Você está na página 1de 68

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL MONTEIRO LOBATO

CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA

CARBORTECH

GIOVANI DALMAS
JOÃO VITOR AMARAL MEDEIROS

TAQUARA
2022
GIOVANI DALMAS
JOÃO VITOR AMARAL MEDEIROS

CARBORTECH

Projeto de pesquisa apresentado à Escola


Técnica Estadual Monteiro Lobato para a
disciplina de Projeto de Pesquisa como
requisito parcial ou final de aprovação
coorientado pelo professor Cândido Luciano
de Farias.

TAQUARA
2022
“Árvores são poemas que a Terra escreve
para o céu” – Kahlil Gibran
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Exemplo de linhas de código na linguagem Javascript............................15


Figura 2 – Representação de linguagem de programação formando um software...17
Figura 3 – Exemplo de website..................................................................................20
Figura 4 – Exemplo de website institucional..............................................................23
Figura 5 – Representação do bioma da Mata Atlântica.............................................29
Figura 6 – Sub-regiões biogeográficas da Mata Atlântica..........................................30
Figura 7 – Representação do bioma pampa..............................................................32
Figura 8 – Subdivisão da vegetação pampeana........................................................34
Figura 9 – Região nordeste gaúcha e metropolitana de Porto Alegre.......................36
Figura 10 – Exemplo de araucárias adultas...............................................................37
Figura 11 – Representação da pinha e sementes de araucária................................40
Figura 12 – Representação de jabuticabeira..............................................................45
Figura 13 – Representação de Ipê Amarelo...............................................................48
Figura 14 – Representação de pé de araçá...............................................................50
Figura 15 – Representação de sibipurana.................................................................52
Figura 16 – Representação de timbaúva...................................................................54
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Etc. Et cetera
PHP Hypertext Preprocessor
JS Javascript
App Aplicativo
HTML HyperText Markup Language
CSS Cascading Style Sheet
URL Uniform Resource Locator
WWW World Wide Web
API Application Programming Interface
PH Potencial Hidrogeniônico
1 RESUMO

O desenvolvimento de um website com foco na flora nativa da região do Vale


do Rio dos Sinos, dando especial atenção especificamente ao Vale do Rio Paranhana,
é de extrema importância para o aprofundamento tecnológico voltado para questões
ambientais devido aos problemas relacionados à sustentabilidade e preservação do
meio ambiente da Mata Atlântica sul-brasileira que persistem desde o início da
exploração florestal da região e atualmente continuam através de novos problemas
agravados por novas ameaças, como, em escala mundial, o aquecimento global e,
em âmbito regional, a fragmentação das matas da região em muitas partes de forma
a impedir o desenvolvimento de grandes áreas florestais contínuas, assim
prejudicando diretamente a fauna e a flora e contribuindo para as mudanças
climáticas.
Levando em consideração a escassez de registros completos e organizados de
áreas públicas e privadas reservadas para a restauração e preservação florestal da
Região do Vale do Paranhana, seria de grande benefício à população local e ao meio
ambiente da região o desenvolvimento de um sistema de cadastros com essa
finalidade. Dessa forma tal sistema auxiliará os usuários cadastradores com relação
a seus objetivos ambientais voltados para suas propriedades e servirá como um
grande conjunto de informações necessárias para que a restauração de áreas
degradadas da região ocorra de forma mais rápida, prática e ampla, pois ampliará as
possibilidades de restauração para muitas áreas privadas. Além do cadastro de
propriedades privadas, o sistema também registrará as possíveis áreas públicas
reservadas pelos municípios como locais para restauração, assim contribuindo para o
acesso de informações das prefeituras e para suas respectivas atividades ambientais.
Dessa forma, o website será elaborado com o objetivo de criar um espaço
digital com foco específico na conscientização ambiental nativa e na colaboração
prática quanto à restauração florestal de áreas degradadas da região por meio
principalmente do plantio de mudas nativas e do cadastro de áreas privadas
reservadas para a restauração e preservação florestal. Seu desenvolvimento contará
com a utilização de todas as ferramentas digitais necessárias para seus objetivos
virtuais, como banco de dados para o comércio e cadastros do website, gamificação
para o incentivo ambiental dos usuários, um sistema de datação para a indicação das
épocas de semeadura das espécies nativas e elementos informacionais (textos,
vídeos e quizzes) para ampliar o conhecimento relacionado à flora e fauna nativa e
auxiliar a população com ideias relacionadas à sustentabilidade.

PALAVRAS-CHAVE: Website; Meio ambiente; Restauração; Cadastro;


Conscientização; Sustentabilidade.
2 ABSTRACT

The development of a website focusing on the native flora of the Vale do Rio
dos Sinos region, with special attention specifically to the Vale do Rio Paranhana, is
extremely important for the technological deepening focused on environmental issues
due to the problems related to the sustainability and preservation of the environment
of the South Brazilian Atlantic Forest that have persisted since the beginning of forest
exploitation in the region and currently continue through new problems aggravated by
new threats, such as, on a world scale, global warming and, on a regional scale, the
fragmentation of the forests of the region in many parts in order to prevent the
development of large continuous forest areas, thus directly harming the fauna and flora
and contributing to climate change.
Taking into account the scarcity of complete and organized records of public
and private areas reserved for forest restoration and preservation in the Vale do
Paranhana Region, it would be of great benefit to the local population and the region's
environment the development of a registration system with that purpose. In this way,
such a system will help the registering users in relation to their environmental
objectives aimed at their properties and will serve as a large set of information
necessary for the restoration of degraded areas in the region to occur in a faster, more
practical and broader way, as it will expand the possibilities catering to many private
areas. In addition to the registration of private properties, the system will also register
possible public areas reserved by municipalities as sites for restoration, thus
contributing to access to information by municipalities and their respective
environmental activities.
In this way, the website will be designed with the objective of creating a digital
space with the specific focus on native environmental awareness and practical
collaboration regarding the forest restoration of degraded areas in the region, mainly
through the planting of native seedlings and the registration of reserved private areas
for forest restoration and preservation. Its development will rely on the use of all the
digital tools necessary for its virtual objectives, such as a database for commerce and
website registrations, gamification for the environmental incentive of users, a dating
system for indicating the sowing times of the native species and informational elements
(texts, videos and quizzes) to expand knowledge related to native flora and fauna and
help the population with ideas related to sustainability.

KEYWORDS: Website; Environment; Restoration; Register; Awareness;


Sustainability.
Sumário

1 TEMA.................................................................................................................8
2 PROBLEMA.......................................................................................................9
3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................10
4 HIPÓTESES....................................................................................................11
5 OBJETIVOS.....................................................................................................12
5.1 Objetivo geral.................................................................................................12
5.2 Objetivos específicos.....................................................................................12
6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................13
7 METODOLOGIA..............................................................................................14
8 CRONOGRAMA..............................................................................................15
9 RESULTADOS ESPERADOS.........................................................................16
10 RECURSOS.....................................................................................................17
10.1 Recursos humanos.......................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................18
ANEXOS..........................................................................................................19
8

1 TEMA

O projeto tem como sua proposta o desenvolvimento de um website que vise o


incentivo da restauração e consciência ambiental com relação às espécies nativas da
região do Vale do Paranhana a partir do cadastro de áreas privadas reservadas para
a restauração e preservação ambiental, compartilhamento de informações,
gamificação, comércio de mudas típicas da região e oferecimento de serviços.
9

2 PROBLEMA

Dentre os diversos problemas encontrados na sociedade atualmente ganha-se


destaque o desflorestamento em conjunto com todos os outros problemas ambientais
que isso ocasiona. Sendo não apenas o desmatamento global um problema
excessivo, o desmatamento da Mata Atlântica mostra-se também muito preocupante,
sendo ela uma das florestas com maior biodiversidade do mundo e, ao mesmo tempo,
ameaçada devido à ação humana, sobrando atualmente apenas 12,4% da mata
original. Além disso, de modo geral e especificamente na Região do Vale do
Paranhana, existe uma falta de dados relacionada às áreas reservadas para a
restauração e preservação ambiental.
Embora a tecnologia tenha se mostrado nas últimas décadas um importante
fator para o progresso da humanidade, junto a ela também muitos problemas foram
originados, como o aumento e popularização de falsas informações com relação ao
meio ambiente, ao desmatamento e ao aquecimento global. A partir dos fatos
expostos, propõe-se o seguinte problema: “De quais formas inovadoras pode ser
desenvolvido um website com propostas ambientais que, assim, contribua para a
consciência e restauração ambiental de espécies nativas considerando a importância
florestal da região em comparação com outros métodos voltados para a restauração
da flora que, em sua maioria, não utilizam-se da tecnologia de forma mais direta?”.
10

3 JUSTIFICATIVA

A restauração ambiental de maneira geral é de extrema importância para o


planeta e para a humanidade em todos os seus aspectos, podendo citar a melhora da
qualidade do ar, a melhora na vasão de mananciais hídricos e aumento da
biodiversidade. Também há relevância em considerar a restauração de áreas nativas,
pois a restauração ambiental considerando a diversidade da fauna e flora nativas
colabora melhor com a recuperação ambiental.
A utilização da tecnologia e mais especificamente da internet para o benefício
social já mostra-se eficaz em outras áreas e pode ser utilizada para o meio ambiental.
Websites oferecem um amplo acesso informacional e útil para grande parte da
população e, dessa forma, um aprofundamento da questão tecnológica pode ser de
grande benefício, assim utilizando-se das diversas funções das linguagens de
programação, banco de dados, softwares etc. para uma colaboração da área da
informática com questões ambientais.
A partir do fato da escassez de dados ambientais dos municípios do Vale do
Paranhana, RS, e do descuido para com as suas áreas de preservação, obteve-se a
ideia do projeto para o desenvolvimento de um website que contribua para uma
solução voltada para o término dessa lacuna de informações e que dessa forma
desempenhe um importante papel de restauração e preservação florestal na região,
assim também colaborando com os serviços de meio ambiente das prefeituras e dos
cidadãos.
11

4 HIPÓTESES

1. O CarborTech apresentará custos e benefícios.


2. O website colaborará com a restauração ambiental da região.
3. Pelo menos uma prefeitura da região colaborará com o projeto.
4. O comércio de mudas possuirá um sistema de entregas seguro.
5. O sistema de comentários contará com avaliações diversas dos usuários.
6. As informações ambientais no website ajudarão a conscientizar a população
local quanto ao meio ambiente.
7. O website atrairá os usuários também pelo seu design, quiz e proposta de
gamificação.
8. Os resíduos produzidos ao longo do processo de plantio serão enviados para
a reciclagem.
9. O projeto contribuirá para a preservação e recuperação de espécies
ameaçadas da região.
10. Proprietários rurais solicitarão em maior proporção os serviços oferecidos
pelo projeto.
12

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Desenvolver um website que contribua para a consciência e restauração


ambiental de espécies da flora nativa da região através do compartilhamento de
informações sobre meio ambiente, venda de mudas, elementos de gamificação e
cadastro de áreas reservadas para a restauração e preservação ambiental.

5.2 Objetivos específicos

• Programar o website de maneira responsiva.


• Utilizar a linguagem de programação Javascript como programação geral
do website.
• Criar um quiz no website com tema relacionado à flora nativa da região.
• Desenvolver um sistema de pontuação entre os usuários do website.
• Apresentar informações de diversos conteúdos relacionados à
sustentabilidade e meio ambiente.
• Incentivar o plantio de mudas nativas da região ameaçadas de extinção.
• Dispor ao usuário formas de personalização para o próprio perfil.
• Disponibilizar ao usuário opções de mudança de design do website.
• Elaborar um sistema de comentários para a avaliação dos produtos.
• Produzir um sistema de comércio de plantas nativas da região.
• Realizar acordos com prefeituras da região para os objetivos de
restauração ambiental do projeto.
• Promover a restauração ambiental de áreas degradadas da região.
• Organizar a área comercial do website com banners rotativos, aba de mais
vendidos e com melhores avaliações.
• Ordenar um catálogo de vendas segundo à espécie e tamanho geral de
cada planta.
• Fazer um sistema de pesquisa para o website.
• Estruturar o website de forma a possuir várias sessões.
• Oferecer serviços personalizáveis aos clientes.
13

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1 LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

Linguagens de programação são sequências ordenadas de símbolos, palavras-


chave e regras semânticas e sintáticas que são utilizados para que haja uma maior
facilidade no desenvolvimento de softwares por parte dos usuários. Ocorre essa
facilitação pelo fato de que as linguagens de programação utilizam-se, cada uma, de
uma série de funções em idiomas humanos, pois seria inviável o manuseio de
instruções de software a partir da linguagem puramente eletrônica (código binário).
Toda máquina e dispositivo eletrônico requer um tipo de linguagem de programação
para a realização de suas funções.
As linguagens de programação podem ser classificadas em certos tipos e
subtipos de acordo com seu funcionamento, como por exemplo: linguagens de
programação de baixo nível, linguagens de máquina, linguagens de montagem e
linguagens de programação de alto nível.

