantes
(sliding probes), na forma de anel (ring probes) e
sondas para furos (hole probes).
Sondas de Correntes Parasitas
(cont.)
As sondas
superficiais podem
ser muito pequenas e
permitir o acesso em
regiões confinadas.

Atualmente tem
surgido muitas
sondas conformáveis
a superfície de
inspeção e com
multiplos elementos Finger Probe
(array probes)
Sondas de Correntes Parasitas
(cont.)
Sondas internas (I.D.), na lingua inglesa conhecidas
popularmente com bobbin probes, são bobinas
normalmente feitas a partir do enrolamento de fios
em uma barra plastica. Essas sondas são
principalmente projetadas para a inspeção de
materiais na forma tubular.
Acoplamento ≡ fator de
enchimento (fill factor)

FF=d2 / D2
Sondas de Correntes Parasitas
(cont.)
Sondas envolventes (O.D.) são bobinas a partir do
enrolamento de fios em um suporte circunferencial
ou furado. A bobina é projetada para ensaiar um
material que é feito passar pela parte central da
espira. Essas sondas podem ser empregadas para
inspeção de barras, varetas e tubos (externamente).

Acoplamento ≡ fator de enchimento (fill factor)


Padrões de Calibração
Padrões de Calibração (cont.)
• Para fornecer ao inspetor do ensaio de correntes
parasitas dados uteis do ensaio, os sinais
gerados pela peça inspecionada devem ser
comparados com valores bem conhecidos.
• Padrões de calibração (“Reference standards”)
são tipicamente fabrcados a partir do mesmo
material que vai ser testado.
• Muitos tipos diferentes de padrões de calibração
existem em função da grande abrangência do
ensaio em termos de tipos de inspeção possível
de ser realizada.
• Os próximos “slides” apresentam exemplos de
tipos específicos de padrões.
Padrões de Calibração (cont.)
Padrões de Espessura de Material usados para
ajudar a determinar a redução de espessura
provocada por processo corrosivo ou erosivo.
Padrões de Calibração (cont.)
Padrões de Trincas:
Padrões de Calibração (cont.)
Padrão de revestimento não condutor (pintura) com
várias espessuras em substrato de alumínio.
Padrões de Calibração (cont.)
Padrão ASME para Tubos com Pites:
Aplicações de Inspeção
Uma das maiores vantagens do ensaio de correntes
parasitas como ferramenta não destrutiva é a
grande variedade de inspeções que podem ser
executadas. Nos próximos slides apresenta-se
essas possibilidades.
Monitoração de Variações na
Condutividade e Permeabilidade
O ensaio de correntes parasitas é sensível a variações
na condutividade elétrica e na permeabilidade
magnética do material. Essa “sensibilidade” permite
que sejam criados procedimentos com a técnica de
inspeção por correntes parasitas para:

• Identificação de Materiais
• Separação de Materiais
• Detecção de danos por aquecimento localizado
• Medição de espessura de Clad e de pintura
• Monitoração de Tratamento Térmico
Medição da Condutividade
Medição da Condutividade
A fotos abaixo apresentam um inspetor da Boeing
na Filadelfia que inspecionou o Sino da Liberdade
(“Liberty Bell”) para verificar a presença de danos.
O ensaio de correntes parasitas foi usado para
medir a condutividade elétrica do bronze
empregado em varios pontos para avaliar a sua
uniformidade.
Aplicações do Ensaio de Correntes Parasitas

Em Flanges de Vasos em Super-


Duplex (2015)
– Detecção e Medição de Fases Deletérias (sigma principalmente)

60
Medição de Espessura do Material
 Medidas de espessura são possíveis com o ensaio de
correntes parasitas com certas limitações (grandes
espessuras).
 Apenas uma quantidade limitada de correntes parasitas
podem ser contidas por um pequeno volume de
material.
 Consequentemente, materiais mais espessos podem
conter mais correntes parasitas que os mais finos.
 A intensidade (quantidade) de correntes parasitas pode
ser medida e associada a espessura do material.
Magnetic Field
From Probe

