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Adequar é obter o melhor resultado esperando no menor tempo e se possível menor custo.
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Ensaios Não Convencionais
B – Limitações
• O sucesso do procedimento de inspeção é diretamente dependente da habilidade do
inspetor em suprimir os efeitos das variáveis que não são de interesse.
• E aplicável apenas a materiais condutores.
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2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
2.1. Corrente Elétrica e Campo Magnético
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CONDUTIDADE =
RESISTÊNCIA
E = R×I
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2.1.1. Magnetismo
O alinhamento das partículas indica que estas linhas formam um campo ao redor do
magneto e que qualquer material magnético que entrar neste campo é atraído pelo
magneto. Por esta razão estas linhas são chamadas “Linhas de Força”.
A direção destas linhas de força pode ser mais bem ilustrada quando se utilizam dois
magnetos.
Quando pólos iguais são colocados juntos, há uma repulsa entre ambos, mas se pólos
diferentes são aproximados, observa-se uma atração entre eles.
A figura seguinte ilustra este efeito.
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Fluxo magnético é definido como o número de linhas de força que passam por unidade de
área.
Essa unidade é “GAUSS”, sendo que, um Gauss representa uma linha de força passando
através de uma área de um centímetro quadrado.
Sabe-se que quando uma corrente elétrica flui através de um fio, tem-se em volta deste a
formação de um campo magnético. A direção do campo magnético em volta do fio depende
da direção da corrente e pode ser facilmente determinada através da regra da mão direita.
Se este fio agora é enrolado de forma a se obter uma bobina, as linhas de força formarão
um campo magnético em forma de loop, como ilustra a figura abaixo. A força do campo
magnético depende de dois fatores: o número de voltas da bobina e o valor da intensidade
de corrente. Aumentando-se qualquer um destes fatores, aumenta-se a força do campo
magnético.
A direção do campo depende da direção da corrente que flui através da bobina conforme
mostra a figura a seguir:
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Ao introduzir-se uma barra de aço no interior de uma bobina ligada a uma fonte de energia
elétrica, ter-se-á linhas de força passando pela barra de aço. Ao remover-se a alimentação,
verifica-se que a barra de aço retém algum magnetismo, devido ao alinhamento das
moléculas de aço quando da aplicação do campo magnético.
Se envolver agora uma barra de alumínio por uma bobina e a mesma corrente se for
aplicada, o campo magnético é estabelecido como no aço, exceto que este não será tão
forte. Esta diferença na força do campo resulta da maior ou menor capacidade destes dois
metais de conduzir as linhas de fluxo.O termo usado para descrever esta capacidade é
chamado de “relutância magnética”. O alumínio possui maior relutância que o aço.
Nota: Relutância num circuito magnético é comparada com a resistência num circuito
elétrico. Relutância é a oposição que o material oferece ao estabelecimento de um fluxo
magnético em si.
Outra diferença entre o alumínio e o aço é que quando a corrente é removida da bobina com
a barra de alumínio, este não retém qualquer campo, ou seja, o alumínio não é
magnetizável.Suas moléculas não serão alinhadas com o campo magnético, portanto ele
não será atraído por um magneto.
Materiais semelhantes ao aço quanto ao poder de magnetização, são chamados
ferromagnéticos.Os materiais ferromagnéticos são capazes de reter magnetismo resultante
do campo aplicado a eles.Materiais não magnéticos não conseguem ser magnetizado e não
são atraídos pelo imã.
Os grupos de materiais ferromagnéticos são facilmente magnetizados.
A figura 2.6 plota a força magnetizante (H= Ampère x N° de voltas da bobina) versus a
densidade de fluxo (B) para dois tipos de materiais ferromagnéticos.Estas curvas ilustram os
efeitos das propriedades magnéticas de materiais ferromagnéticos.Estas curvas são
chamadas curvas de Histerese.
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Lei de Faraday
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Ensaios Não Convencionais
A Figura 2.7 mostra esquematicamente uma experiência que comprova a lei de Faraday.
Quando a chave é ligada ocorre uma passagem de corrente contínua através do circuito
primário que é constituído de uma bateria, chave liga-desliga e uma bobina.
Com a corrente estabilizada não haverá nenhuma variação no campo magnético induzido
por este circuito. No entanto, ao ligar-se à chave há uma variação na corrente de zero até o
seu valor máximo estabilizado.Isto provocará uma variação no campo magnético na bobina
do circuito primário e haverá uma deflexão na agulha amperímetro indicado passagem de
corrente no circuito secundário. Quando a chave é desligada, novamente tem-se variação
de corrente no primário e mais uma vez a agulha se defletirá indicando momentaneamente
passagem de corrente no secundário, agora em sentido contrário a anterior.