6.1.1 Linguagens de baixo nível

Linguagens de programação de baixo nível são linguagens de programação


com sintaxes mais básicas e menos adaptadas às linguagens humanas. Elas podem
ser classificadas em dois tipos: linguagens de máquina e linguagens de montagem.
As linguagens de máquina baseiam-se na passagem de energia que é expressa
através do código binário (zeros e uns). Já as linguagens de montagem (também
conhecidas como linguagens de nível intermediário) são uma espécie de linguagem
híbrida que traz elementos tanto de linguagens de alto nível quanto de linguagem de
máquina.
A linguagem de programação de baixo nível mais conhecida é a linguagem
Assembly, uma linguagem desenvolvida na década 50, sendo assim uma das
primeiras linguagens de programação a serem criadas. Ela surgiu com o objetivo de
facilitar o manuseio das máquinas através de sua linguagem.

6.1.2 Linguagens de alto nível


14

Linguagens de programação de alto nível são linguagens digitais muito mais


adaptadas às linguagens humanas e mais distantes da linguagem binária das
máquinas. As linguagens de alto nível são as mais conhecidas quando trata-se de
linguagens de programação. Elas são linguagens utilizadas para que haja uma
compreensão linguística muito maior por parte do usuário do manuseio de softwares
assim utilizando-se de símbolos, palavras, regras gramaticais etc.
Exemplos de importantes linguagens de programação de alto nível são
Javascript, Python, Java, PHP, C e C++. Boa parte dessas linguagens de
programação foram desenvolvidas na década de 1990 ou próximo à ela, como a
linguagem Javascript desenvolvida em 1989, Python em 1995, PHP em 1995 e Java
em 1991. Já as linguagens C e C++ são um pouco mais antigas, tendo sido
desenvolvidas, respectivamente, em 1972 e 1983.
O Javascript (também conhecido pela sua abreviação JS) é uma das
linguagens de programação mais populares e uma das mais utilizadas no
desenvolvimento de sites da web. Desde 2013 essa linguagem permanece como a
mais utilizada na programação. Sua ampla utilização decorre do fato de ser uma
linguagem muito flexível. É uma linguagem que atua principalmente na programação
front-end. A programação front-end é a parte mais externa da programação, sendo
assim importantíssima para o visual de sites e aplicativos. No entanto ela também
pode atuar na programação back-end (parte mais interna da programação) através,
por exemplo, do processamento de informações de bancos de dados.
Essa linguagem de programação também costuma ser utilizada em conjunto
com as linguagens HTML e CSS, que não são consideradas linguagens de
programação. Esse trio de linguagens é utilizado dessa maneira devido às funções
criadoras e organizadoras do HTML, das funções decorativas do CSS e das funções
dinâmicas do Javascript. Dessa forma, embora a linguagem Javascript possa atender
a várias outras funções, ela é muito escolhida devido ao seu potencial de criar uma
dinâmica para os elementos dos sites ou aplicações (movimentos, aparições de e
desaparições de elementos etc.). Por esse seu potencial mais dinâmico o Javascript
também é muito utilizado para o desenvolvimento de jogos digitais. Vale lembrar que
a linguagem HTML também possui um certo dinamismo, mas com uma capacidade
extremamente inferior e menos flexível que o Javascript, já que o papel do HTML é
muito mais simples nos sites.
15

Figura 1 – Exemplo de linhas de código na linguagem Javascript

Fonte: <https://miro.medium.com/v2/resize:fit:828/0*bQ2s1lDGEYzGjWVU>.

A partir da imagem acima é possível ver um exemplo de como a linguagem


Javascript funciona com suas linhas de código. É possível perceber também que essa
é uma linguagem que utiliza-se de recursos muito próximos ao da linguagem C, como
os recursos de if e else.

6.2 SOFTWARES

Softwares são conjuntos de instruções que são seguidas por um computador


ou qualquer sistema de processamento de dados. Ele é todo programa existente em
diversos dispositivos que, a partir dele, são realizadas tarefas das mais variadas.
Softwares podem conter instruções de programação muito simples, mas também
podem conter uma quantidade altamente complexa e cheia de informações para usos
mais completos.
Para que um software seja desenvolvido é necessária a utilização de editores
de código, os quais são responsáveis por facilitar a interação entre o usuário e a
programação das estruturas de código. Os editores de código, que também são
16

desenvolvidos com base em estruturas de códigos e, portanto, também são softwares,


apresentam ao usuário uma área virtual onde seus códigos podem ser escritos em
uma determinada linguagem de programação e, dessa forma, executados com o
auxílio de compiladores.
Para que haja qualquer tipo de programação, precisa-se de uma linguagem
pela qual ela será desenvolvida. Linguagens de programação são um conjunto de
regras sintáticas e semânticas que facilitam a interação do usuário com o software e,
consequentemente, com o hardware, pois transforma a linguagem binária totalmente
eletrônica para uma linguagem mais próxima à humana e assim mais compreensível
para os usuários.
Softwares podem ser divididos em várias categorias. Dentre elas: softwares de
sistema, softwares para aplicativos, softwares de programação, softwares de
17

comunicação, softwares para jogos e softwares de código aberto. Essas


classificações determinam a finalidade para qual o software está destinado.

Figura 2 – Representação de linguagem de programação formando um software.

Fonte: <https://www.codeblocks.org/docs/codeblocks.png>.

Segundo Marchioli os softwares podem ser definidos da seguinte forma:

Software significa “a parte que é intangível ao usuário”. Ou seja, se o hardware


você consegue tocar por serem peças eletrônicas, como o disco rígido ou o
mouse, o software seria um conjunto de instruções que celulares,
computadores executam, dizendo-lhes o que o dispositivo deve fazer, sendo
um conceito mais abstrato (MARCHIOLI, 2022).

Dessa forma é possível entender também o trabalho em conjunto dos softwares


com o hardware para, assim, formar de fato a usabilidade dos dispositivos eletrônicos,
pois os dispositivos eletrônicos não são nada mais que o funcionamento do hardware
sendo influenciado pelo usuário através dos softwares.

6.2.1 Softwares de sistema


18

Os softwares de sistema são aqueles responsáveis pelo sistema operacional


do dispositivo. O sistema operacional é um software (ou um conjunto de softwares)
que possui o papel de gerenciar recursos, processadores e o armazenamento com a
finalidade de realizar uma comunicação entre o hardware e os demais softwares do
dispositivo. Dessa forma, ele é o software responsável por interpretar os comandos
do usuário para que se reflitam no dispositivo. Exemplos de softwares de sistema
(sistemas operacionais) são: Linux, Dos, Unix, Windows NT, Mac OS e OS-2.
Segundo Ricarte (2003): “Em suma, o sistema operacional, tem as funções básicas
de interpretar os comandos do usuário: controlar os periféricos (teclado, vídeo, discos,
impressão, mouse, plotter, etc.) e organizar arquivos em discos.” Dessa forma o autor
nos demonstra a suma importância desse tipo de software pelas suas
responsabilidades quanto ao dispositivo.

6.2.2 Softwares de aplicação

Os softwares de aplicação (para aplicativos) são os softwares desenvolvidos


com a finalidade de desenvolver uma aplicação com objetivos mais práticos como os
de ouvir música, assistir vídeos e diversos outros. Alguns exemplos de softwares de
aplicativos são Microsoft Word, Calculadora, Microsoft PowerPoint etc.

6.2.3 Softwares de programação

Os softwares de programação são aqueles programas que possuem a


finalidade de permitir o desenvolvimento de outros softwares por parte dos usuários.
Eles possuem uma estrutura definida para que uma linguagem de programação seja
inserida e assim executada por um compilador.

6.2.4 Softwares de comunicação

Os softwares de comunicação são aqueles semelhantes aos softwares de


aplicação. Eles possuem a finalidade de facilitarem alguma forma de comunicação
para os usuários. Alguns exemplos de softwares de comunicação são WhatsApp,
Gmail e Slack.
19

6.2.5 Softwares de jogos

Os softwares para jogos são softwares da mesma forma semelhantes a


softwares de aplicativos, porém possuem um grau de complexidade muito maior. Eles
possuem finalidades muito mais de lazer para os usuários, assim contando com
diversos recursos de entretenimento.

6.2.6 Softwares de código aberto

Softwares de código aberto são aqueles softwares cujo código fonte é


disponibilizado para a edição geral do público. Eles podem se encaixar não
exclusivamente nessa categoria, mas também em todas as outras. Alguns exemplos
de softwares cujo código fonte é aberto são: Linux, OpenOffice, Mozilla e FireFox.

6.3 WEBSITES

“Website” é um termo anglófono, sendo a junção das palavras “web” (rede em


português) e “site” (sítio em português). Dessa forma, sua tradução é “sítio na rede”.
Seu nome o caracteriza por completo, pois os websites tratam-se de espaços (sítios)
virtuais (na rede) pertencentes a pessoas e organizações e que servem para os mais
variados fins. Websites são acessados través de endereços digitais conhecidos como
URLs (Uniform Resource Locator, ou em português: Localizador Padrão de Recursos)
através da rede WWW (World Wide Web, ou em português: Rede Mundial de
Computadores), a rede que interliga arquivos e informações digitais de forma global.
Também são necessariamente acessados somente por protocolos e métodos e,
nesse caso, muito comumente encontrados na internet através do protocolo HTTPS
(Hypertext Transfer Protocol Secure).
20

Figura 3 – Exemplo de website

Fonte: <https://pressgazette.co.uk/wp-content/uploads/sites/7/2022/08/Screenshot-2022-08-22-at-
09.38.45-e1661154180883.jpg>.

Os websites são estruturados em partes segundo a profundidade de seus


atributos de desenvolvimento e relação com o usuário. Dessa forma, ele é dividido em
suas partes “front-end” (“parte dianteira” em português) e “back-end” (“parte traseira”
em português).

6.3.1 Front-end

Segundo Noleto (2020) a parte front-end dos websites pode ser definida da
seguinte forma:

O front-end nada mais é que toda a parte visual de um site. Através dos
códigos, uma interface é construída (de preferência, bastante amigável. As
tecnologias mais utilizadas para a construção de um site são o HTML e o CSS,
bem como o Javascript para a implementação de algumas funcionalidades
(NOLETO, 2020).
21

Assim podemos entender acerca do desenvolvimento dos websites. Como foi


afirmado, o HTML é amplamente utilizado para a construção de sites, pois trata-se de
uma linguagem de hipertexto muito eficiente direcionada exatamente para esse fim.
Hipertextos são textos com características avançadas de forma a ser muito mais
maleável e a permitir a introdução de um grande número de elementos (como
imagens, vídeos, áudios etc.).
Já o CSS (Cascading Style Sheet, ou Folha em Estilo Cascata em português)
é uma linguagem de estilização que possui a finalidade de atribuir características
extras aos elementos HTML para dar diferentes aparências a eles. Ele é o principal
responsável pela maior parte dos elementos visuais presentes na internet e que geram
uma maior satisfação aos usuários.
O Javascript é amplamente utilizado no desenvolvimento de websites em
conjunto com as linguagens HTML e CSS e, diferentemente dessas duas outras, é de
fato uma linguagem de programação. No entanto ela não é uma linguagem tão
essencial para os websites quanto o HTML e CSS, pois o seu principal uso é o de
fornecer movimento e dinâmica aos elementos do website e, neste caso, se o website
tiver um propósito unicamente informativo ou com relação a propagandas e
divulgações, ela pode facilmente não ser utilizada.