Test
Material

Eddy Currents
Medição de Espessura do Material
(cont.)
Medição de Espessura do Material
(cont.)
O ensaio de correntes parasitas é frequentemente
usado na indústria aeronáutica para detectar perda
de massa causada pelo processo de corrosão ou
erosão.
Medição de Espessura do Material
(cont.)
O ensaio de correntes parasitas é intensamente
empregado para inspecionar pequenos tubos em
usinas de geração de energia e plantas petroquímicas
para detectar perdas por corrosão e erosão.
Detecção de Trincas
A detecção de trincas é um dos principais usos do
ensaio de correntes parasitas. A presença de trinca
provoca uma “distorção” no fluxo circular das
correntes parasitas e diminuem sua intensidade.
Essa mudança na intensidade no local da trinca
pode ser detectada.

Magnetic Field
From Test Coil

Magnetic Field
From
Eddy Currents

Crack
Eddy Currents
Ensaio de Correntes Parasitas
Princípio de Formação de Sinais - abs
Ensaio de Correntes Parasitas
Princípio de Formação de Sinais - abs

67
Ensaio de Correntes Parasitas
Princípio de Formação de Sinais
Método Diferencial com Comparação Interna
(autocomparativo)

68
Detecção de Trincas (cont.)
Detecção de Trincas (cont.)
Detecção de Trincas (cont.)

Filme
Detecção de Trincas (cont.)
As correntes parasitas são excepcionalmente
convenientes para a detecção de trincas, com
sensibilidade altíssima para detecção de trincas
abertas para a superfície da peça.
Detecção de Trincas (cont.)
O ensaio de correntes parasitas é muito utilizado na
região de assentamento do pneu (“bead seat”) das
rodas do trem de pouso de aeronaves para
detecção de trincas. Emprega-se sondas com forma
especial para se acomodar na região de curvatura.
Detecção de Trincas (cont.)
Pontos de carga, como os orifícios da fuselagem, são
regiões sujeitas a alta tensão e passíveis da formação de
trincas de fadiga. Sondas automáticas rotativas conseguem
inspecionar uma grande quantidade de orifícios em pouco
tempo. A foto a direita é uma apresentação na qual os
sinais das varreduras de cada circunferência (rotação)ao
longo da profundidade do furo são apresentadas. Um sinal
vertical representa a presença de trinca.
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Palhetas de Turbina
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Palhetas de Turbina
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Palhetas de Turbina
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Palhetas de Turbina

Filme
Medição de Revestimento Não
Condutor
Revestimentos não condutores aplicados sobre base
(substrato) condutores elétricos podem ser medidos
(espessura) com precisão por correntes parasitas.
(precisão menor que 3 centésimos de milímetro não será surpresa)

O revestimento afasta a sonda de correntes


parasitas do material base e enfraquece a
intensidade das correntes parasitas.
 O valor da redução de intensidade pode ser
medido e relacionado a espessura do
revestimento.
Nonconductive
Coating

Conductive
Base Metal

Eddy Currents
Medição de Revestimento Não
Condutor(cont.)
A foto a esquerda mostra a inspeção para medição
da espessura da pintura de um painel de um avião. A
direita, a tela de um aparelho de correntes parasitas
digital mostra mostra os diferentes sinais obtidos
pela medição de oito diferentes espessuras de tinta
sobre alumínio. 2 mm

1 mm

0.5 mm

0.1 mm

0 mm
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites
Padrões de Calibração
Padrão ASME para Tubos com Pites:
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites

Sonda
Absoluta

Filme
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites

Sonda
Diferencial

Filme
Ensaio de Correntes
Parasitas
Princípio de Formação de
Sinais
Método Diferencial com
Comparação Interna
(autocomparativo)
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites

Tubo Padrão de Calibração


Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites

Filme
Ensaio de Correntes
Parasitas - Aplicações
Inspeção de
Trocadores de Calor –
Pites
Curva de Calibração
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites
Ensaio de Correntes Parasitas - Aplicações
Inspeção de Trocadores de Calor - Pites
Vantagens do Ensaio de
Correntes Parasitas
• Altamente sensível a pequenas descontinuidades e trincas
• Detecta descontinuidades superfíciais e próximas a
superfície
• Resultados da inspeção são imediatos
• Aparelhagem é muito portátil
• A técnica pode ser empregada para varias aplicações além
de detecção de descontinuidades (medição de propriedades
eletromagnéticas ou a ela associadas é um exemplo)
• Requer preparação da peça mínima para o ensaio
• A sonda não precisa contactar a peça
• Inspeciona peças de formas e dimensões complexas feitas
com material condutor
Limitações do Ensaio por
Correntes Parasitas
• Apenas materiais condutores de eletricidade podem
ser ensaiados
• A superfície deve estar acessível para colocação da
sonda
• A habilidade e o treinamento requerido para o inspetor
é maior que para outras técnicas mais simples
• Acabamento superficial e rugosidade podem interferir
no resultado do ensaio
• O ensaio precisa ser ajustado por meio de padrões de
calibração
• A profundidade de penetração é limitada
• Descontinuidades com dimensões predominantes
paralelas a superfície (como duplas laminações e
descolamento de camada) são dificilmente detectadas
Glossário de Têrmos
• Corrente Alternada: corrente elétrica que inverte
(alterna) a direção de forma regular ao longo do
tempo.
• Analógico: propriedade ou relativo ao mecanismo
no qual o valor deste é representado por uma
váriável quantidade tal como um relógio com
ponteiros dos minutos e das horas.
• ASME: acrônimo der American Society of
Mechanical Engineers (Associação dos Engenheiros
Mecânicos Americanos). Essa associação é
altamente envolvida no estabelecimento e revisão de
normas industriais.
Glossário de Termos (cont.)
• CRT: acrônimo de Cathode Ray Tube (Tubo de
Raios Catódicos). Tubo com vácuo que possui um ou
mais canhões de elétrons para gerar imagens.
Dispositivo de imagem dos velhos aparelhos de TV.
• Calibração: ajuste da resposta de um sistema de
teste empregando valores de propriedades
conhecidos para que propriedades de interesse, mas
não conhecidos, sejam obtidos.
• Condutor: material capaz de permitir que a corrente
elétrica flua por ele.
• Discontinuidade: uma interrupção da estrutura
física de uma peça. Trincas são exemplos de
descontinuidades.
Glossário de Têrmos (cont.)
• EDM: acrônimo para Electrical Discharge Machine
(Máquina de Usinagem por Eletroerosão). Técnica
de usinagem que usa um eletrôdo e corrente elétrica
para remoção de metal. Algumas vezes é utilizada
para preparar padrões de calibração para o ensaio
de correntes parasitas.
• Indução Eletromagnética: processo que cria um
fluxo de corrente elétrica quando um campo
magnético dinâmico é aproximado de um condutor
elétrico.
• Interpolação: projetar ou predizer valores
desconhecidos a partir de quantidades conhecidas.
Glossário de Têrmos (cont.)
• I.A.C.S.: acrônimo de International Annealed Copper
Standard. Standard (Padrão de Cobre Recozido
Puro) unidade de medida da condutividade elétrica
no ensaio de correntes parasitas no qual o cobre
puro tratado termicamente por recozimento
apresenta condutividade de 100% a 20 gráus
Celsius.
• Diagrama Plano de Impedância: Um gráfico que
apresenta as mudanças que ocorre na impedância
elétrica da bobina de correntes parasitas quando as
variáveis do ensaio mudam.
• Multiplexação: emprego de sistema de
compartilhamento de tempo no qual uma bobina é
excitada por várias frequências simultâneamente
durante um certo intervalo de tempo. Resultados de
cada excitação são processados e apresentados.
Glossário de Têrmos (cont.)
• Permeabilidade: facilidade com que um material
pode ser magnetizado.
• Sonda: têrmo comumente empregado no ensaio de
correntes parasitas quando se referindo a bobina de
teste.
• RAM: acrônimo para Random Access Memory
(Acesso Aleatório de Memória). A maioria dos
aparelhos modernos de correntes parasitas tem essa
forma de memória para armazenamento de dados e
de insformações.
Curso de Correntes Parasitas
na Internet

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