Esta experiência mostra que a corrente somente flui no circuito secundário quando o fluxo
magnético varia no primário.
Corrente alterada
A figura 2.8 ilustra uma experiência para determinar se a corrente elétrica será induzida em
um condutor quando o campo magnético permanecer constante e, apenas o condutor move-
se dentro deste campo.
Fig. 2.8 – Indução causada pelo movimento da bobina através do campo magnético.
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Ensaios Não Convencionais
Quando a bobina gira dentro do campo magnético, uma corrente elétrica é induzida na
bobina, mas esta varia de sentido ao longo do tempo e seu valor não é constante. A
corrente varia de zero a um valor máximo e decai novamente a zero.Este ciclo se repete
enquanto a bobina está girando. Note-se que uma revolução da bobina produz um ciclo de
corrente.
Fig. 2.9 – Ilustração de como a corrente elétrica corresponde a uma revolução da bobina.
Como mostrado na figura anterior, as linhas de fluxo devem ser o mais perpendicular
possível ao plano da bobina, a fim de produzir um valor máximo de corrente induzida na
bobina, ou seja, tem-se corrente máxima quando as linhas de fluxo atravessam a bobina
como mostrado na figura acima. Ao girar 90° como se verifica na figura 2.9B, a corrente cai
até atingir o valor zero.
A partir desta experiência pode-se traçar uma curva relacionando a variação da corrente
com a rotação da bobina.
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Freqüência
A freqüência de uma corrente alternada pode ser definida com o número de ciclos (um ciclo
completo é mostrado na figura 2.10) de corrente que ocorre em segundo. Sua unidade é o
“HERTZ”. Um Hertz é um ciclo por segundo.
Auto-Indutância:
Henry descobriu que além da corrente induzida no secundário, devido à variação do campo
magnético, tem-se também indução de corrente no primário, porém de sentido contrário à
corrente original. Esta corrente oposta é resultante do campo magnético no secundário
devido à corrente induzida neste. Este fenômeno é chamado Auto-indutância.
A reação que uma bobina oferece à variação de corrente é chamada de Reatância
Indutiva(XL).
Resistência
Num circuito contendo somente resistência, esta simplesmente limita a quantidade de
corrente que passa pelo circuito. Sendo o circuito puramente resistivo tem-se corrente
exatamente em fase com voltagem.
A resistência está presente em todos os circuitos. A resistência total de um circuito real inclui
a resistência do fio assim como a resistência da bobina.
Impedância
A impedância (designada pela letra z) é dada pela combinação das propriedades elétricas
que afetam o fluxo de corrente ao longo do circuito – resistência (R) e reatância indutiva
(XL).
O valor da corrente devido à impedância pode ser determinado através de um diagrama
vetorial onde, no eixo vertical são plotados os valores das correntes devido à reatância
indutiva (lXL) e no eixo horizontal, as correntes devido à resistência do circuito (lR). A corrente
devido à impedância (lZ) é representada graficamente pela soma vetorial de lXL com lR .
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OERSTED descobriu que onde existe uma corrente elétrica, também existe um campo
magnético.Considerando-se uma corrente elétrica que passa por um fio, sabe-se que haverá
surgimento de um campo magnético de tal forma que, segundo a regra da mão direita, ter-
se-á o sentido da corrente indicado pelo dedo polegar e os demais mostrando a direção do
campo magnético.
A densidade de fluxo magnético está relacionada com o campo magnético. Sua direção é a
mesma que a do fluxo magnético e sua grandeza depende da posição e da corrente. Por
isso é uma grandeza do campo vetorial que se identifica como o símbolo B. Sua unidade do
sistema SI é a tesla (T), ou weber, por metro quadrado (Wb/m2).
Mostra-se a distribuição do campo B ao redor de um fio reto na Figura 2.12 (a). Na figura
2.12 (b) o campo B no sentido axial de uma espira única como função do seu raio. À medida
que se acrescentar outras voltas, cada um conduz a mesma corrente, a densidade do fluxo
aumenta rapidamente alterando-se assim, sua respectiva distribuição.
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A densidade do fluxo varia linearmente com a corrente elétrica na bobina, ou seja dobrando-
se a corrente na bobina, a densidade do fluxo também fica o dobro em toas as partes. O
fluxo magnético total, que corre na espira é o produto de B vezes a superfície da bobina. A
unidade que determina o fluxo magnético no sistema SI é o weber (Wb).
φP αNPIP (2.3)
Fig. 2.13 – Bobina conduzindo corrente alternada próxima a uma amostra sob inspeção.