6.3.2 Back-end

O back-end é a parte da programação mais interna de um website e envolve


unicamente linguagens de programação (com exceção do Javascript). Enquanto o
front-end é a parte visual dos websites, o back-end é a parte não visual. Ele
compreende todo o desenvolvimento de softwares no “interior” dos websites como,
por exemplo, softwares de busca. Nem todos os websites possuem back-end, pois é
perfeitamente possível o desenvolvimento de sites que não se utilizem de softwares.
Mas é evidente a sua importância, pois o back-end é um excelente colaborador
parar o desenvolvimento das funções mais complexas e específicas dos websites,
sendo assim muito importante com relação a bancos de dados.

6.3.3 APIs
22

APIs (Application Programming Interface ou, em português, Interface de


Programação de Aplicação) são conjuntos de elementos em código que são partes de
interfaces, assim comunicando códigos de programadores com outras plataformas.
Elas são muito utilizadas pela sua eficiência, pois o consumo de APIs poupa
programadores do desenvolvimento de complexos sistemas de códigos que haveriam
de ser feitos sem a existência desses elementos já disponibilizados em APIs. Por esse
mesmo motivo também torna tais sistemas mais bem desenvolvidos. Um exemplo do
consumo de APIs é a integração dos contatos salvos em dispositivos com a lista de
contatos da rede social Whatsapp.

6.3.4 Tipos de websites

Os websites podem ser classificados em diferentes tipos segundo suas funções


e propósitos. Exemplos disso são os websites classificados como websites
institucionais, websites de catálogo eletrônico, websites de lojas virtual, websites de
notícias e websites personalizados.

6.3.4.1 Websites institucionais

Os websites institucionais são aqueles que possuem o objetivo de divulgar


empresas e outras instituições e de fornecer um meio de interação entre as instituições
e seus clientes. Seus propósitos são ligados à promoção das marcas e, por isso, são
propagandísticos.
23

Figura 4 – Exemplo de website institucional

Fonte: <https://www.crivos.com.br/images/work/ba-stockler-criacao-site-responsivo-
html5.jpg?20190622001>.

A partir da imagem acima é possível perceber que esses websites são focados
quase que unicamente no compartilhamento de informações relacionadas a uma
instituição, e por isso costumam ser desenvolvidos de forma mais simples e sem
códigos muito complexos. Seus objetivos mais específicos podem ser considerados:
a apresentação da instituição de forma geral, mas principalmente no meio digital; a
apresentação das propostas da instituição; e a exibição dos serviços e produtos
ligados à instituição.

6.3.4.2 Websites e-commerce

Websites e-commerce (comércio eletrônico em português), ou também


conhecidos como lojas virtuais, são websites cujo propósito é a venda de produtos
e/ou favores de forma digital. Tais sites podem pertencer tanto a vendedores
independentes quanto a instituições, e o foco é sempre comercial.
O comércio eletrônico é dividido entre o comércio conhecido por “business to
business” (empresa para empresa em português) e o comércio “business to
“consumer” (empresa para consumidor em português). O e-commerce business to
24

business é o comércio digital voltado unicamente para empresas, onde empresas


compram produtos e/ou favores umas das outras. Já o e-commerce business to
consumer é o comércio digital que ocorre com a venda de produtos e/ou favores de
empresas para consumidores pessoais.
O e-commerce também pode ser dividido em e-commerce com carrinho de
compra, e-commerce de assinatura e e-commerce de cotação. O e-commerce com
carrinho de compra é o mais encontrado e trata-se do comércio digital onde os
usuários escolhem os produtos que desejam comprar colocando-os no carrinho de
compras virtual e assim realizam o pedido. O e-commerce de assinatura trata-se do
comércio digital onde os clientes pagam por produtos a partir de assinaturas, assim
podendo pagar de forma semanal, mensal ou anualmente. O e-commerce de cotação
trata-se do comércio digital onde os clientes possuem maior liberdade com relação
aos produtos, havendo sistemas de customização para uma compra mais
especificada, assim favorecendo mais as escolhas pessoais do cliente.

6.3.4.3 Sites dinâmicos

Os sites dinâmicos são aqueles que organizam-se em várias seções, dessa


forma podendo misturar partes de cunho institucional com um blog dentro do mesmo
website. Neste modelo é mais propenso que o conteúdo mude e se expanda ao
decorrer do tempo.

6.3.5 Gamificação

Como Brügger (2009) afirma em seu trabalho: “Hoje, ninguém discordaria que
a internet tem sido uma parte importante de nossa infraestrutura comunicativa por
anos”. Sendo assim, não há como esquecer um dos principais métodos de
comunicação presente na internet, os websites.
“Como garantir que seu site atinja ao menos 90% dos dispositivos atuais? A
resposta é: Utilizando o Web Design Responsivo” (FRANÇA, 2015, p. 77). Esta
afirmação vinda de França (2015) pode auxiliar a compreender melhor a importância
da responsividade multiplataforma, na medida em que explica que esta tem o
potencial de garantir que o site possa atingir ao menos 90% dos dispositivos.
25

A responsividade multiplataforma, criar um site responsivo, é fazer com que o


site seja visualizado de forma diferente em diferentes dispositivos, ao abrir em um
desktop talvez os ícones e o conteúdo da página estejam mais espaçados por
exemplo, enquanto na versão mobile tudo estaria mais compactado.
O que pode ser considerado como gamificação é um assunto discutido entre
especialistas, segundo Kapp, como foi citado por Alsawaeir (2017, p. 2, tradução
nossa), a gamificação seria “[o uso de] mecânicas, estéticas e formas de pensar
baseadas em jogos para engajar pessoas, motivar ações, promover o aprendizado, e
resolver problemas”. Onde é possível considerar todas estas características muito
apreciadas em uma situação em que o aluno não possui o interesse para continuar
seu aprendizado por conta da falta de motivação para fazê-lo. Acrescentando, Fardo
também explica que a gamificação pode ser vista como um protótipo de funções de
jogos eletrônicos em ambientes onde eles não são geralmente associados, como
disse:

[...] a gamificação pressupõe a utilização de elementos tradicionalmente


encontrados nos games, como narrativa, sistema de feedback, sistema de
recompensas, conflito, cooperação, competição, objetivos e regras claras,
níveis, tentativa e erro, diversão, interação, interatividade, entre outros. (2013,
p. 3)

Seguindo essa lógica, pode ser compreendido que a gamificação é uma ferramenta
de auxílio a pessoas tanto na questão de entretenimento quanto na do seu
aprendizado, servindo como um auxílio para todos.
Segundo Zainuddin et al. (2020) e Fardo (2013), “a gamificação se tornou uma
forma cada vez mais atraente e promissora de aprimorar o ensino, conforme utiliza de
características e aspectos de jogos eletrônicos - que também vêm sendo cada vez
mais populares ao passar do tempo e das gerações”.
Resumidamente, a gamificação nada mais é do que a utilização de aspectos
presentes em jogos eletrônicos fora de tais jogos.

6.3.5.1 Alcance e impacto da gamificação na vida de um indivíduo

Devidamente, ela não está somente focada em solucionar problemas do mundo


virtual como normalmente acontece nos games, ela está interligada diretamente com
as vidas das pessoas, se tornando uma tentativa de resolver questões do dia-dia,
26

porém pelo mundo virtual, conectando estas visões, afirma Fardo (2013, p.3).
Mostrando uma clara evidência da ligação que a gamificação proporciona entre a vida
real e a virtual. Navarro (2013, p.18) aponta que: “[...] o objetivo principal da
gamificação é criar envolvimento entre o indivíduo e determinada situação,
aumentando o interesse, o engajamento e a eficiência [...]”, sobretudo, a gamificação
é uma estratégia que estimula o indivíduo a querer mais, a pesquisar mais, sabendo
que no fim obterá premiações e consequentemente também terá o conhecimento
adquirido ao longo de seu aprendizado.
Navarro (2013) também acrescenta que se anteriormente um jogo era
enxergado pelas pessoas como um meio para desconectar-se da realidade ou um
jeito de passar as horas vagas, agora é visto como uma forma de auxílio aos
profissionais e estudantes de diversas áreas para aprimorarem suas habilidades por
meio do entretenimento.

6.4 BANCO DE DADOS

Um banco de dados é uma estrutura de armazenamento de informações


dentro de um sistema de computador. Utiliza-se um sistema de gerenciamento de
banco de dados (DBMS). Os dados mais comuns são modelados em linhas e colunas
em uma série de tabelas para tornar o acesso e a organização mais eficiente. Os
dados podem ser acessados com facilidade e até gerenciados, modificados,
atualizados, controlados e organizados. Uma grande maioria de banco de dados
utiliza uma linguagem de consulta estruturada (SQL) para ter acesso aos dados e
consultá-los com maior facilidade.
Fatos é que os bancos de dados evoluíram muito desde a sua criação no
início dos anos 1960

6.5 SQL (Structured Query Language)

SQL se define como uma linguagem de programação muito utilizada por


quase todos os bancos de dados relacionais para ter acesso e manipular dados. O
SQL foi desenvolvido na IBM na década de 1970 com a Oracle. Mesmo ainda sendo
muito utilizada atualmente, novas linguagens de programação estão surgindo e junto
delas um oceano de novas possibilidades.
27

6.5 FLORA

A flora trata-se de todo o complexo sistema natural que envolve os reinos


taxonômicos vegetal e fungi. É todo o ecossistema do planeta excluindo a vida animal
e humana, e inclui dentro de si todos os tipos de plantas e fungos. No caso das plantas,
a flora pode ser dividida entre as plantas classificadas como briófitas, pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas.

6.5.1 Flora brasileira

A flora brasileira é considerada uma das mais ricas e diversas do mundo devido
à sua ampla variedade de espécies de plantas, conforme afirma Santos (2019):

De acordo com informações disponibilizadas pelo Herbário Virtual Reflora, até


o momento são reconhecidas 46.734 espécies para a flora brasileira, sendo
4.756 de Algas, 33.296 de Angiospermas, 1.573 de Briófitas, 5.719 de Fungos*,
29 de Gimnospermas e 1.361 de Samambaias e Licófitas.” (SANTOS, 2020).

Dessa forma é possível compreender toda a imensa diversidade presente nas


florestas e outros habitats brasileiros. Toda essa grande diversidade ocorre,
principalmente, em regiões de floresta nativa e original, pois a variedade de espécies
da flora desenvolveu-se naturalmente ao longo da história do planeta e das Américas.
A diversidade e a quantidade de florestas existentes no Brasil proporcionam
amplos benefícios à população e ao planeta de forma geral. Florestas são importantes
fatores para a conservação do solo e, dessa forma, ajudam a evitar a erosão que
tenderia a ocorrer nas margens de rios. São insubstituíveis para a resistência contra
o aquecimento global devido às suas características hídricas, pois formam imensas
quantidades de vapor na atmosfera através do processo da transpiração, e assim
distribuem chuvas por imensas regiões que, sem a existência de florestas, não
receberiam e assim poderiam, em muitos casos, tronar-se regiões semiáridas ou até
desérticas. No caso do Brasil todo esse processo ocorre principalmente envolvendo a
Floresta Amazônica, que recebe muita água das nuvens que se originam do Oceano
Atlântico, e através da transpiração da Amazônia, nuvens se formam e distribuem
água em boa parte do Brasil.
Além de suas características hídricas, as florestas também são importantes
fatores contra o aquecimento global através do processo de fotossíntese de suas
28

plantas, onde ocorre a absorção de gás carbônico (o maior contribuinte para o


aquecimento global) e a liberação do gás oxigênio.

6.5.2 Mata Atlântica

A Mata Atlântica é uma das maiores florestas tropicais do planeta, possuindo


uma área de habitat natural (antes de toda a exploração) de aproximadamente
1.400.000km². Também é uma das florestas com maior biodiversidade do planeta,
abrigando dentro de si aproximadamente mais de vinte mil espécies de plantas, 620
espécies de aves, 280 espécies de anfíbios e 200 espécies de répteis. Dentre todas
essas espécies da fauna e da flora, uma parte muito considerável é endêmica, o que
significa que possuem a Mata Atlântica como único habitat natural, e por esse mesmo
motivo ela é considerada uma das florestas mais singulares das Américas. Sabe-se
que tal singularidade foi ocasionada por períodos históricos de isolamento com
relação a outros biomas. Outra característica que a torna tão única é sua extensão
longitudinal, que difere da maioria das florestas tropicais, as quais possuem extensões
muito mais latitudinais. Essa característica afeta largamente a distribuição de suas
espécies devido às diferenças de temperatura e outros fatores causados por essa
extensão. Sua grande biodiversidade é influenciada pela diversidade de climas,
relevos e fronteiras naturais com outras florestas. No entanto, apesar de toda essa
biodiversidade, o bioma da Mata Atlântica é considerado um dos mais ameaçados do
Brasil e de todo o mundo. Essa ameaça vem se desenvolvendo desde o início da
colonização europeia, tendo em vista que esse bioma foi o primeiro a ser explorado
pelos portugueses e, assim continuou sendo com o passar dos séculos. Como boa
parte de suas espécies é endêmica, a ameaça da Mata Atlântica representa um risco
muito maior para essas espécies, podendo até significar a total extinção dependendo
do caso.
29

Figura 5 – Exemplo de paisagem da Mata Atlântica

<Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2022/03/GettyImages-
582480677.jpg?w=724>

As várias regiões da Mata Atlântica podem ser classificadas segundo suas


próprias biodiversidades, ao modo que divergem das outras regiões nesse quesito,
pois possuem espécies da flora típicas unicamente de suas próprias regiões. Essas
regiões podem ser classificadas nas regiões da Mata Atlântica de Pernambuco, dos
Brejos Nordestinos, da Bahia, de São Francisco, das Florestas de Interior da Serra do
Mar, de Diamantina e das Florestas de Araucária. Dentre todos esses citados, os
biomas presentes nas regiões nordeste gaúcha e Região Metropolitana de Porto
Alegre são as Florestas de Interior e as Florestas de Araucária.
30

Figura 6 – Sub-regiões biogeográficas da Mata Atlântica

Fonte: GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I. G. (2005, p.49)

As Florestas de Interior são o maior bioma da Mata Atlântica e se estende


desde uma pequena área no sul da Bahia até uma certa área no centro do Rio Grande
do Sul. Também está presente na maior parte do Vale do Paranhana, sendo também
o bioma predominante da cidade de Porto Alegre e dos municípios limítrofes. Esse é
um bioma que encontra-se em boa parte das vezes como uma área de transição entre
dois ou mais biomas, como por exemplo uma transição para o Cerrado nas regiões
sudestes e Centro-Oeste e uma transição para os Pampas no noroeste do Rio Grande
do Sul. No caso das regiões nordeste gaúcha e Metropolitana
31

de Porto Alegre, esse bioma encontra-se como transição para a vegetação pampeana
ao sul e para a vegetação da Floresta de Araucárias ao norte, na Serra Gaúcha. As
Florestas de Interior foram uma das vegetações mais desmatadas da Mata Atlântica
e hoje resta apenas 2,75% de sua vegetação original, sendo que sua área natural
estende-se por 698.344km².
As Florestas de Araucária são a maior vegetação do sul do Brasil, tanto com
relação às vegetações da Mata Atlântica quanto com relação às que estão fora dela,
pois as Florestas de Araucária também são maiores que os pampas gaúchos em área.
Essa é uma vegetação caracterizada pela presença de sua conhecida espécie
endêmica, a Araucaria angustifólia. Trata-se da segunda maior vegetação da Mata
Atlântica, ocupando uma área natural de 238.591km². No entanto, assim como todas
as outras vegetações da Mata Atlântica, ela passou por um amplo processo de
desmatamento na história, restando hoje atualmente apenas 9,77% da vegetação
original. Sua extensão territorial é composta em sua maior parte por áreas de alto
relevo, como serras e planaltos.

6.5.3 Pampas

Os pampas (termo do idioma indígena quéchua para “região plana”), também


conhecidos como pampa, campos sulinos e campanha gaúcha, são um bioma latino-
americano presente em todo o território uruguaio, metade sul do estado do Rio Grande
do Sul e leste da Argentina. Ele é caracterizado por sua geografia plana ou ondulada
com pouco relevo, e por sua vegetação rasa, quase que totalmente coberta por
gramíneas e pouquíssimas espécies de árvores. Conta com uma alta presença de
espécies de Malváceas e Iridáceas.
De acordo com IBGE, a vegetação pampeana conta com mais de 1600
espécies da flora, sendo algumas delas a grápia, o guatambu, timbaúva, barbas-de-
bode, unhas-de-gato, trevo-nativo, amendoim-nativo, palmeira-anã, babosa-do-
campo, guajuvira, angico-vermelho, caroba, algarrobo, canafístula, cabelos-de-porco,
grama-topete, cabreúva, bacatinga, canjerana, cedro, pau-de-leite, louro-pardo,
nhandavaí, capim-forquilha, flechilias, araucária etc.
32

Figura 7 – Representação do bioma pampa

Fonte: <https://i0.wp.com/www.sabedoriaecia.com.br/wp-
content/uploads/2018/06/Pampas.jpg?fit=709%2C439&ssl=1>

Trata-se do menor bioma presente no Brasil em extensão, ocupando apenas


2,07% do território brasileiro. Também é o único bioma existente no Brasil que está
presente em apenas 1 estado, o Rio Grande do Sul, ocupando 63% da área do estado,
uma extensão de 176.496 quilômetros quadrados. Infelizmente esse bioma sofreu um
severo processo de desmatamento ao longo dos séculos, principalmente ocasionado
pela expansão da pecuária de bovinos e caprinos, fazendo com que atualmente reste
apenas 36% de sua vegetação nativa, colocando assim os pampas como o segundo
bioma mais devastado do Brasil apenas atrás da Mata Atlântica.
Todo o bioma pampeano presente no Brasil está sob um clima subtropical.
Como ele está muito próximo à Mata Atlântica e ao clima tropical ao norte, acaba
então por possuir uma grande biodiversidade que mistura a vegetação pampeana
mais isolada ao sul com as vegetações ao norte. O inverno nele é mais frio e conta
com a presença do vento conhecido como minuano, um vento forte e frio vindo da
Cordilheira dos Andes que é ocasionado também pela baixa presença de relevo e
florestas nas áreas dos pampas, assim permitindo que o vento prossiga seu trajeto
sem obstruções, como por exemplo montanhas ou densas vegetações. A presença
de tal vento está associado ao clima das áreas dos pampas, que trata-se de um clima
33

subtropical frio, com uma média de temperatura anual de 19 graus celsius. Apesar de
possuir um clima caracterizado dessa forma, os pampas também podem atingir altas
temperaturas no inverno, significando assim uma grande variação de calor e frio ao
longo do ano, pois também pode atingir temperaturas negativas no inverno, sendo que
geadas são comuns nessa estação. Possui um clima, em geral, úmido, apesar que
nos últimos anos devido às mudanças climáticas e desmatamento, os pampas
estejam apresentando mais frequentes e intensas secas.
Os campos pampeanos não são homogêneos em sua vegetação, tendo em
vista que é possível observar 8 formações de flora diferentes nesse bioma, sendo eles
os campos com barba-de-bode (presentes em boa parte do noroeste do estado),
campos com espinilho (presentes em boa parte do oeste do estado), campos de solos
rasos (presentes em boa parte do oeste do estado), campos mistos de andropogôneas
e compostas (presentes por uma longa e extensa área que vai desde quase o litoral
leste gaúcho, passando de forma estreita pelo meio do estado até o leste), os campos
oraminosos (presentes em boa parte do sudoeste do estado), os campos litorâneos
(presentes em todo o litoral do estado e ao redor da Lagoa dos Patos), os campos
arbustivos (presentes em uma considerável área no centro, sul e sudoeste do estado)
e os campos com areais (presentes em uma pequena área no oeste do estado).
34

Figura 8 – Subdivisão da vegetação dos pampas

Fonte: <http://inct-bionat.iq.unesp.br/wp-content/uploads/2018/12/img1-300x221.jpg>

A vegetação pampeana presente no Vale do Paranhana é a dos campos mistos


de andropogôneas e compostas, sendo essa uma vegetação que conta com a alta
frequência das espécies gramíneas barba-de-bode, capim-forquilha e pega-pega.
Também caracteriza pela maior presença do alecrim-do-campo. No entanto, essa
vegetação foi drasticamente devastada para dar lugar à agricultura de soja e arroz
especialmente após a década de 1970, e atualmente pouco dela resta, especialmente
nas regiões mais próximas de áreas metropolitanas.

6.5.4 Espécies nativas da região

Além das espécies nativas da Mata Atlântica e de outros biomas de maneira


geral, há espécies nativas de plantas de determinadas regiões desse bioma, inclusive
da região que envolve o nordeste do estado do Rio Grande do Sul e a Região
Metropolitana de Porto Alegre. Essa é uma região de grande biodiversidade dentro de
seus próprios biomas e do estado gaúcho, pois é uma área onde encontram-se as
35

vegetações da Mata Atlântica ao norte e dos pampas ao sul. Além da diversidade de


biomas, possui uma diversidade geográfica, com planícies ao sul, serras no meio e,
ao norte, um planalto.
Devido ao fato das regiões do Vale dos Sinos e Paranhana especificamente
possuírem um rio com importância central para seus respectivos ecossistemas (Rio
Paranhana e Rio dos Sinos), também acabam por ser de suma importância as matas
ciliares. Segundo Kayser (2017):

Segundo dados do projeto Monalisa, temos cerca de 1200 quilômetros de


cursos d’água na região. Destes 190 km no curso principal. Tomando com
referência uma média 50 metros de largura no curso principal e de 10 nos
cursos secundários podemos calcular quanto de matas poderíamos ter ao
longo dos nossos rios. No curso principal seriam 10 hectares a cada quilômetro
de rio. Nos cursos menores seriam 6 hectares a cada quilômetro. O que daria
algo entorno de 7900 hectares de florestas protegidas na região. Estimando
1100 árvores por hectares teríamos 8,7 milhões de árvores. (KAYSER, 2017).

Dessa forma é possível entender com mais clareza os fatores ambientais dessas
regiões.
Algo também a ser considerado e observado é o relevo de ambos os vales. A
região desses dois vales é caracterizada pela presença frequente de morros, tendo
em vista que é uma região fronteiriça com relação à Serra Gaúcha, mas com um relevo
um pouco menor ao sul na medida que distancia-se das partes serranas. Tal
carcaterística de relevo é essencial para a formação da hidrografia da região, pois os
rios Paranhana e dos Sinos possuem seus respectivos cursos baseados nas áreas
mais baixas com relação aos morros.
36

Figura 9 – Região nordeste gaúcha e metropolitana de Porto Alegre

Fonte: autoria pessoal.

6.5.4.1 Araucária

A araucária, também conhecida popularmente como pinheiro-do-Paraná,


pinheiro-brasileiro ou pinheiro-das-missões (nome científico: Araucaria angustifolia) é
uma espécie de árvore nativa principalmente da região Sul do Brasil e a única espécie
de pinheiro nativa do Brasil. Ela é uma das espécies de plantas nativas mais
importantes da região Sul devido a seus fatores de influência comercial e ambiental.
Seu habitat natural estende-se pela maior parte da Mata Atlântica do Sul do Brasil,
principalmente nas regiões de maior altitude.
37

Figura 10 – Exemplo de araucárias adultas

Fonte: <https://st2.depositphotos.com/3033681/7795/i/600/depositphotos_77951392-stock-photo-
araucaria-angustifolia-brazilian-pine-brazil.jpg>

Segundo Stuepp et al (2017): “No Brasil, antes da colonização, as matas de


araucária chegaram a estender-se por 185 mil quilômetros quadrados. Na Região Sul,
um terço da superfície estava coberta por araucárias”. Dessa forma é possível
entender a ameaça de preservação que as araucárias possuem. Toda essa perda
florestal da Araucaria angustifólia foi ocasionada pelo amplo avanço do desmatamento
no Sul do Brasil que ocorreu aproximadamente da segunda metade do século XIX até
à segunda metade do século XX, quando atingiu seu auge. A madeira do pinheiro-do-
Paraná foi intensamente utilizada nesse período para os mais variados fins, como a
construção de casas, fabricação de móveis, construção de ferrovias etc., fazendo com
que atualmente reste apenas 2% das áreas florestais originais de araucária, sendo
assim o bioma mais devastado do Brasil.
Além do processo de utilização comercial da madeira da araucária, outro fator
contribuiu para o retardo de sua proliferação: a comercialização de sua semente, o
pinhão, para o consumo humano. Pelo fato de o pinhão possuir considerável valor
comercial, muitas araucárias são plantadas com o único objetivo de extrair suas
sementes para venda, assim fazendo com que toda a potencial proliferação do
38

pinheiro seja extremamente reduzida. Por causa desses fatores, atualmente a


Araucaria angustifolia está classificada como em perigo crítico, a terceira pior
classificação dos estados de conservação e a pior dos estados de conservação de
espécies ameaçadas de extinção, estando abaixo apenas dos estados de extinto na
natureza e de extinto. Outro fato que corrobora para o desaparecimento das
araucárias é, contraditoriamente, as leis de proteção ambiental que as envolve pois,
assim como ocorre com outras espécies protegidas, é comum que haja o desincentivo
à sua plantação e o incentivo ao desmatamento de suas árvores ainda muito jovens,
já que o crescimento dessas grandes árvores em propriedades rurais ocasionaria em
perdas comerciais indiretas aos proprietários pelo espaço que ocupariam. segundo
Stuepp et al (2017):

Projetos de implantação de reflorestamentos com araucária nos dias atuais


praticamente não existem, tendo em vista a falta de flexibilização e grande
burocracia para o manejo. A proibição de corte não tem sido suficiente para
frear o desmatamento, visto faltarem incentivos para mantê-las em pé, apoio
técnico que mostre suas potencialidades, alternativas para a exploração, além
de mais pesquisas relacionadas à espécie (STUEPP et al, 2017).