A lei de Faraday diz que se cria ou induz-se uma voltagem em determinada região no
espaço quando há ou produz-se uma variação no campo magnético. Aplicando-se essa lei a
nossa bobina temos:
dφ P
VS = −NP (2.4)
dt
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dφ P
em que é a variação de φP com o tempo.
dt
Como a corrente da bobina varia senoidalmente com o tempo, o fluxo magnético total na
bobina também varia senoidalmente.
φP = φ 0 sen( ωt )
Em que φ 0 é o fluxo magnético que corresponde a I0.
A voltagem induzida mostrada na equação 2.4 fica sendo
VS = −NP ωφ 0 cos(ωt ) (2.5)
que também varia periodicamente com o tempo. Se aproximarmos a bobina à amostra que
se examina, a Lei de Ohm indica que se existe uma tensão de excitação (VS) e a impedância
da amostra é finita, haverá fluxo de corrente,
VS
IS = (2.6)
ZS
em que IS é a corrente que passa pela amostra, VS é a voltagem induzida, e ZS é a
impedância da amostra, ou a oposição ao fluxo de corrente. Estas correntes induzidas
chamam-se correntes de Foucault, ( ou de Eddy) por causa dos seus trajetos circulares,
que, por sua vez, geram seu próprio campo magnético, de acordo com a Lei de Lenz.
Campo esse, que se opõe ao campo primário.
φ S α − IS (2.7)
e
φE = φ P − φ S (2.8)
Zαφ E (2.9)
e
V = ZIP (2.10)
A equação 2.9 indica que a impedância da bobina é função do campo magnético que a
rodeia, o qual depende da corrente induzida no corpo de prova (equação 2.8 e 2.7).
Resumindo, cria –se o fluxo fazendo-se circular uma corrente alternada pela bobina de
inspeção.Quando essa bobina se aproxima da amostra condutora, há a indução de
correntes de Foucault. Por outro lado, o fluxo magnético relacionado com as correntes
Foucault se opõe ao fluxo magnético da bobina, assim reduzindo o fluxo líquido. Isso traz
uma mudança na impedância da bobina e uma queda de tensão. É a oposição entre as
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Ensaios Não Convencionais
mudanças primárias (da bobina) e secundárias (as correntes Foucault) que criam a base
para se obter à informação na inspeção com correntes de Foucault.
É preciso assinalar, que se a amostra é de material magnético, a equação 2.9 ainda
prevalece, se bem que o fluxo magnético fica fortalecido apesar dos efeitos contrários
exercidos pelas correntes de Foucault. A alta pemeabilidade dos materiais ferromagnéticos
as distingue da permeabilidade dos não-ferromagnéticos e influi fortemente sobre os
parâmetros da inspeção com correntes de Foucault.
As correntes de Foucault são laços cerrados de correntes induzidas que circulam em planos
perpendiculares ao do fluxo magnético. Estas se deslocam paralelamente às espiras da
bobina e a superfície. O fluxo das correntes de Foucault fica limitado à área do campo
magnético induzido.
A freqüência da inspeção determina a profundidade de penetração para a amostra; à
medida que a freqüência aumenta, a penetração diminui e a distribuição das correntes de
Foucault fica mais densa perto da superfície da amostra. A freqüência da inspeção também
influi sobre a sensibilidade a mudança nas propriedades do material e aos defeitos.
A figura 2.14 (a) mostra as relações algébricas e a figura 2.14(b) mostra a representação
osciloscópica das correntes de Foucault e a distribuição do campo magnético em função de
sua profundidade na amostra. Tanto as correntes de Foucault como os fluxos magnéticos
ficam débeis com profundidade, devido ao “efeito peculiar”. Além dessa atenuação, as
correntes de Foucault sofrem um atraso de fase, ou defasagem, com profundidade. Tal
atraso é o parâmetro chave que faz com que a inspeção com essas correntes seja um
método de inspeção não destrutivo. Os parâmetros de espessura pelicular e defasagem
serão abordados no próximo item.
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Ensaios Não Convencionais
JX
= e − β sen( ωt − β) (2.11)
J0
JX
αe − β (2.12a)
J0
que descreve a diminuição exponencial da densidade de corrente de Foucault.
JX
α sen( ωt − β) (2.12b)
J0
A figura 2.15 representa a mudança de densidade das correntes de Foucault num condutor
semi-infinito. A densidade das correntes de Foucault diminui exponencialmente em função
da profundidade.
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Ensaios Não Convencionais
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Ensaios Não Convencionais
1. PIGS INSTRUMENTADOS
São PIGS que realizam medidas ao longo do percurso do duto, registrando as informações.
Estas informações normalmente são utilizadas para avaliar a integridade do duto.
PIGS INSTRUMENTADOS
HISTORIA
• Geométricos
• Detector de vazamentos
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Pigs MagneScan
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Pigs de Observador
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