Dessa forma é possível entender a importância da restauração ambiental com


araucárias em seus habitats naturais, principalmente considerando todo o avanço
tecnológico da atualidade que pode ser de grande contribuição.
A taxonomia do pinheiro-do-Paraná classifica-o no reino Plantae (reino das
plantas), superdivisão Spermatophyta, divisão Pinophyta, classe Pinopsida, ordem
Pinales, família Araucariaceae, gênero Araucaria e espécie Araucaria angustifolia. Tal
classificação taxonômica foi desenvolvida pelo biólogo alemão Carl Ernst Otto Kuntze.
A Araucaria angustifolia possui um tempo de vida médio considerado longo,
podendo facilmente ultrapassar os 200 anos, ao passo que muitas araucárias
possuem uma média de vida de 300 anos e as mais velhas e resistentes podem
chegar a viver até mesmo por volta de 700 anos. Ela também possui a característica
típica do gênero das araucárias e dos pinheiros em geral: o fato de serem perenifólias,
o que significa que as folhas velhas da araucária não caem até que as novas já tenham
se desenvolvido o suficiente. Seu tronco é reto para cima e cilíndrico, sendo que seus
galhos estendem-se horizontalmente a partir de suas partes mais altas do tronco (isso
no caso de araucárias mais adultas). Sua altura média varia entre 20 e 25 metros,
sendo que as mais altas podem chegar a quase o dobro dessas estimativas. Já o
39

diâmetro de seu tronco possui em média 1 a 1,5 metro, sendo que, da mesma forma
que a altura, as com os maiores diâmetros podem chegar ao dobro de tais estimativas.
Uma característica muito importante do pinheiro-do-Paraná é fato que ele é
dividido entre dois sexos, o masculino e o feminino. Por causa dessa peculiaridade,
sua reprodução dá-se de forma sexuada, o que significa que ocorre no ginostróbilo, o
órgão reprodutivo feminino. Com a fecundação já feita, o óvulo é formado envolvido
por uma folha da árvore para que assim ocorra o desenvolvimento da semente. A
pinha da araucária é o estróbilo feminino já bem desenvolvido, de forma a se tornar
grande o suficiente para guardar uma grande quantidade de sementes (pinhões)
dentro de si. Quando ele já está maduro o suficiente, separa-se da araucária caindo
no solo e, com o ocasional impacto, fragmenta-se em várias partes e assim libera suas
sementes. Para que novas araucárias sejam formadas, ocorre a ação de animais
sobre as sementes. Os animais, os quais são principalmente aves como a gralha azul,
o papagaio-charão e a cutia, dispersam as sementes por diferentes locais, pois tais
animais, ao quererem comer os pinhões, carregam o instinto da conservação de
comida, e por isso enterram as sementes em locais específicos, as quais muitas vezes
acabam por não serem comidas. Quando não servem de alimento para os animais, a
semente ocasionalmente desenvolve-se e forma novas árvores que recomeçarão tal
ciclo da natureza.
Quando trata-se dos pinhões, muitas vezes a germinação já ocorreu através
das raízes, mas nenhum broto externo ainda é visível, tendo em vista que as raízes
das araucárias são muito longas e crescem muito mais verticalmente que outras
árvores, e por causa disso é importante que o recipiente da planta seja longo o
suficiente para abriga-la em seu desenvolvimento inicial. Quanto mais espaço vertical
as raízes do pinheiro tiverem à disposição, melhor será seu desenvolvimento,
enquanto a falta desse espaço pode prejudicar gravemente a adaptação da planta ao
transplante para o solo. Caso as sementes tenham sido inicialmente plantadas para
fins de restauração ambiental, então a recomendação é que sejam transplantadas
para o meio natural após quatro ou até oito meses de crescimento. Como araucárias
não reagem bem à umidade e sombreamento excessivos, é melhor que sejam
transplantadas para áreas com maior incidência solar e menor umidade, de
preferência não muito perto de outras árvores. A umidade e o sombreamento
excessivos também são grandes causadores de pragas que prejudicam e, em boa
parte das vezes, matam a planta que estava em desenvolvimento.
40

Figura 11 – Representação da pinha e sementes de araucária

Fonte: <https://saberhortifruti.com.br/wp-content/uploads/2018/07/pinhao-inverno.jpg>

Para o consumo humano é recomendável não demorar muito para coletar os


pinhões após a queda no solo, pois ocasionalmente ocorre a destruição das sementes
por brocas. A coleta também pode ser feita quando a pinha ainda está presa na árvore,
mas é preciso que ela esteja madura o suficiente para o consumo das sementes (ou
para a plantação se esse for o caso). Os estágios de desenvolvimento do órgão
reprodutivo masculino, os estróbilos, são afetados por diversos fatores como o clima,
o tipo do solo, a altitude, a vegetação e o local mais específico (se está, por exemplo,
debaixo de uma árvore ou em uma área inclinada), mas esses desenvolvimentos com
relação às condições da cidade de Curitiba como exemplo, trazem os seguintes
padrões: no mês de novembro ocorre o início da formação dos estróbilos, em janeiro
eles já estão visíveis, de fevereiro a agosto ocorre seu crescimento e nos meses de
setembro e outubro ocorre a liberação do pólen para a fecundação das árvores
femininas. O pólen, quando liberado, é dispersado pelo ar até que atinja os óvulos das
araucárias femininas. Como a polinização e consequentemente a reprodução das
araucárias depende do vento, ocorre que a precipitação muitas vezes afeta de
maneira negativa a proliferação das araucárias, tendo em vista que há uma
41

reprodução de pinheiros muito menor quando o período de polinização coincide com


um tempo chuvoso. Estima-se que o pólen dos estróbilos masculinos possa viajar por
até dois quilômetros de distância para atingir os ginostróbilos das araucárias fêmeas.
Com relação ao desenvolvimento do ginostróbilo e da pinha com seus pinhões,
ele também é influenciado pelos mesmos fatores, sendo que também nas condições
da cidade de Curitiba ocorrem os seguintes padrões: os ginostróbilos desenvolvem-
se do mês de outubro até aproximadamente o mês de agosto do ano que vem,
tornando-se visíveis nesse período; nos meses de setembro e outubro ocorre a
polinização; de novembro a junho de dois anos à frente ocorre o período de
crescimento da pinha, sendo esse o período mais longo; e de fevereiro a abril pode
acontecer a queda das sementes, sendo que esse período sobrepõe o período de
crescimento da pinha. Dessa forma o desenvolvimento da pinha dura
aproximadamente 3 anos (o que é considerado um tempo relativamente demorado
para o desenvolvimento do ginostróbilo de uma planta), tendo em vista também que
não há intervalo de tempo que uma araucária feminina não esteja passando por
alguma dessas etapas. Sabe-se também que alguns fatores podem aumentar a
produção de pinhões da araucária a partir da ação humana, como a enxertia, estaquia,
a poda dos seus ramos e a inserção de ramos no seu tronco.
A Araucaria angustifolia não é absolutamente homogênea em sua espécie, pois
possui variedades que são normalmente classificadas em nove: Araucaria angustifolia
variedade sancti-josephi, variedade nigra, variedade elegans, variedade estriata,
variedade caiova, variedade indehiscens, variedade alba, variedade semi-alba,e
variedade angustifolia. Tais classificações são conhecidas popularmente como,
respectivamente: pinheiro-são-josé, pinheiro-preto, pinheiro-elegante, pinheiro-
rajado, pinheiro-caiová, pinheiro-macaco, pinheiro-branco, pinheiro-de-ponta-branca
e araucária (não há um nome mais específico para a variedade angustifólia, pois ela
é vista como uma araucária brasileira “padrão”). Essas classificações foram
estabelecidas de acordo com algumas características específicas dessas divisões,
como a coloração dos pinhões, a época de maturação das sementes e, em alguns
casos, certos atributos dos ramos do pinheiro.
Um fator importantíssimo que influencia no desenvolvimento da araucária é o
sombreamento onde está estabelecida. Araucárias necessitam de mais sol que
sombra, e devido a isso seu crescimento é prejudicado se a araucária estiver situada,
por exemplo, debaixo de outras árvores que produzam muita sombra. Aliado a esse
42

fato também foi constatado que em florestas naturais de araucárias há um baixíssimo


número desses pinheiros em estado jovem, pois tais florestas são em sua maioria já
bem desenvolvidas e com muito sombreamento.
As sementes das araucárias, os já mencionados pinhões, possuem coloração
avermelhada em sua casca com algumas partes mais escuras. Sua casca é dura e
mais fácil de ser separada da semente em si que está em seu interior. Quando
descascado apresenta uma coloração mais amarelada e simples. Sua estrutura é
dividida basicamente em seis partes fundamentais: o endosperma, o tegumento, os
colitédones, a meristema apical, o hipocótilo e a radícula. As melhores sementes (as
mais aptas à germinação e a um bom crescimento) são aquelas que possuem uma
estrutura mais cheia, principalmente em seu meio. Sementes muito finas possuem
menos nutrientes para a planta e por isso atrasam ou até impedem a germinação, ao
modo que, quando germinam, apresentam uma planta com desenvolvimento
prejudicado. A qualidade dos pinhões depende também da qualidade de sua árvore
de origem. Para uma maior probabilidade de haver germinação nas sementes,
colocam-se as sementes em ambientes de temperatura fria por um determinado
período de tempo, segundo dados apontados por Stuepp et al (2017) apud Caçola et
al (2006):

Caçola et al (2006) verificaram um aumento no percentual da germinação e o


crescimento inicial das plântulas, em sementes de araucária com o aumento
do período de armazenamento refrigerado, chegando ao melhor valor aos 60
dias de armazenamento em câmara fria; quando comparadas a sementes
utilizadas imediatamente após a colheita ou armazenadas durante períodos
longos (120-180 dias) (STUEPP et al, 2017).

Tal informação indica novamente acerca do habitat natural das araucárias em época
de proliferação, que é adaptado ao frio. No entanto o frio também pode acabar
causando menores chances de germinação em casos específicos, pois o metabolismo
das sementes é afetado. Pelo fato de as sementes mais aptas à germinação serem
as mais cheias pela quantidade de nutrientes, é comum que a seleção e identificação
dos melhores pinhões seja através de sua inserção na água, selecionando assim
aqueles que boiaram, pois não boiar é um sinal de ausência de nutrientes. Esse teste
também pode ser eficiente para evitar a dúvida de selecionar sementes que apenas
possuem a aparência de estarem cheias devido a protuberâncias em suas cascas.
Para o plantio as sementes das araucárias exigem estratos suficientemente
43

bons para garantir a drenagem de água e arejamento das raízes, tendo em vista que
solos muito suscetíveis ao encharcamento e muito compactados prejudicam
extremamente o desenvolvimento da planta. No entanto não deve-se utilizar o solo
das áreas de florestas nativas dessa planta, pois isso causaria uma contribuição para
a degradação ambiental e até mesmo para o desmatamento mais especificamente.
Embora a araucária possua tipos de solos que se proporcionam a ela um
desenvolvimento muito melhor, ela também é adaptável com relação aos mais
variados tipos de terra e seu crescimento pode ser prejudicado por outros, como
afirma Silva et al (2001):

1) Solos com alto potencial produtivo, envolvendo os LATOSSOLOS


VERMELHOS Distroférricos, variações LRd3, LRd4, LRd5, LRd6, LRd7, LRa1,
LRa2, LRa3 e LRa6, e NITOSSOLOS VERMELHOS Eutroférricos, variações
TRe5 e TRe6; 2) Solos com médio potencial produtivo, envolvendo os
NITOSSOLOS VERMELHOS Distroférricos, variações TRd1, TRd2, TRd3 e
TRd5, e os NITOSSOLOS HÁPLICOS Distroférricos ou Eutroférricos,
variações TBd1, TBd2, TBe1 e TBe2; 3) Solos com baixo potencial produtivo,
envolvendo os NEOSSOLOS LITÓLICOS Eutróficos, nas variações Re5, Re7
e Re11; e 4) Solos sem aptidão para Araucaria angustifolia, como os
GLEISSOLOS HÁPLICOS (HG1) (SILVA et al, 2001).

Além dos melhores solos (bem especificados na citação acima), algo que pode
contribuir para a germinação e crescimento iniciais da planta é a sua imersão na água.
A água em temperatura ambiente diminui a rigidez da casca da semente e assim
permite uma germinação mais rápida. Essa imersão é mais eficiente em um período
de mais ou menos um ou dois dias. Não apenas a imersão na água nesse determinado
período contribuirá para a germinação, pois qualquer umidade irá diminuir a rigidez de
sua casca, e é por isso que locais úmidos e sombreados são bons para os pinhões
nesse quesito. Após a plantação do pinhão, há uma demora de cerca de 10 a 20 dias
para que a germinação se manifeste.
A germinação dos pinhões ocorre com expressão externa da parte interior da
semente através da extremidade mais fina da casca. Essa parte, o broto, será
direcionada naturalmente para baixo em direção ao solo e continuará crescendo
ligada à semente por um certo período, mesmo essa ligação não sendo mais
necessária em certo tempo.
Caso haja o objetivo de restauração ambiental, não é realmente necessário o
plantio inicial em um recipiente para depois transplantar a planta para o solo, pois a
araucária pode, naturalmente e mesmo sem incentivos artificiais, desenvolver-se ao
44

ser plantada na natureza. No entanto, uma prática humana comum para esse caso é
o mergulho da semente que recém germinou em querosene e água para causar mau
cheiro e repulsa aos animais que poderiam vir a matar tais brotos na natureza.

6.5.4.2 Jabuticabeira

A jabuticabeira (nome científico: Myrciaria cauliflora também conhecida por


jabuticaba-assu, jabuticaba-açu, jabuticaba-de-campinas, jabuticatuba-do-mato e
jabuticaba-panhema, jabuti uma espécie frutífera nativa da Mata Atlântica. Ela é
presente de forma natural principalmente nas florestas da região Sudeste do Brasil,
mas está presente de forma nativa por toda a Mata Atlântica, do Ceará até o Rio
Grande do Sul. A jabuticabeira pertence à família taxonômica de Myrtaceae, a qual
também inclui outros tipos de árvores, como araçá, cambuí, cambucá, pêssego-do-
mato, pitanga, guabiroba, dentre outras.
45

Figura 12 – Representação de jabuticabeira

Fonte: <https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQ4nygI2ZsK_163gbLf5ZxzERnxt7aSg1fdeA&usqp=CAU>.

É uma planta com origem subtropical, assim preferindo climas um pouco mais
amenos e temperaturas mais baixas, suportando com considerável eficiência até
mesmo 3 graus negativos, embora o clima tropical não prejudique seu
desenvolvimento. Sua espécie necessita de uma boa umidade e não consegue
suportar por muito tempo um clima seco. Também adapta-se bem a variados tipos de
altitude, desde o nível do mar até regiões com 1400 metros acima do nível do mar. Os
46

solos que garantem melhor seu desenvolvimento são os sílico-argilosos, sendo que
também adapta-se bem a outros tipos de solo dependendo das condições.
Sua espécie também não é homogênea, tendo em vista a quantidade de
espécies de jabuticabeira existentes, como a Myrciaria aureana, Myrciaria spirito-
santensis, Myrciaria grandifolia, Myrciaria phitrantha, Myrciaria jaboticaba, dentre
outras. Todas essas espécies são classificadas devido as suas mais diversas
características, como altura média, cor do tronco, cor dos ramos, textura e cor das
sementes, textura, formato e cor dos frutos e outras qualidades. É uma árvore de porte
médio e seu tronco e galhos normalmente apresentam uma coloração mais clara. Seu
fruto, a jabuticaba, apresenta um formato redondo e pequeno com uma casca de
coloração, quando madura, sempre escurecida (como roxo ou preto). Já a parte
interna do fruto, a polpa, apresenta uma cor esbranquiçada e uma textura mole. O
padrão é que cada jabuticaba contenha apenas uma semente, mas não é nada
incomum que um fruto contenha mais de uma semente, número esse que pode chegar
até cinco. Seu fruto desenvolve-se lentamente nos primeiros doze dias de
crescimento, sendo que após esse período seu desenvolvimento é acelerado. A
quantidade de jabuticabas produzidas por metro de ramo da jabuticabeira pode variar
de 30 a 400, sendo que quanto maior for o ramo, mais frutos produzirá.
Com relação à reprodução das jabuticabeiras, ela ocorre através da polinização
pelas flores da planta, assim causando a fecundação, inclusive a auto-polinização. A
produção de frutos ocorre principalmente no fim do inverno e início da primavera,
sendo esse o período ideal para o plantio da jabuticabeira. Já é possível a germinação
de sementes de frutos com 15 a 17 dias de desenvolvimento. As jabuticabeiras, em
média, começam a produzir frutos a partir dos 10 anos
O uso da jabuticabeira estende-se a muitas funcionalidades que vão além do
consumo humano de seus frutos, como o uso comercial de sua madeira para a
fabricação de objetos. Seus frutos podem dar origem a alimentos mais elaborados.
O plantio das sementes mostra-se mais efetivo caso tais sementes tenham se
originado de jabuticabeiras mais desenvolvidas e com maior produção, sendo que
outros fatores que influenciam a eficiência do plantio são o estado de conservação
das jabuticabas, seu peso e seu tamanho. Sementes muito pequenas e leves
possuem baixa probabilidade de germinarem, ou então podem acabar germinando de
forma deficiente e lenta. As plantas que foram estabelecidas inicialmente em
recipientes estão prontas para serem transplantadas para a natureza em um período
47

de 6 meses a 1 ano, sendo que nesse período estarão já com uma altura média de
cerca de cinco centímetros. Também trata-se de uma espécie muito sensível em seu
desenvolvimento inicial, e por isso é recomendado que se tenha-se muito cuidado ao
realizar o transplante para a natureza, assim cavando uma cova larga e funda o
suficiente para que dessa forma as raízes não sejam prejudicadas e realizar um
regamento durante os primeiros dias após a realização do transplante.

6.5.4.3 Ipê

O ipê é um tipo de árvore pertencente ao gênero Tabebuia e à família


Bignoniaceae. Não trata-se de uma única espécie de plantas, mas de mais de uma
centena de espécies com diferentes características (especialmente a coloração de
suas flores). Sua área de crescimento nativo é muito ampla, pois espécies de ipê
podem ser encontrados desde a América do Norte até a Argentina. No entanto, muitas
dessas espécies são nativas exclusivamente do Brasil ou encontram-se em maior
parte nos limites do território brasileiro. Algumas dessas espécies mais relacionadas
ao Brasil são: Tabebuia achracea, Tabebuia alba, Tabebuia roseoalba, Tabebuia
avellanedae, Tabebuia Heptaphylla, Tabebuia impetiginosa etc. Tais espécies são
conhecidas popularmente como, respectivamente: Ipê Amarelo, Ipê Amarelo do
Cerrado, Ipê Amarelo da Serra, Ipê Branco, Ipê Rosa, Ipê Roxo e Ipê Roxo de Bola.
48

Figura 13 – Representação de Ipê Amarelo

Fonte: <https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2009/08/ipe-amarelo-1046425168-
400x600.jpg>

O Ipê Amarelo é um dos mais comuns do Brasil e pode ser encontrado em


praticamente todos os biomas brasileiros, especialmente nas regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Sul. Possui flores com coloração amarelada e, dentre todos os ipês,
esse é um dos com menor altura, sendo que os ipês-amarelos podem atingir entre 6
49

e 14 metros de altura. No entanto, sua menor estatura contribui para seu extenso uso
no paisagismo urbano. Já o Ipê Amarelo da Serra apresenta uma altura média maior
e costuma ser encontrado em regiões serranas, normalmente a mais de 1000 metros
acima do nível do mar.
O Ipê Roxo (também conhecido como ipê-roxo-sete-folhas) é nativo
exclusivamente da Mata Atlântica e pode ser encontrado por toda sua extensão
florestal. Possui flores com coloração arroxeada e uma altura média de 10 a 20
metros.
O Ipê Rosa é uma espécie nativa da Mata Atlântica e do Cerrado, mas é
encontrado principalmente na Região Sul, onde também é muito utilizado para o
paisagismo. Possui flores com coloração rosada e arroxeada e uma altura média que
varia de 20 a 35 metros, sendo assim uma das espécies de ipê do Brasil com maior
altura média.
O ipê multiplica-se na natureza através da dispersão de suas sementes pelo
vento, que ocorre pelo fato de suas sementes serem envolvidas em uma membrana
que permite sua leveza. Caso haja o objetivo de restauração ambiental, as sementes
devem ser plantadas rapidamente, pois o período em que estão aptas à germinação
é muito curto.

6.5.4.4 Araçá

O araçá (nome científico: Psidium cattleianum Sabine) é uma árvore de


pequeno porte, sendo que atinge em média uma altura de 9 metros. Também pode
ser conhecido popularmente por outros nomes como araçá-de-coroa, araçá-amarelo,
araçá-vermelho, china-guava, dentre outros. É uma planta nativa de quase toda a
Mata Atlântica, sendo que pode ser encontrada entre os estados da Bahia e Rio
Grande do Sul, sendo que é mais frequente na região Sul. Os melhores locais para a
plantação e desenvolvimento do araçá são locais mais úmidos, normalmente mais
sombrados. Possui algumas características específicas e marcantes de sua espécie,
como a tortuosidade e descascamento de seu tronco e galhos. Sua floração
normalmente ocorre entre os meses de junho e dezembro e conta com flores de
coloração branca.
50

Figura 14 – Representação de pé de araçá

Fonte: <https://www.colecionandofrutas.com.br/psidiumarboreum_arquivos/image001.jpg>

Seus frutos desenvolvem-se entre os meses de setembro e março e tratam-se


de frutos de formato redondo e pequeno com coloração normalmente amarelada,
sendo que há tipos de araçá com coloração avermelhada. Possuem sabor azedo e
são semelhantes em muitos aspectos às goiabas. Seu local ideal para o
51

desenvolvimento é um ambiente úmido e bem iluminado, sendo comum em altitudes


elevadas, como até 2000 metros acima do nível do mar. Para que sejam locais bem
úmidos, é preciso uma boa quantidade de chuvas ao longo do ano, sendo uma boa
quantidade por volta de 1200 a 3100 milímetros por ano e uma umidade do ar que
atinja por volta de 80%. Requerem para desenvolverem-se eficientemente solos bem
drenados e férteis, sendo necessário que sejam ricos em matéria orgânica (um PH
médio de 4,5 a 6,2) e na maioria das vezes arenosos. É uma árvore muito adaptável
a climas mais frios, podendo suportar até mesmo 4 graus negativos. Também pode
suportar curtos períodos de encharcamento pela sua preferência à umidade.
A capacidade de germinação das sementes do araçazeiro é muito alta, tendo
em vista que facilmente desenvolvem-se no solo unicamente a partir da queda da
árvore. Caso queira-se realizar uma plantação manual, o recomendado é o secamento
da semente já madura após ter sido retirada de seu galho. Após isso deve-se plantá-
la em um solo com condições adequadas, sendo que sua germinação demora em
média de 20 a 40 dias. Com um bom desenvolvimento da planta, ela pode ser
transplantada para a natureza de fato com sua altura tendo chegado a mais ou menos
50 ou 60 centímetros. Por ser uma planta de fácil germinação e desenvolvimento, ela
não requer, mesmo nos períodos iniciais, muitos cuidados humanos.

6.5.4.5 Sibipiruna

A sibipiruna (nome científico: Caesalpinia peltophoroides), também conhecida


popularmente como coração-de-negro, sebipira ou sibipira é uma espécie nativa da
Mata Atlântica. Ela pode ser encontrada em praticamente toda essa vegetação, com
uma frequência um pouco menor na região Nordeste. Pertence à família Fabaceae e
é adaptada aos climas tropical, equatorial e subtropical, sendo por isso muito comum
nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Trata-se de uma árvore primária ou secundária
inicial, o que significa que é uma das primeiras árvores a desenvolverem-se em uma
área de inicial desenvolvimento florestal. Ela possui um alto porte, tendo em vista que
possui uma altura média de 8 a 25 metros. Possui uma característica peculiar em
comparação com outras espécies tropicais e subtropicais: a perda quase total ou total
de suas folhas na estação de inverno.
52

Figura 15 – Representação de sibipiruna

Fonte: <https://uenf.br/projetos/arvoresdauenf/files/2020/07/IMG_20200717_090552848_HDR-
768x1024.jpg>

Como ela é uma das primeiras espécies a aparecerem em áreas que recém
estão desenvolvendo sua vegetação, seu melhor crescimento (principalmente inicial)
ocorre à pleno Sol, pois seu contexto natural trata-se de um ambiente sem sombras
53

geradas por outras árvores próximas (informação muito importante para a restauração
ambiental manual dessa espécie).
De acordo com PATRO (2013): “Apesar do porte grande e desenvolvimento
rápido, ela é comportada e não produz raízes agressivas, desta forma é boa opção
para arborização urbana, na ornamentação de vias públicas, praças e até mesmo em
calçamentos”. Dessa forma, essa espécie é uma ótima opção para todo tipo de
restauração ambiental, pois são excelentes opções para o começo de grandes
desenvolvimentos de flora e também para a arborização urbana, tendo em vista suas
raízes não gerarem problemas relacionados às calçadas.
Outra característica aliada ao fato de ser uma árvore pioneira, é que possui um
crescimento muito acelerado, podendo desenvolver-se bem em praticamente
qualquer tipo de solo desde que tenha suficiente matéria orgânica e uma boa irrigação
para seu desenvolvimento inicial. Possui uma expectativa média de até 100 anos, que
é considerada uma alta expectativa quando comparada às outras espécies pioneiras,
que normalmente possuem uma expectativa de vida muito menor.
Sua floração ocorre na primavera, entre os meses de novembro e dezembro,
apresentando flores amareladas. Suas sementes são escuras e achatadas e crescem
em grande quantidade. Possuem altas taxas de germinação, assim multiplicando-se
naturalmente muito rápido, sendo que essa multiplicação ocorre através da ação do
vento.

6.5.4.6 Timbaúva

A timbaúva (nome científico: Esterolobium contortisiliquum), também conhecida


popularmente como timbaúba, chimbuva, tamboril, araribá, orelha-de-macaco,
chimbó, ximbó, pau-sabão, campanambi etc., é uma espécie nativa da Mata Atlãntica
e do Cerrado, sendo ela uma árvore de grande porte, podendo alcançar uma altura
média de 20 até 35 metros. Possui um rápido crescimento e multiplica-se facilmente
na natureza. Possui também a característica da perda das folhas durante o inverno, o
que faz com seja apropriada para lugares que possuam um inverno mais rigoroso. É
bastante utilizada para fins de restauração ambiental e arborização urbana. Assim
como a sibipurana, trata-se de uma espécie pioneira, o que significa que é uma das
primeiras espécies a se desenvolverem em áreas de vegetação florestal ainda em
formação.
54

Figura 16 – Representação de timbaúva

Fonte: <https://sites.unipampa.edu.br/programaarborizacao/files/2018/10/timabuva-300x211.jpg>

A floração da timbaúva ocorre na primavera, dando origem a flores com


coloração branca. Seus frutos são vagens semelhantes ao formato de uma orelha,
que com o passar do tempo de seu desenvolvimento vai gradualmente escurecendo
sua coloração, tendo um tamanho médio de mais ou menos 8 centímetros. Tornam-
se totalmente escuros por voltas dos meses de junho e julho, sendo esse o indicativo
de que já estão maduros. Normalmente cada fruto guarda dentro de si um número de
2 a 12 sementes, que podem ser coletadas entre os meses de abril e agosto. Suas
sementes são pequenos grãos de coloração amarronzada. Através da ação do vento
multiplica-se facilmente por suas sementes. Caso deseja-se o plantio manual de suas
sementes, recomenda-se que sejam mergulhadas em água fervente por um período
de quatro minutos, assim sendo o suficiente para quebrar a sua dormência.
Diferentemente de outras espécies de árvore que possuem uma regularidade quanto
à quantidade de sementes que produzem em cada ciclo, as timbaúva não possui um
número médio de sementes que possa ser aplicado para cada ano.
55

Devido à sua característica de ser uma espécie pioneira, seu ambiente ideal
para o desenvolvimento é muito similar ao da sibipurana, pois necessita de um local
com pleno Sol e um solo que, desde que seja bem irrigado, pode ser de qualquer tipo.
Caso tenham sido plantadas inicialmente em recipientes para a futura restauração
ambiental, por tratar-se de uma árvore com rápido crescimento, pode já ser
transplantada para a natureza após, em média, quatro meses de desenvolvimento
após a germinação.

6.5.4.7 Outras espécies nativas

As regiões do Paranhana e do Vale do Rio dos Sinos contam com a presença


de 143 espécies de árvores de 48 famílias diferentes. Além das espécies nativas já
informadas, outras que podem ser citadas devido à sua alta ocorrência são o maricá,
ipê-do-brejo, pitangueira, angico, aroeira brava, caronilha e corticeira-da-serra.
O maricá (nome científico: Mimosa bimocronata), também conhecido como
silva, espinheiro, espinheiro de maricá e espinheiro de cerca. Trata-se de uma planta
com altíssimo potencial de multiplicação e crescimento, sendo por isso muitas vezes
considerado popularmente como uma espécie de praga. Possui um porte um pouco
menor que outras plantas já descritas, atingindo uma altura média de 6 metros.
Prefere ambientes úmidos, porém iluminados com pleno Sol. Costuma ser utilizado
para a formação de cercas vivas devido ao seu acelerado desenvolvimento.
O ipê-do-brejo (nome científico: Handroanthus umbellatus), também conhecido
como ipê-amarelo-do-brejo, ipê-da-várzea e ipê-mulato, é uma espécie de ipê muito
parecida e próxima biologicamente do ipê-amarelo, sendo muitas vezes confundido
com ele. Possui quase as mesmas características do ipê-amarelo, porém é mais
adaptado a ambientes mais úmidos.
O angico (nome científico: Anadenanthera colubrina) é uma árvore de
desenvolvimento acelerado e grande porte, podendo atingir uma altura de 30 metros.
Trata-se de uma espécie pioneira, e por isso é muito utilizada em projetos de
restauração ambiental.
A aroeira-brava (nome científico Lithraea molleoides) é uma árvore de porte
médio, podendo atingir uma altura de 4 a 12 metros. Possui um caule tortuoso e flores
de coloração amarelada. Uma característica do angico a ser considerada também é o
fato de que produz um óleo muito tóxico.
56

A corticeira-da-serra (nome científico: Erythrina falcata, também conhecida


como sanando, sananduí, bico-de-papagaio, sapatinho-de-judeu, sinhanduva,
corticeira-do-mato, dentre outras denominações, é uma espécie arbórea
caracterizada por ser encontrada normalmente em áreas muito acima do nível do mar.
Pode atingir até 30 metros de altura e possui flores com uma coloração avermelhada
e forte.
A caronilha (nome científico: Scutia buxifolia Reissek) é uma espécie arbórea
de pequeno porte que atinge uma altura média de 6 metros, podendo assim também
ser considerado um arbusto. É adaptado a climas mais frios e suporta facilmente fortes
geadas. Desenvolve-se melhor em campo aberto e em pleno Sol, pois é uma espécie
nativa dos pampas.
57

7 METODOLOGIA

A metodologia aplicada no projeto é a metodologia cascata, sendo ela um


modelo de desenvolvimento de software que preconiza uma abordagem sequencial e
linear, onde as fases do projeto são executadas em ordem, seguindo uma cascata,
sem retornos ou retrocessos. Suas etapas são:

1. Levantamento de requisitos: essa fase é responsável por definir as funcionalidades


que o software deve possuir, com base nas necessidades do usuário. Nessa fase, são
coletadas informações sobre o problema a ser resolvido, o público-alvo, as restrições
e as limitações do projeto.
2. Análise: nessa fase, os requisitos levantados na fase anterior são analisados, para
que seja definida a arquitetura do sistema. O objetivo é identificar as soluções técnicas
que melhor atendam aos requisitos do projeto.
3. Design: nessa fase, é elaborado o design do software, ou seja, é definida a
estruturação do sistema, as interfaces e a lógica de funcionamento do software.
4. Codificação: nessa fase, é feita a implementação do software com base no design
definido na fase anterior. É nessa etapa que o código-fonte do software é escrito.
5. Testes: nessa fase, são realizados testes para verificar se o software atende aos
requisitos definidos na fase de levantamento. Os testes podem ser unitários, de
integração, de sistema e de aceitação.
6. Implantação: nessa fase, o software é entregue ao usuário final. É feita a instalação
do software em produção e a configuração do ambiente de execução.
7. Manutenção: nessa fase, é feita a correção de eventuais problemas que surgem
após a entrega do software. Também podem ser feitas melhorias e atualizações no
software.

O modelo cascata é adequado para projetos em que os requisitos são bem


definidos e estáveis e em que não há mudanças significativas ao longo do projeto. O
modelo é menos indicado para projetos mais complexos e que envolvem muitas
incertezas, pois não permite voltar atrás em uma fase já concluída.
Também é abordado o método de pesquisa quali-quanti, também conhecido
como método misto ou método de triangulação, sendo uma abordagem de pesquisa
que combina a coleta e análise de dados qualitativos e quantitativos em um mesmo
58

estudo. Essa abordagem permite que os pesquisadores obtenham uma compreensão


mais completa e abrangente do fenômeno estudado, pois cada tipo de dado tem suas
próprias vantagens e limitações.
Na parte qualitativa, os pesquisadores usam métodos como entrevistas,
observação participante e análise de documentos para coletar dados descritivos e
detalhados sobre as experiências, perspectivas e comportamentos das pessoas
envolvidas no estudo. A análise qualitativa geralmente envolve a identificação de
temas e padrões emergentes nos dados.
Na parte quantitativa, os pesquisadores usam métodos como questionários,
testes e medições para coletar dados numéricos sobre o fenômeno estudado. A
análise quantitativa geralmente envolve o uso de estatísticas para resumir e interpretar
os dados.
Ao combinar os dois tipos de dados, os pesquisadores podem obter uma visão
mais completa do fenômeno estudado, pois cada tipo de dado pode ajudar a
complementar o outro. Por exemplo, a análise qualitativa pode ajudar a explicar os
resultados numéricos obtidos na análise quantitativa, enquanto a análise quantitativa
pode fornecer evidências para apoiar ou refutar hipóteses desenvolvidas na análise
qualitativa.
O método quali-quanti é amplamente utilizado em diversas áreas de pesquisa,
como nas ciências sociais, psicologia, educação, saúde, entre outras. No entanto, é
importante destacar que a combinação de dados qualitativos e quantitativos exige um
planejamento cuidadoso e uma análise rigorosa, para garantir a validade e
confiabilidade dos resultados obtidos.
A coleta de dados do projeto ocorreu através de uma pesquisa bibliográfica
acerca dos principais tópicos do trabalho, com temas voltados desde questões mais
técnicas, como linguagens de programação e banco de dados, até questões mais
ambientais, como as espécies da flora nativa. Um formulário foi distribuído entre os
moradores do Vale do Paranhana, RS. O formulário desenvolvido conteve 14
perguntas objetivas, que buscaram compreender o conhecimento dos cidadãos a
respeito da preservação da mata nativa do Vale e suas expectativas em relação ao
projeto. Ao todo 207 pessoas responderam ao formulário, ajudando a levantar
hipóteses, conclusões específicas e indicar prioridades no desenvolvimento do
projeto.
59

Além do formulário, encontros e entrevistas foram métodos usados para ter


acesso a mais informações referentes ao meio ambiente do Vale. Os encontros com
as prefeituras de Taquara e Três Coroas renderam inúmeras informações que foram
úteis para o desenvolvimento da pesquisa. A disponibilidade de dados através do
portal de geoprocessamento do município de Taquara, trouxe uma visão mais próxima
da realidade dos problemas provenientes das áreas de conservação ambiental.
Com o modelo de desenvolvimento e embasamento teórico estabelecido, é
hora de descrever as ferramentas e tecnologias empregadas no projeto, foi utilizada
a estrutura MVC (Model-View-Controller), sendo um padrão de arquitetura de software
amplamente utilizado no desenvolvimento de aplicativos web. Ela contribui para a
organização do código e para a separação das preocupações relacionadas aos dados,
à interface do usuário e à lógica de negócios. Também foram utilizadas a linguagem
de estilização CSS e a linguagem de programação Javascript. Essas tecnologias
fundamentais são essenciais para a criação e aprimoramento da experiência interativa
do website.
No que diz respeito às ferramentas utilizadas, destacam-se as seguintes: Visual
Studio Code, um dos editores de texto mais populares do mercado, que oferece uma
ampla gama de extensões para auxiliar no desenvolvimento; MySQL Workbench, a
ferramenta padrão e oficial para utilização com o sistema gerenciador de banco de
dados MySQL, permitindo a criação de diagramas para o planejamento do banco, bem
como a visualização prática dos dados e a capacidade de realizar consultas para
testar o sistema; Figma, uma ferramenta utilizada para desenvolver as interfaces da
plataforma antes da programação, conhecida por sua interface intuitiva e a
possibilidade de personalização; Astah UML para o desenvolvimento do diagrama de
casos de uso, definindo como funcionará a relação entre cliente, visitante e
administrador; Git e Github, para o versionamento do código e sua hospedagem na
nuvem, respectivamente.
59

8 CRONOGRAMA
59

9 RESULTADOS ESPERADOS
60

10 RECURSOS

10.1 Recursos humanos

Recursos
61

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOGONI, Ronaldo. O Que é Software?. Technoblog, 2020. Disponível em:


https://tecnoblog.net/responde/o-que-e-software/. Acesso em 02 fev 2023.

MARCHIOLI, Lucas. O Que é Software? O Guia Completo e Fácil de Aprender.


Betrybe, 2022. Disponível em: https://blog.betrybe.com/tecnologia/software-o-que-e/.
Acesso em: 02 fev 2023.

COSTA, Matheus. O Que é Software? Entenda o Significado. CanalTech, 2020.


Disponível em: https://canaltech.com.br/software/o-que-e-software/. Acesso em 02
fev 2023.

PACIEVITCH, Yuri. Software. InfoEscola, 2011. Disponível em:


https://www.infoescola.com/informatica/software/. Acesso em 04 fev 2023.

MONTEIRO, Leandro. Tipos de Software: Conheça Quais São as Quatro


Categorias. Greatest, 2021. Disponível em: https://greatest.com.br/tipos-de-
software/. Acesso em 04 fev 2023.

CARRER, Felipe. O Que é Uma Linguagem de Programação e Quais Tipos


Existem?. Rockcontent, 2019. Disponível em:
https://rockcontent.com/br/blog/linguagem-de-programacao/. Acesso em 05 fev
2023.

ROVEDA, Ugo. O Que é Linguagem de Programação de Alto Nível e Baixo Nível e


Qual a Melhor? Kenzie, 2021. Disponível em: https://kenzie.com.br/blog/linguagem-
de-alto-nivel/. Acesso em 08 fev 2023.

NOLETO, Cairo. Javascript: o que é, aplicação e como aprender a llinguagem JS.


Betrybe, 2022. Disponível em: https://blog.betrybe.com/javascript/. Acesso em 08 fev
2023.

TAVARES, Fernanda. O Que é um Website? Conceito e Definição de Website.


Marketingfuturo, 2012. Disponível em: https://marketingfuturo.com/o-que-e-website-
conceito-e-definicao-de-website-ou-site/. Acesso em 10 mar 2023.

SANTOS, Sofia. Website ou Site. Knoow.net, 2018. Disponível em:


https://knoow.net/ciencinformtelec/informatica/website-ou-
site/#:~:text=Para%20designar%20o%20s%C3%ADtio%20na,e%20mais%20tarde%
20simplesmente%20site. Acesso em 10 mar 2023.
NOLETO, Cairo. Aplicações web: entenda o que são e como funcionam. Betrybe,
2020. Disponível em: https://blog.betrybe.com/desenvolvimento-web/aplicacoes-
web/. Acesso em: 10 mar 2023.

62

PROTAZIO, Beatriz. Hipertexto: o que é, principais características e exemplos.


Todoestudo, 2019. Disponível em:
https://www.todoestudo.com.br/portugues/hipertexto. Acesso em 10 mar 2023.

PEREIRA, Ana. O Que é CSS?. Tecmundo, 2009. Disponível em:


https://www.tecmundo.com.br/programacao/2705-o-que-e-css-.htm. Acesso em 10
mar 2023.

FABRO, Clara. O que é API e para que serve? Cinco perguntas e respostas.
Techtudo, 2020. Disponível em: https://www.techtudo.com.br/listas/2020/06/o-que-e-
api-e-para-que-serve-cinco-perguntas-e-respostas.ghtml. Acesso em 10 mar 2023.

NOGUEIRA, Caio. Quais tipos de sites que existem e qual o ideal para o seu
negócio. Upsites, 2021. Disponível em: https://upsites.digital/marketing/tipos-de-site/.
Acesso em 11 mar 2023.

FIGUEIREDO, Sarah. Você sabe o que são blogs e como eles surgiram?.
Rockcontent, 2017. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/o-que-e-blog/.
Acesso em 12 mar 2023.

GALL, Joana. Flora e a importância de seu papel no meio ambiente. Agro20, 2019.
Disponível em: https://agro20.com.br/flora/. Acesso em 14 mar 2023.

SANTOS, Leovigildo. Dia Nacional da Botânica e a diversidade de plantas do Brasil.


Florestalbrasil, 2019. Disponível em: https://florestalbrasil.com/2019/04/dia-nacional-
da-botanica-e-diversidade/. Acesso em 15 mar 2023.

PEREIRA, Regis. Os benefícios e serviços ambientais das florestas.


Revistaopinioes, 2013. Disponível em:
https://florestal.revistaopinioes.com.br/revista/detalhes/6-os-beneficios-e-servicos-
ambientais-das-floresta/. Acesso em 15 mar 2023.

STUEPP, C. A. et al. Araucária: particularidades, propagação e manejo de plantios.


1.ed. Brasília, DF: Embrapa Florestas, 2017. Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/160811/1/Araucaria.pdf. Acesso
em 18 mar 2023.

CURY, R. T. S.; JUNIOR O. C. Manual para Restauração Florestal: florestas de


transição. 1.ed. Canarana, BA: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, 2011.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.terrabrasilis.or
o.br/ecotecadigital/pdf/manual-para-restauracao-
florestal.pdf&ved=2ahUKEwiYzseU6OX9AhWHr5UCHS9CCBkQFnoECBgQAQ&usg
=AOvVaw3FMsnpKQwycwDL8AuB4GYA. Acesso em 18 mar 2023.

63

MORI, E. S.; PIÑA-RODRIGUEZ, F. C. M.; FREITAS, N. P. Sementes florestais:


Guia para germinação de 100 espécies nativas. 1.ed. São Paulo, SP: Instituto
Refloresta, 2012. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://engenhariaflorestal.
paginas.ufsc.br/files/2017/08/Guia-Germina%25C3%25A7%25C3%25A3o-
deEsp%25C3%25A9ciesFlorestais.pdf&ved=2ahUKEwj948Pw6OX9AhW9rpUCHVE
FCV0QFnoECBMQAQ&uus=AOvVaw36Kwxd-LE6M_JsfTtxWymZ. Acesso em 18
mar 2023.

SILVA, H. D. et al. Recomendação de solos para Araucaria angustifolia com base


nas suas propriedades físicas e químicas. 1.ed. Colombo, PR: Embrapa Florestas,
2001.

GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I. G. Mata Atlântica: Biodiversidade, Ameaças e


Perspectivas. 1.ed. Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica &
Conservação Internacional, 2005.

PATRO, Raquel. Jabuticaba: Myrciaria cauliflora. Jardineiro.net, 2013. Disponível


em: https://www.jardineiro.net/plantas/jabuticaba-myrciaria-cauliflora.html. Acesso
em 30 mar 2023.

SUÇUARANA, Monik. Ipê. InfoEscola, 2017. Disponível em:


https://www.infoescola.com/plantas/ipe/. Acesso em 02 abr 2023.

FRANZON, Rodrigo. Araçá. TodaFruta, 2016. Disponível em:


https://www.todafruta.com.br/araca/. Acesso em 05 abr 2023.

PATRO, Raquel. Sibipurana: Caesalpinia peltophoroides. Jardineiro.net, 2013.


Disponível em: https://www.jardineiro.net/plantas/sibipiruna-caesalpinia-
peltophoroides.html. Acesso em 06 abr 2023.

ARRUDA, T.; SCHÄFFER, E. P. Timbaúva, a árvore que tem orelhas. Apremavi,


2009. Disponível em: https://apremavi.org.br/timbauva-a-arvore-que-tem-orelhas/.
Acesso em 07 abr 2023.

KAYSER, Arno. As Florestas do Vale dos Sinos. Arnokayser.wordpress, 2013.


Disponível em: https://arnokayser.wordpress.com/2013/04/18/as-florestas-do-vale-
do-sinos/. Acesso em 07 abr 2023.

GEVEHR, D. L.; KASPARY, R. M.; ESSA FLORESTA É NOSSA, TUDO QUE NELA
EXISTE NOS PERTENCE: O ESPAÇO NATURAL DO VALE DO PARANHANA
DELIMITADO A PARTIR DA IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO ALEMÃ NO RIO
GRANDE DO SUL. 1.ed. São Leopoldo, RS: Revista Latino-Americana de História,
2017. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6238551.pdf.
Acesso em 07 abr 2023.

KAYSER, Arno. Matas Ciliares do Vale. Arnokayser.wordpress, 2012. Disponível em:


https://arnokayser.wordpress.com/2012/09/25/matas-ciliares-do-vale/. Acesso em 07
abr 2023.

64

KAYSER, Arno. As Montanhas do Vale dos Sinos. Arnokayser.wordpress, 2017.


Disponível em: https://arnokayser.wordpress.com/2017/03/29/as-montanhas-do-vale-
do-sinos/. Acesso em 07 abr 2023.

GUITARRARA, Paloma. Pampa. Brasilescola.uol, 2019. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/geografia/pampas.htm. Acesso em 09 abr 2023.

BOLDRINI, I. I.; POSER, G. L.; ZUANAZZI, J. A. S.; Pampa. inct-bionat.iq.unesp,


2019. Disponível em: http://inct-bionat.iq.unesp.br/biomas/bioma-pampa/. Acesso em
13 abr 2023.

LEITE, Cris. Angico, um forte da flora brasileira. Infraestruturameioambiente.sp,


2016. Disponível em:
https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/2016/03/angico-um-forte-da-flora-
brasileira/#:~:text=Chamada%20Angico%20(Anadenanthera%20colubrina)%2C,atin
ati%2030%20metros%20de%20altura. Acesso em 13 abr 2023.

PENNA. Pedro. Dia de aroeira-brava. quintalflorestal, 2016. Disponível em:


http://quintalflorestal.com.br/dia-de-aroeira-brava/. Acesso em 13 abr 2023.

CANOVAS, Raul. Handroanthus umbellatus. Jardimcor, 2022. Disponível em:


http://www.jardimcor.com/paisagismo/handroanthus-umbellatus/. Acesso em 13 abr
2023.
19

ANEXOS

Você também pode gostar